sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

História: A mulher que despencou em queda livre a 5 km de altura e sobreviveu

Há 40 anos, um avião militar e um civil colidiram no ar, e Larissa Savitskaia, de 20 anos, sobreviveu ao acidente — mesmo depois de esperar por três dias pelos socorristas nos rincões da taiga russa.


Há quarenta anos, a tranquilidade dos céus do Extremo Oriente perto da cidade de Zavitinsk (800 quilômetros a noroeste de Vladivostók) foi arruinada pela colisão de dois aviões. Foi em 24 de agosto de 1981: um avião transportador de mísseis Tu-16K colidiu com o avião de passageiros An-24RV, que ia de Komsomolsk-no-Amur (910 quilômetros a nordeste de Vladivostok) para Blagoveschensk (860 quilômetros a noroeste de Vladivostók). O avião militar fazia apenas um reconhecimento meteorológico.

A colisão foi resultado de vários fatores pequenos, mas sua soma foi fatal. O Tu-16K estava entre várias aeronaves militares sobrevoavam o território naquele dia. Seus pilotos estavam mal-informados sobre outros aviões e, por isso, disseram aos controladores de tráfego aéreo que já haviam ganhado determinada altitude, quando, na verdade, planejavam fazê-lo mais tarde.

Tupolev Tu-16K
Os comandantes de voos militares não usavam detectores de rádio na época — caso contrário, teriam localizado o An-24RV. Além disso, as forças civis e militares não coordenavam suas ações.

Às 15h21, os aviões colidiram a uma altitude de 5.200 metros. O An-24 perdeu a parte superior e as asas, cortando o corpo do Tu-16K próximo do convés de voo com sua hélice. As aeronaves se desintegraram e caíram na taiga. Trinta e sete pessoas morreram: as seis pessoas que compunham a tripulação militar, cinco membros da tripulação do An-24RV e 26 passageiros (incluindo uma criança).

Mas o número total de pessoas nos aviões era de 38: Larissa Savitskaia, uma estudante de 20 anos, conseguiu, por um milagre, sobreviver ao acidente.

Larissa Savitskaia voltava de uma viagem com o marido, Vladímir. Eles viviam em Blagoveschensk, mas estavam visitando parentes em Komsomolsk-no-Amur. Larissa se lembrava de todos os passageiros e do momento em que entraram no avião, mas estava exausta desde o primeiro momento: “Eu estava sentindo um cansaço tão grande que nem lembro como decolamos”, recordou-se depois.

Antonov An-24RV
O avião levava poucos passageiros e a aeromoça ofereceu ao casal assentos na frente, mas eles decidiram ir para a parte de trás do avião para sentir menos a turbulência. Essa foi uma das decisões que salvou a vida de Larissa: “Quando o avião se partiu, os assentos em que nos sentamos inicialmente quebraram e voaram para longe com outro pedaço do avião; ninguém poderia sobreviver ali.”

Ela acordou de um baque pesado. A temperatura de 25 graus Celsius positivos na cabine mudou de repente para 30 graus Celsius negativos, quando a parte superior do avião foi arrancada. Larissa sentiu o ar como uma queimadura. Ela ouvia os ventos uivarem de maneira aterrorizante. Vladímir morreu imediatamente no momento do impacto e Larissa achava que seu destino seria o mesmo, pois sequer conseguia gritar de tristeza ou dor.

Depois, ela foi jogada para o corredor da aeronave. Lá, de repente se lembrou de um filme italiano: “Milagres ainda acontecem” , que tinha assistido no cinema com Vladímir um ano antes. O título conta a história de Julianne Koepcke, sobrevivente de um acidente de avião na floresta peruana. “Eu só tinha um pensamento: como morrer sem sofrer demais. Agarrei os braços da poltrona e tentei empurrar meus braços e pernas para longe do chão e do assento com toda a minha força”, contou depois. Era aquilo o que a personagem Julianne tinha feito no filme.

Larissa Savitskaia
Por sorte, o pedaço da cauda do An-24RV que tinha a cadeira de Larissa deslizava devagar e sem curvas bruscas. Ela contou que não conseguia ver o que estava acontecendo: “Via nuvens voando e a neblina sólida que as cobria, e o uivar do vento era ensurdecedor. O avião não pegou fogo. De repente, houve uma explosão 'verde' na janela. Era a taiga! Fiquei ereta e me recompus.”

Mais uma vez, Larissa teve sorte: após oito minutos de queda livre, seu fragmento de avião pousou em uma espécie de plataforma formada por bétulas flexíveis que tornaram o pouso muito mais suave do que seria se tivesse simplesmente caído no chão ou sobre abetos.

A primeira coisa que Larissa ouviu quando voltou a si foi o estrondo da floresta ao redor e os mosquitos. Com o choque, ela não conseguia entender seus ferimentos. Ela sentia várias lesões na coluna, mas, felizmente, ainda conseguia se mover. A moça tinha costelas, um braço e uma perna quebrados, concussão cerebral e dentes quebrados, assim como dor em todo o corpo.

Reconstrução por computador da colisão entre os aviões
Larissa tinha diversas alucinações: “Abri os olhos: o céu estava sobre minha cabeça, eu estava na poltrona e Vladímir estava na minha frente. Ele estava sentado no chão do compartimento direito não destruído, encostando as costas na parede. Parecia que ele estava olhando para mim. Mas seus olhos estavam fechados, como se estivesse dizendo adeus. Acho que se ele tivesse um último desejo, seria apenas que eu sobrevivesse.”

