Na briga com França e EUA para vender caças ao Brasil, os suecos oferecem avião mais barato e versátil. Veja a entrevista com o Ake Svensson, Presidente da 'Saab' que fabrica o 'Gripen'.
A Força Aérea Brasileira vai renovar a frota de caças supersônicos e terá de decidir entre ofertas dos Estados Unidos, França e Suécia.
Suecos tem a fama de serem sérios até quando riem. É o caso de Ake Svensson, Presidente da 'Saab', a fabricante do 'Gripen', o caça que a Suécia quer vender ao Brasil. Svensson não desperdiça um segundo para ir ao assunto.
O 'Gripen', diz ele, é o melhor avião para os brasileiros porque, na comparação com os concorrentes, é o mais barato, tem o armamento mais completo, os sistemas de controle, detecção e combate mais avançados e, o que só ele faz, pousa até num pedaço de estrada qualquer de 500 metros de comprimento, se for preciso.
Da mesma maneira que seus concorrentes, a 'Saab' oferece junto do 'Gripen' um nutrido pacote de transferência de tecnologia e compensações comerciais.
Mas é na palavra independência que está à força da oferta da Suécia, país que, por ter sido neutro na Guerra Fria, precisava cuidar sozinho da própria defesa.
"A razão para fundar uma indústria aeroespacial na Suécia", diz Svensson, "é que não conseguimos comprar no exterior, e precisamos desenvolver nossas próprias aeronaves desde os tempos da Segunda Guerra Mundial".
Em outras palavras, a Suécia pode ser flexível quanto ao usuário final das armas que vender. Se bem que as coisas às vezes dão errado: as bazucas que a Suécia vendeu a Hugo Chávez foram parar nas mãos da narcoguerrilha das Farc, na vizinha Colômbia. Svensson não tem esse tipo de preocupação em relação ao Brasil, "um país estável, política e economicamente", disse.
Enquanto o próprio Obama liga para Lula para falar de avião, e o francês Sarkozy virá até para as festas de 7 de setembro, quem do governo sueco ajuda a 'Saab' a vender o 'Gripen'? "O Primeiro-ministro da Suécia discutiu isso com o presidente Lula", responde Svensson.
E a rainha Silvia, não? Svensson ri, muito sério e não entra na brincadeira. "A família real sueca não está envolvida nisso", garante.
Fonte: William Waack (Jornal da Globo)
A Força Aérea Brasileira vai renovar a frota de caças supersônicos e terá de decidir entre ofertas dos Estados Unidos, França e Suécia.
Suecos tem a fama de serem sérios até quando riem. É o caso de Ake Svensson, Presidente da 'Saab', a fabricante do 'Gripen', o caça que a Suécia quer vender ao Brasil. Svensson não desperdiça um segundo para ir ao assunto.
O 'Gripen', diz ele, é o melhor avião para os brasileiros porque, na comparação com os concorrentes, é o mais barato, tem o armamento mais completo, os sistemas de controle, detecção e combate mais avançados e, o que só ele faz, pousa até num pedaço de estrada qualquer de 500 metros de comprimento, se for preciso.
Da mesma maneira que seus concorrentes, a 'Saab' oferece junto do 'Gripen' um nutrido pacote de transferência de tecnologia e compensações comerciais.
Mas é na palavra independência que está à força da oferta da Suécia, país que, por ter sido neutro na Guerra Fria, precisava cuidar sozinho da própria defesa.
"A razão para fundar uma indústria aeroespacial na Suécia", diz Svensson, "é que não conseguimos comprar no exterior, e precisamos desenvolver nossas próprias aeronaves desde os tempos da Segunda Guerra Mundial".
Em outras palavras, a Suécia pode ser flexível quanto ao usuário final das armas que vender. Se bem que as coisas às vezes dão errado: as bazucas que a Suécia vendeu a Hugo Chávez foram parar nas mãos da narcoguerrilha das Farc, na vizinha Colômbia. Svensson não tem esse tipo de preocupação em relação ao Brasil, "um país estável, política e economicamente", disse.
Enquanto o próprio Obama liga para Lula para falar de avião, e o francês Sarkozy virá até para as festas de 7 de setembro, quem do governo sueco ajuda a 'Saab' a vender o 'Gripen'? "O Primeiro-ministro da Suécia discutiu isso com o presidente Lula", responde Svensson.
E a rainha Silvia, não? Svensson ri, muito sério e não entra na brincadeira. "A família real sueca não está envolvida nisso", garante.
Fonte: William Waack (Jornal da Globo)
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