quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

Como funciona a "hélice" do helicóptero e de quantas pás precisa?

O H-50 Esquilo, da FAB, tem três pás no rotor principal, e é utilizado para treinamento de
pilotos da Aeronáutica (Imagem: Alexandre Saconi/UOL)
Quantas pás tem a "hélice" (rotor) de um helicóptero e como elas funcionam? Dependendo do modelo, pode existir um número variado de pás. São elas as responsáveis pelo deslocamento do ar, que irá sustentar o helicóptero em voo. 

A quantidade de pás que um rotor de helicóptero pode ter varia de acordo com uma série de elementos. O principal é, segundo Thales Pereira, presidente da Abraphe (Associação Brasileira de Pilotos de Helicópteros), o peso que a aeronave deverá carregar.

"A questão é definida, primeiro, de acordo com a carga que o helicóptero vai transportar, levando em conta o peso e o desenho do helicóptero. Outros fatores também são apontados na sequência, como o tipo de rotor ou o desenho e a finalidade do helicóptero. Thales Pereira 

Além disso, também é preciso levar em conta que, quanto menos pás, maiores estas terão de ser para gerar a mesma sustentação. Por isso, o peso ainda se destaca como o principal fator para determinar a quantidade de pás de um helicóptero.

Quanto aguentam?


O helicóptero Robinson R22, com dois assentos, tem apenas duas pás em seu rotor principal, com um diâmetro de cerca de 7,7 m. Com essa configuração, segundo o fabricante, é possível decolar com 622 kg ao todo, incluindo o peso da aeronave, combustível, passageiro, piloto e carga. Outro helicóptero com apenas duas pás, o Bell 214, tem o rotor principal com um diâmetro de cerca de 15 m, comportando até 14 passageiros. O modelo ainda tem a capacidade para decolar com peso total de até quase oito toneladas, devido à área de suas pás, maiores que a do R22.

O Bell 214 é um exemplo de helicóptero bipá, ou seja, com rotor principal equipado com duas pás (Imagem: Meggar)
Em comparação, o helicóptero militar russo Mi-26 tem oito pás, com um rotor principal com diâmetro de cerca de 32 m. Essa configuração permite a ele uma decolagem com um peso total de até 56 toneladas.

Mi-26 é um dos maiores helicópteros produzidos em série, tem oito pás e é
capaz de decolar com um peso de até 56 toneladas (Imagem: Alan Wilson)
Outro fator também é levado em conta na hora de projetar este tipo de aeronave, que é a vibração causada durante o voo. O tamanho das pás é projetado para equilibrar a quantidade de ar deslocada, o barulho e a vibração, que pode causar danos estruturais nos helicópteros e, até mesmo, tornar a viagem incômoda.

Rotor de cauda


No momento em que o motor do helicóptero começa a girar as pás, a fuselagem tende a se mover no sentido contrário dessa rotação. Para balancear essa força, o rotor secundário, localizado na cauda da aeronave, tem a função de controlar o voo do helicóptero, evitando que ele saia rodando de maneira descontrolada. De acordo com o deslocamento de ar gerado na cauda, é possível mudar a direção para a qual o helicóptero está apontando ou manter a mesma posição. A quantidade de pás desse rotor é definida pela quantidade de ar que deve ser movida para comandar a aeronave e, como não tem função de sustentação, é menor que o conjunto principal.

O UH-60 da Força Aérea Brasileira, também conhecido como Black Hawk, tem quatro pás e
é famoso por suas missões de resgate e salvamento (Imagem: Alexandre Saconi/UOL)

Curiosidades

  • Os rotores de quase todos os helicópteros mantêm uma velocidade constante de rotação, que varia entre 350 e 450 rotações por minuto, aproximadamente, de acordo com o modelo
  • Um dos maiores helicópteros produzidos em série, o russo Mi-26 conta com oito pás e foi usado para conter o incêndio no reator da usina de Chernobyl após o acidente em 1986
  • Nem todos os helicópteros possuem rotor com pás na cauda. Alguns usam outras tecnologias para viabilizar o voo, como o Notar (No Tail Rotor, ou, Sem Rotor de Cauda)
Por Alexandre Saconi (UOL)

Aconteceu em 15 de dezembro de 1989: Voo KLM 867 - Falha nos quatro motores em voo

Em 15 de dezembro de 1989, o voo 867 da KLM, em rota de Amsterdã, na Holanda, para o Aeroporto Internacional de Narita, em Tóquio, no Japão, foi forçado a fazer um pouso de emergência no Aeroporto Internacional de Anchorage, no Alasca, quando todos os quatro motores falharam. O Boeing 747 voou através de uma espessa nuvem de cinzas vulcânicas do Monte Redoubt, que havia entrado em erupção no dia anterior.


O Boeing 747-406M, prefixo PH-BFC, da KLM (foto acima), modelo
 'combi', batizado "Cidade de Calgary", com menos de seis meses na época, levava a bordo 231 passageiros e 14 tripulantes.

