segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Dilma abre a torneira para a farra dos aeroportos regionais

Pacote de estímulo à aviação regional prevê investimentos de 7,3 bilhões de reais em aeroportos de cidades pequenas - muitas vezes grudadas umas às outras

Aeroporto de Lages, em Santa Catarina, será um dos que receberá
 investimentos do governo - Foto: Divulgação/Infraero

Em um país sério, qualquer plano de investimentos elaborado pela Presidência da República que envolva a participação de estados, municípios e empresas privadas é amplamente discutido e ajustado com as partes envolvidas, antes de ser divulgado. A sensatez nos gastos públicos dita que o dinheiro da população não pode ser despejado a rodo em obras de infraestrutura que correm o risco de se tornar inúteis. Mas não no Brasil. Exemplo de tal prática é o pacote de investimentos no setor aeroportuário anunciado pela presidente Dilma Rousseff pouco antes do Natal. O plano prevê o aporte de 7,3 bilhões de reais em recursos do Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac) para turbinar 270 aeroportos pequenos, que servem cidades com população inferior a um milhão de habitantes. Um olhar mais detalhado sobre o projeto descortina erros e indícios de mau planejamento. Há cidades pequenas, com menos de 100 mil habitantes, que receberão recursos para reformar seus aeroportos – e que ficam separadas por distâncias inferiores a 50 quilômetros de outros municípios também beneficiados pelo pacote do governo.

A distância mínima sugerida entre dois aeroportos em áreas que possuem demanda média de passageiros é de 100 quilômetros, segundo normas da Comissão Europeia que são adotadas por grande parte dos países. Em locais de difícil acesso rodoviário, sem pavimento ou estradas, o regulamento europeu admite uma distância de 75 quilômetros. Porém, no plano elaborado pelo governo, municípios de pouca relevância econômica e próximos de metrópoles já servidas por grandes aeroportos passarão a ter aeródromos aptos à operação de voos regulares. A expectativa do Palácio do Planalto é de que a existência de um aeroporto seja suficiente para trazer desenvolvimento a regiões carentes de infraestrutura. “Efetuamos uma análise de cobertura territorial para mais de 94% da população brasileira. Fizemos consultas ao Ministério do Turismo, IBGE, governo e empresas aéreas. O objetivo é beneficiar a população”, afirmou o secretário-executivo da Secretaria de Aviação Civil (a SAC), Guilherme Ramalho.

Contudo, as coisas não ocorreram exatamente assim. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), órgão que regula o setor e dispõe de conhecimento técnico para abastecer a SAC, sequer participou da elaboração do plano. As companhias aéreas foram avisadas menos de uma semana antes da divulgação do pacote. Elas foram chamadas a Brasília para uma reunião com membros da Casa Civil, da SAC e, em alguns casos, até mesmo com a presença do secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin – que tem funcionado como uma espécie de “banqueiro” do Palácio do Planalto, financiando a maior parte dos pacotes de bondades da gestão petista. Durante a reunião, as empresas apenas ouviram dos interlocutores da presidente que haveria um pacote para estimular a aviação regional. Seus executivos não foram convidados a opinar, dar contribuições ou manifestar qualquer interesse nos destinos que seriam beneficiados pelo governo. “O governo não pré-define rotas. Vamos prover infraestrutura para que elas sejam criadas. O plano é fomentar voos para localidades ainda não atendidas”, afirmou Ramalho.

O governo sustenta a tese de que a descentralização da economia garantirá o sucesso dos aeroportos. A crença no fato de empresas migrarem dos grandes centros em direção a cidades médias em busca de mão de obra barata e menores custos é o argumento utilizado para explicar a escolha de cidades como Lages, em Santa Catarina, como destino de recursos do pacote. Com cerca de 160 mil habitantes, o município está a 32,8 quilômetros de distância de Correia Pinto – outro local que receberá dinheiro público para seu aeródromo. Correia Pinto tem 14 mil habitantes. “Essa tese do desenvolvimento regional é uma falácia. É como se o deslocamento dos investimentos para cidades de porte médio e pequeno fizesse com que os aeroportos, da noite para o dia, se tornassem estruturas essenciais”, afirma um interlocutor do governo que preferiu não ter seu nome citado.

