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O avião que transportava o presidente taiuanês, Ma Ying-jeou, sofreu um acidente quando aterrissava hoje (2), devido a uma falha no trem de pouso, indicou o vice-ministro da Defesa, Shih-chang Chao.
Ma saiu ileso do acidente, que apenas produziu algumas chamas e fumaça, devido ao atrito do trem de pouso do avião, um Fokker 50, com a pista, acrescentou.
Segundo Wang Yu-chi, porta-voz presidencial, Ma estava sereno e em bom estado de saúde durante o incidente.
O acidente ocorreu quando o avião aterrissava no aeroporto da cidade de Taichung, procedente de Taipé.
Após o episódio, os militares taiuaneses ordenaram uma revisão de todos os aviões Fokker da Força Aérea.
Sobreviventes do acidente com o avião da Força Aérea Brasileira (FAB) relatam o drama vivido durante a queda do C-98 Caravan, na quinta-feira (29), no Amazonas. Dos nove sobreviventes, quatro foram para Manaus. Os outros cinco permaneceram no interior do estado, onde moram. Neste domingo (1º), puderam finalmente falar sobre o acidente: os momentos de pânico que viveram, a maneira com que conseguiram sair do avião e a tentativa de salvamento das duas pessoas que morreram.
Depois de um acidente como esse, o que fica na memória? Os sobreviventes contaram à nossa equipe detalhes do que viveram e no que pensavam o tempo todo: rever a família. Alívio, comoção, o fim da angústia. Mas como esquecer o que houve?
“Foram cinco minutos caindo, um desespero muito grande. A gente foi caindo, quando o piloto disse: ‘Quem confia em Deus reza’”, lembra a sobrevivente Diana Soares.
“Sinceramente, o que mais passou foi para Deus me salvar, tenho dois filhos”, conta a sobrevivente Maria das Graças Nobre. “Todo mundo dizia para o outro rezar, acreditar em Deus, que vai dar certo”, aponta a sobrevivente Maria das Dores Carvalho.
Volta para casa
Em Tabatinga, Diana reviu a mãe: “O avião andava normalmente, foram 40 minutos de voo. Estava normal, quando, de repente, teve um barulho estranho e o avião começou a cair”.
“O cheiro era de borracha queimada, o avião ia explodir, estava pegando fogo. Os pilotos falaram isso”, conta outra sobrevivente.
Foi então que o piloto se decidiu a fazer um pouso forçado e avisou: “Prepare-se para o impacto e confie em Deus. A gente pousou na água, a asa do avião bateu na terra, viramos. Depois afundou”.
O técnico de enfermagem cujo corpo foi encontrado ontem estava vivo quando o avião começou a afundar: “Ele [meu marido] ainda conversou com ele, com o avião afundando. João disse para o Marcelo ir por fora, pela porta de trás. João foi pela porta da frente. Quando meu marido saiu, não vimos João. Ele ficou preso no avião”, conta uma testemunha.
O mecânico da Força Aérea Marcelo Dias já tinha saído do avião. “O colete dele não abriu, acho que ficou em choque, não se mexia”, conta uma sobrevivente.
Um barco da Funasa levou os sobreviventes de Tabatinga para a região onde moram. Diana e Marcelo esperaram muito para encontrar com Vitória, a filha de 3 anos, que espera na cidade de Benjamin Constant. Eles contam que pensaram nela o tempo todo.
Uma carreata se formou espontaneamente, acompanhando o pessoal até a cidade vizinha. Atalaia do Norte parou para receber os sobreviventes. A cidade inteira foi para o portão de entrada e preparou uma grande festa.
Um desses três modelos será escolhido pelo governo brasileiro para proteger o espaço aéreo do país.
Vai começar agora uma aventura de tirar o fôlego. Os repórteres do Fantástico embarcam nos aviões de caça mais modernos do mundo! E por alguns momentos, chegam a pilotar essas incríveis máquinas de guerra.
Um desses modelos será escolhido pelo governo brasileiro para proteger o espaço aéreo do país!
Apertem os cintos porque uma reportagem como essa você só vê aqui, no Fantástico.
Aviões a dois mil quilômetros por hora!
Os caças mais modernos do mundo, capazes de proteger - ou atacar - um país inteiro!
Máquinas de guerra que valem milhões de dólares cada uma, nas mãos dos repórteres do Fantástico!
