quinta-feira, 3 de setembro de 2020

Catástrofes Aéreas - Varig 254 - Queda na Floresta Amazônica

Aconteceu em 3 de setembro de 1989 - O avião da Varig que caiu na Amazônia por causa de uma vírgula


Foi em 03 de Setembro de 1989 que aconteceu um dos acidentes mais misteriosos da aviação brasileira, quando o voo 254, o Boeing 737-241, prefixo PP-VMK, da Varig
sumiu na selva amazônica, causando grande mistério. 

O aparelho, por falta de combustível, fez um pouso forçado sobre as árvores da floresta. Quanto os destroços do aparelho foram localizados quatro dias após, haviam 12 pessoas mortas e 42 sobreviventes, muitos deles, num total de 16, estavam com ferimentos graves.

O avião decolara de Marabá, com destino a Belém, no Pará, para encerrar uma maratona que começara no início da manhã, em São Paulo, fazendo pousos em  Uberaba, Uberlândia, Goiânia, Brasília, Imperatriz e Marabá, até seu destino final, que seria Belém. Era comum na aviação comercial brasileira, à época, esse tipo de longas maratonas, com a prática dos chamados “pinga-pinga.” 

A partir do sumiço, estabeleceu-se um mistério. As autoridades aeroviárias não tinham a menor ideia sobre o destino do avião. Somente no dia 05 um pequeno grupo, deslocando-se bravamente pela floresta densa, conseguiu chegar a uma casa de fazenda e informou aos proprietários a localização dos destroços. Só daí foi possível localizar os destroços e fazer o resgate. 

Após a decolagem do Aeroporto de Marabá, a aeronave, ao invés de tomar o rumo em direção ao norte para Belém, virou e passou a ir em direção oeste. Ao perceber o erro, os pilotos ficaram perdidos e não conseguiram retornar a qualquer aeroporto, tendo que fazer um pouso de emergência na selva. 

As pessoas a bordo tiveram que esperar mais de dois dias até a chegada do primeiro resgate da Força Aérea Brasileira. 

Entre os 54 passageiros e tripulantes a bordo, doze morreram no momento do acidente ou no tempo de espera do resgate. 

Dos 42 sobreviventes, dezessete tiveram ferimentos graves e 25 sofreram ferimentos leves.

Bebê escapou ileso de acidente aéreo

O acidente foi o mais mortífero da aviação do país envolvendo um Boeing 737 até então, sendo superado posteriormente pelo voo Gol 1907, em 2006.

O acidente foi investigado pela Força Aérea Brasileira, através do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SIPAER, atual CENIPA), com o relatório final emitido em 23 de abril de 1991. 

O SIPAER concluiu que o acidente foi causado por erros cometidos pelos pilotos, no momento de repassar o plano de voo para a aeronave, e ao não verificar fatores importantes durante a viagem, como a leitura incorreta de proa pelo comandante. 

À medida em que as responsabilidades eram apuradas, no entanto, evidências de erro na pilotagem começaram a aparecer. Os relatórios indicaram que a equipe na cabine pode ter passado informações incorretas ao controle aéreo.

Zille tinha 28 anos à época, e afirma que tentou dissuadir o piloto do erro. O medo, no entanto, o teria "paralisado". “Ele passou uma informação para o controle de Belém dizendo que teve uma desorientação cartográfica. Quando olhei, vi que não tinha pane nos instrumentos. Tinha acabado de completar 1 ano de Varig. Tive medo.”

A apuração, a cargo da Aeronáutica, concluiu que comandante e copiloto inseriram uma rota no sistema de navegação do avião diferente da real – "270", em vez de "027". O avião voou até acabar o combustível e fez o pouso forçado.

Clique AQUI para ler o Relatório Final do acidente. [em .pdf]

Fontes: Meio Norte / ASN - Fotos: Reprodução

O ar que circula dentro dos aviões é limpo?

Filtros de alta tecnologia e máscaras simples: como os avanços tecnológicos e a responsabilidade individual podem deixar os voos mais seguros.

Passageiros usando máscaras em um dos primeiros voos entre Amsterdã, na Holanda, e Burgas, na Bulgária, desde o início da paralisação causada pela covid-19 há alguns meses. As máscaras podem ajudar a reduzir a probabilidade de ser contaminado (ou contaminar outros passageiros) apesar dos filtros de ar HEPA altamente eficazes utilizados na maioria dos aviões comerciais - Foto: Redux

A pandemia do coronavírus lembrou a todos de que o acesso ao ar limpo é prioridade global de saúde. Embora a poluição industrial domine as manchetes há décadas, a covid-19 trouxe o debate para a poluição de ambientes internos. A qualidade do ar em ambientes fechados — sua circulação, o quanto ele permite ou não a dispersão ou a eliminação de patógenos — pode ser a diferença entre manter uma boa saúde ou se contaminar. Entre os ambientes internos repetidamente reconhecidos como possíveis locais vulneráveis a infecções (igrejas, casas de repouso e navios de cruzeiro), as cabines de avião são uma fonte de constante ansiedade.