O site de VEJA conversou com funcionários de órgãos envolvidos na elaboração do plano – e, mesmo dentro governo, poucas são as vozes que não têm restrições ao pacote. “Essas medidas ignoram aspectos técnicos. É como distribuir uma infinidade de impressoras sem a menor garantia de que haja cartuchos para que elas sejam usadas. É a ideologia que se sobrepõe à razão”, afirmou uma das fontes. O governo parece desconsiderar que, depois de prontos, tais aeroportos terão de ser geridos por prefeituras e estados – e poderão se converter em fardo, caso não sejam lucrativos. “A construção ou reforma de um aeroporto é o menor problema. O mais caro é a manutenção e a operação. Se o plano não prevê um aeroporto que se sustente, alguém tem de pagar essa conta”, afirma o consultor de aviação João Eduardo Tabalipa.

O governo de Minas Gerais, que desde 2003 executa seu próprio programa aeroportuário (o ProAero), destacou que alguns aeroportos contidos no pacote do governo federal já estão sendo ampliados ou reformados pelo estado – o que mostra o nível superficial de conversas entre as duas esferas na elaboração do plano. Há cerca de duas semanas, o governador Antonio Anastasia (PSDB-MG) anunciou mais 235 milhões de reais para o ProAero e ainda afirmou que tentará ajustar melhor a lista de aeroportos mineiros que constam no pacote. A ideia é direcionar os recursos liberados pelo Fnac para aeródromos que não estejam sendo reformados pelo programa estadual de investimentos.

O governo federal ainda não detalhou como tornará os aeroportos atrativos para as companhias aéreas nacionais. Afirmou, sem dar muitos detalhes, que subsidiará tarifas aeroportuárias e, até mesmo, assentos em voos, como forma de incentivá-las. João Eduardo Tabalipa se junta ao outros especialistas do setor que enxergam a medida como uma forma de protecionismo que poderá, em vez de beneficiar, dizimar as empresas de aviação. “Muitos acreditam que as companhias aéreas brasileiras, como a Varig, não sobreviveram justamente por causa disso. Havia a obrigatoriedade de ter rotas regionais e os subsídios prometidos nem sempre chegavam”.

Fonte: Ana Clara Costa (Veja.com)

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Viracopos contrata empresa alemã para consultoria

Objetivo é receber orientação nas questões administrativas, de segurança, de treinamento de funcionários


O aeroporto Internacional de Viracopos, de Campinas, contratou nesta segunda-feira (28) uma consultora que irá orientar o terminal no treinamento de funcionários, nas questões de segurança, de gestão, na qualidade na prestação dos serviços, entre outros aspectos.

O contrato vale até 2014. Foi fechado entre a concessionária Aeroportos Brasil Viracopos, que é quem administra o terminal campineiro, e a Flughafen München GmbH – FMG, empresa que administra o aeroporto de Munique (Alemanha) e que prestará a consultoria.

“Estamos no caminho certo para tornar Viracopos o maior e melhor aeroporto da América Latina”, disse o diretor-presidente da Aeroportos Brasil Viracopos, Luiz Alberto Küster.

Em agosto do ano passado, Viracopos começou as obras de seu novo terminal de passageiros, que será inaugurado em maio de 2014. Com investimento de R$ 2,06 bilhões, o novo prédio terá 28 pontes de embarque, sete posições de estacionamento de aeronaves e capacidade para atender 14 milhões de passageiros por ano.

O investimento prevê ainda a construção de um edifício-garagem com 4 mil vagas, novas pistas de taxiamento e novo pátio para aviões e readequação das vias do sítio aeroportuário.

Fonte: Raquel Valli (Correio Popular) - Foto: Erica Dazonne

Bolsa que estava em avião de herdeiro da Missoni é encontrada em Curaçao

As autoridades venezuelanas possuem a primeira pista para as investigações do desaparecimento do avião que transportava o estilista italiano Vittorio Missoni. Uma bolsa que estava na aeronave foi achada em uma praia na ilha de Curaçao.

Um turista alemão de férias em Curaçao encontrou a bolsa, a qual continha equipamentos de kitesurf.

O avião fazia o trajeto entre o arquipélago de Los Roques e Caracas, na Venezuela, quando perdeu o contato com os radares no dia 4 de janeiro. Um dos passageiros era Vittorio Missoni, de 58 anos, filho do estilista Ottavio Missoni e diretor comercial da grife Missoni S.p.A.

