quinta-feira, 17 de agosto de 2023

Passagens aéreas nas alturas


O preço que o brasileiro pagou para viajar de avião em 2022 foi o maior em catorze anos. Um voo doméstico custava, em média, 655 reais – só a ida –, de modo que os aeroportos ficaram inviáveis para grande parte da população. Agora, há no horizonte uma ligeira melhora: entre janeiro e maio deste ano, o preço médio de um voo doméstico foi 572 reais – 54 a menos que no mesmo período do ano passado. 

A ponte aérea Rio-São Paulo barateou 117 reais, em média. Mas, no cômputo geral, o preço das passagens ainda está entre os maiores da década. Para um carioca que recebe salário mínimo, comprar uma passagem de ida e volta para São Paulo significa gastar 58% de sua renda mensal. O governo Lula tem pressionado as companhias aéreas a baixarem os preços. O =igualdades mostra que, para voltarmos aos valores pré-pandemia, ainda há um longo caminho pela frente.


Entre janeiro e maio do ano passado, o custo médio de um voo nacional só de ida foi R$ 626. Este ano, a média foi R$ 572. Um pequeno alívio, mas ainda pouco diante do quadro geral: o preço médio das passagens aéreas este ano é o segundo maior da década. O ponto mais baixo dos preços foi registrado em 2017, quando o preço médio era R$ 443.


Os brasileiros que viajaram entre os aeroportos de Congonhas (SP) e Santos Dumont (RJ) entre janeiro e abril deste ano pagaram, em média, R$ 117 a menos que aqueles que viajaram no mesmo período do ano passado. É um provável reflexo da queda dos preços do querosene de aviação, que baixaram 40% entre julho do ano passado e maio deste ano.


Para muitos brasileiros, viajar de avião se tornou inviável nos últimos anos, devido à alta dos preços. Em maio deste ano, uma viagem de ida e volta na principal ponte aérea do Brasil custava, em média, R$ 760. É o equivalente a 58% de um salário mínimo.


O elevado custo dos voos domésticos no Brasil cria algumas distorções. Em alguns casos, sai mais barato viajar para o exterior do que para uma cidade brasileira. Em maio, por exemplo, um paulista pagaria mais barato viajando a Buenos Aires, a bordo de um avião da empresa low cost FlyBondi, do que a São Luís, a bordo de um avião da Latam.


Um voo de ida para a Europa custava, em média, R$ 7.100 em maio deste ano. Arcar com esse custo é um privilégio para poucos. O rendimento médio per capita dos brasileiros, em 2022, foi R$ 1.625 – menos que um quarto do valor da passagem.


Brasileiros que vivem no Nordeste têm pagado mais caro para se deslocar por cidades próximas do que aqueles que vivem no Sudeste. Entre janeiro e maio, o preço médio de um voo entre cidades nordestinas foi R$ 520; entre cidades sudestinas, R$ 409.


O preço do querosene de aviação está em rota descendente. Em julho do ano passado, o litro do combustível custava R$ 6. De lá para cá, baixou 40%, chegando a R$ 3,80 em maio deste ano. O preço do querosene costuma ser citado pelas empresas áreas como principal justificativa para o encarecimento das passagens.

Não é para apreciar a vista: Por que te pedem para abrir cortinas do avião?

Nova York da janela de um avião; comissários podem te pedir para abrir a cortina,
e isso tem a ver com segurança (Imagem: Reprodução)
Durante as instruções dos comissários antes e ao longo do voo, é comum receber orientações sobre como as cortinas dos aviões devem ficar. Sejam abertas ou fechadas, isso tem a ver com a segurança.

Com pequenas diferenças no procedimento, uma coisa é certa: os comissários têm de conseguir ver partes estratégicas do avião no pouso e na decolagem caso ocorra uma emergência.

Se houver fogo próximo a uma das saídas do avião, esta não poderá ser aberta, e todos a bordo terão de se direcionar para a outra porta. Também, se for feita uma amerissagem (ou amaragem, ou seja, pouso na água), é preciso observar se a água não está acima do nível do batente da porta.

Sempre aberta é melhor?