Todos os quatro motores falharam, deixando apenas os sistemas críticos com energia elétrica de reserva. Um relatório atribui o desligamento do motor à conversão das cinzas em um revestimento de vidro dentro dos motores que enganou os sensores de temperatura do motor e levou ao desligamento automático de todos os quatro motores.

Quando todos os quatro geradores principais desligam devido à falha de todos os motores, uma interrupção momentânea de energia ocorre quando os instrumentos de voo são transferidos para a energia de reserva. A alimentação em espera no 747-400 é fornecida por duas baterias e inversores. 

O capitão executou o procedimento de reinicialização do motor, que falhou nas primeiras tentativas, e o repetiu até a reinicialização. Em algumas das tentativas, quando um ou mais (mas não todos) motores começaram a funcionar, o gerador principal foi ligado novamente. 

Este ligar e desligar causou repetidas interrupções de transferência de energia para os instrumentos de voo. O apagamento temporário dos instrumentos deu a impressão de que a energia do modo de espera havia falhado. Essas transferências de energia foram posteriormente verificadas no gravador de dados de voo.

Transcrição do CVR


As seguintes transmissões editadas ocorreram entre Anchorage Center, a instalação de controle de tráfego aéreo para aquela região, e KLM 867:

Piloto: KLM 867 pesado está atingindo o nível 250, título 140

Anchorage Center: Ok, você tem uma boa visão da pluma de cinzas neste momento?

Piloto: Sim, está apenas nublado, podem ser cinzas. É apenas um pouco mais marrom do que a nuvem normal.

Piloto: Temos que ir para a esquerda agora: está fumaça na cabine no momento, senhor.

Centro de Ancoragem: KLM 867 pesado, entendido, deixado a seu critério.

Piloto: subindo para o nível 390, estamos em uma nuvem negra, indo para 130.

Piloto: KLM 867, desligamos todos os motores e estamos descendo agora!

Anchorage Center: KLM 867 heavy, Anchorage?

Piloto: KLM 867 pesado, estamos descendo agora: estamos caindo!

Piloto: KLM 867, precisamos de toda a sua ajuda, senhor. Dê-nos vetores de radar, por favor!

Recuperação e rescaldo

Depois de descer mais de 14.000 pés (4250 m), a tripulação ligou os motores e pousou o avião com segurança. Neste caso, as cinzas causaram mais de US$ 80 milhões em danos à aeronave, exigindo a substituição dos quatro motores, mas nenhuma vida foi perdida e ninguém ficou ferido.

Um carregamento de 25 pássaros africanos, dois genetas e 25 tartarugas a bordo do avião foi desviado para um armazém em Anchorage, onde oito pássaros e três tartarugas morreram antes que o carregamento erroneamente rotulado fosse descoberto.

Capitão Karl (Carl) van der Elst com os primeiros oficiais Imme Visscher e Walter Vuurboom inspecionando os danos causados ​​ao PH-BFC pela nuvem de cinzas em Anchorage no dia após o incidente
O Relatório Final do incidente apontou: "Encontro inadvertido com nuvem de cinzas vulcânicas, que resultou em danos por material estranho (objeto estranho) e consequente paralisação do compressor de todos os motores. Um fator relacionado ao acidente foi: a falta de informações disponíveis sobre a nuvem de cinzas para todo o pessoal envolvidos."

A KLM continua a operar a rota Amsterdã-Tóquio, mas como Voo 861, e agora é um voo direto para o leste usando um Boeing 777. O voo 867 agora é usado para voos entre Amsterdã e Osaka.


A aeronave, PH-BFC, permaneceu em serviço com a KLM até sua retirada da frota em 14 de março de 2018. Ela se juntou à frota da KLM Ásia após o estabelecimento da subsidiária em 1995, até que foi devolvida à KLM em 2012 e repintada em a pintura padrão KLM após uma verificação de manutenção.

Por Jorge Tadeu (com Wikipedia)

Aconteceu em 15 de dezembro de 1997: Voo 3183 da Tajikistan Airlines - Um único sobrevivente na tragédia


Em 15 de dezembro de 1997, o Tupolev Tu-154B-1, prefixo EY-85281, da Tajikistan Airlines (foto acima), partiu  do Aeroporto de Cujanda, no Tajiquistão, para realizar o voo 3183 em direção a Aeroporto Internacional de Xarja, nos Emirados Árabes Unidos, levando a bordo 79 passageiros e sete tripulantes.

A aeronave decolou do Aeroporto de Cujanda (2ª maior cidade do Tajiquistão) na tarde de 15 de dezembro de 1997. Ao entrar no espaço aéreo do Xarja, a aeronave começou a descer, passando por turbulências na descida. Preparando-se para a aproximação final, a tripulação não percebeu que estavam muito baixos e a aeronave caiu no deserto a aproximadamente 13 km leste do aeroporto de Xarja.