Ele me perguntando se eu quero pilotar, diz Mariana
"Ela é muito sensível. Ele está com a mão para cima aqui! Ah!!!!", disse o piloto.
Paulo Renato: Ele pergunta se eu quero tentar. Tenho que mover o joystick para a esquerda e para a direita.
"O avião agora está sob o meu comando", conta Paulo Renato.
Agora vou pra esquerda.
“O piloto me incentiva: vai, vai, vai! Mais!”
“Agora... Estou de cabeça para baixo!”
Alvarez: Os caças F18 Super Hórnet, dos Estados Unidos; o Gripen NG, da Suécia; e o Rafale, da França, disputam um contrato bilionário para renovar a Força Aérea Brasileira.
Mas, afinal, o que esses caças são capazes de fazer?
É o que o Fantástico foi descobrir.
E agora você vai ver com exclusividade os três modelos em ação.
Alvarez: Quando eu cheguei à base de Norfolk, no estado americano da Virgínia, um frenético sobe e desce: 75 caças F-18 Super Hórnet.
A turbina dispara. Tapem os ouvidos!
Por questões de segurança, a gente precisa usar um capacete. Neste momento, eles preparam a decolagem do F-18. Esse modelo que vocês estão vendo é o F, com dois tripulantes. Na frente vai o piloto, que é o principal responsável pela aeronave. E o outro tripulante no banco de trás controla os armamentos do F-18.
Mariana: É no banco de trás que vamos pegar uma carona.
Só que antes sentar ali é preciso comprovar que estamos com a saúde em dia.
Coração. Pulmões. Audição.
Tudo é examinado na cidade de Linkoping, na Suécia.
Pulmões, coração, tudo funcionando.
Ele disse que eu posso voar!
Paulo Renato: Check-up completo, hora de se preparar para a missão do Fantástico: macacão, botas e um traje especial.
Paulo Renato: Na base da força aérea francesa em Istres, Sul do país, o piloto com quem eu vou voar explica que o traje infla, pressiona as pernas e mantém o sangue circulando no cérebro. Pra quê? Para eu não desmaiar...
Mariana Ferrão: Depois, vêm os procedimentos de segurança.
Mariana Ferrão: tem um colete salva-vidas que infla automaticamente se a gente cair na água e num bolso tem um transmissor que vai emitir sinais caso a gente precise ejetar e aí vem um helicóptero de resgate para nos salvar.
Paulo Renato: ejetar é ser lançado para fora da cabine do avião e cair de pára-quedas. O piloto me ensina o que fazer: encostar bem a cabeça e puxar a alça. Em terra, isso parece fácil.
Paulo Renato puxa alça da ejeção.
Mariana baixa o visor do capacete. "Estamos prontos!"
Paulo Renato: Ao contrário do que pode parecer, não é tão apertado dentro da cabine do avião.
Mariana: O espaço interno é relativamente parecido com o do avião comercial. O assento tem mais ou menos a mesma largura.
Alvarez: Os aviões vão decolar!
Paulo Renato: caça decola, faz manobra e some nas nuvens. Uhhh! Esse é o famoso para o alto e avante!
Paulo Renato: sensacional!
Piloto: Gosta?
Paulo Renato: Gosto!
Paulo Renato: A gente decolou já direto pras nuvens! Quase noventa graus! Sensacional. Do lado, só nuvem.
Paulo Renato: "Uuuu! Looping!"
Mariana: bye bye bye! Meu deus do céu, ah! A gente está virando de ponta cabeça, eu estou vendo todo o mar lá embaixo, deu uma acelerada, me pressionou todo o estômago aqui, mas...uuuuuuh, já passou.
Alvarez: O Fantástico está experimentando o poder das máquinas voadoras mais sofisticadas do mundo.
Na página da Marinha americana na internet, cada F-18 Super Hornet aparece com o preço equivalente a pouco mais de cem milhões de reais.
Paulo Renato: Segundo publicações especializadas em aviação militar, o francês Rafale custa em média cerca de 140 milhões de reais
Mariana Ferrão: E o Gripen oscila entre 90 e 105 milhões de reais.
Alvarez: Agora, quanto o Brasil vai pagar pelo avião escolhido depende da configuração do caça, da oferta de transferência de tecnologia, das condições de financiamento - e da pechincha, é claro.
Paulo Renato: O piloto francês me entrega o controle do Rafale, mais uma vez.
Paulo Reanato: Eu estou no comando do avião de novo. Vamos lá!