Comissária de bordo observa exterior do avião por meio de janela instalada na
porta da aeronave (Imagem: Divulgação/Jürg Stuker)
Com essa questão da visibilidade, pode parecer que o melhor seja que as cortinas estejam sempre abertas, mas não é bem assim. A escolha varia entre cada empresa e modelo de avião.

Ainda é comum companhias aéreas orientarem para as cortinas das janelas serem mantidas abertas, já que isso facilitaria a visualização do exterior da aeronave e, em caso de resgate, os socorristas teriam uma visão melhor de dentro do avião.

Em alguns modelos mais antigos, como o Fokker 100, que foi operado pela Latam e pela Avianca no Brasil, era solicitado que as cortinas das janelas fossem mantidas abertas durante o pouso e decolagem, por exemplo.

Isso ocorria porque o local onde os comissários ficavam nesse avião não tinha uma boa visibilidade do exterior do equipamento. Dessa forma, tripulantes teriam uma melhor visibilidade do que se passava fora e poderiam tomar alguma decisão de maneira mais rápida em caso de emergência.

Não há uma norma específica para isso e as empresas se adaptam à realidade de cada operação. Há casos em que as cortinas dos locais onde os comissários ficam e das saídas de emergência têm de ficar abertas durante o pouso e a decolagem. Já quanto às janelas dos demais passageiros, isso é opcional.

Em aviões mais modernos, das famílias A320 (Airbus), 767 e 777 (Boeing), as janelas que ficam nas portas são diferenciadas, como um prisma ou uma lente olho de peixe, que ampliam o campo de visão para fora.

Pouso na água


Passageiros aguardam resgate nas asas de avião que teve que fazer um pouso no rio Hudson,
em Nova York, em 2009 (Imagem: Brendan McDermid/15.01.2009/Reuters)
Caso haja risco de inundação, como em um pouso no mar ou em um rio, aquela saída do avião que permitirá a entrada de água não deverá ser aberta. Os tripulantes observam pela janela, seja a dos passageiros, seja a da porta, a parte de fora do avião para definir se é seguro abrir a porta ou não.

Caso seja aberta em condições adversas, pode acelerar a inundação e impedir que a evacuação do avião seja feita a tempo, por isso a importância de observar o exterior antes de abrir a porta.

No pouso realizado no rio Hudson, em Nova York (EUA) em 2009 (veja aqui a simulação feita pelo UOL), a tripulação conseguiu evitar que a aeronave afundasse mais rápido após observar o exterior do avião antes de liberar a evacuação da aeronave.

Os comissários observaram que a traseira do avião que realizava o voo 1549 da US Airways estava parcialmente submersa, e aquela porta não poderia ser aberta. Com isso, os passageiros foram direcionados para a saída da frente do avião para abandonar o local.

Controle climático e sono


Porta dos aviões mais modernos conta com uma janela que permite observar o
exterior da aeronave (Imagem: Alexandre Saconi)
Por outro lado, manter as cortinas das janelas fechadas auxilia no controle climático do avião. As cortinas abaixadas podem reduzir em cerca de 1,5º C a 2º C a temperatura interna da aeronave em locais mais quentes do planeta, já que diminuiria a incidência solar e melhoraria a eficiência do ar-condicionado.

Outra situação na qual pode ser solicitado que as cortinas sejam fechadas durante a decolagem é nos voos que partem para a Europa à noite. O sol nasce durante o voo, e a cabine ficaria iluminada, atrapalhando o sono das pessoas.

Via Alexandre Saconi (Todos a Bordo) com informações de Derick Barboza, gerente de Serviço a Bordo da Latam Brasil.

Avião furtado há 3 meses no Paraná é encontrado em SC; três são presos

Apreensão aconteceu na tarde de quarta-feira (16), após a inteligência da PM receber a informação sobre o avião estar dentro de um hangar na cidade.

PM encontra avião furtado há 3 meses no PR em Itapema e três são presos
(Foto: Polícia Militar/Divulgação)
A Polícia Militar localizou um avião de pequeno porte em Porto Belo, no Litoral Norte de Santa Catarina, que foi furtado há três meses no Paraná. Três homens que estavam com a aeronave foram presos.