Das 86 pessoas a bordo, 85 morreram. Todos os 79 passageiros morreram, embora um passageiro tenha sobrevivido ao acidente, mas acabou falecendo no hospital junto com 6 membros da tripulação. O único sobrevivente foi identificado como o navegador, Sergei Petrov, de 37 anos.

A Organização de Aviação Civil Internacional sugeriu que a causa provável foi: "o piloto desceu abaixo da altitude atribuída e sem querer, continuou a descida para o solo. Os fatores contribuintes foram estresse auto-induzido, leve turbulência e não adesão aos procedimentos operacionais".

O presidente da Companhia Aérea do Estado do Tajiquistão, que fretou o voo, afirmou que uma explosão ocorrera na aeronave antes do acidente, mas não havia evidências que comprovassem isso.

O presidente do Uzbequistão, Islam Karimov, ofereceu condolências ao seu homólogo tajique Emomalii Rahmon após o acidente. Todas as 85 vítimas eram de Cujanda. Cerca de 3.000 pessoas se reuniram na praça principal de Cujanda para o velório, enquanto o primeiro-ministro tajique, Yahyo Azimov, falava de "uma terrível tragédia". Dezenove dos corpos foram gravemente danificados e não puderam ser identificados. Eles foram posteriormente enterrados em uma vala comum.

Por Jorge Tadeu (com Wikipedia, ASN e baaa-acro.com)

Hoje na História: 15 de dezembro de 2009 - O Boeing 787 Dreamliner faz seu primeiro voo

O primeiro voo do Boeing 787 Dreamliner ocorreu em 15 de dezembro de 2009, e completou os testes de voo em 2011.

Primeira aparição pública do 787 em 8 de julho de 2007
O Boeing 787 Dreamliner é uma aeronave widebody bimotor turbofan desenvolvida e fabricada pela Boeing. Sua capacidade de passageiros varia de 242 a 335 passageiros. É a aeronave mais eficiente da Boeing em termos de combustível e foi a primeira na qual foram usados compósitos como material principal na construção de sua estrutura. O 787 foi projetado para ser 20% mais eficiente do que o Boeing 767. As características do 787 incluem seu nariz distintivo, o uso total do sistema fly-by-wire, asas curvadas, e redução de ruído dos motores. Seu cockpit é semelhante ao do Boeing 777, o que permite que pilotos qualificados operem os dois tipos de aeronave.

Montagem da parte frontal da aeronave
Inicialmente, a aeronave foi designada como Boeing 7E7, até sua renomeação em janeiro de 2005. O primeiro 787 foi apresentado ao público em uma cerimônia de roll-out no dia 8 de julho de 2007, na fábrica da Boeing, em Everett. O desenvolvimento e produção do 787 envolveram a colaboração de inúmeros fornecedores em todo o mundo. A montagem final das aeronaves acontece em Everett e em North Charleston. Originalmente planejado para entrar em serviço em maio de 2008, o projeto teve vários atrasos. O primeiro voo ocorreu em 15 de dezembro de 2009, e completou os testes de voo em 2011.


As certificações da Administração Federal de Aviação (FAA) e da Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA) foram entregues em agosto de 2011, tendo o primeiro 787-8 sido entregue em setembro de 2011. Este avião, entrou em serviço comercial em 26 de outubro de 2011, pela All Nippon Airways. O 787-9, que é 20 pés (6,1 metros) maior e tem um alcance 450 milhas náuticas (830 quilômetros) maior que a versão -8, voou pela primeira vez em setembro de 2013. As entregas do 787-9 iniciaram em julho de 2014 e a variante entrou em serviço comercial em 7 de agosto de 2014, também pela All Nippon Airways, com a companhia lançadora da versão, a Air New Zealand, recebendo a aeronave dois dias depois. Em novembro de 2015, o 787 havia recebido 1142 pedidos de 62 companhias.

A All Nippon Airways lançou o 787 Dreamliner com uma encomenda de 50 aeronaves em 2004
A aeronave sofreu vários problemas em serviço, principalmente incêndios a bordo relacionados com as suas baterias de íon-lítio. Estes sistemas foram revisados pela FAA, a qual bloqueou todos os 787 no mundo até que os problemas com as baterias fossem resolvidos. Após a Boeing revisar a bateria e fornecer um modelo revisado, a organização aprovou o novo projeto e liberou as aeronaves em abril de 2013. O 787 retornou ao serviço de passageiros no final do mês.

Hoje na História: 15 de dezembro de 2006 - Primeiro voo do protótipo do caça F-35A Lightning II

Em 15 de dezembro de 2006, o piloto chefe de testes da Lockheed Martin, Jon S. Beesely, levou o primeiro protótipo do caça furtivo F-35A Lightning II para seu primeiro voo de teste em Forth Worth, no Texas, nos EUA.

O AA-1, o primeiro protótipo Lockheed Martin F-35A Lightning II, decola em Fort Worth, Texas, 12:44, CST, 15 de dezembro de 2006 (Lockheed Martin Aeronautics Co.)

