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sexta-feira, 7 de novembro de 2025

Quer ser piloto? Governo fornece material gratuito para estudar em casa

Setor da aviação comercial deve demandar quase 700 mil novos pilotos nas
próximas décadas (Imagem: Westwind Air Service)
O mercado para profissionais da aviação está aquecido mundialmente. Segundo estimativas da Boeing, até 2044 serão necessários 660 mil novos pilotos na aviação comercial global, sem levar em conta os pilotos privados e da aviação geral (como aeromédico, táxi-aéreo, segurança pública, entre outras).

No Brasil, o primeiro passo para ser piloto pode ser feito em casa. Os estudos teóricos para a certificação de piloto privado não precisam ser realizados em escolas homologadas, ao contrário da formação prática.

Quem quiser conhecer mais da profissão, do mundo aeronáutico ou, de fato, dar o primeiro passo na carreira de piloto pode contar com material disponibilizado pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). Ainda, quem está fazendo o curso em escolas de formação pode usar o material para reforçar os estudos antes da prova oficial para obter a certificação de piloto privado, que, posteriormente ainda terá de contar com as horas práticas em voo antes da obtenção definitiva da autorização para voar.

Onde baixar o material?


A Anac mantém em seu site uma biblioteca digital gratuita chamada Asas do Conhecimento, com conteúdo voltado a quem deseja compreender melhor a aviação ou iniciar a formação como piloto.

O material foi elaborado por especialistas da agência e segue o conteúdo programático exigido para a obtenção do certificado de piloto privado (PP), primeira etapa na carreira de piloto.

As apostilas estão disponíveis em formato PDF e abordam desde princípios básicos de voo, construção de aeronaves, aerodinâmica e sistemas das aeronaves entre outros. Qualquer pessoa pode baixar o conteúdo, sem necessidade de cadastro, e utilizá-lo tanto para estudo próprio quanto como reforço para os cursos presenciais em aeroclubes e escolas de aviação.

Veja as apostilas disponíveis:
O conjunto cobre praticamente toda a parte teórica exigida para quem pretende prestar o exame da Anac e iniciar o curso prático de piloto privado.

Pilotos do Semiárido


Em 2024, a Anac lançou uma iniciativa inédita para ampliar o acesso à formação de pilotos no país. É o projeto Pilotos do Semiárido, que oferece bolsas de estudos integrais para formação de pilotos comerciais, sediado em Mossoró (RN). O projeto inclui tanto as disciplinas teóricas quanto a parte prática em voo (a mais cara), contemplando todo o conteúdo exigido para a certificação de piloto.

O objetivo é democratizar o ingresso na aviação civil, reduzindo o impacto do alto custo da formação que, em escolas particulares, pode ultrapassar R$ 250 mil até a licença de piloto comercial. Metade das vagas da iniciativa são destinadas a mulheres, e o projeto faz parte do programa Asas para Todos, que é formado por 34 projetos que visam aumentar a capacitação e fomentar a diversidade e a inclusão no setor.

O processo seletivo da primeira turma ainda está em andamento após atraso devido a problemas encontrados durante o processo seletivo. Atualmente, já foi publicada a lista final de aprovados e feito um ajuste no cronograma de início das aulas.

O projeto é voltado a candidato


A formação de um piloto civil é dividida em diversas etapas, que combinam teoria e prática. O primeiro certificado é o de piloto privado (PP), que autoriza o voo recreativo, sem fins comerciais, e é preciso ser maior de 18 anos, ter o ensino médio completo e aprovação em exames teóricos e práticos da Anac.

A etapa teórica pode ser estudada por conta própria, como no material gratuito da agência, ou em escolas de aviação homologadas. Já a parte prática deve obrigatoriamente ser feita em aeroclubes ou escolas credenciadas, com no mínimo 40 horas de voo supervisionadas por um instrutor, devendo ser realizado um voo solo para se obter a certificação.

Após o PP, quem deseja seguir carreira deve buscar a licença de piloto comercial (PC), que permite voar profissionalmente, transportando passageiros ou cargas. Para isso, o candidato precisa acumular pelo menos 150 horas de voo e cumprir uma nova bateria de provas teóricas e cumprir exigências médicas mais rigorosas que para o PP.

O passo seguinte costuma ser a realização de voos para se obter uma quantidade mínima de horas de voo para, por exemplo, se candidatar a uma vaga em companhias aéreas. Ainda pode ser necessário possuir habilitação em aeronaves multimotor e o curso de voo por instrumentos (IFR), dependendo da circunstância.

A progressão pode levar alguns anos e exige investimento significativo, mas o retorno tende a compensar: pilotos comerciais de companhias aéreas no Brasil recebem, em média, entre R$ 10 mil e R$ 20 mil mensais, dependendo da empresa e do tipo de aeronave.

Assim como globalmente, no Brasil, o ritmo de contratações também vem crescendo, especialmente com a retomada de voos regionais e o aumento de operações de aviação executiva.

Via Alexandre Saconi (Todos a Bordo/UOL)

domingo, 21 de setembro de 2025

Confira o resultado da pesquisa sobre o perfil profissional na aviação civil

Levantamento teve participação de 2.185 pessoas de todos os estados brasileiros.


Para conhecer melhor o perfil dos profissionais do setor aéreo brasileiro, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) lançou uma pesquisa, entre os dias 6 de maio e 10 de junho, para mapear o perfil de profissionais da aviação. O levantamento contou com a participação de 2.185 pessoas de todos os estados brasileiros.

Entre os respondentes, 1.689 (77%) atuam no setor aéreo, 403 (18%) não trabalham no setor, mas gostariam de trabalhar na aviação, e 93 (4%) não trabalham na aviação. A pesquisa apontou que o setor aéreo possui, atualmente, uma força de trabalho experiente: 474 profissionais, ou 28,1%, têm mais de 20 anos de carreira.

No recorte por gênero, os dados mostram que os homens representam 68% dos profissionais da aviação que participaram da pesquisa, enquanto as mulheres somam 32%, indicando um possível desequilíbrio de gênero no setor aeronáutico.