A apreensão aconteceu na tarde de quarta-feira (16), após a inteligência da PM receber a informação sobre o avião estar dentro de um hangar na cidade.

Por volta das 16h, os agentes foram até o local e encontraram os três suspeitos deixando o espaço. O helicóptero Águia 7 também acompanhou a ação e conseguiu localizar o avião.

PM encontra avião furtado há 3 meses no PR em Itapema e três são presos
(Foto: Reprodução/Redes Sociais)
Conforme a PM, a aeronave foi furtada em Francisco Beltrão em 2 de maio de 2023. A distância até Porto Belo é de cerca de 600 quilômetros. Depois de ser localizado, o trio foi levado à delegacia de Itapema, na mesma região.

Procurada pelo g1, a delegada responsável pela região informou que poderá passar mais detalhes sobre o caso durante a tarde desta quinta. A reportagem não conseguiu contato com o aeroclube de onde o avião teria saído.

Via Caroline Borges, g1 SC

Jato particular cai em cima de um carro e uma moto na Malásia e mata 10

Uma aeronave de pequeno porte caiu sobre um carro e uma moto nos arredores de Kuala Lumpur, a capital da Malásia, matando dez pessoas.


A aeronave Raytheon 390 Premier I, prefixo N28JV, da Jetvalet Sdn Bhd, transportava seis passageiros e dois tripulantes quando caiu em uma rodovia em Elmina, Selangor, após perder o controle ao se aproximar do Aeroporto Sultan Abdul Aziz Shah (SZB/WMSA), em Kuala Lumpur,.às 14h do horário local (3h no horário de Brasília).

A aeronave perdeu contato com a torre de controle de tráfego aéreo e colidiu com uma motocicleta e um carro na rodovia, disse o chefe de polícia de Selangor, Hussein Omar Khan, a repórteres.

"Não houve chamada de emergência. A aeronave recebeu autorização para pousar", disse Hussein Omar.


Informações preliminares indicam que a aeronave primeiro contatou o SZB ATC às 14h47, horário local, uma autorização de pouso foi dada às 14h48 e, três minutos depois, o ATC notou fumaça saindo do local do acidente. 


A autoridade de aviação civil do país (CAAM) disse que o voo partiu da ilha turística de Langkawi e estava a caminho do aeroporto Sultan Abdul Aziz Shah, em Selangor, perto da capital Kuala Lumpur.

Autoridades inspecionam local em que avião caiu na rua de Shah Alam, na Malásia,
em 17 de agosto de 2023 (Foto: Hasnoor Hussain/Reuters)
A CAAM disse que o voo foi operado pela Jet Valet Sdn Bhd, uma empresa malaia de serviços de jatos particulares.

Via g1, Metrópoles e ASN

Aconteceu em 17 de agosto de 1988: Queda de avião com o presidente do Paquistão - Acidente ou sabotagem


O avião da Força Aérea do Paquistão estava no ar menos de cinco minutos quando explodiu em 17 de agosto de 1988, matando todos os 30 passageiros, incluindo o presidente do Paquistão, um embaixador dos EUA e membros do poder que governavam o Paquistão há 11 anos.

Em 17 de agosto de 1988, o presidente do Paquistão, general Muhammad Zia-ul-Haq, testemunhou uma inspeção de tanques em Bahawalpur. 

O presidente e sua comitiva, que consistia em vários generais do exército e o embaixador americano no Paquistão, estavam retornando a Islamabad no Lockheed C-130B Hercules, prefixo 23494, da Força Aérea do Paquistão. A bordo estavam 13 tripulantes e 17 passageiros.

O avião caiu logo após a decolagem perto da cidade paquistanesa de Bahawalpur, 531 quilômetros (330 milhas) ao sul da capital do Paquistão, Islamabad e pegou fogo. Todos a bordo morreram.

Muitas teorias indicam que o acidente foi causado por sabotagem. Em 2008, o jornal The Times relatou que, em 1988, uma análise feita por um laboratório dos Estados Unidos encontrou "contaminação extensa" por partículas de latão e alumínio no pacote de reforço do elevador. 

