sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Vale a pena comprar um drone? Entenda quais são riscos e benefícios

Eles vêm tomando conta do espaço brasileiro e atraindo curiosos. Por isso, a procura pelo produto também tem sido grande nas buscas pela web. Seu uso ainda carece de regulamentação pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), pois o aeromodelo, se mal administrado, pode causar acidentes e colocar a segurança de transeuntes em perigo. Além disso, a falta de fiscalização e manutenção do aparelho pode aumentar chances de falhas técnicas. Drones também podem ser uma ameaça à privacidade e até arma de guerra. Quais são, então, os benefícios de adquirir um desses robôs?

Veículo aéreo não tripulado ainda precisa ser regulamentado pela Anac
Foto: Reprodução/Mercado Livre

Os drones podem oferecer inúmeras utilidades, até mesmo para atividades simples, como tirar fotografias. Com o aparelho, é possível registrar imagens sob uma perspectiva diferente e artística ou realizar uma filmagem panorâmica. O recurso também já é ferramenta de auxílio em transmissões jornalísticas. Cineastas e fotógrafos podem se interessar bastante pela tecnologia. E já tem gente usando o veículo para essa finalidade. Existe, inclusive, uma espécie de Instagram pela Internet para compartilhar fotos tiradas por drones, chamado de "Dronestagram".

Câmera fotográfica profissional instalada em um drone
Foto: Reprodução/Mercado Livre

Da mesma forma que um aeromodelo assim pode ser usado para o lazer, drones também podem servir para espionagem sem o seu consentimento, invadindo o espaço aéreo. Por esse motivo, governos e entidades estão criando regras para evitar que crimes ocorram com o equipamento.

Drone utilizado pelo exército norte-americano
Foto: Reprodução/Wikimedia Commons

Os robôs também podem ser utilizados pelo setor militar, sendo equipados com armas letais, como metralhadoras, explosivos e mísseis para fazer o trabalho sujo de um exército em campo de guerra. Ele se torna, basicamente, um avião de controle remoto que pode ser usado em conflitos, colocando a vida das pessoas em risco. O artista e ativista James Bridle, por exemplo, que escreve para o jornal britânico The Guardian, publica, em seu site pessoal, fotos obtidas pelo Google Maps Satellite, revelando locais atacados por drones.

Outra serventia comum para o robô tem sido testada pelo comércio. Desde o fim de 2013, a Amazon, empresa varejista digital, estuda fazer entregas por meio de drones. Esse recurso é útil tanto no meio empresarial quanto para pessoas que desejam utilizar os robôs voadores para entregas remotas.

Drone de entregas da Amazon - Foto: Divulgação/Amazon

O problema é que a Federal Aviation Administration (FAA), nos Estados Unidos, baniu o uso comercial de drones até 2015. E isso se aplica ao negócio da Amazon. Por enquanto, a atividade está liberada aos americanos apenas para fins recreativos, como registrar vídeos e fotografias.

E no Brasil?


A Anac pretende realizar uma audiência pública ainda no segundo semestre de 2014, mas as discussões técnicas já estão ocorrendo há um tempo. A agência tem dedicado atenção ao tema desde 2011, quando o Departamento de Polícia Federal adquiriu o primeiro equipamento no país, mas os trabalhos para a construção da regulamentação foram iniciados somente em 2013. No projeto para regularizar o uso de drones, as Aeronaves Remotamente Tripuladas (RPAs), como são chamadas pela agência, deverão ser cadastradas ou registradas na Anac, de acordo com o peso e com o alcance de altura.

Acidentes possíveis e proibições


Se o operador não cumprir as regras da Anac ou utilizar um drone de grande porte sem a correta permissão, a entidade tem direito de confiscar o equipamento, ainda mais se ele não apresentar a autorização da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para funcionar no país. É proibido o transporte de cargas pesadas, perigosas ou animais, por drones. Direção negligente dos modelos também não é permitida, uma vez que os veículos podem bater em propriedades públicas ou privadas, além de causar danos para pessoas.

A Anac ainda flexibiliza, na proposta de regulamentação, a comercialização de drones abaixo de 25 kg com voo baixo, legalizando a venda para amadores cadastrados, mas faz orientações importantes para que regras não sejam desrespeitadas. Recomenda-se voo em região pouco habitada ou movimentada, para evitar imprevistos com os aparelhos. As orientações discutidas pela agência podem ser alteradas após a audiência pública, agendada para a segunda metade deste ano.