Apesar de todos os ferimentos, Larissa ainda conseguia andar. À noite, começou a chover e ela encontrou um pedaço de fuselagem onde se abrigar. Ela estava com muito frio, por isso usava as capas dos assento do avião para se aquecer. Na primeira noite, ela ouviu rosnados na floresta: podiam ser de um urso, quiçá, mas Larissa ainda estava por demais em choque para pensar nisso.

Ela sobreviveu por dois dias na taiga bebendo água de poças. Como perdeu a maioria dos dentes, a moça não conseguia sequer comer frutas.

“Ouvi helicópteros e comecei a fazer sinal: encontrei uma capa vermelha e comecei a acenar. Eles me viram de lá de cima com a capa, mas acharam que eu era a cozinheira dos geólogos acampados ali perto”, contou depois.

No terceiro dia, Larissa lembrou que Vladímir tinha fósforos e cigarros no bolso do paletó. O grupo de buscas encontrou Larissa sentada na cadeira, fumando.

“Quando os socorristas me viram, eles ficaram pasmos. Eu entendo: depois de três dias recolhendo pedaços de corpos nas árvores, de repente, eles viam uma pessoa viva”, disse ela.

Larissa com o filho em 1990
Realmente, ninguém acreditava que fosse possível haver sobreviventes do acidente, e essa foi a razão pela qual Larissa foi encontrada tão tarde.

“Eu estava irreconhecível: toda roxa e com um brilho prateado, proveniente da pintura da fuselagem. Aquilo era uma massa pegajosa, que minha mãe ficou tirando de mim por um mês. Meu cabelo tinha virado um grande pedaço bombril por causa do vento”, disse.

Depois que os socorristas chegaram, Larissa não conseguia mais andar. “Ao ver as pessoas, fiquei sem forças”, explicou.

Os socorristas tiveram que cortar algumas bétulas que um helicóptero pousasse e levasse a única sobrevivente do desastre para Zavitinsk. “Mais tarde, em Zavitinsk, descobri que uma cova já tinha sido cavada para mim. Foi feita seguindo o registro de passageiros”, conta.

O tratamento de Larissa foi muito complicado, mas, em geral, seu corpo conseguiu se recuperar dos terríveis ferimentos. Ela tentou se registrar no sistema de seguridade social como deficiente, devido aos traumas, mas uma comissão decidiu que ela não poderia aplicar para tal status.

Larissa também recebeu uma indenização minúscula, de apenas 75 rublos (US$ 117 n a taxa de câmbio de 1980) — o salário médio mensal na URSS era na época de aproximadamente 178 rublos (US$ 278).

Larissa Savitskaia detém um recorde mundial no Livro Guinness como a pessoa que recebeu o menor pagamento de todos os tempos após um acidente de avião.

Já a colisão do avião foi tomada como segredo imediatamente. Os jornais soviéticos não escreveram nada sobre a catástrofe. Em relação aos resultados oficiais da investigação, as autoridades responsabilizaram os pilotos e os controladores de tráfego aéreo pela colisão.

Larissa Savitskaia só recebeu esses resultados na década de 1990. A primeira reportagem sobre o acidente foi publicada apenas em 1985, no jornal “Soviétski Sport” (“Esporte soviético”).

“Parece que realmente queriam escrever sobre o assunto, mas era proibido falar sobre o acidente. Então, inventaram que eu, como uma espécie de Ícaro, tinha voado em uma aeronave caseira e caí de uma altura de cinco quilômetros, mas sobrevivi, porque, afinal, um cidadão soviético consegue sobreviver a tudo.”

Larissa Savitskaia em 2021
Mais tarde, Larissa mudou-se de Blagoveschensk para Moscou, mas lhe era muito difícil viver em uma cidade onde tudo estava associado a Vladímir. Ali, na capital, interessou-se por psicofisiologia. Mesmo 40 anos após o acidente, ela admite que se lembra de tudo — e que as lembranças ainda a fazem sofrer.

Ao mesmo tempo, ela acredita que “um raio nunca cai duas vezes no mesmo lugar”, por isso ela não tem medo de avião. Em 2020, Larissa Savitskaia participou da produção do filme “Odna” ("Sozinha"), do diretor Dmítri Suvorov. Ela foi conselheira dos roteiristas e atores para garantir que o filme soasse real.

“Ainda acredito que é possível aprender a sobreviver em tais situações”, diz Larissa.

Por Russia Beyond - Fotos: TASS / Domínio Público

Vídeo: Entrevista - CENIPA Investigando desastres aéreos - O cheiro é punk! Terrível... (parte 5)


O cheiro é punk! Nas palavras do comandante.

Domingos Afonso é aviador, voou na FAB e atua ainda hoje na aviação civil, foi investigador top de acidentes aeronáuticos e contribuiu para desvendar as causas que levaram os três maiores desastres aéreos da história Brasileira e mundial.

Esta é a quinta das seis partes desta bela entrevista,
que você está acompanhando ao longo desta semana.

Via Canal Porta de Hangar de Ricardo Beccari

Aconteceu em 27 de janeiro de 2020: Voo 6936 da Caspian Airlines - Acidente ao terminar pouso fora do aeroporto


Em 27 de janeiro de 2020, o voo 6936 da Caspian Airlines ultrapassou a pista ao pousar no Aeroporto Mahshahr, no Irã, em um voo doméstico de Teerã. Todas as 144 pessoas a bordo sobreviveram, com apenas dois feridos.