Paulo Renato: Agora a gente está se aproximando do avião em que o nosso cinegrafista, o Sérgio Gilz, está. Ele deve ter uma boa visão da cabine.
Paulo Renato: O outro avião está se aproximando.
Piloto: Yes!
Paulo Renato: Agora a gente vai ter a companhia de outro Rafale aqui do lado.
Paulo Renato: Tudo corre muito bem pra mim, até que o piloto retoma o controle do Rafale e exige mais do caça.
Paulo Renato: A pressão é tão grande, que agora eu senti um pouco o ouvido.
Mariana
No Gripen, por causa das manobras, eu senti bem mais que o ouvido...
Estamos a 700km por hora e está acelerando rapidamente.
Estamos nos aproximando de romper a barreira do som, agora.
A gente acaba de ultrapassar a barreira do som!
Ele está me dizendo que eu estou supersônica! A gente ultrapassou a barreira do som agora e o que a gente escuta é um silêncio muito grande.
Estamos virando para a esquerda, em velocidade supersônica, e eu sinto um tremendo aperto no estômago.
Eu sinto como se meus olhos tivessem na minha bochecha, minha bochecha no meu pescoço, ah, e meu ouvido no meu joelho!
Alvarez: Pilotos de guerra também sentem os efeitos da aceleração da gravidade. Suportam uma força que pode chegar até nove vezes o próprio peso, ou nove G. Mas eles são treinados para isso.
Avião faz curva para baixo, para, ergue o bico, faz parafuso, para de lado e faz a curva.
Avião faz curva, perde altitude, empina o bico, sobe direto e faz parafuso.
Veja o que este piloto do F-18 faz.
Mariana: no Gripen, chegamos a 7 g. Eu peso 60 quilos, mas agora é como se eu tivesse 420, quase meia tonelada.
Paulo Renato: No Rafale, chegamos a 9 g. Como peso 75 quilos, tenho que suportar uma força de quase 700 quilos.
Alvarez: a agilidade desses caças está a serviço de um poder de fogo imenso.
Os três modelos são capazes de ataques simultâneos contra alvos em movimento no ar e na terra.
O F-18 já testou essa capacidade. Cumpriu missões de guerra no Afeganistão e no Iraque.
Paulo Renato: o Rafale também participou de operações no Afeganistão.
Mariana: já o Gripen que está sendo oferecido ao Brasil. É ainda um projeto, que será aperfeiçoado a partir deste modelo em que estamos voando.
Alvarez: F-18, Rafale, Gripen? Qual é o melhor para o Brasil?
Em setembro, o presidente Lula chegou a dizer que preferia o caça francês. Mas o Ministério da Defesa brasileiro informou que a decisão ainda será tomada.
Paulo Renato: Na guerra pelo contrato, prometer transferência de tecnologia é uma das estratégias mais importantes. O das empresas dizem que o Brasil será capaz de construir o caça escolhido.
Mariana: nos próximos dias, a Força Aérea Brasileira deve entregar ao Ministério da Defesa o estudo técnico sobre cada aeronave.
Só então o presidente Lula vai decidir qual delas vai aterrissar aqui.
Paulo Reanto: Uma das melhores sensações que eu tive na vida - sensacional, sensacional. Maravilhoso.
Mariana: eu não consigo imaginar nenhuma outra situação em que , em tão pouco tempo, você consegue experimentar sensações tão diferentes.
Aeronave passou por uma inspeção de uma semana, no início de outubro.
Nove dos 11 ocupantes do avião sobreviveram.
A Aeronáutica inicia agora uma operação para retirar o avião da água. Ele será desmontado para análise do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o avião passou por uma inspeção maior, que durou uma semana, no início de outubro, e tinha ainda 45 horas de voo antes de fazer uma nova inspeção, mais simples. O motor retornou de uma revisão realizada este ano.
O corpo do suboficial Marcelo Dias foi encontrado na manhã deste domingo (1º). Estava na margem do Rio Itui, a 2,5 quilômetros do local do acidente. O militar ajudou os sobreviventes a sair do avião, após o pouso forçado. "Ele saiu da poltrona, foi até a porta atrás, abriu a saída de emergência e ficou. Até todo mundo sair, ele aguentou", conta o sobrevivente Marcelo Nápoles.
O técnico em enfermagem João Abreu também morreu. O corpo foi encontrado neste sábado (31), dentro do avião submerso.