Da esquerda para a direita: Vittorio Missoni, 
a esposa Maurizia Castiglioni,  Elda Scalvenzi e Guido Foresti

Ele estava acompanhado da esposa Maurizia Castiglioni e de um casal de amigos. O grupo passava férias no arquipélago venezuelano desde 28 de dezembro. A distância entre Los Roques e Curaçao é de mais de 200 quilômetros de mar. Supostamente a bolsa foi transportada pelas correntezas em direção oeste.

Fonte: Ansa - Foto: Ansa

Acidente na PB com avião de Ricardo foi falha do piloto, diz vice-governador

Rômulo Gouveia disse que piloto esqueceu de acionar o trem de pouso.

Perito diz que só se posiciona sobre o caso após o laudo.

Aeronave sofreu danos nas hélices após pouso forçado em Campina Grande

O vice-governador da Paraíba, Rômulo Gouveia (PSD), disse nesta segunda-feira (28) que houve falha humana no pouso forçado com o avião que conduzia o Governador Ricardo Coutinho (PSB) na última sexta-feira (25). Segundo ele, o piloto teria esquecido de acionar o trem de pouso, provocando o acidente. A Aeronáutica alegou que confirmará a causa do acidente somente após o laudo técnico, que será concluído em até um ano e publicado no site do Centro de Investigação de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). O piloto Nilton Pinheiro informou durante a perícia que só se pronunciará após o relatório.

Segundo o tenente-coronel Luiz Cláudio Veloso Gonçalves, perito integrante da comissão do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa), não é possível confirmar a informação até a conclusão do laudo pericial. “É possível que tenha havido falha humana ou do equipamento. Ele arremeteu na primeira tentativa e aconteceu o acidente na segunda, é possível que ele tenha esquecido de acionar o trem de pouso ou que o equipamento não tenha funcionado. Podemos afirmar que houve uma aterrissagem sem trem de pouso, isso é fato e não depende de análise. Não podemos adiantar nada até a conclusão do relatório. A comissão de investigação é multidisciplinar e além do que vimos, ouvimos e fotografamos durante a perícia, o piloto deve ser ouvido ainda por psicólogo e médico. As conclusões serão divulgadas no relatório final”, afirmou Veloso.


De acordo com Rômulo Gouveia, o piloto esqueceu de acionar o trem de pouso da aeronave. Na avaliação do vice-governador, se de fato tivesse acontecido um problema técnico o piloto deveria ter comunicado o fato aos passageiros, destacou que eles estavam sem cinto de segurança e também que o pilote deveria ter tentando falar com a torre de comando. “Na primeira tentativa no pouso, ele arremeteu por causa dos ventos fortes. Ele havia feito o procedimento normal de baixar o trem de pouso, então arremeteu e recolheu o trem. Na segunda tentativa, ele esqueceu de acionar”, afirmou o vice-Governador. Segundo a Secretaria de Comunicação da Paraíba, o governo ainda não tem conhecimento do teor do laudo pericial realizado na aeronave, e por isso não confirma a versão apresentada por Rômulo Gouveia.

O caso aconteceu no dia 25, no Aeroclube no distrito de São José da Mata, em Campina Grande. Através de nota oficial, a Secretaria de Comunicação disse que informações preliminares apontam a existência de uma falha no trem de pouso, o que teria obrigado o piloto a fazer um pouso forçado no aeroclube, local onde já estava previsto o pouso. Quatro pessoas estavam na aeronave, o governador Ricardo Coutinho, o secretário-executivo do Programa de Aceleração do Crescimento, Ricardo Barbosa, o ajudante de ordens, capitão Anderson Pessoa e o piloto da aeronave. Ninguém ficou ferido.

Conforme o vice-Governador Rômulo Gouveia, apesar da experiência do piloto que possui três mil horas de voo com o modelo Sêneca que guiava no dia do acidente, houve um incidente humano comum. “É natural que ele estava nervoso porque era seu primeiro voo com o Governador. Se houvesse algum problema técnico, ele não poderia ter pousado, deveria retornar para João Pessoa, consumir o máximo de combustível possível, acionar o Corpo de Bombeiros para prestar socorro e evitar a possibilidade de incêndio, acionar o sistema de espumas e então pousar de barriga. Naquela pista não havia estrutura física para isso”, explicou Rômulo Gouveia.