O MD-83, EP-CPZ, a aeronave envolvida no acidente
A aeronave do acidente era o McDonnell Douglas MD-83 (DC-9-83), prefixo EP-CPZ, da Caspian Airlines (foto acima). O avião voou pela primeira vez em 1994, depois serviu com várias companhias aéreas antes de ser transferido para o Caspian em 2012.

O capitão era um homem de 64 anos não identificado, que ingressou no Caspian em 2019, tendo voado anteriormente para a Kish Air e pela Marinha iraniana. Ele tinha 18.430 horas de voo, incluindo 7.840 horas no MD-80. O primeiro oficial era um homem de 28 anos anônimo que era muito menos experiente do que o capitão, tendo registrado apenas 300 horas de vôo com 124 delas no MD-80.

O voo 6936 partiu de Teerã às 06h35 hora local (02h05 UTC) e pousou no aeroporto de Mahshahr às 07h50. A bordo estavam 136 passageiros e oito tripulantes.

Após um voo sem intercorrências, a aeronave ultrapassou a pista ao pousar, terminando na via expressa Mahshahr-Sarbandar, cerca de 170 metros (560 pés) após o final da pista. O trem de pouso da aeronave colapsou durante a ultrapassagem. 

O EP-CPZ sobre a via expressa após ultrapassar a pista, com um 737 da Caspian Airlines voando acima
Todas as 144 pessoas a bordo, incluindo 136 passageiros, sobreviveram. Duas pessoas ficaram feridas. 


Uma testemunha disse que o trem de pouso da aeronave não parecia estar totalmente abaixado ao pousar. O chefe da província do Khuzistão afirmou que a aeronave pousou no centro da pista, causando a ultrapassagem como consequência. 


A Organização de Aviação Civil do Irã abriu uma investigação sobre o acidente. Em 1 de setembro de 2020, o CAO.IRI divulgou seu relatório final e estabeleceu que a causa é uma saturação de pista, causada pelos seguintes erros da tripulação:
  • Má tomada de decisão para aceitação do risco de pouso em alta velocidade;
  • Abordagem não estabilizada contra o perfil de voo normal;
  • Má conduta da tripulação;
  • Decisão insatisfatório e não realização de voltas durante a execução de uma abordagem desestabilizada.
Outros fatores contribuintes foram:
  • Carregamento de 5 toneladas de combustível extra, o que aumentou a distância necessária para pouso;
  • Decisão de fazer um pouso na RWY 13 com vento de cauda;
  • Incapacidade do copiloto (PM) de assumir o controle da aeronave e executar as ações adequadas.

Como resultado desta investigação, algumas recomendações foram emitidas:

Para a Organização da Aviação Civil do Irã:
  • Exigir que todos os operadores forneçam mais orientação e imponham treinamento adicional para pilotos e despachantes em relação à política de combustível da empresa e as suposições que afetam os cálculos da distância de pouso/margem de parada, incluindo o uso de dispositivos de desaceleração em solo da aeronave, condições e limites do vento, distância aérea e segurança margens;
  • Enviar um pedido formal ao Gabinete de Ministros do Ir. Irã corrigirá a dimensão da faixa RWY no Estatuto dos Aeródromos do Irã de acordo com o Anexo 14 da convenção da ICAO;
  • Atualizar as informações de Mahshahr Airport in Iran AIP.
Para a Caspian Airlines:
  • Realizar a auditoria de Segurança de Operação de Linha (LOSA) para Tripulação de Voo e Tripulação de Cabine;
  • Corrija os planos de aula do simulador para o voo, considerando as descobertas do acidente;
  • Expanda e melhore o Sistema de Análise de Dados de Voo;
  • Melhorar o sistema de comunicação entre o departamento de operação e todos os membros da tripulação sobre a notificação do planejamento de voo.
Para o Aeroporto Mahshahr:
  • Seguir os requisitos do aeródromo Iran CAO para ANS, controle de obstáculos e analise os procedimentos de aproximação por instrumentos.
Para Aeroportos do Irã e Companhia de Navegação Aérea:
  • Fornecer diretrizes de treinamento para o pessoal ATS sobre a coordenação acordada entre as unidades ATS envolvidas.

Por Jorge Tadeu (com Wikipedia, ASN e baaa-acro.com)

Aconteceu em 27 de janeiro de 2009: Voo da Empire Airlines/FedEx 8284 - Configuração Catastrófica


Em 27 de janeiro de 2009, o voo 8284 da Empire Airlines foi um voo de carga operado pela Empire Airlines para a FedEx entre o Aeroporto Fort Worth Alliance e o Aeroporto Internacional Lubbock Preston Smith, ambos no Texas. A aeronave caiu na aproximação final de seu destino. Ambos os membros da tripulação sobreviveram com ferimentos leves e a aeronave teve perda total.


O voo 8284 foi operado pelo ATR-42-320, prefixo N902FX, da Empire Airlines, arrendada para a FedEx (foto acima), foi fabricado em 1990 pela ATR. Antes de ser entregue à Empire Airlines em 2003, e posteriormente arrendada à FedEx no mesmo ano, a aeronave serviu para três companhias aéreas anteriores: Bar Harbor Airlines, Continental Express e ExpressJet Airlines.

O capitão era Rodney Holberton, de 52 anos de idade,  com um total de 13.935 horas de voo, com 12.742 horas como piloto em comando (PIC). Ele tinha 2.052 horas no ATR 42, 1.896 como PIC. primeiro oficial era Heather Cornell, de 26 anos, com 2.109 horas, de acordo com os registros da Empire Airlines. Ela tinha 130 horas operando o ATR 42 como segundo em comando.