Entre as ocupações mais citadas, destacam-se:
  1. Piloto (441)
  2. Mecânico aeronáutico (222)
  3. Comissário de bordo (149)
  4. Agente de proteção à aviação civil (Apac) (113)
  5. Serviços auxiliares ao transporte aéreo (84)
  6. Controlador de tráfego aéreo (39)
  7. Fiscal de pátio (17)
  8. Despachante operacional de voo (DOV) (10)
Outros 614 respondentes atuam em áreas diversas, como engenharia, gestão e meteorologia.

No que diz respeito à escolaridade, a pesquisa mostrou que 19% das pessoas possuem apenas o ensino médio, o que pode indicar uma oportunidade para reduzir as barreiras no acesso ao ensino superior. Por outro lado, 31% dos profissionais têm ensino superior completo e 28% possuem pós-graduação, especialização, mestrado ou doutorado, indicando um alto grau de qualificação no setor.

A percepção racial dos participantes revelou que 1.315 se identificam como brancos, 659 como pardos, 148 como pretos, 30 como amarelos e 4 como indígenas. Outros 22 preferiram não responder e 7 marcaram a opção "outra raça".

Um dos destaques da pesquisa é a percepção sobre políticas de incentivo à formação. Para 43% dos respondentes, a Anac deve priorizar pessoas de baixa renda na concessão de bolsas de estudo. Já 23% defendem o foco em pessoas com deficiência, 19% em mulheres, 12% em pessoas negras e 3% em pessoas LGBTQIA+.

A pesquisa “Perfil do profissional da aviação civil brasileira” integra o programa Asas para Todos e servirá como base para um estudo de viabilidade com foco na oferta de bolsas de estudo por meio de financiamentos públicos. Com os dados coletados, a Anac elaborará um relatório sobre o cenário atual da participação social na aviação, subsidiando futuras ações de formação gratuita e promovendo o desenvolvimento sustentável do setor.


Com informações da Assessoria de Comunicação Social da Anac

sexta-feira, 12 de setembro de 2025

Edição comemorativa do Anuário Brasileiro de Aviação Civil está disponível para download gratuito


Após o evento de lançamento realizado no dia 04 de setembro, o 10º Anuário Brasileiro de Aviação Civil já pode ser acessado pelo link: https://www.institutoaviacao.org/anuario
.

O Anuário do Instituto Brasileiro de Aviação (IBA) é uma publicação gratuita destinada a tomadores de decisão, diretores, gestores, profissionais do setor, operadores, meios de comunicação, professores, alunos, instituições governamentais, órgãos públicos nacionais e internacionais, pilotos, aeronautas, aerodesportistas e todos os entusiastas da aviação.

Lançada em celebração aos 10 anos da publicação, esta edição apresenta análises comparativas inéditas entre 2024 e 2015, bem como comparações entre 2024 e 2023, traçando um panorama futuro da Aviação Civil por meio da consolidação e análise de dados estatísticos.

Dividido em 5 capítulos, o Anuário abrange tendências do setor, mercado de insumos, dados gerais sobre trading, frota, voos, passageiros, cargas, capacidade de assentos, aeroportos e muito mais.

A edição também inclui artigos de convidados ilustres, como o Sr. Daniel Ramos Longo, Secretário Nacional de Aviação Civil, e o Sr. Ricardo Miguel, diretor-presidente da ABESATA, além de dados do primeiro ano de implementação do programa TransplantAR Aviação Solidária.

Em nota, a equipe do IBA expressou sua gratidão aos apoiadores e parceiros que, ao longo desses 10 anos, tornaram possível a produção de uma publicação de qualidade excepcional, alinhando-se ao compromisso do Instituto em promover conteúdo especializado e estratégico de alta qualidade.

Via Carlos Ferreira (Aeroin)

quinta-feira, 7 de agosto de 2025

Pode levar creatina e whey no avião? Saiba o que acontece se você for parado

O interior de uma cabine de avião comercial (Imagem: Getty Images/iStockphoto)
O cansaço pode bater em qualquer pessoa, por melhor que ela tenha descansado antes de trabalhar. Por isso, em voos mais longos, os pilotos de diversos países contam com esquemas de repouso, que podem ser em quartos especiais, em um assento reservado junto aos passageiros ou, até mesmo, no assento da cabine de comando.

Esses descansos servem tanto para adequar a jornada de trabalho dos tripulantes para voos de longa duração ou mesmo para manter o estado de alerta durante certas fases do voo, onde a carga de trabalho é mais intensa.

Além do descanso profundo, que é aquele que o piloto sai da cabine e vai repousar em outra parte do avião (como em uma cama ou assento reservado), há o descanso controlado, que é feito na própria cabine de comando. Essa modalidade ficou famosa após um piloto da China Airlines ter sido flagrado dormindo enquanto sobrevoava Taiwan em fevereiro.

Naquele momento, a segurança de voo não foi colocada em risco, já que o que ocorreu não foi nada além do descanso controlado. Essa é uma oportunidade para que o piloto tenha um sono de curta duração, que varia de 10 a 45 minutos, enquanto permanece sentado em seu posto.

São recomendações para o descanso controlado:
  • Ser combinado entre ambos os pilotos
  • Apenas um piloto pode dormir por vez
  • É preciso afastar o assento dos controles do avião
  • Não operar o avião por 20 minutos após acordar
  • Acordar, pelo menos, 30 minutos antes da fase de descida
  • Só pode ocorrer durante fases do voo com baixa carga de trabalho, como a etapa de cruzeiro
Esse sono deve ser curto, pois, se for mais longo, pode deixar o piloto grogue ao acordar. Esse cochilo também ajuda a manter a tripulação em alerta durante as fases críticas do voo, como a descida e o pouso.

No Brasil, a jornada de voo de tripulantes é fiscalizada pela Anac (Agência Nacional da Aviação de Aviação Civil). A legislação do país não prevê o descanso controlado, mas estipula que os pilotos devem possuir um assento reservado na cabine de passageiros para descansar enquanto não estão em operação.