O avião bimotor pertencente ao Governo da Paraíba foi retirado da pista no último sábado (26), após a perícia da Aeronáutica. Com o auxílio do 2º Batalhão do Corpo de Bombeiros de Campina Grande, todo o combustível foi retirado do tanque da aeronave ainda no sábado, para evitar risco de incêndio. O modelo continua guardado em um galpão no Aeroclube de Campina Grande e deve ser transportado para João Pessoa, segundo o chefe da Casa Militar, coronel Fernando Chaves.

Bombeiros retiraram combustível de avião que transportou governador

O tenente-coronel Luiz Cláudio Veloso, do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa), faz parte da comissão que está em Campina Grande periciando o avião. Ele disse no último sábado (26) que não descarta nenhum tipo de erro. “Não descarto falha humana e nem falha técnica”, afirmou. A comissão investigou também as condições do aeródromo e meteorológicas.

Segundo o coronel Fernando Chaves, Chefe da Casa Militar, órgão responsável pela manutenção do avião pertencente ao Governo do Estado, o bimotor Sêneca não está atualmente em condição de uso, sofrendo avarias na hélice e no trem de pouso, e foi removido da pista. Todo o combustível foi retirado e a aeronave será transportada para João Pessoa.

Segundo o coronel, o piloto Nilton já tem mais de três mil horas de voo com o modelo de aeronave que se envolveu no acidente com o governador da Paraíba. A perícia foi concluída no mesmo sábado e deve ser emitido um relatório final em até um ano.

Fonte: G1 PB - Fotos: Taiguara Rangel/G1

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Aeronáutica vai divulgar laudo sobre acidente com avião do governador da Paraíba.

Monomotor faz pouso forçado em mangue na Zona Sul do Recife

De acordo com Aeroclube, motor perdeu potência, obrigando manobra.

Piloto estava com passageiro que aprendia a voar; ninguém se feriu.


O monomotor Aero Boero AB-115, prefixo PP-GHE, precisou fazer um pouso forçado nesse domingo (27) em um mangue localizado no bairro do Pina, na Zona Sul do Recife. De acordo com o Aeroclube de Pernambuco, o motor do avião perdeu potência, obrigando o piloto a fazer a manobra de emergência.

O Aeroclube ainda informou que o procedimento de pouso foi feito de maneira correta e em uma área segura - dentro do mangue. O piloto estava acompanhando de um passageiro que aprendia a voar, mas ninguém se feriu. As falhas apresentadas no motor do avião ainda serão analisadas.

Fontes: G1 PE / Site Desastres Aéreos - Foto: Reprodução/TV Globo

Aeronave com prefeitos baianos tem pane e voo retorna a Salvador

Segundo empresa aérea, houve falha no sistema de ar condicionado.

Políticos embarcaram no domingo (27) para reunião com presidente no DF.

O voo 6327 Avianca que saiu de Salvador com destino a Brasília foi interrompido, na tarde de domingo (27), por conta de uma falha no sistema de ar condicionado, segundo informações da assessoria da empresa aérea. O problema foi percebido pelo comandante da aeronave no aeroporto de Ilhéus, cidade no sul da Bahia, onde o voo fez escala, informou a assessoria.

Entre os passageiros estavam os prefeitos das cidades baianas de Ipiaú, Deraldino Araújo, Camacã, Ângela Castro, Barro Preto, Jaqueline Motta, Itabuna, Vane da Renascer, e Ademar Delgado, de Camaçari, que seguiam para um encontro com a presidente Dilma Rousseff, que ocorre entre esta segunda-feira (28) e a terça-feira (29).

Segundo a assessoria do prefeito Ademar Delgado, os passageiros voltaram para a capital baiana no mesmo avião em um calor intenso, por cerca de duas horas, e só decolaram novamente na manhã desta segunda-feira.

Através da assessoria, a Avianca informou que todos os passageiros foram hospedados em hotéis na capital baiana e decolaram na mesma aeronave usada no domingo, que passou por manutenção para corrigir a falha por volta das 9h30.

Ainda segundo a assessoria da empresa aérea, o voo seguiu direto para Brasília, sem escala, e pousou no aeroporto da capital federal por volta das 12h30 desta segunda-feira.

A aeronave que apresentou problema é de modelo Fokker 100, que segundo a Avianca, comporta até 100 passageiros.


Fonte: G1 BA