Arquivos desclassificados do Departamento de Estado dos EUA revelam que o Gen Beg, em um discurso de uma hora para oficiais do exército em Rawalpindi em 25 de agosto, se referiu à morte do Gen Zia como uma “conspiração”. Embora tenha aludido a “recentes declarações ameaçadoras do porta-voz soviético e da Rússia”, ele não atribuiu nenhuma culpa explícita. 

Na verdade, ele disse: “Além de agentes estrangeiros, pode haver alguns de nossos próprios envolvidos neste ato horrível, pois nenhuma conspiração pode ter sucesso sem a cooperação de pessoas de dentro.” Na mesma ocasião, ele também reiterou o apoio dos militares ao governo civil e às próximas eleições de 16 de novembro.

As investigações começaram quase imediatamente. Em 19 de agosto, o Departamento de Estado dos EUA anunciou que montou uma equipe para ajudar Islamabad a determinar a causa do acidente. A equipe de seis membros chegou em 22 de agosto e foi levada ao local do acidente que havia sido protegido por militares do Exército.

A edição de 23 de agosto da Dawn relatou que especialistas estrangeiros e locais não conseguiam entender como uma falha mecânica poderia ocorrer, já que 14 técnicos verificaram o avião entre o momento em que ele pousou e decolou de Bahawalpur. Partes dos destroços também foram transportados para os EUA para testes.

Isso pode ter causado controles lentos, levando ao excesso de controle. Isso, por sua vez, pode ter levado os pilotos a perderem o controle em baixa altitude logo após a decolagem. No entanto, a causa exata do acidente permanece obscura.

Por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos) com ASN e baaa-acro

Aconteceu em 17 de agosto de 1960: A queda do voo 36 da Aeroflot na Ucrânia

Em 17 de agosto de 1960, o voo 36 da Aeroflot era um voo regular de passageiros operado pela Aeroflot do Aeroporto Internacional do Cairo, no Egito, para o Aeroporto de Bykovo, na Rússia, que levava a bordo 27 passageiros e sete tripulantes. 

Um Ilyushin Il-18 semelhante à aeronave envolvida no acidente
A aeronave que opera o voo era o Ilyushin Il-18B, prefixo CCCP-75705, da Aeroflot (Moscow Civil Aviation Directorate), que foi concluída na fábrica de produção da Bandeira do Trabalho de Moscou em 1959 e foi transferido para a frota aérea civil. O Il-18B era movido por quatro motores turboélice Ivchenko AI-20 e, naquela data, havia sustentado um total de 407 horas de voo e 117 ciclos de decolagem/pouso.

O voo 36 estava em altitude de cruzeiro e acabava de passar pelo posto de controle em Codra, em Kiev, quando às 15h52 a tripulação relatou ao controle de tráfego aéreo (ATC) que havia embandeirado a hélice do motor nº 4 e solicitado uma tentativa de pouso de emergência no Aeroporto Internacional Boryspil, na Ucrânia. 

Às 15h57, o voo 36 relatou que o motor nº 4 e a asa direita estavam pegando fogo. O ATC recomendou o pouso no Aeroporto Internacional de Kiev (Zhuliany), que ficava mais perto, mas então às 15h57m30s, a tripulação fez uma transmissão de rádio final: "Estamos caindo, caindo, adeus, caindo, caindo, caindo...". 

O avião caiu aproximadamente 41 km ao norte do Aeroporto Internacional de Kiev, na Ucrânia. Não houve sobreviventes entre os 34 ocupantes da aeronave.

A Comissão de Investigação de Acidentes Aéreos determinou que um injetor de combustível com vazamento externo foi a causa raiz do acidente.


Como resultado do acidente e investigação, várias mudanças nos motores do Il-18 foram implementadas. Foi desenvolvido um sistema de supressão de incêndio no motor com disposições para o retardador de chamas ser pulverizado diretamente no suporte traseiro do motor. A construção do firewall do motor foi alterada para titânio e o material do encanamento foi alterado de liga de alumínio para aço.

Por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos) com Wikipédia e ASN

Passageiros ficam presos por horas em avião sem comida, água e banheiro nos EUA

Três aviões com destino a Atlanta, nos Estados Unidos, tiveram a rota desviada para um aeroporto a 400 km de distância no fim de semana devido a condições climáticas ruins.