Atualmente, existem três tipos de tripulação no Brasil:
  • Tripulação simples: Composta por um comandante e um copiloto, com carga horária de trabalho de até 11 horas diárias. Nesse caso, não está previsto os pilotos dormirem ou se revezarem para descansar.
  • Tripulação composta: Formada por dois comandantes e um copiloto, com carga horária de até 16 horas trabalhadas por dia. Nessa situação, é possível que um piloto venha a descansar, desde que haja, pelo menos um comandante na cabine.
  • Tripulação de revezamento: Composta por dois comandantes e dois copilotos, com jornada máxima de 20 horas de trabalho por dia. Aqui, também é possível que a tripulação deixe o controle do avião para descansar, desde que um comandante, ao menos, permaneça na cabine de comando.
Em todas as fases críticas do voo, que são a decolagem, a aproximação e o pouso, é obrigatório que todos os comandantes e copilotos estejam presentes na cabine de comando por questões de segurança. Fora essas situações, os tripulantes podem combinar os melhores momentos para o descanso entre si.

Via Alexandre Saconi (Todos a Bordo) - Fontes: SNA (Sindicato Nacional dos Aeronautas) e Anac (Agência Nacional da Aviação de Aviação Civil)

quarta-feira, 16 de julho de 2025

Aberta seleção para novos examinadores autônomos de pilotos

São oferecidas 42 vagas para instrutores de aviões e helicópteros. Inscrições vão até 25/7.


A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) abriu um novo edital para selecionar e credenciar novos examinadores autônomos para pilotos de aviões e helicópteros. Serão ofertadas 42 vagas, distribuídas da seguinte forma: 10 vagas para pilotos de linha aérea de avião, 18 para pilotos comerciais de helicóptero e 14 para pilotos agrícolas.

As inscrições vão até o dia 25 de julho e devem ser feitas por meio do Protocolo Eletrônico da Anac. O edital, com as informações sobre o processo estão disponíveis na página de Examinadores Credenciados no portal da Agência. Para se inscrever no Sistema Eletrônico de Informação (SEI), basta seguir o passo a passo do manual disponível em: https://tinyurl.com/yuz2k2r8.

A nova seleção complementa o edital publicado em 2023, que já credenciou 41 examinadores. O edital contempla localidades não atendidas anteriormente ou regiões onde não houve candidatos selecionados. Em breve, um terceiro edital será lançado para convocar os candidatos que estavam em lista de espera.

Os profissionais credenciados serão responsáveis por realizar exames de proficiência para concessão, convalidação e restabelecimento de licenças e habilitações de pilotos de aviões de classe, agrícolas e de helicópteros monomotores e multimotores, nas regiões onde forem credenciados. As vagas foram distribuídas com base na demanda por exames nos últimos anos.

Neste edital, para pilotos de helicóptero, serão considerados diferenciais possuir licença de piloto de linha aérea e habilitação vigente para helicópteros multimotores a turbina (HMLT). Para os pilotos agrícolas, será considerado diferencial possuir habilitação de tipo AT8T vigente.

O processo seletivo será composto por quatro etapas:
  1. Inscrição e seleção de candidatos;
  2. Avaliação de títulos;
  3. Curso de formação e avaliação;
  4. Treinamento e avaliações práticas.
O curso de formação será realizado a distância e estará disponível para todos os candidatos que atenderem aos requisitos mínimos do edital.

Remuneração e obrigações


As atribuições dos examinadores e os valores a serem pagos pelos serviços prestados estão definidos pela Portaria nº 12.561, de 21 de setembro de 2023. A remuneração por exame realizado varia de R$ 500 a R$ 750. A portaria também estabelece que os examinadores serão responsáveis por filmar todos os exames de proficiência que realizarem

O credenciamento dos profissionais será por tempo indeterminado, mas os examinadores deverão passar por reciclagens e avaliações periódicas para manterem-se aptos à função.

Dúvidas e outras informações devem ser encaminhadas por meio do canal Fale com a Anac.

Fonte: Assessoria de Comunicação Social da Anac

segunda-feira, 28 de abril de 2025

Com 10,2 milhões de passageiros, setor aéreo tem melhor mês de março desde 2000

Movimentação doméstica e internacional apresentam recorde para o período.


Com 10,2 milhões de passageiros movimentados no total, somando mercados doméstico e internacional, março de 2025 registrou o maior fluxo total de passageiros para o mês desde o início da série histórica, em janeiro de 2000. Além disso, movimentação doméstica e internacional também tiveram recordes para o período, alcançando respectivamente 7,9 e 2,3 milhões de passageiros.

Os dados estão disponíveis no relatório de demanda e oferta da Anac, atualizado com os dados do setor da aviação civil até o mês de março de 2025.

Continuando a trajetória ascendente iniciada em abril de 2021, a movimentação internacional de passageiros registrou 15,5% de aumento em relação a março de 2024, marcando o 48º mês seguido de crescimento.

Em comparação a março de 2024, a demanda internacional, medida em passageiros por quilômetros transportados, cresceu 11,1%, enquanto a oferta internacional, mensurada em assentos por quilômetros oferecidos, teve aumento de 11,9%.

Finalmente, a movimentação de cargas internacionais também cresceu, com 77,3 mil toneladas transportadas – um aumento de 4,5% relativo a março de 2024.

Mercado doméstico


O resultado de 7,9 milhões de passageiros domésticos transportados em março representa um crescimento de 5,9% em relação ao movimento registrado no mesmo mês de 2024. Além disso, a demanda doméstica teve aumento de 9,5%, enquanto a oferta cresceu 8,9% no período.

A movimentação de cargas domésticas foi de 39,1 mil toneladas, redução de 7,3% comparado a março de 2024.

ANAC: Aberto o curso gratuito Aviation English Level 3

As inscrições e teste de nivelamento podem ser feitos até o dia 23 de maio.


Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) está com inscrições abertas para o curso Aviation English Level 3 for Civil Aviation Professionals, que será realizado de 28 de maio a 25 de junho de 2025, na modalidade educação a distância (EaD). As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até o dia 23 de maio, prazo final também para a realização do teste de nivelamento.

Reconhecido, pelo quarto ano seguido, com o Prêmio Trainair Plus, da Organização da Aviação Civil Internacional (Oaci), a capacitação tem como objetivo proporcionar aos alunos o domínio do vocabulário técnico da aviação em inglês, ampliando a capacidade de leitura, interpretação, escrita e tradução de textos da área. A formação contribui para uma comunicação mais precisa e eficiente no setor, aprimorando a segurança das informações transmitidas.

Ao longo do curso, serão abordados conteúdos como Aviation Jobs, Safety, The Aircraft, Aerodrome Traffic Circuit, Meteorological Conditions, Emergencies, Aviation Instruments, The Airport e Phraseology.