Após um voo sem intercorrências, a aeronave se aproximou do Aeroporto Internacional de Lubbock por volta das 4h30, horário padrão central, em meio a uma névoa congelante.

Durante a aproximação por instrumentos houve um problema de controle de voo que impediu o acionamento dos flaps. O primeiro oficial continuou a abordagem enquanto o capitão tentava consertar o problema dos flaps. 

Nenhum membro da tripulação monitorou a velocidade no ar e a aeronave começou a descer a mais de 2.000 pés (610 m) por minuto, levando a um aviso de "Pull Up". 

A tripulação reagiu apenas 17 segundos após o alarme inicial aplicando empuxo máximo nos motores. A aeronave então entrou em um estol aerodinâmico e caiu. 

A aeronave pousou antes da cabeceira da pista e derrapou em 3.300 pés (1.000 m) para fora da pista 17R. Um incêndio começou logo em seguida.


Os membros da tripulação foram enviados ao hospital por ferimentos leves e posteriormente liberados.

Um exame no local dos destroços revelou que o avião pousou perto da soleira da pista e colidiu com o sistema de iluminação de aproximação antes de derrapar do lado direito da pista e cair na grama. 


O avião parou em um rumo oeste perpendicular à pista. Um incêndio pós-impacto consumiu grande parte da fuselagem e da asa direita.

As autoridades do aeroporto disseram que as condições meteorológicas não contribuíram para o acidente.


O Conselho Nacional de Segurança de Transporte (NTSB) investigou a causa do acidente. O gravador de dados de voo e o gravador de voz da cabine mostraram que a tripulação continuou a pousar depois que os flaps falharam em abrir, em vez de realizar uma volta. 

A tripulação também falhou em aplicar o empuxo máximo do motor imediatamente após o estol, esperando 17 segundos depois que um alerta TAWS soou antes de aplicar o empuxo. Em entrevistas pós-acidente, o comandante disse que tinha cansaço do sono antes do voo devido a "situações de alta carga de trabalho" que afetavam seu desempenho. 


Depois que a investigação foi concluída, o NTSB divulgou seu relatório final em 2011. Ele concluiu com os investigadores afirmando que "O National Transportation Safety Board determina que a causa provável deste acidente foi a tripulação de voo, falha em monitorar e manter uma velocidade mínima segura durante a execução de uma aproximação por instrumentos em condições de gelo, o que resultou em um estol aerodinâmico em baixa altitude." 


Contribuíram para o acidente "1) a falha da tripulação de voo em seguir os procedimentos operacionais padrão publicados em resposta a uma anomalia do flap, 2) a decisão do capitão de continuar com a abordagem não estabilizada, 3) a má gestão dos recursos da tripulação da tripulação de voo e 4) fadiga devido à hora do dia em que ocorreu o acidente e uma dívida de sono cumulativa, que provavelmente prejudicou o desempenho do capitão."

Uma visão geral do local do acidente
O N902FX foi seriamente danificado no acidente e foi tirado de serviço. Os membros da tripulação foram enviados ao hospital por ferimentos leves e posteriormente liberados. Ambos voltaram a voar com a FedEx Express um mês depois.


O NTSB emitiu nove recomendações de segurança como resultado do acidente, incluindo recomendações para prevenir a formação de gelo durante o voo. 

O acidente levou a EASA a revisar os manípulos de avião para proteção contra estol e a adotar uma regra sobre a simulação das condições de gelo em simuladores de voo.

Por Jorge Tadeu (com Wikipedia, ASN e baaa-acro.com)

Hoje na História: 27 de janeiro de 1967 - Três astronautas morrem em teste da Missão Apolo 1

Em 27 de janeiro de 1967, durante um teste de "plugs out" do Módulo de Comando da Apollo 1, duas semanas antes do lançamento programado da Apollo/Saturn 1B AS-204 - o primeiro voo espacial tripulado do Programa Apollo - um incêndio eclodiu no local pressurizado ambiente de oxigênio puro da cápsula e rapidamente envolveu todo o interior.

A pressão aumentou rapidamente para 29 libras por polegada quadrada (200 kPa) e 17 segundos depois, às 23h31: 19,4 UTC, a cápsula se rompeu.

Os três astronautas, Tenente Coronel Virgil I. Grissom, Força Aérea dos Estados Unidos, Tenente Coronel Edward H. White II, Força Aérea dos Estados Unidos, e Tenente Comandante Roger B. Chaffee, Marinha dos Estados Unidos, foram mortos.

A Missão

A Apollo 1, inicialmente designada como AS-204, foi a primeira missão tripulada do Programa Apollo dos Estados Unidos, que teve como objetivo final um pouso lunar tripulado. Um incêndio na cabine durante um ensaio de lançamento no dia 27 de janeiro de 1967 no Complexo de Lançamento da Estação da Força Aérea do Cabo Kennedy matou todos os três membros da tripulação.

Imediatamente após o incêndio, a NASA convocou o Conselho de Revisão de Acidentes da Apollo 204 para determinar a causa do incêndio, e ambas as casas do Congresso dos Estados Unidos conduziram suas próprias investigações da comissão para supervisionar a investigação da NASA. A fonte de ignição do incêndio foi determinada como sendo elétrica, e o fogo se espalhou rapidamente devido à alta pressão na cabine de comando. 

White, Grissom e Chaffee
O resgate dos astronautas foi impedido pela escotilha da porta, que não podia ser aberta contra a pressão interna mais alta da cabine. A falha em identificar o teste como perigoso (porque o foguete não foi abastecido) levou o resgate a ser prejudicado pela falta de preparação para emergências.