Passageiros ficam presos em voo por horas nos Estados Unidos (Reprodução/WJCL)
Passageiros de uma dessas aeronaves contataram a WJCL 22 News, afiliada da CNN, e relataram o que presenciaram. Lizzy Phillips disse que sua família ficou dentro do avião por 6 horas, sem banheiro, água ou comida.

“Era para ser apenas uma hora e meia de voo rápido, de forma que você não precisasse de muita comida e provisões extras”, pontuou. Entretanto, ficaram presos por 4 horas no aeroporto internacional Savannah Hilton Head, totalizando 6 horas dentro do avião.

Enquanto isso, autoridades alegaram que estavam prontas para realizar o processo alfandegário dos passageiros.

Em uma declaração enviada à WJCL 22 News, a Delta confirmou que o voo 5062, que saiu de Eleuthera, nas Bahamas, para Atlanta foi desviado para Savannah devido ao mau tempo.

“A acessibilidade limitada dos agentes alfandegários do aeroporto fez com que a tripulação não fosse autorizada a deixar que os clientes saíssem da aeronave por um longo período de tempo. A Delta pede desculpas pela inconveniência aos nossos clientes e estamos revisando as circunstâncias que levaram à infeliz experiência”, destacou a empresa.

Banheiro inundado


Parte dessa “experiência infeliz” incluiu uma inundação do banheiro da aeronave. “Ela [filha] abriu a porta e disse ‘meu Deus, o banheiro está transbordando’” comentou Philips.

Depois de horas, a situação ficou ainda pior, com sua filha tendo que usar uma bolsa na frente do avião em uma área escondida como banheiro.

Os passageiros conseguiram desembarcar por volta das 22h30, transportados para o aeroporto de Savannah para passar pela alfândega.

Banheiro de aeronave inundado nos Estados Unidos (Foto: Reprodução/WJCL)
“Não acredito que não exista um protocolo para situações como essa, que essa situação é inédita. Nunca ouvi falar disso quando tantas coisas deram errado”, reclamou Philips.

De acordo com o site da Delta, é uma violação da Administração Federal de Aviação reter passageiros por mais de 3 horas. Eles estiveram lá por 4 horas.

Via Tiago Tortella (CNN) com informações de Lydia Blackstone, da WJCL

Piloto de avião da Latam morre após passar mal durante voo entre Miami e Santiago

Voo LA505 fez pouso de emergência no meio do trajeto em aeroporto do Panamá na terça-feira (15), de acordo com a empresa.

O piloto Iván Andaur Santibañez
O piloto Iván Andaur Santibañez, de 56 anos, da companhia aérea Latam, morreu na terça-feira (15) após passar mal no dia anterior durante um voo entre Miami, nos EUA, e Santiago, no Chile, o que obrigou a aeronave a realizar um pouso de emergência no meio do trajeto, de acordo com a empresa.

O voo LA505 precisou pousar na aeroporto internacional do Panamá, onde o piloto, que era comandante do avião e tinha 25 anos de experiência, recebeu assistência médica antes de morrer. Sua identidade não foi revelada pela companhia.

“Durante o voo, realizamos todos os protocolos de segurança necessários para salvar a vida do piloto afetado, contudo, depois do pouso e de receber assistência em terra, o piloto lamentavelmente faleceu”, disse a Latam em nota.

“Como Grupo Latam, estamos profundamente comovidos pelo ocorrido”, acrescentou a nota da empresa, com condolências à família do piloto.

O trajeto para a capital chilena seria retomado nesta terça-feira, conforme informado pela empresa.

De acordo com o jornal 'Las Últimas Noticias', do Chile, Andaur era apaixonado por motos e, inclusive, tinha um tímida coleção com três modelos, um deles dos anos 1990. O piloto da Latam, que perdeu a esposa há alguns anos, tinha uma filha.

Nas redes sociais, colegas de profissão lamentaram a morte do piloto: “Voa alto, amigo e nosso brigadeiro sênior”.