Decolando às 12h44, horário padrão central (18h44 UTC), Beesley levou o protótipo, designado AA-1, a 15.000 pés (4.572 metros) a 225 nós (259 milhas por hora / 417 quilômetros por hora) para testar a aeronave na configuração de pouso antes de continuar com outros testes.

Lockheed Martin F-35A Lightning II AA-1 em voo (Força aérea dos Estados Unidos)

Beesely disse que o F-35A, “foi bem tratado, melhor do que no simulador.” Ele o comparou ao Lockheed Martin F-22 Raptor e disse que se comportava como o Raptor, mas melhor.

Jon S. Beesley na cabine do protótipo F-35A Lightning II da Lockheed Martin
(Lockheed Martin Aeronautics Company)

Durante o voo, um pequeno problema ocorreu quando dois sensores discordaram. Embora fosse simplesmente um problema de calibração, o protocolo de teste exigia que Beesley trouxesse o avião de volta. Ele pousou em Fort Worth às 13h19.

Hoje na História: 15 de dezembro de 2006 - A Varig deixa oficialmente de operar

Mais famosa companhia aérea brasileira, a Varig nasceu em 1927 no Rio Grande do Sul e teve uma presença discreta até ser dirigida por Rubem Berta a partir de 1941. Seguiria se um período de crescimento sem igual e também de uma relação um tanto polêmica com governos que a escolheram para ser a única companhia aérea brasileira a operar para o exterior. 

A Varig acabou engolindo a Real Aerovias, então a maior das empresas brasileiras, em 1961, e, quatro anos depois, a Panair, cuja atuação no exterior era seu grande foco. Na década de 70, a empresa viveu seus melhores anos quando era considerada uma das melhores do mundo. 

Chegou a voar para quase todos os continentes, porém, na década de 90, com o crescimento da TAM e a desregulamentação do transporte aéreo no país, foi perdendo espaço para a concorrência, sobretudo por ter custos muito altos e um quadro de funcionários inchado.

Após vários anos no vermelho, a Varig acabou se desmanchando ao vender suas subsidiárias VarigLog (carga) e VEM (manutenção). Numa manobra um tanto complexa, a empresa teve a parte podre separada da viável, criando-se a ‘nova Varig’ em 2006. Mesmo assim, o que restou da companhia acabou nas mãos da Gol meses depois. As cores da Varig ainda foram vistas em alguns aviões por um bom tempo antes de serem repintadas.

Em 15 de dezembro de 2006, a Varig deixou oficialmente de operar.

Queda de helicóptero em estrada nos EUA mata o piloto

Um helicóptero caiu na tarde desta terça-feira em uma ponte rodoviária no estado de Louisiana (EUA), causando a morte do piloto, noticia a imprensa local.

O piloto era a única pessoa a bordo da aeronave civil modelo Bell 407, prefixo N150AS, da empresa RC Smith Aviation. No momento as causas do acidente são desconhecidas e uma investigação foi iniciada. 

O acidente afetou parte do tráfego de veículos e também deixou temporariamente mais de 20 mil pessoas sem energia elétrica na área, por afetar a infraestrutura de fornecimento de energia elétrica.

Vídeos: Russos apresentam versão modificada do drone furtivo S-70 Okhotnik


A Rússia apresentou o segundo protótipo do drone stealth S-70 Okhotnik (Hunter), o veículo aéreo não tripulado (Vant) foi retirado do hangar de uma fábrica em Novosibirsk, na região da Sibéria, Rússia, nesta terça-feira (14).

A nova versão do S-70 apresenta uma fuselagem mais plana, tal modificação tem o propósito de reduzir a assinatura radar do Hunter, dificultando assim a detecção por radares.


"O lançamento do drone significa o fim da montagem do item como um todo e seu equipamento com todos os equipamentos de bordo necessários em conformidade com os requisitos para aeronaves e a transição para testes de solo abrangentes para se preparar para seu voo de estreia", disse Alexey Krivoruchko, vice-ministro da Defesa, em nota publicada pela agência estatal TASS.


O Vant da Sukhoi, empresa pertecente ao grupo United Aircraft Corporation (UAC), tem um comprimento de 14 metros, uma envergadura de 19 metros e um peso de aproximadamente 20 toneladas. As entregues em série do drone furtivo devem começar em 2024.


Além disso, o S-70 poderá realizar voos com aeronaves tripuladas, como o caça furtivo Su-57 Felon, sendo que, existe a possiblidade que o Vant seja pilotado a partir do caça de 5º geração na versão biposta. Entretanto, não se sabe se uma versão para dois pilotos do Felon de fato está confirmada.

Via André Magalhães (Aeromagazine) e Folha de S.Paulo

Após dois meses de serviço suspenso, Latam retoma venda de transporte de pets no país; conheça as novas regras

Companhia aérea precisou reestruturar viagem de animais após dois óbitos recentes de cachorros levados nos porões de aeronaves da empresa.