Durante a investigação do Congresso, o então senador Walter Mondale revelou publicamente um documento interno da NASA, citando problemas com o principal contratante da Apollo North American Aviation, que ficou conhecido como "Phillips Report". Essa revelação envergonhou James Webb, o Administrador da NASA, que não tinha conhecimento da existência do documento, e atraiu controvérsia ao programa Apollo. 

Apesar do descontentamento do Congresso com a falta de abertura da NASA, ambos os comitês do Congresso determinaram que as questões levantadas no relatório não tinham relação com o acidente.

Detalhe do Módulo de Comando da Apollo 1 após o acidente
Os voos tripulados da Apollo foram suspensos por 20 meses, enquanto a Segurança do Módulo de comando foi questionada. No entanto, o desenvolvimento e os testes não-tripulados do Módulo lunar e do foguete Saturno V continuaram.

Edição de texto e imagens por Jorge Tadeu

Hoje na História: 27 de janeiro de 1959 - O primeiro voo do Convair 880

Um protótipo Convair 880. O modelo fez seu voo inaugural em 27 de janeiro de 1959
Em 27 de janeiro de 1959, o protótipo do Convair 880 fez seu voo inaugural. 
O Convair 880 é um avião a jato americano de fuselagem estreita produzido pela divisão Convair da General Dynamics. Ele foi projetado para competir com o Boeing 707 e Douglas DC-8 por ser menor, mas mais rápido, um nicho que falhou em criar demanda. 

Quando foi introduzido pela primeira vez, alguns círculos de aviação afirmavam que a 615 mph (990 km/h), era o transporte a jato mais rápido do mundo. 

 Apenas 65 Convair 880s foram produzidos durante a vida útil da produção, de 1959 a 1962, e a General Dynamics eventualmente retirou-se do mercado de aviões comerciais após considerar o projeto 880 um fracasso. O Convair 990 era uma variante alongada e mais rápida do 880.

A Convair iniciou o desenvolvimento de um jato comercial de médio alcance em abril de 1956, para competir com os produtos anunciados da Boeing e Douglas. Inicialmente, o projeto foi chamado de Skylark, mas o nome foi mais tarde alterado para Golden Arrow, Convair 600 e finalmente 880, ambos os números se referindo à sua velocidade máxima de 600 mph (970 km/h) ou 880 pés/s (268 m/s). Foi alimentado por General Electric CJ-805-3 turboreactores, uma versão civil do J79 qual alimentado o Lockheed F-104 Starfighter, McDonnell Douglas F-4 Phantom, e Convair B-58 Hustler.

O primeiro exemplo da versão de produção inicial do Modelo 22 (nenhum protótipo foi construído) fez seu voo inaugural em 27 de janeiro de 1959. Após o início da produção, a Administração Federal de Aviação exigiu instrumentação adicional, que a Convair adicionou colocando uma corcova "raceway" na parte superior da fuselagem, em vez de rasgar o interior da área da asa. A montagem final do 880 e do 990 ocorreu nas instalações da Convair em San Diego, Califórnia.]

Design 


O cockpit do Convair 880
O avião nunca foi amplamente utilizado e a linha de produção foi encerrada após apenas três anos. Os cinco assentos lado a lado do 880 o tornaram pouco atraente para as companhias aéreas, enquanto a Boeing conseguiu superá-lo na concorrência com o Boeing 720, que poderia ser vendido a um custo significativamente mais baixo, já que era uma modificação mínima do 707 existente. Além disso, os motores General Electric tinham um consumo específico de combustível mais alto do que os JT3Cs Pratt & Whitney da Boeing.

A General Dynamics perdeu cerca de US$ 185 milhões durante a vida útil do projeto, embora algumas fontes estimem perdas muito maiores. A aeronave esteve envolvida em 17 acidentes e cinco sequestros.

Uma versão modificada do 880 básico foi a versão "-M", que incorporou quatro ripas de ponta por asa, flaps de ponta Krueger entre a fuselagem e os motores internos, leme impulsionado por potência, impulso do motor adicionado, maior capacidade de combustível, mais forte trem de pouso, maior ajuste para inclinação do assento e um arranjo de compartimento superior mais simples.

O lounge de um 880 da Trans World Airlines

História operacional 


O projeto entrou em serviço com a Delta Air Lines em maio de 1960, ligeiramente modificado como o 880-22m, tendo uma versão mais recente dos motores 805-3B. Os 880s foram pilotados pela Cathay Pacific, Delta, Japan, Nordeste , Swissair , TWA e VIASA .

Uma modificação mais importante do 880 tornou-se o Convair 990, produzido em paralelo com o 880-M entre 1961 e 1963. A Swissair deu o nome de Coronado, em homenagem a uma ilha ao largo da costa de San Diego e onde o primeiro 990 pousou.

O 880 entrou em serviço com a Delta Air Lines em maio de 1960
Ao deixarem o serviço comercial, muitos 880s foram comprados pela American Jet Industries para diversos usos. Um exemplo foi convertido para uso em cargueiros em 1974 e voou até 1982 com várias empresas. 

Outro foi usado para treinar examinadores de voo da FAA até que foi destruído por uma pequena explosão no porão de carga em 1995. A maioria dos exemplos restantes foram desmantelados em 2000.

A Marinha dos Estados Unidos adquiriu um 880-M em 1980, modificando-o como um navio-tanque de bordo. Tinha sido comprado novo da Convair pela FAA e usado durante 18 anos. 