Via CNN e Metrópoles

Vídeo: Sem grades e com “jato na cara”, decolagem de avião vira atração da tarde na Amazônia


A simples decolagem de um avião da Azul pode se tornar um evento para moradores de uma cidade na fronteira do Brasil com Peru e Colômbia. A cena que pode ser vista abaixo ocorre em Tabatinga todo o final de tarde, quando um jato Embraer da Azul Linhas Aéreas decola para Manaus, capital do estado, no único voo que a cidade possui atualmente.

Situada na tríplice fronteira com Colômbia e Peru, fazendo divisa com Letícia e Santa Rosa de Yavarí, respectivamente, Tabatinga conta com 70 mil habitantes.

Letícia também conta com Aeroporto Internacional, que recebe voos da Avianca e LATAM para Bogotá, sendo inclusive uma opção para o povo do Amazonas acessar a Colômbia e outros países latinos, já que é possível ir andando até o outro aeroporto.

No entanto, o que o aeroporto de Tabatinga tem é a atração de final de tarde, já que com o cercamento baixo, os moradores têm uma vista panorâmica da pista. Assim, eles aproveitam e, no final do dia, se reúnem próximos da cabeceira 12 para ver o avião da Azul decolar e também sentir no rosto o forte jato deixado pelo deslocamento do ar quando a aeronave está na potência de decolagem.

Com muitas motos e ninguém usando capacete, o curioso evento foi gravado por uma moradora, que compartilhou o vídeo nas redes (ver abaixo).


Aviação executiva no Brasil: frota de 10 mil aeronaves e jato de R$ 300 milhões

Durante a pandemia de covid-19 muitos empresários decidiram aumentar a frota de aviões e helicópteros por conta das restrições de voos comerciais. Ritmo de vendas se mantém.

Falcon 8X: avião da francesa Dassault (Imagem: Divulgação)
O Brasil tem uma frota de aproximadamente 9.800 aeronaves executivas em operação, segundo dados da Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag). Se depender da expectativa do setor, a marca de 10.000 deve ser atingida ainda em 2023. Durante a pandemia de covid-19 muitas empresas e empresários decidiram aumentar a frota de aviões e helicópteros por conta das restrições de voos comerciais em todo o mundo. Acreditava-se que essa demanda era apenas um caso isolado, mas não é o que parece.

Durante a feira de aeronaves executivas Labace, realizada na semana passada em São Paulo, estavam expostos 45 aviões, jatos e helicópteros. Ao longo de três dias do evento, organizado pela Abag, diversos empresários passaram pelo local para fechar negócios ou conhecer melhor os modelos que devem comprar nos próximos meses. Os dados gerais das negociações não são divulgados, mas alguns dados indicam o aquecimento do setor.

Somente a TAM Aviação Executiva, uma das expositoras da feira, vendeu cinco unidades no evento que vão desde pistão, turbo- hélice, jato e até helicóptero. As entregas estão programadas para os próximos três anos. No histórico, de 2019 a 2022, a empresa vendeu um total de 250 aeronaves, com um salto de 42 em 2019 para 106 no ano passado. "A demanda de vendas de aeronaves seja nova ou seminova está em alta desde o começo da pandemia", explica o diretor executivo da TAM, Leonardo Fiuza.

Também sentindo o reflexo da alta demanda por aviões executivos, a Dassault Falcon Jet levou para a Labace dois dos seus principais modelos que 'casam perfeitamente com as necessidades do comprador brasileiro', na avaliação o vice-presidente executivo da empresa, Carlos Brana. Ele explica que o Brasil representa cerca de 15% do mercado da companhia francesa e que há uma alta procura dos empresários brasileiros pelos jatos Falcon. Ainda na fase final de montagem da primeira unidade, a Dassault já vendeu ao Brasil duas unidades do seu mais novo Falcon 10x.

Interior do Falcon 8x (Imagem: Divulgação)
O jato mais caro exposto da Labace era o Falcon 8x. Com preço de US$ 67 milhões (algo em torno de R$ 300 milhões), o modelo era um dos mais requisitados para visitação interna por quem passou pelo local. Com capacidade para até 16 passageiros, o avião é desejado muito por conta da autonomia: 11.945 quilômetros, distância suficiente para fazer uma viagem de São Paulo a Paris diretamente, sem escalas.