A Latam Airlines retomou, nesta quarta-feira (14), a venda de bilhetes para o transporte de pets no porão de suas aeronaves em voos realizados no Brasil. O serviço ficou suspenso por dois meses depois de duas mortes seguidas de cachorros levados nos compartimentos inferiores dos aviões da empresa.

Para a aérea, a suspensão do serviço foi fundamental para o aprimoramento das novas regras de viagens dos pets. As normas passarão a valer a partir desta quarta-feira (15). O InfoMoney já havia divulgado, com exclusividade, o conjunto de medidas que serão adotadas para tornar o transporte dos animais mais seguro e confortável.

Em 14 de setembro, Zyon, um golden retriever de dois meses de vida, saiu desfalecido do avião da Latam, que fez um voo da ponte aérea entre São Paulo e Rio de Janeiro — o trajeto não passa de 50 minutos. Mesmo sendo atendido numa clínica veterinária na capital fluminense após o desembarque, o filhote não resistiu e morreu.

Um mês depois, foi a vez de Weiser, um american bully deixado pelo tutor no aeroporto de Guarulhos (Grande SP) quatro horas antes do embarque para Aracaju (SE). O animal foi despachado em uma caixa de madeira e chegou já morto na capital sergipana.

A suspeita é que Weiser morreu asfixiado após roer a estrutura da caixa que o transportava. Os tutores de Zyon e Weiser estudam medidas judiciais de reparação na Justiça contra a companhia aérea.

As mortes dos pets causaram revolta, críticas de ativistas da causa animal e forçaram a Latam a reestruturar um novo serviço que garanta mais segurança aos bichos.

Em comunicado divulgado à imprensa, a companhia aérea disse que realizou um mapeamento em profundidade de todos os seus procedimentos. E conduziu “um processo de escutas ativas com especialistas do tema para ajudar a identificar oportunidades à luz das melhores práticas do mercado para garantir cada vez mais eficiência nesse tipo de transporte.”

A Latam também disse ter firmado uma parceria com a ONG AMPARA Animal, parceria que será a responsável por alinhar a empresa “com as melhores práticas internacionais no transporte de pets, baseadas na ciência do bem-estar animal, e com o intuito de minimizar e reduzir o risco no transporte aéreo de cães e gatos”, segundo trecho do comunicado.

Novas regras


Só serão aceitos, a partir desta quarta, pets com 16 semanas (quatro meses) de vida na cabine ou no porão das aeronaves que foram despachados pelos seus tutores no ckeck-in dos aeroportos.

Já os animais com 8 semanas poderão ser transportados pela LATAM Cargo no compartimento inferior, caso o voo seja direto e realizado em certos horários para evitar picos de calor. O tutor do animal, segundo a empresa, terá de apresentar atestado médico veterinário confirmando que o pet já foi desmamado há pelo menos 7 dias.

A empresa também vai passar a adotar novos procedimentos para as caixas onde os animais são acondicionados tanto na cabine como nos porões dos aviões durante os voos. Hoje, o kennel deve ter tamanho suficiente para que o pet consiga ficar de pé com uma distância de 5 cm até o teto e também possa dar um giro em torno do seu próprio eixo.

Já na cabine do avião, o animal podia ser levado em dois tipos de caixas: no kennel ou na bolsa flexível. A partir desta quarta, os animais embarcados na cabine só serão aceitos se estiverem dentro de uma bolsa flexível ou numa caixa de plástico rígido.

Esses procedimentos mudam para os embarques de animais que serão colocados nos porões da aeronave e seguirão normas específicas conforme o animal é entregue nos terminais da Latam Cargo ou no check-in dos aeroportos.

No caso dos despachos de pets via Latam Cargo, só seguirão viagem os animais que estiverem dentro de caixas de fibra de vidro, plástico rígido ou madeira — neste último caso, raças de grande porte terão de estar em um kennel de modelo 82.

Já nos aeroportos, as caixas aceitas poderão ser de fibra de vidro ou de plástico rígido. “A Latam irá disponibilizar informações para apoiar os tutores a escolherem corretamente os kennels e dicas para que os pets se acostumem à caixa de transporte antes das viagens”, afirmou a empresa.

Todas as caixas de transporte deverão ter, obrigatoriamente, compartimento de comida e bebedouro que possam ser acessados pelo lado de fora do kennel. O bebedouro deverá estar com água para que o animal possa se hidratar durante a viagem.

A empresa também diz ter criado mais pontos de checagem durante todo o processo de transporte (dentro do terminal de cargas, do aeroporto e da pista) para verificar o bem-estar do animal, incluindo o estado da caixa de transporte.

E mudou o tempo máximo de viagem para pets, um ponto sensível que interfere nas condições físicas dos animais. A partir de 15 de dezembro, será permitida somente uma conexão de no máximo 7 horas entre origem e destino — os itinerários para todos os pets não poderão passar de 24 horas. Também não será permitido o pernoite dos pets nos aeroportos e nos terminais de carga da Latam.