Além disso, a entidade frisa que os drones devem ser controlados por engenheiros, pilotos e especialistas, tanto da indústria de veículos remotamente tripulados quanto da aviação civil. Não é aconselhado o uso de um equipamento desses por um amador ou por alguém que não recebeu o treinamento correto.

Equipamento em drone capta informações de 20 mil TVs em raio de 1,4 km
Foto: Flickr/Don McCullough

Manutenção de drones no Brasil


A Anac recomenda que os consumidores de drones procurem assistência técnica do próprio fabricante do aparelho ou de oficinas credenciadas por ele, que passem pela Inspeção Anual de Manutenção (IAM). Como o uso de drones ainda será avaliado em audiência para aprovação de uma Resolução Normativa, e a maioria dos produtos é importado, não há assistência direta dos fabricantes no Brasil.

Algumas lojas prometem consertar máquinas de empresas, como Dji e Cinemax, dois dos principais produtores de drones. Mas nenhuma delas é credenciada. Isso pode mudar com a maior comercialização do produto no Brasil. A baixa presença deste se reflete na alta variação de seu preço em nosso país, de R$ 750 até R$ 36 mil.

Possível conclusão


A redução de preço dos drones no Brasil ainda é uma realidade distante, mas a tecnologia está em vias de ser regulamentada em breve. Os riscos estão sob análise, principalmente nos Estados Unidos, onde esse tipo de veículo já é projeto do setor militar e pode se tornar um veículo de entregas de empresas como a Amazon. A situação dos drones no Brasil pode melhorar dentro de alguns meses, principalmente na área técnica, apesar de o aparelho já estar disponível para compra no país.

Saiba mais: O que é drone e para que serve? Tecnologia invade espaço aéreo.

O melhor uso para drones no planeta: filmar vulcões ativos


O vídeo acima é uma gravação incrível de uma erupção do vulcão islandês Bardarbunga. A filmagem foi feita por um drone, de tão perto da lava que uma parte da câmera GoPro até derreteu.

O responsável pela façanha foi Eric Cheng, diretor de imagens aéreas da fabricante de drones DJI, em colaboração com o artista Ragnar Th. Sigurdsson.


Para gravar no sistema vulcânico Bardarbunga, Sigurdsson e Cheg tiveram que obter autorização das autoridades locais e passar por um grande perrengue. Além de calcular o melhor dia com as melhores condições para a filmagem, eles tiveram que arriscar suas vidas a pé (uma vez que de carro não podiam prosseguir) para chegar perto o suficiente a fim de fazer as imagens fantásticas.
 

A Islândia é o único lugar onde uma dorsal oceânica – grandes cadeias de montanhas submersas no oceano – se levanta até a superfície na terra seca. É uma incrível vista de um dos processos geológicos mais importantes e impressionantes do planeta.



A erupção atual, pega em vídeo, começou há cerca de um mês em uma fissura entre os vulcões Bardarbunga e Askja. Os cientistas acreditam que pode continuar por mais um ano.

Fonte: Wired via hypescience.com - Fotos: Reprodução

Mais





Taxa de embarque vai subir 7,93% até o fim do ano

Proposta a ser aprovada pela Anac prevê ainda outro reajuste no início de 2015.


As tarifas de embarque na rede de aeroportos administrados pela Infraero vão subir 7,93% até o fim deste ano e deverão ser remarcadas novamente em janeiro de 2015. Atualmente, os passageiros pagam R$ 21,57 nos embarques domésticos e R$ 74,72 nos voos internacionais, nos aeroportos listados na categoria 1 operados pela empresa, como Santos Dumont, Congonhas, Salvador, Recife, Fortaleza, Manaus, Curitiba e Porto Alegre. Com o reajuste deste ano, o voo doméstico terá taxa de R$ 23,28 e o internacional, de R$ 80,64. 

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Notícias Gerais Outubro - 2














 







'Nem sabia que iríamos de avião', diz sobrevivente de acidente aéreo no PR

Acidente com monomotor foi no dia 30 de agosto e deixou três mortos.

Hélio passou por cinco cirurgias e se recupera do tratamento em Curitiba.


Depois de passar por cinco cirurgias, o empresário pernambucano que sobreviveu ao acidente com um monomotor em Curitiba, Hélio Correia, de 33 anos, relembrou ao G1 os momentos de tensão que passou. "Nunca vou esquecer o desespero. Não só pelo medo que passei, mas pelas outras pessoas que não conseguiram sobreviver", contou. O acidente com o avião modelo Cessna 177 aconteceu no dia 30 de agosto próximo ao Aeroporto do Bacacheri, logo após a decolagem. A aeronave iria para Londrina, no norte do estado. Após a queda, o avião pegou fogo e atingiu parte de uma residência. O piloto Cleber Luciano Gomes, o rapaz que ocupava a posição de copiloto Silvio Roberto Romanelli e o passageiro Mounir Saleh Brahim morreram no acidente. Na residência, ninguém ficou ferido. 