As inscrições devem ser feitas por meio do Portal de Capacitação da Anac e não serão aceitas inscrições por e-mail. Para ingressar no curso, o candidato deverá realizar o Placement Test, disponível na página do portal, durante o período de inscrição. Apenas os participantes que obtiverem nota igual ou superior a 80 pontos estarão habilitados para participar da capacitação.

Dúvidas sobre o processo de inscrição ou acesso ao portal, acesse o FAQ especial.

Não fique de fora dessa oportunidade, inscreva-se!

quinta-feira, 20 de março de 2025

Hoje na História: 20 de março de 2005 - Criação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)


Neste dia 20 de março, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) completa 19 anos de atuação como órgão regulador do setor aéreo no Brasil.

Desde sua criação, em 2005, e início das atividades em 2006, a Anac vem desempenhando um papel estratégico na segurança e no desenvolvimento da aviação civil, contribuindo para a modernização do setor e para a melhoria da experiência de passageiros e profissionais da área.

Criada para substituir o Departamento de Aviação Civil (DAC), a Anac trouxe novos padrões de governança e regulação alinhados às exigências internacionais. Entre suas responsabilidades estão a certificação e fiscalização de profissionais, aeronaves, operadores e aeroportos, além da promoção da acessibilidade, do estabelecimento das condições gerais de transporte aéreo e do fomento da competitividade no mercado aéreo.

Ao longo dos anos, a Agência liderou ações importantes, como a concessão de aeroportos à iniciativa privada, o que resultou em melhorias significativas na infraestrutura e nos serviços oferecidos. Também lançou, recentemente, iniciativas de ESG, como o programa Asas para Todos, que busca ampliar a diversidade e inclusão no setor aéreo, aproximando novos públicos da aviação civil, e a Conexão SAF, rede de incentivo à produção de biocombustíveis para a aviação.

Além de regulamentar e fiscalizar, a Anac trabalha para tornar o setor mais sustentável, eficiente e seguro, garantindo que o transporte aéreo continue a ser um dos principais pilares de integração e desenvolvimento econômico e social no Brasil.


Com informações da Anac via Aeroin

segunda-feira, 10 de março de 2025

Anac certifica nova empresa aérea com proposta inovadora no Brasil

Modelo ACMI possibilita ampliar oferta de voos com otimização da gestão da demanda.


A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) acaba de certificar nova empresa aérea para operar no Brasil, a Avion Express, que traz uma inovação para o mercado. A companhia atuará exclusivamente no fornecimento de soluções para a aviação comercial, por meio do modelo ACMI (Aircraft, Crew, Maintenance and Insurance ou, em português, Aeronave, Tripulação, Manutenção e Seguro).

Nesse formato de contratação, a empresa fornece aeronave, tripulação (pilotos e comissários), manutenção e seguros para um operador aéreo contratante, responsável pela comercialização das passagens e pelos custos operacionais adicionais, como combustível, taxas aeroportuárias e tarifas de navegação aérea. Esse modelo de negócio possibilita otimizar a capacidade das companhias aéreas, permitindo que ampliem suas operações temporariamente em períodos de alta demanda, como férias e eventos especiais, além de garantir a continuidade do serviço em casos de indisponibilidade de aeronaves.


Para os passageiros, a chegada desse novo modelo significa mais opções de voos e assentos. As empresas ganham mais flexibilidade e capacidade de operação, sem expandir sua frota própria. Assim, o ACMI contribui para um setor mais dinâmico e eficiente.

A certificação da Avion Express reforça o compromisso da Anac com o crescimento e a modernização do setor aéreo brasileiro, incentivando modelos inovadores que aumentam a competitividade do mercado e possibilitam mais oportunidades de viagens aos passageiros.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

Saiba como funciona o controle de helicópteros em São Paulo

Sistema desenvolvido pela FAB é operado na Torre de Controle de Congonhas.

Cidade de São Paulo tem a maior frota de helicópteros do mundo (Foto: Avantto)
O Brasil é um dos maiores detentores de frota de helicópteros do mundo, com mais de 2.000 aeronaves, segundo dados levantados pela Associação Brasileira de Pilotos de Helicóptero (Abraphe) e pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Somente a cidade de São Paulo registra, em média, cerca de 2.200 pousos e decolagens todos os dias.

O desafio de gerenciar e controlar esse movimento aéreo específico trouxe soluções pioneiras e da mais alta complexidade. Único no mundo, o sistema Helicontrol, desenvolvido pela FAB (Força Aérea Brasileira), por meio do Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo), é operado na Torre de Controle de Congonhas e garante a convivência segura de aviões e helicópteros na aproximação do aeroporto — que é o segundo mais movimentado do Brasil.

A área de controle de helicópteros da Torre de Controle de São Paulo foi uma solução criada em 2004 pelo Decea, como uma alternativa para viabilizar o crescente número de operações de helicópteros nesta porção do espaço aéreo.

“O serviço foi criado baseado nos pilares básicos de controle do espaço aéreo, que são a fluidez e a segurança, visando buscar a convivência harmônica entre a circulação de helicópteros e a de aeronaves de asas fixas no aeroporto de Congonhas”, destaca o chefe da Subdivisão de Gerenciamento de Tráfego Aéreo (ATM) do Centro Regional de Controle do Espaço Aéreo Sudeste (CRCEA-SE), Major Aviador Roberto Manoel Francisco Júnior.

Confira no vídeo como funciona o Helicontrol e descubra a complexidade do controle de tráfego aéreo de helicópteros na capital paulista.


quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

Anac lança vídeo educativo sobre inspeções de segurança em aeroportos


A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) lançou o vídeo educativo
Embarque Numa Boa: Inspeção Aleatória com o objetivo de esclarecer como funcionam os procedimentos de inspeção de segurança nos aeroportos do país. O material, voltado ao público em geral, destaca que a escolha de passageiros para inspeções adicionais segue critérios totalmente aleatórios, definidos por sistemas automatizados, e não está relacionada a fatores como origem, etnia, gênero ou qualquer outro aspecto pessoal.