Normas variam por empresa


Cada empresa aérea possui uma regra de transporte que especifica o tamanho e o peso para o animal viajar na cabine ou no compartimento de carga do avião. Na Azul, o animal de estimação só vai na cabine. As normas das principais companhias do país podem ser acessadas aqui.

As empresas devem informar, previamente, as suas normas e as condições necessárias ao transporte garantindo segurança aos passageiros, tripulantes e ao próprio animal.

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) não faz a regulação do transporte aéreo de animais, exceto o de cão-guia, que é regido pela resolução 280, de 2013. A norma assegura que o cão-guia seja colocado na cabine junto ao passageiro com visão comprometida.

“A apuração de possíveis maus tratos ou descumprimentos de normas de saúde animal passa pela competência de órgãos como o Ibama e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)”, informa a Anac.

Tutores também têm se valido de laudos médicos que exigem seus pets na cabine para “apoio emocional”. Com essa autorização, geralmente aceita pelas aéreas, o animal viaja sem precisar estar numa caixa. Um projeto de lei de autoria do deputado federal Paulo Bengtson (PTB-PA) tenta regulamentar essa questão.

Cuidados e preparação


As famílias de hoje são multiespécies, termo que designa laços não apenas baseado em parentesco, mas no afeto. E os animais estão incluídos nisso. Segundo o IBGE, quase 48 milhões de domicílios do país têm cães ou gatos.

O número de pets transportados em aviões no país também é elevado. Só caiu recentemente devido aos impactos da pandemia de Covid-19 no setor aéreo.

Em 2021, com dados até setembro, foram transportados 121.309 pets nas cabines e nos compartimentos de cargas dos aviões “com temperatura controlada”, segundo a Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas). Em 2019, 152.582 animais viajaram de avião; em 2020, o total de deslocamentos de animais foi de 142.543.

Os números são relativos aos serviços prestados por Gol, Latam e Voepass (empresas ligadas à Abear). Cartilha da entidade afirma que antes de os tutores se preocuparem com as regras das companhias aéreas é preciso se ater às condições físicas e emocionais do animal.

“Afinal, ficar preso em uma caixa de transporte vai exigir uma adaptação. Por mais amigável que o seu animal de estimação seja, estude se ele ficará bem acomodado na viagem, não ficará estressado e não haverá risco à saúde dele”, aponta a Abear.

A dica da entidade é: planeje voos diretos e trajetos curtos. “Com isso, você consegue controlar a ansiedade dos pets e evita a desidratação deles”.

Segundo a Latam, para o transporte ocorrer da forma mais segura possível, além das mudanças que está promovendo, “o envolvimento dos tutores de pets é essencial para que tomem os cuidados necessários”.

Fotos: Singular e futurista: 'avião-pássaro' é apresentado na África do Sul


A empresa africana Phractyl apresentou um "avião-pássaro", dotado de "patas" com esteiras e uma cabine e asas inclinadas, prometendo um voo de pouso e decolagem quase vertical.

A companhia sul-africana de aeronaves elétricas resolveu investir em um conceito diferente de tudo já visto, e criou o Macrobat, uma aeronave de decolagem e pouso quase vertical ou NVTOL, como também é conhecida.

O projeto inicial conta com apenas um lugar, podendo alcançar até 150 quilômetros transportando uma carga útil máxima de 150 quilos, com uma velocidade de até 180 quilômetros por hora.


Imagens: um avião-pássaro (táxi aéreo), um conceito africano da startup sul-africana Phractyl. Esse é um avião-pássaro elétrico Macrobat com patas, pernas de pássaro, uma cabine e asas basculantes. A aeronave pode decolar e pousar verticalmente sem precisar de pistas ou helipontos.

De acordo com o portal Robb Report, a aeronave poderá ser operada por um piloto a bordo, ou remotamente como um drone.

Durante a decolagem, tanto o corpo quanto as asas são inclinadas para trás, permitindo que o Macrobat realize a decolagem quase vertical. Após a decolagem, as patas são recolhidas.

Segundo a empresa, o equipamento foi desenvolvido para enfrentar os desafios de transporte mais críticos da África, incluindo a mobilidade de pessoas e cargas para áreas de difícil acesso.

Avião filmado caindo após asas quebrarem sofreu outro acidente em 2017

Investigação apontou a manutenção da aeronave como um dos fatos que contribuíram para o acidente de 2017. Informação consta no painel do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Sipaer).

O avião após o acidente de 2017 (Foto: Reprodução/Painel do Sipaer)
O avião que caiu após as duas asas quebrarem em pleno voo no Tocantins já tinha se envolvido em outro acidente em novembro de 2017. Na época, um pneu da aeronave estourou durante o pouso, o que fez com que o avião saísse da pista e fosse parar em uma cerca de arame farpado. Apenas o piloto estava à bordo e ele saiu ileso. O acidente foi em uma fazenda no interior do estado de São Paulo.