Designado não oficialmente como UC-880, foi designado para o Naval Air Test Center em NAS Patuxent River , Maryland, e empregado nos testes de mísseis de cruzeiro Tomahawk e procedimentos de reabastecimento de aeronaves. 

O Convair 880 é um avião de asa baixa com quatro turbojatos sob as asas
O único UC-880 foi danificado em um teste de descompressão explosiva de porão de carga em NAS Patuxent River, Maryland, em 1995. A aeronave conseguiu permanecer teoricamente controlável por meio de sistemas de backup exclusivos do 880 e 990.

Por Jorge Tadeu com informações de Wikipedia

Let L-410 Turbolet cai logo após a partida do Aeroporto de Juba, no Sudão do Sul


Na manhã desta sexta-feira (27), o avião Let L-410 Turbolet (L-410UVP), prefixo EY-473, da Fly Air Africa Aviation, caiu logo após a partida do aeroporto de Juba, no Sudão do Sul. A tripulação operava um voo doméstico com destino a Akobo, cidade ao norte de Juba, perto da fronteira com a Etiópia.

A aeronave transportava três passageiros e dois tripulantes. Houve relatos não confirmados de vítimas, mas as autoridades ainda não confirmaram.


O Let L-410 Turbolet é um avião bimotor de transporte de curto alcance, fabricado pelo fabricante de aeronaves tcheco Let Kunovice.

Via aviation24.be e JADEC

Boeing da Air New Zealand atinge lâmpadas de sinalização durante pouso sob forte chuva que alagou o terminal


Nesta sexta-feira (27), o
Boeing 777-319ER, prefixo ZK-OKN, da Air New Zealand, realizando o voo NZ-124 de Melbourne, na Austrália, para Auckland, na Nova Zelândia, atingiu várias luzes da pista 05R, às 17h40 (hora local), durante o pouso em meio a chuvas torrenciais.

De acordo com os NOTAMs, as luzes de borda entre as pistas de táxi A8 e A9 foram danificadas. Pelos dados ADS-B transmitidos pela aeronave, o Boeing contatou as luzes de borda direita.

O diretor operacional e de segurança da Air New Zealand, David Morgan, disse que um voo de Melbourne “fez contato” com as luzes da pista. Ele disse que o avião conseguiu taxiar até o portão e os passageiros e tripulantes desembarcaram “normalmente”.

O aeroporto informou que as luzes da pista foram consertadas por volta das 21h30, mas logo depois o aeroporto ficou inundado devido às chuvas torrenciais e precisou ser evacuado.

Aeroporto de Auckland fechado por inundação



O Aeroporto Internacional de Auckland foi fechado por inundações, horas depois que um avião em pouso atingiu e danificou várias luzes da pista, causando grandes atrasos nos voos.

Um comunicado do aeroporto na sexta-feira disse que os danos às luzes da pista estavam "impactando" partidas internacionais e grandes voos domésticos.

O Gerenciamento de Emergências de Auckland disse que as partes norte, noroeste e oeste da cidade foram afetadas por inundações significativas, com expectativa de que as condições piorem.


Via ASN, The Aviation Herald, JADEC, Aero Magazine e Stuff

Voo da Aerolíneas Argentinas desviado para Ezeiza devido a pneus estourados na decolagem


Na tarde de quinta-feira (26), o avião Embraer 190-100IGW, prefixo LV-CHR, da Aerolíneas Argentinas, pousou no Aeroporto Internacional de Ezeiza após desviar de seu destino original, o Aeroparque Jorge Newbery, ambos na Argentina.

O avião fazia a rota entre o aeroporto de Iguazú (Misiones) e a Cidade de Buenos Aires operando o voo AR1731. Ao decolar de Iguazú, foi detectada a presença de borracha na pista, situação que foi informada à tripulação.


Segundo fontes da empresa consultadas, após analisar a situação e informar a tripulação técnica, foi decidido realizar o procedimento normal de pouso no aeroporto de Ezeiza. A autoridade aeronáutica determinou o acionamento do protocolo de emergência de forma preventiva.


O avião pousou às 17h38, horário local (GMT-3), e procedeu ao desembarque dos 95 passageiros na pista, a fim de aliviar a aeronave para transferência para a área do hangar, onde receberá as devidas inspeções e troca de pneus, que foram severamente danificados.

Via JADEC, Aviacionline e The Aviation Herald

Asa de avião atinge terminal de aeroporto na Indonésia

Boeing 737 da Lion Air taxiava no momento da ocorrência. 122 passageiros e 7 tripulantes estavam a bordo. Ninguém se feriu.


Na quinta-feira (26), o Boeing 737-9GPER, prefixo PK-LFO, da Lion Air, com 122 passageiros e sete tripulantes a bordo realizaria o voo JT-797, que liga as cidades de Jayapura e e Makassarpara Sentani, ambas na Indonésia, quando atingiu com parte da asa o telhado de um prédio do terminal do Aeroporto Internacional de Mopah, em Papu, na Indonésia. Ninguém ficou ferido.


A companhia afirmou que uma equipe de técnicos vistoriou o Boeing 737-900ER  e liberou a aeronave para operar.


"Para garantir a segurança do voo e os aspectos de proteção, o piloto decidiu retornar ao portão para inspeção", disse Danang Mandala Prihantoro, responsável pelo setor de comunicações da companhia.


Após o incidente, a Lion Air e as autoridades da Indonésia anunciaram que estão conduzindo novas investigações.


A companhia alegou aos jornalistas que não pode especular ou fornecer informações sobre a causa do incidente. O processo de investigação leva um tempo significativo para obter recomendações.