A iniciativa faz parte da campanha Embarque Numa Boa: Segurança e respeito em cada inspeção, projeto criado para combater casos de discriminação nos aeroportos brasileiros e promover uma experiência de viagem mais justa e transparente. "Sabemos que muitos passageiros têm dúvidas sobre como as inspeções são conduzidas, e é nosso dever esclarecer que o processo é baseado em protocolos rigorosos de segurança e que não discrimina nenhum passageiro," afirma o diretor-presidente substituto da Anac, Roberto Honorato.


O vídeo também mostra como os sistemas de inspeção funcionam, incluindo o papel da tecnologia na seleção aleatória de passageiros, e destaca a importância de todos os viajantes colaborarem com os Agentes de Proteção da Aviação Civil (Apacs) durante os procedimentos. "É fundamental que os passageiros compreendam o caráter imparcial dessas ações e sintam-se confiantes no sistema de segurança aeroportuária," acrescenta o diretor-presidente.

Parceria interministerial

A campanha Embarque Numa Boa: segurança e respeito em cada inspeção faz parte do programa de inclusão e diversidade Asas para Todos e é uma ação estratégica desenvolvida em colaboração com os Ministérios da Igualdade Racial (MIR), das Mulheres (MMulheres), do Turismo (MTur), dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) e de Portos e Aeroportos (MPor). A integração de cinco ministérios reforça o compromisso do governo federal em enfrentar relatos de racismo e discriminação nos aeroportos, respondendo a preocupações de passageiros e garantindo que os procedimentos de segurança sejam conduzidos de forma técnica e imparcial.

A iniciativa inclui a divulgação de materiais explicativos em redes sociais da Anac, dos cinco ministérios parceiros, das concessionárias de aeroportos e de outras entidades do setor, como a Associação Aeroportos do Brasil (ABR). O material educativo mostra as etapas dos procedimentos de segurança, que incluem a revista por detectores de metais, escâneres corporais, inspeções de bagagens e inspeções aleatórias, que podem exigir buscas manuais. Cartilhas


No site da campanha, o passageiro encontra três cartilhas com detalhes sobre os procedimentos, incluindo a escolha do viajante que será submetido à inspeção aleatória e à busca manual e como deve ser feita a revista de pessoas usuárias de cadeira de rodas, crianças de colo e animais de estimação.

Acesse o material da campanha Embarque Numa Boa: Segurança e respeito em cada inspeção e entenda como a segurança nos aeroportos brasileiros é realizada para proteger a todos de forma justa e transparente.

sexta-feira, 1 de novembro de 2024

Governo anuncia mudanças no transporte de pets em aviões. Veja regras

Plano foi elaborado após a morte do cão Joca, que foi embarcado em um voo errado da companhia aérea Gol, em abril deste ano.

Joca, Golden Retriever de 5 anos, morreu depois de falha em transporte aéreo admitido por Gol
(Foto: Arquivo pessoal e Reprodução)
O governo federal apresentou nesta quarta-feira (30/10) novas regras para o transporte aéreo de animais domésticos. As diretrizes do Plano de Melhorias do Transporte Aéreo de Animais Domésticos (Pata) foram anunciadas em cerimônia com a presença do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.

Entre as mudanças previstas está a implementação de ferramentas de rastreamento dos animais em voos, sobretudo nos casos de transporte feito nos porões das aeronaves.

Outra mudança é o aprimoramento da comunicação com o tutor, com a divulgação de um guia de boas práticas e de orientações sobre como embarcar os pets em segurança.

Além disso, as companhias deverão disponibilizar o serviço de atendimento veterinário emergencial nos aeroportos. Há também uma diretriz que trata do treinamento periódico de equipes que fazem o transporte aéreo dos animais.

Com a publicação da portaria, as empresas terão 30 dias para se adequar às regras. Caberá à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) fiscalizar a política.

“Isso vai dialogar com, cada vez mais, a gente ter responsabilização da companhia aérea. E quando digo isso é no sentido das companhias aéreas poderem qualificar, cada vez mais, seus profissionais”, disse o ministro Silvio Costa Filho.

O objetivo do governo com a regulamentação é evitar casos como o do cachorro Joca, que morreu após ser embarcado em voo errado da companhia aérea Gol.

Entre os principais pontos da medida, estão:

  • Rastreabilidade dos animais durante o transporte, com sistema que permite o acompanhamento em tempo real;
  • Suporte veterinário em aeroportos, para assistência emergencial aos animais transportados;
  • Canal de comunicação direta com tutores, para tratar de regras de transporte e fornecer atualizações sobre a situação do voo;
  • Padronização das práticas de transporte, com foco no bem-estar e segurança dos pets em todo o trajeto;
  • Implementação de serviços específicos de segurança, visando a prevenção de incidentes e proporcionando mais tranquilidade aos tutores.

Regras da Anac


Pelas regras atuais da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o transporte de cães-guia deve obrigatoriamente ser prestado para possibilitar a locomoção de passageiros com deficiência visual.

Já o transporte de animais de estimação e animais de assistência emocional não é obrigatório.

O serviço depende de uma série de fatores (como o perfil de operação realizado pela empresa aérea, modelo de aeronave e rotas, por exemplo), portanto uma empresa não é obrigada a ofertá-lo.

A maior parte das companhias estabelece um limite de tamanho para o transporte de animais na cabine de passageiros, e os demais viajam no porão do avião. Muitos tutores, no entanto, demonstram preocupação com o transporte dos pets nessa parte da aeronave.

A portaria que estabelece o PATA tem como objetivo oferecer orientações às empresas que atuam no transporte aéreo, mas não tem caráter obrigatório.

Um projeto de lei que será enviado ao Congresso Nacional sobre o tema, porém, pode tornar o cumprimento das normas mandatório em território nacional, caso seja aprovado.

Segundo o ministro Costa Filho, com o lançamento do PATA, a Anac criou um grupo de trabalho para discutir "legislação interna, multas e diligências" que poderão ser realizadas em casos de empresas aéreas que não prestem um transporte animal de "boa qualidade".

Com informações de Daniela Santos (Metrópoles) e g1

quarta-feira, 7 de agosto de 2024

Pode levar creatina e whey no avião? Saiba o que acontece se você for parado

O interior de uma cabine de avião comercial (Imagem: Getty Images/iStockphoto)
O cansaço pode bater em qualquer pessoa, por melhor que ela tenha descansado antes de trabalhar. Por isso, em voos mais longos, os pilotos de diversos países contam com esquemas de repouso, que podem ser em quartos especiais, em um assento reservado junto aos passageiros ou, até mesmo, no assento da cabine de comando.