O g1 entrou em contato com a empresa dona do avião para comentar o fato e a resposta foi de que todos os esclarecimentos foram prestados aos órgãos responsáveis pela fiscalização.

O relatório do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) sobre o caso de 2017 indica dois fatores que teriam contribuído para a ocorrência: julgamento de pilotagem e a manutenção da aeronave.

Segundo o relatório, os laudos comprovaram que os pneus estavam desgastados no momento do pouso. Além disso, manobras realizadas pelo piloto teriam acentuado o desgaste, já que ele não teria utilizado o cumprimento completo da pista nos pousos a fim de, supostamente, otimizar tempo entre um voo e outro.

O relatório constatou ainda que havia alguns detritos na pista de pouso no dia do acidente, mas não foi possível determinar se a infraestrutura do aeródromo foi um fator contribuinte.

O documento classifica o tipo do acidente como sendo uma 'falha ou mau funcionamento de sistema/componente'. O aeródromo fica em uma propriedade rural particular de Ubarana (SP).

Inicialmente, o painel do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Sipaer) informava que a aeronave não estava liberada no que diz respeito à investigação de 2017, mas após o g1 questionar a Força Aérea Brasileiro (FAB) sobre o fato, o relatório foi atualizado e consta que a aeronave já estava liberada. A FAB ainda não comentou a mudança.

Já o acidente no Tocantins, ocorrido no dia 5 de dezembro de 2021, também consta no painel do Sipaer. Desta vez, foi classificado como 'perda de componente em voo'.

Asas se partiram e acabaram derrubando o avião (Foto: Reprodução)
Neste caso, a apuração não está finalizada e por isso os dados disponibilizados são preliminares. Isso significa que as informações estão sujeitas a modificações conforme o andamento dos trabalhos de investigação. O Sipaer alerta que nenhuma conclusão deve ser feita a partir destes dados preliminares.

Por João Guilherme Lobasz, g1 Tocantins

Avião decola com funcionário que cochilava no porão de carga

Incidente considerado grave ocorreu em voo internacional. Operador de cargas, que só acordou após a decolagem, passa bem.


Quem nunca foi acometido por um sono intenso no meio do expediente que atire a primeira pedra. Até mesmo tirar um cochilo de poucos minutos, dependendo do local de trabalho, pode acontecer.

Mas um operador de carga na Índia não foi atento o suficiente para despertar a tempo de evitar um incidente de grande repercussão. O funcionário da companhia IndiGo adormeceu no porão de carga de um A320-200 no aeroporto de Mumbai na o último domingo (12).

O avião estava sendo preparado para um vôo para Abu Dhabi. A matrícula da aeronave é a VT-IIJ, que operava o voo 6E-1835.

A aeronave decolou com o trabalhador no porão de carga pressurizado. O homem acordou somente após a decolagem. Ele foi encontrado em segurança na chegada aos Emirados Árabes Unidos .

O voo 6E-1835 opera na madrugada, o que em parte pode explicar a sonolência do funcionário. Previsto para decolar às 02h25, naquele dia o IndiGo partiu com meia hora de atraso, às 2h59. O tempo de voo foi de 2 horas e 53 minutos.

O homem, que não teve o nome divulgado, passou por exames médicos e foi enviado de volta à Índia na mesma aeronave, mas desta vez, acomodado em um assento entre os passageiros.


“Em 12 de dezembro de 2021, uma aeronave IndiGo A320 operaria como 6E-1835 de Mumbai a Abu Dhabi. Após a conclusão do carregamento da bagagem, um dos carregadores relaxou no compartimento de bagagem 1 e adormeceu atrás da bagagem. A porta de carga foi fechada depois que a equipe do porão marcou a contagem ”, disse um oficial sênior que investiga o caso, segundo o Aviation Herald.

De acordo com o The Indies Times, a Direção-Geral da Aviação Civil (DGCA) investiga o grave incidente. Alguns funcionários da IndiGo foram suspensos de suas funções até a conclusão da investigação.

“O carregador acordou quando a aeronave decolou do aeroporto de Mumbai. Foi detectado em Abu Dhabi e o exame médico do trabalhador foi conduzido pelas autoridades de Abu Dhabi. As condições físicas do homem eram estáveis. Depois de obter as autorizações necessárias das autoridades locais em Abu Dhabi, ele foi enviado de volta como passageiro a Mumbai no voo de volta ”, acrescentou o funcionário. A companhia aérea se limitou a confirmar o incidente.

Avião 'gigante' arremete no último instante no aeroporto de Guarulhos; veja


Momento em que o A380 tenta tocar a pista do aeroporto de Guarulhos,
segundos antes de arremeter (Imagem: Reprodução/YouTube)
Um Airbus A380, o maior avião de transporte de passageiros do mundo, com capacidade para 515 passageiros, arremeteu na tarde de ontem (13), na pista do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. A cena da manobra realizada no último instante pelo piloto da aeronave, que estava a serviço da Emirates Airline, foi captada em vídeo e ocorreu por conta do vento.