Os investigadores da polícia de Merauke pediram informações ao piloto e a vários membros da tripulação, disse o chefe da polícia de Merauke, AKBP Sandi Sultan.

Com informações de Luiz Fara Monteiro (R7), FL360aero e Aviation Source News

Balão cai durante passeio e deixa turistas e piloto feridos em SC

Acidente aconteceu na região de Praia Grande, município conhecido pelos passeios de balão. Prefeitura informou que montou um comitê para apurar as causas do acidente.

Acidente aconteceu no início da manhã de quarta-feira (25) (Fotos: Redes sociais/ Reprodução)
Um balão caiu entre Praia Grande e São João do Sul, no Sul catarinense, na manhã de quarta-feira (25). Segundo o Corpo de Bombeiros, três pessoas ficaram feridas e foram conduzidas para atendimento hospitalar.

Imagens que circulam nas redes sociais, confirmadas pela prefeitura, mostram o balão em movimento desordenado (assista clicando aqui).

Praia Grande, conhecida como a Capital dos Canyons, está na região com a maior cadeia de cânions da América Latina. O município costuma receber turistas para voos de balão.


O atendimento das vítimas, um casal de turistas de São Caetano do Sul (SP) e o piloto, foi feito pela prefeitura e pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Os bombeiros, conforme relatório, ficaram responsáveis por conter o incêndio causado pelo cilindro de propano do balão.

O equipamento, que costuma fica acoplado ao balão, foi encontrado sozinho na localidade de Timbopeba, em São João do Sul. Após a extinção do material combustível, conforme os socorristas, ele foi devolvido à empresa responsável, que não teve o nome divulgado.

Bombeiros tiveram que conter o incêndio causado pelo cilindro de propano do balão
(Foto: Corpo de Bombeiros/ Divulgação)

Nota da prefeitura


"A Prefeitura de Praia Grande vem a público informar que tomou conhecimento na manhã desta quarta-feira, 25 de janeiro, de um acidente de balão ocorrido por volta das 6h30min na localidade de Timbopeba, no município de São João do Sul.

O Governo do Município lamenta profundamente o ocorrido e reforça que prontamente se colocou à disposição para o socorro e atendimento das três vítimas, um piloto e dois turistas. Todos os envolvidos foram encaminhados para hospitais da região para que tenham o atendimento e suporte necessários para que a segurança e integridade física de todos sejam preservados.

Diante do ocorrido, a Prefeitura de Praia Grande montou um comitê para entender e apurar as causas do acidente, bem como estudar e promover ações de segurança para que fatos como estes não venham ocorrer novamente.

Os turistas que visitam a região querem viver as melhores experiências, com empresas e profissionais responsáveis que prestam esse serviço turístico com conforto e segurança, e para isso que a Prefeitura e a Secretaria Municipal de Turismo continuarão empregando todo esforço e dedicação.

Comunicamos que, em breve, o Governo Municipal irá se manifestar de forma coletiva em horário e local a definir."

Via g1 e Band

Homem é preso em Manaus após importunar sexualmente adolescente dentro de avião

Segundo a PF, o suspeito teria colocado a mão nas coxas da jovem enquanto ela dormia durante um voo.

Prisão ocorreu após a aeronave chegar ao Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus
(Foto: Divulgação/Infraero)
Um homem de 59 anos foi preso, na terça-feira (24), após importunar sexualmente uma adolescente de 16 anos dentro de um avião, que vinha de São Paulo. A prisão ocorreu após a aeronave chegar ao Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus.

Segundo a PF, o homem teria colocado a mão nas coxas da jovem enquanto ela dormia. A adolescente disse aos policiais que, ao acordar e se deparar com a situação, procurou funcionárias da tripulação para relatar o caso e foi realocada em outro assento.

A passageira contou ainda que, antes do fato, já havia se alertado sobre a atitude inconveniente do acusado ao se movimentar no assento que ele ocupava. De acordo com ela, o homem, que estava na cadeira do corredor, esbarrou diversas vezes em seu corpo para fazer vídeos com o celular da janela do avião.

A menina ainda contou que após o crime o homem dificultou a sua passagem quando a mesma quis sair do seu assento para comunicar a tripulação do corrido.

Em depoimento, os funcionários da companhia aérea relataram que foi verificado que o apoio do braço da cadeira, que ficava entre a vítima e o acusado, estava levantado.


O suspeito foi ouvido pelo Delegado Federal responsável pelo caso e assumiu ter consumido bebida alcoólica antes do voo. Ele foi preso em flagrante pelo crime e deve passar por audiência de custódia.

Via g1 AM e CNN Brasil

Portugal: Caças F16 perseguiram avião que descarregou haxixe

A Força Aérea de Portugal acompanhou todo o trajeto de um pequeno avião “sem comunicações e não identificada” até aterrissar em Ferreira do Alentejo. Traficantes fugiram.

Caça F-16 da Força Aérea de Portugal
A Força Aérea acionou dois caças F16 e um avião de patrulhamento para interceptar a aeronave que, na terça-feira (24), largou dois fardos de haxixe num campo junto à A26, em Ferreira do Alentejo. A aeronave voltou a conseguir levantar voo e fugiu, tal como os ocupantes da viatura que recolheu a droga. Presume-se que tenha regressado a Espanha ou a Marrocos, de onde seria proveniente.