Assim como todos os Falcons, o 8X é compatível com o SAF, um combustível de aviação mais sustentável e como menos emissões. O nível de ruído na cabine é baixo devido ao desenvolvimento de tecnologia de isolamento acústico. O trijato chega a uma velocidade de 685 quilômetros por hora e pode voar a uma altitude de até 15.545 metros.

A estratégia por trás de tantos voos internacionais decolarem à noite

Voos internacionais saindo do Brasil com destino aos Estados Unidos e Europa costumam
ocorrer em período noturno (Imagem: Reinaldo Canato/UOL)
Já reparou que grande parte dos voos internacionais de longa distância que saem do Brasil costuma decolar no período noturno? Isso não é uma coincidência! Há uma estratégia das empresas para melhorar a distribuição dos passageiros em seus destinos.

O segredo está nas conexões


Alguns aeroportos funcionam como concentradores de voos oriundos de várias regiões e países. A partir desses centros de distribuição, são feitas as conexões com outros voos das empresas, que, em linhas gerais, levam os passageiros para seus destinos dentro ou fora do país para onde voaram.

Em grande parcela dessas companhias, essas conexões ocorrem no período da manhã e, por isso, é importante sair de noite do país de origem, no caso, o Brasil. Assim, o passageiro consegue chegar ao seu destino ainda durante o dia e encontra uma possibilidade maior de localidades para as quais pode viajar.

Essa concentração da máxima quantidade de voos em um mesmo local em um horário próximo também pode gerar economia com os custos da empresa, e aumenta a possibilidade de rotas que ela pode ofertar.

Segundo Dany Oliveira, diretor-geral da Iata (International Air Transport Association - Associação Internacional de Transporte Aéreo) para o Brasil, essa regra ocorre principalmente nos destinos na Europa e na América do Norte. São as localidades onde há a maior oferta de voos partindo do país. Mas depende dos horários e conexões que as empresas oferecerão.

Concentração noturna


Voos à noite apresentam vantagens para os passageiros que voam longas distâncias
(Imagem: Kimimasa Mayama/EFE)
Em 2019, no aeroporto de Guarulhos, o maior da América do Sul, foram cerca de 37 mil voos com destino para fora do Brasil, segundo dados da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). Aproximadamente 22 mil deles foram realizados à noite, entre 18h e 6h, representando 59% dessas decolagens.

Se levados em consideração apenas os voos de longa distância diretos para fora da América do Sul, Guarulhos teve quase 20 mil decolagens em 2019, sendo aproximadamente 14 mil à noite (70% do total).

Na região, o principal concentrador de voos é o próprio aeroporto de Guarulhos. Por isso, não é comum haver voos noturnos para dentro da América do Sul para realizar essas conexões.

Outro ponto é que a distância dentro do continente é relativamente menor e os voos não costumam ultrapassar cinco horas de duração (tomando São Paulo como ponto de partida). Com isso, é possível voar chegando relativamente cedo ao destinou ou sem se preocupar em perder alguma conexão.

Descanso e trabalho em voo


Vantagem do voo noturno é poder dormir e chegar descansado ao destino (Imagem: iStock)
Ainda segundo Dany Oliveira, os passageiros podem optar por esses voos noturnos para irem dormindo e estarem produtivos durante o dia. Quem viaja para lazer também pode ter vantagem com o voo noturno. Chegando cedo ao destino, dá para aproveitar o check-in dos hotéis e ter um dia a mais para aproveitar a viagem, afirma Oliveira.

Performance


Voos de carga podem ter melhor desempenho aerodinâmico quando decolam à noite
(Imagem: Alexandre Saconi)
Outro fator que acaba influenciando na realização de voos noturnos, mas que não é determinante, é o desempenho dos aviões. À noite, o ar tende a ser mais frio do que de dia, melhorando as condições para que a aeronave decole.

O ar mais frio e, ocasionalmente, mais seco, se torna mais denso, o que facilita o pouso e a decolagem dos aviões. Com isso, aviões mais pesados, como aqueles que terão de voar longas distâncias ou os cargueiros, encontram um melhor cenário para voar.

Essa baixa temperatura do ar em relação ao dia também torna a atmosfera mais calma, o que gera menos turbulência.

Via Alexandre Saconi (Todos a Bordo)