Esses descansos servem tanto para adequar a jornada de trabalho dos tripulantes para voos de longa duração ou mesmo para manter o estado de alerta durante certas fases do voo, onde a carga de trabalho é mais intensa.

Além do descanso profundo, que é aquele que o piloto sai da cabine e vai repousar em outra parte do avião (como em uma cama ou assento reservado), há o descanso controlado, que é feito na própria cabine de comando. Essa modalidade ficou famosa após um piloto da China Airlines ter sido flagrado dormindo enquanto sobrevoava Taiwan em fevereiro.

Naquele momento, a segurança de voo não foi colocada em risco, já que o que ocorreu não foi nada além do descanso controlado. Essa é uma oportunidade para que o piloto tenha um sono de curta duração, que varia de 10 a 45 minutos, enquanto permanece sentado em seu posto.

São recomendações para o descanso controlado:
  • Ser combinado entre ambos os pilotos
  • Apenas um piloto pode dormir por vez
  • É preciso afastar o assento dos controles do avião
  • Não operar o avião por 20 minutos após acordar
  • Acordar, pelo menos, 30 minutos antes da fase de descida
  • Só pode ocorrer durante fases do voo com baixa carga de trabalho, como a etapa de cruzeiro
Esse sono deve ser curto, pois, se for mais longo, pode deixar o piloto grogue ao acordar. Esse cochilo também ajuda a manter a tripulação em alerta durante as fases críticas do voo, como a descida e o pouso.

No Brasil, a jornada de voo de tripulantes é fiscalizada pela Anac (Agência Nacional da Aviação de Aviação Civil). A legislação do país não prevê o descanso controlado, mas estipula que os pilotos devem possuir um assento reservado na cabine de passageiros para descansar enquanto não estão em operação.

Atualmente, existem três tipos de tripulação no Brasil:
  • Tripulação simples: Composta por um comandante e um copiloto, com carga horária de trabalho de até 11 horas diárias. Nesse caso, não está previsto os pilotos dormirem ou se revezarem para descansar.
  • Tripulação composta: Formada por dois comandantes e um copiloto, com carga horária de até 16 horas trabalhadas por dia. Nessa situação, é possível que um piloto venha a descansar, desde que haja, pelo menos um comandante na cabine.
  • Tripulação de revezamento: Composta por dois comandantes e dois copilotos, com jornada máxima de 20 horas de trabalho por dia. Aqui, também é possível que a tripulação deixe o controle do avião para descansar, desde que um comandante, ao menos, permaneça na cabine de comando.
Em todas as fases críticas do voo, que são a decolagem, a aproximação e o pouso, é obrigatório que todos os comandantes e copilotos estejam presentes na cabine de comando por questões de segurança. Fora essas situações, os tripulantes podem combinar os melhores momentos para o descanso entre si.

Via Alexandre Saconi (Todos a Bordo) - Fontes: SNA (Sindicato Nacional dos Aeronautas) e Anac (Agência Nacional da Aviação de Aviação Civil)

sexta-feira, 19 de julho de 2024

Agência Nacional de Avião (Anac) monitora apagão global e orienta passageiros

Anac está em contato com os operadores aéreos e aeroportuários para avaliar e minimizar eventuais impactos ao setor aéreo.


A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou, em nota, que monitora a situação de apagão global que interrompe voos, bancos e comunicações pelo mundo. Segundo o comunicado, a Anac está em contato com os operadores aéreos e aeroportuários para avaliar e minimizar eventuais impactos ao setor aéreo.

A companhia aérea Azul (AZUL4) informou em comunicado que voos operados pela empresa podem sofrer “atrasos pontuais” devido a “intermitência no serviço global do sistema de gestão de reservas”, pelo apagão global. A recomendação é que os clientes que ainda não realizaram o check-in cheguem ao aeroporto mais cedo. “A Azul lamenta eventuais transtornos causados aos clientes”, disse a empresa.

O Grupo Latam por sua vez, disse em comunicado que até pouco antes das 9h desta sexta-feira, 19, a operação não havia registrado impactos.

O que a Anac recomenda durante atrasos em voos?


Conforme a Anac, em casos de atrasos de voo, cancelamento ou interrupção do serviço, aplicam-se as disposições da Resolução nº 400 da Anac, que trata das condições gerais de transporte aéreo.

Pela RES 400, quando um voo sofre atrasos acima de 30 minutos ou é cancelado, a empresa aérea deve cumprir uma série de procedimentos perante os passageiros:
  • manter o passageiro informado a cada 30 minutos quanto à previsão de partida dos voos atrasados;
  • informar imediatamente a ocorrência do atraso, do cancelamento e da interrupção do serviço;
  • oferecer gratuitamente, de acordo com o tempo de espera, assistência material;
  • oferecer reacomodação e reembolso integral, cabendo a escolha ao passageiro, quando houver atraso de voo superior a 4 horas ou cancelamento.
A assistência material é oferecida nos casos de atraso, cancelamento, interrupção de voo e preterição (negativa) de embarque. A assistência deve ser oferecida gratuitamente pela empresa aérea, independentemente dos motivos do atraso/cancelamento/preterição. Ela será fornecida de acordo com o tempo de espera, contado a partir do momento em que houve o atraso, cancelamento ou preterição de embarque, conforme demonstrado a seguir:
  • A partir de 1 hora: comunicação (internet, telefone etc.);
  • A partir de 2 horas: alimentação (voucher, refeição, lanche etc.);
  • A partir de 4 horas: hospedagem (somente em caso de pernoite no aeroporto) e transporte de ida e volta. Se o passageiro estiver no local de seu domicílio, a empresa poderá oferecer apenas o transporte para sua residência e de sua casa para o aeroporto.

sexta-feira, 28 de junho de 2024

ANAC abre inscrições para curso gratuito de inglês técnico voltado para aviação civil

Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) está com inscrições abertas para uma nova edição do curso Aviation English Level 3 for Civil Aviation Professionals. A capacitação será realizada de 4 de julho a 2 de agosto de 2024, segundo a metodologia TRAINAIR PLUS. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas pelo
Portal de Capacitação até o dia 1° de julho. Não serão aceitas inscrições por e-mail.