“A Força Aérea, através do sistema de defesa aérea e de policiamento aéreo, detectou na tarde de ontem uma aeronave em aproximação ao espaço aéreo nacional, sem comunicações e não identificada”, informou aquele ramo das Forças Armadas ontem, em comunicado. A nota detalha que a aeronave foi “detectada a sul do Algarve e com rumo a norte” e que, “de imediato”, foi ativada “uma parelha de F-16M”. “Pelo facto de a aeronave não identificada voar a baixa velocidade e a baixa altitude, foi também empenhado um avião P-3C CUP+”, acrescenta.


O intruso foi seguido através dos sistemas eletrônicos do P-3C CUP+ e as autoridades em terra informadas do percurso e localização da aeronave, que “acabaria por aterrissar num local próximo de Ferreira do Alentejo”.

Tal como o JN noticiou ontem, a aeronave descarregou os fardos de haxixe junto à A26, onde outros traficantes aguardavam numa viatura para recolher a droga, e levantou de novo voo. A GNR mobilizou meios de Grândola, Beja, Ferreira do Alentejo e Setúbal para perseguir o carro com o haxixe, que seguiu em direção a Grândola. Sentindo-se acossados, os traficantes meteram-se por caminhos de terra batida, acabando por abandonar a viatura e a droga junto a um monte, e fugir a pé.

O caso está a ser investigado pela Polícia Judiciária que vai determinar a origem da avioneta e o paradeiro dos fugitivos. Não houve ainda detenções.

Reta sem obstáculos

O local escolhido para a descarga foi uma longa reta, com pouca vegetação e obstáculos, na ligação entre o nó da A2-Grândola Sul e a Malhada Velha.

Rota do Norte de África

O uso de pequenos aviões no tráfico tem sido ocasionalmente detetado em rotas entre o norte de África e a Península Ibérica

Via Teixeira Correia (Lidador Notícias - Portugal), CNN Portugal e Renascença

Helicóptero cai na zona rural de Itacaré, no sul da Bahia

Acidente aconteceu no domingo (22), mas a polícia conseguiu encontrar e isolar o local nesta terça-feira (24). Duas pessoas estavam na aeronave, mas não ficaram feridas.

(Foto: Reprodução/TV Santa Cruz)
O helicóptero Bell 206B JetRanger, prefixo PT-YDC, caiu na zona rural de Itacaré, no sul da Bahia. O acidente aconteceu no domingo (22), mas a polícia conseguiu encontrar e isolar o local nesta terça-feira (24). Duas pessoas estavam na aeronave, mas não ficaram feridas.

A aeronave, segundo o blog de Rodrigo Ferraz, era pilotada por Lucas Silva Santos. A passageira era Janaína Monteles de Souza, uma empresária de Roraima.

(Foto: Reprodução/TV Santa Cruz)
Segundo a Polícia Civil da cidade, o helicóptero caiu em uma propriedade particular, que fica em uma área de difícil acesso, na zona rural do município, numa área chamada Jeribucaçu.

O helicóptero teria saído de Itabuna, cidade que também fica no sul da Bahia, com destino a Maraú, outro município da mesma região.

(Foto via Blog de Rodrigo Ferraz)
O Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa) começou a investigar a queda da aeronave. Equipes do grupo devem ir ao local ainda nesta semana para começar as investigações.


Via g1, A Região e ANAC

Vídeo: Avião congolês escapa por pouco de míssil de Ruanda

Autoridades ruandesas disseram que caça havia invadido espaço aéreo do país, o que foi negado pela República Democrática do Congo.


As forças de Ruanda dispararam na terça-feira (24) contra um caça a jato da República Democrática do Congo (RDC). O momento em que o míssil quase atingiu a aeronave foi registrado e compartilhado por testemunhas na cidade fronteiriça de Goma, na RDC.


"Quando esta bomba explodiu seus destroços caíram em vários lugares. Eu vi os que caíram no terreno da Ceni (comissão eleitoral do Congo) e quem passava viu alguns dos destroços e pegou", afirmou Habamungu Prince, que viu o incidente.

A aeronave conseguiu pousar em segurança, mas com graves danos. No vídeo o piloto sai da aeronave sem aparentar estar ferido.

O piloto tentando apagar as chamas do caça após pousar em segurança
As autoridades ruandesas disseram que o caça Sukhoi Su-25 havia invadido o espaço aéreo do país, o que foi negado pela RDC. O governo congolês afirmou que a atitude de Ruanda foi um ato de guerra.

"É por aqui que os aviões sempre passam. Não acho que [o caça] tenha cruzado o espaço aéreo de Ruanda. Tenho certeza de que ainda estava no nosso espaço aéreo porque passou por lá, onde todos os nossos aviões passam todos os dias", comentou Prince.


RDC, especialistas das Nações Unidas e potências ocidentais acusam Ruanda de apoiar os radicais do grupo M23 que tomou várias cidades e aldeias no leste do Congo após combates em 2022. Os ruandeses negaram qualquer envolvimento.

Os líderes regionais negociaram um acordo em novembro segundo o qual o grupo liderado pelos tutsis deveria se retirar das posições recentemente tomadas até 15 de janeiro, como parte dos esforços para acabar com os combates que deslocaram pelo menos 450.000 pessoas.

O presidente congolês, Felix Tshisekedi, disse na semana passada que os rebeldes não haviam se retirado totalmente dessas áreas.


Em dezembro, Ruanda disse que outro caça a jato do Congo violou brevemente seu espaço aéreo.

Um avião de guerra congolês desarmado também pousou brevemente em um aeroporto de Ruanda em novembro durante uma missão de reconhecimento perto da fronteira, no que o Congo disse ter sido um acidente.

Via g1, IstoÉ, CNN e BBC