domingo, 17 de outubro de 2010

O avião que saiu dos Açores e nunca mais foi visto

Foi em 30 de janeiro de 1948 que um avião decolou do Aeroporto de Santa Maria, no Arquipélago dos Açores, para um voo de 12 horas com destino à Bermuda, no que era então a maior rota transoceânica do Mundo, desaparecendo sem deixar rastro.

A perda do Avro 688 Tudor Mark IV “Star Tiger”, prefixo G-AHNP, tornou-se um dos maiores mistérios da aviação pós-guerra, e um dos incidentes que ajudou a construir o mito do Triângulo das Bermudas, suposta zona de atividade paranormal onde navios e aviões desaparecem sem razão aparente.

Contudo, novas investigações pelo jornalista Tom Mangold apontam para que um incêndio tenha causado a perda do “Star Tiger”, informou o freelancer à BBC.

A aeronave era operada pela British South American Airways (BSAA) – Linhas Aéreas Inglesas da América do Sul – e partiu de Santa Maria em direção às Bermudas às 14h22 do dia 30 de janeiro, a última etapa na rota Inglaterra-Bermuda com 25 passageiros e seis tripulantes a bordo.

A aeronave havia partido de Londres no dia 27 e fez uma escala técnica para reabastecimento no Aeroporto Santa Maria, nos Açores, onde uma falha do sistema de aquecimento da cabine e um problema com a bússola foram sanados.

O último contacto por rádio foi recebido a 340 milhas do destino, às 03h00. Em cinco dias de buscas nenhum destroço ou corpo foi encontrado e a investigação oficial deixou em aberto a causa do desastre.

Fontes: AOL Online / Site Desastres Aéreos / BBC - Imagens: BBC / Wikipédia

Pilotos cubanos levaram milhares de judeus a Israel entre 1951 e 1952

Cinco pilotos cubanos transportaram para Israel 150 mil refugiados judeus que estavam no Iraque, Irã, Índia e Iêmen, após a fundação do Estado hebreu, em 1948, um fato que permaneceu "inédito durante 60 anos", revelou neste domingo um historiador cubano.

"Cinco pilotos da extinta companhia Aerovias Cubanas Internacionais S.A." transportaram para Israel, entre 1951 e 1952, "cerca de 150.000 judeus", entre eles "115 mil refugiados procedentes do Iraque" e "25 mil do Irã", contou ao jornal Juventud Rebelde o historiador da Aviação Rolando Marrón.

"Algumas centenas da Índia e do Iêmen" também, acrescentou Marrón, segundo quem este "complexo plano (...) permaneceu inédito durante 60 anos".

O historiador explicou que, a partir de 1948 começaram a chegar a Israel "grandes núcleos de emigrantes da Europa", mas "a situação dos judeus nos países árabes era difícil devido aos históricos confrontos".

Diante da negativa dos "governos árabes de aceitar uma migração de judeus por terra" e a impossibilidade de fazê-lo por mar, uma vez que o Egito bloqueava o Canal de Suez, as autoridades de Tel Aviv planejaram "uma das maiores emigrações em massa por avião da história", enfatizou Marrón.

A transferência foi confiada à companhia Intercontinental Aérea de Cuba S.A., devido aos "fortes vínculos de amizade" que uniam na época "um importante personagem da missão comercial de Israel em Nova York" e um empresário cubano, que também era piloto aviador.

"No fim de 1952, decresceu consideravelmente em Israel o tráfego de imigrantes judeus" e os cinco pilotos cubanos voltaram a Cuba no começo de 1953, ressaltou Marrón.

Fonte: AFP - Foto (Douglas DC-4 , Curtiss C-46): Juventud Rebelde

Médicos americanos morrem após queda de avião no México

Após reabastecer em uma base militar, uma das três aeronaves desapareceu

Quatro médicos americanos da organização humanitária Samaritanos do Ar morreram no México após a queda de um pequeno avião no qual viajavam pelo noroeste do país.

Os fatos ocorreram na sexta-feira, 15, quando três aeronaves que transportavam o pessoal médico tinham partido dos EUA rumo ao México e, após reabastecer em uma base militar deste país, uma delas desapareceu.

Minutos após ter decolado de um aeroporto militar, a aeronave Beechcraft A36 Bonanza, prefixo N212DB, caiu por causas ainda não determinadas em uma região serrana próxima ao porto de Enseada.

As autoridades identificaram as vítimas como o piloto Roger Lyon, o paramédico Andrew Thiel, a médica Graciela Sarmiento e o cirurgião James Thorndon, residentes todos eles no estado da Califórnia (EUA).

Após a localização do aparelho por via aérea, chegaram ao lugar do acidente agentes e peritos mexicanos para levar os quatro corpos ao Serviço Médico Legista de Enseada.

Fontes: EFE via Estadão / ASN - Foto: ensenada.net

Aviões do Iêmem atacam Al Qaeda no sul depois de emboscada

Aviões atacaram posições da Al Qaeda no sul do Iêmen no domingo, disse um membro do governo, depois que militantes fizeram uma emboscada contra um grupo de tanques, matando quatro soldados.

Três homens suspeitos de serem membros da Al Qaeda também foram mortos no confronto no distrito de Mudiyah, na província de Abyan, na costa do Mar Arábico, onde o Exército vem enfrentando militantes em meses recentes, disse ele à Reuters.

Um homem foi morto e duas mulheres e uma criança ficaram feridas durante o ataque aéreo, disse uma autoridade local à Reuters.

No sábado, um carro-bomba feriu um alto funcionário de inteligência e seu assistente em Abyan, informou uma fonte de segurança, e um site do governo disse que dois militantes morreram em um fracassado atentado suicida com um carro, numa patrulha de segurança em Mudiyah.

O chefe de polícia de Mudiyah foi morto em um ataque contra a Al Qaeda na semana passada e o governador da província sobreviveu a uma tentativa de assassinato.

Em outros conflitos em Abyan no domingo, um ataque de artilharia pelo Exército matou uma pessoa e feriu três de seus parentes, disse um site de notícias da oposição. O incidente não pôde ser verificado por fontes independentes.

O Iêmen está tentando controlar uma ala de rebeldes da Al Qaeda que aumentou seus ataques contra alvos ocidentais e regionais no Estado da Península Arábica, vizinho do gigante do petróleo Arábia Saudita.

O país também está tentando cumprir uma trégua com os rebeldes xiitas pelo fim da guerra civil no norte que começou em 2004, além de pôr um fim à rebelião separatista no sul.

A Al Qaeda da Península Arábica, uma ala da Al Qaeda que inclui iemenitas e sauditas, aumentou o número de atentados contra alvos iemenitas e ocidentais desde que reivindicou um ataque frustrado contra um avião bombardeiro norte-americano em dezembro.

O governo do presidente Ali Abdullah Saleh está sob pressão desde então para enfrentar a Al Qaeda mais vigorosamente, com ajuda dos Estados Unidos. O Iêmen nega que forças dos EUA estejam envolvidas diretamente na campanha.

A França orientou que os cônjuges e filhos de seus cidadãos morando na região saiam do país, depois de um ataque contra um diplomata britânico em Sanaa e da morte a tiros de um francês na companhia de petróleo e gás austríaca OMV por um guarda.

O ministro do Interior Muttahar al-Masri disse à mídia local que o guarda teria vínculos com a Al Qaeda.

Fonte: Reuters via O Globo - Foto: Reuters