Os interessados em ingressar no curso deverão realizar uma prova de avalição de nível, o Placement Test. Este teste prévio será aplicado até 1° de julho na página do evento no Portal de Capacitação. O candidato que obtiver nota igual ou superior a 80 pontos ficará habilitado para realizar o curso Aviation English Level 3. O teste é composto por 100 questões de múltipla escolha a respeito de gramática, vocabulário, leitura e interpretação.

O treinamento, oferecido na modalidade de educação a distância (EAD), tem como objetivo possibilitar que o aluno conheça o vocabulário técnico da aviação, contribuindo para que ele seja capaz de realizar tarefas de leitura, interpretação, escrita e tradução de textos da aviação de forma mais precisa e eficiente, e auxiliando na garantia da segurança das informações transmitidas. Ao longo da capacitação, serão abordados temas como Aviation Jobs, Safety, The Aircraft, Aerodrome Traffic Circuit, Meteorological Conditions, Emergencies, Aviation Instruments, The Airport e Phraseology.

Se tiver dúvidas sobre o processo de inscrição ou de acesso ao Portal de Capacitação, consulte o documento de orientações para perguntas frequentes (Frequently Asked Questions – FAQ).

quarta-feira, 26 de junho de 2024

Anac propõe suspender direitos de voar para passageiros indisciplinados

Proposta, que entrará em consulta pública, inclui proibição de voar por 12 meses em casos gravíssimos.


Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aprovou nesta terça-feira, 25 de junho, a abertura de consulta pública para ouvir a sociedade sobre proposta de resolução que estabelece diretrizes mais rigorosas para a abordagem aos passageiros indisciplinados no setor de aviação civil. O objetivo é garantir a segurança e o bem-estar de todos os passageiros e tripulantes, bem como manter a tranquilidade a bordo das aeronaves e nos aeroportos.

A Anac reconhece que comportamentos indisciplinados representam ameaça à segurança operacional, além de causar desconforto e transtorno aos demais passageiros e à tripulação.

De acordo com dados da Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear), em 2023, houve 735 ocorrências de passageiros indisciplinados em aeronaves e aeroportos, o maior volume desde 2019. No ano passado, a média foi de dois casos registrados por dia.

Em resposta ao enfrentamento a esse desafio, a nova resolução propõe medidas mais duras e eficazes para coibir os comportamentos inadequados e garantir um ambiente de viagem seguro e tranquilo para todos.

Principais pontos da proposta de regulamentação:
  • Delimitação dos atos de indisciplina quanto à classificação de sua gravidade: essa classificação considerou a avaliação do risco associado à conduta, levando em conta a probabilidade de ocorrência, suas consequências e a eficácia das medidas de mitigação existentes. Dessa forma, as condutas mais graves foram identificadas como aquelas que apresentam maior potencial de risco para a segurança das operações aéreas.
  • Sanções mais severas: além das medidas essenciais implementadas para o funcionamento regular das operações, como a contenção imediata do passageiro indisciplinado, a proposta normativa regulamenta a possibilidade de que, nos casos de condutas gravíssimas, os operadores aéreos apliquem medida restritiva de impedimento de voar ao passageiro infrator, com prazo de duração de 12 meses. A medida envolve o compartilhamento dos dados do passageiro indisciplinado entre os operadores para que todos implementem a restrição aplicada.
  • Clareza em relação ao que pode acontecer: ao se elencar as consequências e medidas possíveis de serem adotadas em caso de comportamento indisciplinado, a Anac propõe uma comunicação clara, direta e objetiva para que todos saibam quais são os atos que devem ser prevenidos e que serão punidos. As medidas podem variar desde advertência, acionamento do órgão policial, encerramento do contrato de transporte a até mesmo a inclusão em lista de proibição de voar (no flight list).
  • Garantia de ampla defesa e devido processo legal: a Anac exigirá das empresas aéreas que propiciem ampla defesa aos cidadãos eventualmente incluídos na lista de proibição de voar e fiscalizará as companhias na utilização desse mecanismo.
Com a nova regulamentação, a Agência sinaliza claramente que não há lugar para comportamento indisciplinado na aviação civil, dando às empresas aéreas o poder de adotar medidas mais enfáticas para desestimular condutas danosas à sociedade no transporte aéreo brasileiro.

Assim, a Anac convida todos os interessados a participarem da consulta pública e a contribuírem com sugestões e comentários que possam aprimorar a resolução proposta. Com prazo de 45 dias, a consulta pública sobre passageiros indisciplinados terá início nos próximos dias, a partir de sua publicação no Diário Oficial da União e na página Consultas Públicas em andamento no site da Anac.

Via Assessoria de Comunicação Social da Anac

quarta-feira, 19 de junho de 2024

Reforma tributária: Anac defende imposto para passagem de avião similar a ônibus


A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) avalia que a definição de voos regionais incluída no primeiro projeto de regulamentação da reforma tributária (PLP 68/2024), usada para conceder 40% de redução na alíquota da CBS e do IBS, deveria ser estendida para estimular a ligação aérea entre cidades próximas à região de fronteira com países vizinhos.

O artigo 273 do projeto define como voo regional aqueles com "origem ou destino na Amazônia Legal ou em capitais regionais, centros sub regionais, centros de zona ou centros locais".

A defesa na ampliação do critério de voos regionais foi apresentada pelo gerente de Acompanhamento de Mercado da agência, Marco Porto, durante audiência pública na Câmara nesta terça (18). A redefinição de regionalidade está em discussão entre a agência e o Ministério da Fazenda.

A agência defende que nessas regiões há fluxo de brasileiros e estrangeiro com potencial econômico para ser explorado por companhias aéreas instaladas no Brasil. "Acho que o benefício deveria ser estendido a todas as empresas que desejem operar no Brasil", disse Porto à Folha, depois da audiência.

O gerente da Anac também defendeu a extensão para o setor de aviação de estímulo fiscal previsto na reforma para o transporte terrestre de passageiros. O projeto elaborado pela Fazenda prevê a isenção de 60% para transporte público coletivo de passageiros rodoviário e metroviário de caráter urbano, semi urbano e metropolitano.

A imunidade da CBS e do IBS permite também o crédito de tributos pagos ao longo da cadeia produtiva. "A aviação é um transporte de massa e deveria ter o mesmo tratamento que está sendo dado ao transporte terrestre", afirmou.