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Passageiro que se sentir lesado pela TAP pode ser ressarcido

TAP chegou a pedir desculpa por fretar voos da ucraniana Windrose Airlines,
mas voltou a alugar aviões - Foto: Divulgação

Consumidores que se sentirem lesados por causa do uso de aviões fretados pela TAP para operar a rota Fortaleza-Lisboa-Fortaleza, podem pedir abatimento ou ressarcimento proporcional ao dano sofrido. A professora e especialista em direito do consumidor, Josemara Ponte, diz que contratar um voo num tipo de aeronave e ser colocado em outro, de qualidade inferior, é quebra de contrato. “Tem que analisar o contrato (o bilhete) para ver, mas creio que ele deve garantir o mesmo tipo de aeronave”, diz.

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Brasileiro clica mergulho e voo de aviões ao mesmo tempo no Caribe

Fotógrafo registrou aeroporto com um dos pousos mais belos do mundo.

Ensaio foi em St. Maarten, onde aviões passam muito perto de banhistas.

Foto de Daniel Botelho mostra mulher mergulhando em St. Maarten, 
no Caribe, enquanto avião sobrevoa a ilha

"Colado" em uma praia no mar do Caribe, o aeroporto Princess Juliana, na ilha de St. Maarten, figura em várias listas que reúnem os lugares com pousos mais belos do mundo. Ele também se tornou atração para os turistas que visitam a ilha e que gostam de tirar fotos dos aviões sobrevoando a praia, muito perto dos banhistas.

Especialista em imagens subaquáticas, o fotógrafo brasileiro Daniel Botelho resolveu registrar o fenômeno, mas de um ângulo diferente. Ele fez uma série de fotos que mostram os aviões sobrevoando a ilha do ponto de vista de quem está debaixo d´água. Rapidez 


O efeito foi obtido ao colocar a câmera com metade da lente dentro da água e metade do lado de fora. O equipamento que ele usa inclui uma caixa estanque, que permite vedar a máquina fotográfica e tirar fotos aquáticas.

Botelho, que mora no Rio de Janeiro e passou um mês na ilha caribenha entre agosto e setembro, conta que obter esse efeito foi mais difícil do que imaginava devido à velocidade das aeronaves. “Acho que foi a coisa mais rápida que já fotografei. Só se compara a uma águia pescadora africana que cliquei caçando peixes num voo rasante”, relata ele, que tem experiência em registrar tubarões, baleias e outros animais aquáticos.

Ele já havia feito um trabalho parecido em Fernando de Noronha. “Mas do lado de fora o que havia era montanhas, e montanhas ficam paradas. Já os aviões passam a 300, 350 km por hora”, diz.

Além da velocidade dos aviões, Botelho teve que levar em conta outras variáveis, como o clima, a transparência da água no dia, a presença ou não de ondas e a posição da modelo que posou para as imagens. Eram necessários vários testes antes de que cada avião passasse – o aeroporto recebe cerca de cinco aeronaves por dia, algumas de pequeno porte. “Acabei decorando o quadro de chegadas do aeroporto. Quando estava para pousar ou decolar um avião eu já ficava nervoso”, lembra, rindo. 

Atração turística

Turistas se reúnem na praia de Maho para ver e
fotografar aviões sobrevoando baixo a ilha

Maho, a pequena praia onde fica o aeroporto de St. Maarten, não é considerada ideal para turismo por causa do barulho dos aviões. Mesmo assim, visitantes lotam a faixa de areia para observar os aviões voando baixo por lá – especialmente os maiores.

“É impressionante. Vão pessoas até de outras ilhas para ver. A curtição é ver o avião chegando e, quando ele vai decolar, se segurar na grade em volta da pista para sentir o vento da turbina. Tem placas alertando para não fazer isso, mas as pessoas vão”, conta Botelho.

Segundo ele, St. Maarten é um bom lugar para quem procura vida noturna agitada e boa infraestrutura turística. Não é muito a sua praia, já que ele prefere lugares mais selvagens. A ligação do fotógrafo carioca com o mar vem desde criança. “Na minha infância estava sempre mergulhando ou fazendo snorkeling. Tenho necessidade de me conectar com a natureza. Na água eu me sinto no meu meio”, diz.

Fonte: Flávia Mantovani (G1, em São Paulo) - Fotos: Daniel Botelho/Divulgação