São cerca de 2500 voos por mês e mais de 800 mil passageiros por ano.
Entre 2008 e 2012, foram registrados 59 acidentes e 9 mortes.
Na Bacia de Campos, no Norte do estado do Rio de Janeiro, as estatísticas mostram uma tendência perigosa. Nos últimos cinco anos, o aumento do tráfego de helicópteros aumentou cerca de 20% e o número de acidentes dobrou. As aeronaves transportam funcionários e cargas para plataformas de petróleo, em alto-mar, responsáveis por 80% da produção de todo o petróleo do Brasil.
São cerca de 2500 voos por mês e mais de 800 mil pessoas transportadas por ano. A região da Bacia de Campos tem a segunda maior frota de helicópteros do Brasil, atrás apenas da cidade de São Paulo. Os autoridades se preocupam com o crescente número de acidentes. Um levantamento do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindpetro-NF), mostrou que entre 2008 e 2012, foram registrados 59 acidentes e 9 mortes envolvendo envolvendo helicópteros na Bacia de Campos.
Para o Sindpetro, o crescimento no índice de acidentes pode estar relacionado à falta de manutenção das aeronaves. Segundo o presidente do sindicato, José Maria Rangel, a frota opera no limite e o espaço aéreo da região está congestionado. "Tudo isso leva, na nossa visão, a uma incidência menor de manutenções", disse.
Rosângela Oliveira perdeu o filho em um acidente de helicóptero em 2011. Ricardo Leal tinha 29 anos e era auxiliar técnico de produção. "[Eu queria que] tivesse mais segurança para isso não acontecer mais para mim nem para tantas outras famílias que ficam esperando seus filhos e maridos voltarem das plataformas nessas aeronaves tão inseguras que são hoje", disse a mãe da vítima.
A Petrobras informou que todos os helicópteros passam por manutenção periódicas e que tem equipamentos de última geração.
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Fonte: G1 - Imagem: Reprodução da TV