A Anac pede a retirada da previsão de Imposto Seletivo sobre a compra de aeronaves. "Esse custo pode ser transferido para a passagem. Isso que ninguém quer", disse Porto.

Na avaliação da Anac, a aviação civil vive uma realidade de custo apertado e qualquer redução é importante para manter as companhias aéreas operando.

Via Nivaldo Souza (Folha de S.Paulo)

terça-feira, 11 de junho de 2024

Rio Grande do Sul: Anac começa a retirar aviões ilhados do aeroporto de Porto Alegre

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) iniciou na manhã deste domingo (9) a remoção das aeronaves que ficaram ilhadas no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre (RS).

Via UOL

Vídeo mostra operação de limpeza no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre



Vídeo mostra a operação de limpeza do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, local que ficou alagado por cerca de um mês após as enchentes que afetaram o Rio Grande do Sul. 

Via Band

segunda-feira, 10 de junho de 2024

Em prol do combustível sustentável de aviação, Brasil cria a Conexão SAF, com instituições públicas e privadas

(Imagem: Scharfsinn, via Depositphotos)
O uso de combustíveis sustentáveis de aviação, mais conhecidos como SAF (do inglês Sustainable Aviation Fuels), é essencial para o Brasil avançar na descarbonização do setor aéreo e cumprir a meta estabelecida pela Organização da Aviação Civil Internacional (OACI): zerar as emissões de carbono na aviação internacional até 2050.

Para organizar o debate no país, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) participou da criação da Conexão SAF, fórum informal que congrega instituições públicas e privadas interessadas em promover a produção e o consumo de SAF no Brasil.

O lançamento da rede ocorreu dia 6 de junho, na sede da Agência, em Brasília (DF), durante a 5ª edição do evento Aviação Sustentável.

“A ANAC estabeleceu a transição energética no setor aéreo como uma prioridade estratégica. A promoção da sustentabilidade ambiental é um imperativo para todos os setores, o que demanda estreita colaboração entre os setores público e privado e a academia”, afirmou o diretor-presidente da Agência, Tiago Pereira.

O uso de SAF representa menos de 0,5% do volume de combustível utilizado pelo transporte aéreo. De acordo com a gerente de Meio Ambiente e Transição Energética da ANAC, Marcela Anselmi, o Brasil tem potencial para liderar globalmente esse novo mercado, em razão da disponibilidade de matérias-primas, tecnologias e ampla experiência na produção de biocombustíveis.

As discussões promovidas pela Conexão SAF também contribuirão para o amadurecimento do País, caso seja aprovado o marco regulatório de incentivo à produção e ao consumo de SAF no Brasil. O assunto está em discussão no Congresso Nacional por meio do Projeto de Lei Combustível do Futuro (PL 528/2020). Uma das propostas é que os operadores aéreos serão obrigados a reduzir as emissões de gases do efeito estufa nos voos domésticos por meio do uso de SAF.

O fórum tem o objetivo de identificar os desafios técnicos, regulatórios, tributários, produtivos e logísticos para a produção e o consumo de SAF no Brasil, propondo alternativas e iniciativas para torná-los viáveis economicamente.

As discussões são estruturadas em grupos técnicos distribuídos em seis eixos temáticos: Certificação e qualidade do produto; Políticas de incentivo e regulação; Viabilidade comercial e financiamento; Pesquisa e desenvolvimento; Infraestrutura e distribuição; Tributação e acesso a mercados internacionais.

Podem participar do fórum todos os interessados em contribuir com o tema, como produtores de matéria-prima e de biocombustíveis, distribuidores de combustíveis, empresas aéreas, operadores aeroportuários, fabricantes de produtos aeronáuticos, provedores de tecnologia, instituições de pesquisa, entidades de fomento e financiamento, bancos de investimentos e pesquisadores.

Para fazer parte da rede, basta enviar uma mensagem para o e-mail conexaosaf@anac.gov.br.

O hotsite Conexão SAF com mais informações pode ser acessado em: https://www.gov.br/anac/conexaosaf.

Via Murilo Basseto (Aeroin) com informações da ANAC

terça-feira, 16 de abril de 2024

Azul é autuada pela ANAC após voar com avião Embraer E195 amassado

A Azul Linhas Aéreas foi autuada pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) por ter liberado uma aeronave para voo sem as devidas correções e autorizações.


O caso aconteceu em 12 de setembro de 2023, quando uma inspeção de rotina da ANAC foi feita no Embraer E195-E2 de matrícula PS-AEE no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, principal centro de operações da Azul.

No documento ao qual o AEROIN obteve acesso, os inspetores da agência identificaram que uma das travas da porta de acesso ao cone traseiro estava danificada e que a porta também estava danificada no local de outra trava. Segundo a ANAC, “claramente este dano não era recente, já havendo marcas de reparos provisórios sobre eles”


Também foi identificado reparo realizado por fita metálica, impedindo visualização dos placares junto à porta de acesso ao cilindro de oxigênio do porão de carga dianteiro. Na ocasião da inspeção não foi apresentada nenhuma liberação de aeronavegabilidade compatível com o reparo, tendo, desta forma, operado a aeronave de forma irregular, ao menos no trecho Rondonópolis – Campinas.

O principal ponto foi uma mossa (amassado) acima do radome do lado direito (como mostra a imagem que ilustra esta matéria). Na ocasião da inspeção não foi apresentado nenhuma liberação de aeronavegabilidade compatível com o dano.

Já nas asas, foram encontrados reparos em fita metalizadas sem registros disponíveis e com algumas pontas soltas nas canoas que servem de carenagem para o sistema de acionamento dos flapes, além de outros reparos em fitas inadequados nos estabilizadores horizontais.


A empresa posteriormente respondeu à ANAC, ainda em setembro, com as liberações feitas pelos técnicos de manutenção da empresa após uma análise ainda no aeroporto. No entanto, como a agência considerou que a aeronave não deveria ter voado sob aquela condição, emitiu uma multa no final do mês de março, que pode chegar até R$ 10 mil, com possibilidade de desconto de 50% caso a empresa não recorra (similar ao que ocorre com carros com adesão ao SNE).

A Azul ainda está no prazo para recorrer da multa e pagá-la com desconto.

Via Carlos Martins (Aeroin) - Fotos: Reprodução