O voo EK-261 vinha de Dubai, nos Emirados Árabes. O jato, de matrícula A6-ELV, se aproximava da pista cerca de 15 horas após sua decolagem. No vídeo, que captura o áudio das comunicações que ocorreram na frequência de controle de tráfego aéreo, é possível ouvir o piloto informar que o vento de cauda foi a razão para a manobra.

A desistência ocorreu às 17h19 e, após arremeter, o pouso em segurança ocorreu poucos minutos depois, às 17h34.


"Go-around due tail wind", diz em Inglês o piloto à torre de comando, o que significa algo como "dar a volta devido ao vento de cauda". Mas o que é o vento de cauda e por que ele obriga aviões a arremeterem durante o pouso?

Imagine o ar como um grande oceano, invisível para nós. Da mesma maneira que no oceano a direção das correntes marítimas interfere na navegação de navios, barcos, e submarinos, na aviação, principalmente no pouso e decolagem, a direção do ar é fundamental", explica o piloto de aeronaves, instrutor e especialista em aviação Roberto Alves Santos.

"Na hora da decolagem, por exemplo, o piloto precisa do vento relativo na direção contrária às asas do avião, para ganhar sustentação. Dessa maneira, exige-se menos percurso, uma menor distância em pista para iniciar a decolagem. Além de favorecer o ângulo de subida. Se ocorresse um vento de cauda, ele empurraria a aeronave e ela precisaria percorrer um caminho mais longo na pista para começar a ganhar sustentação."

(Imagem: Reprodução/RadarBox)
Já no momento do pouso, como o tentado pelo A380, o especialista explica que o ar frontal, ou vento de proa, serve como um freio para a aeronave. Dessa maneira, ela precisaria de uma distância menor a ser percorrida na pista para fazer a aterrissagem. 

"Todo aeroporto possui um anemômetro, um equipamento que mede a intensidade e a direção do vento. No caso do A380, foi informado pelo piloto à torre a ocorrência de vento de cauda, algo que provavelmente já pode ter sido avisado antes pelos agentes, que fazem as leituras dos instrumentos em terra. Mas existe também a possibilidade de a direção do vento ter mudado exatamente na hora em que o avião ia tocar no solo. Assim como as correntes marítimas mudam a todo momento, os ventos também obedecem esse princípio."

Na análise do especialista, se o piloto tivesse seguido no pouso com as condições desfavoráveis, ou seja, o vento vindo por trás do avião, ele seria "empurrado" para a frente, o que exigiria uma distância de pista muito maior para conseguir frear.


"O A380 é o maior avião de passageiros do mundo. A operadora já tem tudo calculado previamente. O comprimento da pista para o pouso e as condições de segurança", explica ele. "Se ele não tivesse arremetido no pouso tentado ontem em Guarulhos, ele poderia não ter pista suficiente para parar o avião em segurança. O piloto, além de sua experiência, teve confirmada pela torre a condição de mudança dos ventos. Isso é normal, as condições dos ventos mudam o tempo todo".

O vento como fator principal de projetos na aviação


Santos afirma que o vento é o fator principal que se leva em consideração num projeto de aviação. Todo projeto de aeronaves, de aviões de asa fixa ou dos rotores de cauda de aeroplano e até mesmo de helicópteros levam em consideração os ventos. São eles que dão sustentação às aeronaves. "Quando se projeta um avião, utiliza-se um túnel de vento nos testes de simulação. Assim os técnicos podem adaptar o projeto aerodinâmico da estrutura das aeronaves". 

Os projetos de construção de aeroportos em todo o mundo também são realizados com base no comportamento dos ventos em cada região. Segundo o especialista, eles são construídos de acordo com a leitura de direção, intensidade e velocidade dos ventos predominantes.

"Por isso existem sempre duas pistas que se alternam, para pouso e decolagem, dependendo da direção do vento. Quando se constrói um aeroporto, uma das exigências é o estudo monitorado do comportamento dos ventos, para se descobrir a predominância de direção e intensidade. Não se constrói aleatoriamente, é preciso um estudo técnico aprofundado".

Sem motivo para medo 


Na opinião do especialista, os passageiros não precisam temer esse tipo de manobra. Pousos e decolagens são os momentos mais importantes em um voo, então todas as atenções, tanto dos pilotos quanto dos agentes em terra, estão focadas nesses estágios.

No caso do A380 "muitas vezes, o passageiro nem percebe o que está acontecendo. Ainda mais quando se trata de um avião grande, como o A380. Arremeter é muito comum, o piloto não vai pousar se não tiver certeza da segurança da aterrissagem. Assim, os tripulantes e passageiros são informados sobre a necessidade da manobra. Na verdade, para os passageiros é como uma aventura, eles vão apenas dar mais uma volta no ar até que o avião possa aterrissar novamente, em segurança."

Por Maurício Businari (UOL)