É surpreendente constatar que o ar no interior de um avião é mais limpo do que se imagina. Graças aos filtros HEPA e à circulação eficiente de aeronaves comerciais, o ar respirado durante os voos — embora não necessariamente totalmente livre de vírus — é muito mais limpo do que o ar em restaurantes, bares, lojas ou na sala de estar dos seus melhores amigos. Portanto, não é preciso temer o ar das alturas.

Como é o processo de limpeza do ar em aviões?

A maioria das aeronaves comerciais, exceto algumas, é equipada com filtros HEPA (High Efficiency Particulate Air, “partículas de ar de alta eficiência”, em tradução livre), o que significa que, em aviões equipados com o filtro HEPA, a circulação de ar “é semelhante à circulação de ar laminar de uma sala de cirurgia sem cruzamento ou cruzamento mínimo de fluxos de ar”, afirma o Dr. Bjoern Becker, do Grupo Lufthansa de companhias aéreas. “O ar é bombeado do teto à cabine a uma velocidade de aproximadamente 0,91 metro por segundo e é sugado novamente embaixo dos assentos da janela.”

Cerca de 40% do ar de uma cabine são filtrados através desse sistema HEPA. Os 60% restantes são provenientes do ar puro canalizado de fora do avião. “O ar da cabine é trocado completamente a cada três minutos, em média, enquanto a aeronave se mantém a uma velocidade de cruzeiro”, afirma Becker.

Oficialmente, filtros HEPA certificados “bloqueiam e retêm 99,97% das partículas suspensas no ar com tamanho acima de 0,3 mícron”, afirma Tony Julian, especialista em purificação de ar da RGF Environmental Group. A eficiência desses filtros é supreendentemente ainda maior em relação a partículas menores. Assim, embora gotículas expelidas infectadas com o SARS-CoV-2 possam ser bastante pequenas, os filtros HEPA eliminam do ar grande parte delas com eficiência.

Um passageiro usando máscara em um voo entre Vancouver, no Canadá, e Sydney, na Austrália, no outono de 2020. A obrigatoriedade do uso de máscaras em aviões foi imposta rigorosamente por algumas companhias aéreas - Foto: Redux

“Normalmente, o número de partículas no ar é muito baixo, o avião é quase como uma sala esterilizada, pois há ampla ventilação e pouquíssimas fontes geradoras de partículas dentro de um avião”, explica Liam Bates, presidente e cofundador da Kaiterra, fabricante de monitores da qualidade do ar. “Aviões são muito mais seguros do que praticamente qualquer outro espaço fechado.”

Não há filtros HEPA em aviões antigos nem em pequenas aeronaves, que utilizam sistemas de filtragem menos eficazes. Mas até mesmo os melhores filtros não são capazes de reter todas as partículas de vírus a bordo e há formas de aumentar sua eficácia utilizadas pelas companhias aéreas, por seus funcionários e passageiros.

Os filtros são confiáveis?


A eficácia de filtragem de 99,97% do HEPA pode parecer reconfortante e os executivos das companhias aéreas contam com essa sensação de segurança. Mas o maior problema desses sistemas, segundo Bates, é que o “filtro só garante a qualidade do ar que passar por ele. Se o ar respirado por alguém não passar por esse filtro, então esses números não se aplicam.”

Por isso, além de bons filtros, as cabines aéreas também precisam de bons passageiros, o que significa que todos a bordo devem usar máscaras.

A razão disso é que as qualidades protetoras comprovadas das máscaras, os filtros HEPA e a circulação de ar de alta velocidade não funcionam com a máxima eficácia até que o avião esteja no ar, o que significa que o período às vezes interminável entre encontrar seu assento e a decolagem (ou entre o pouso e o desembarque) é quando se fica mais suscetível à inalação de partículas suspensas infectadas com a covid-19. Aquele ar abafado e parado que normalmente sentimos quando um avião está em solo em frente ao portão ou parado pode ser resultado de pouca circulação por entre esses filtros.

Assim como praticamente tudo que envolve tecnologia, “os filtros HEPA devem passar por manutenção regular e ser substituídos conforme necessário”, afirma Julian. Furos nos filtros ou problemas nas vedações, por exemplo, comprometem sua eficácia. Cada fabricante de filtros HEPA fornece o cronograma recomendado de manutenção de seus produtos e a maioria das companhias aéreas os troca com mais frequência. Ainda que uma companhia aérea tenha trocado filtros com menos frequência do que o recomendado, a Associação Internacional de Transportes Aéreos informou que mesmo com a circulação de ar através dos filtros comprometida, a capacidade de retenção de partículas permanece. Ao contrário do que pode parecer lógico, filtros sujos podem ser mais eficientes do que limpos.

Por que máscaras são essenciais?


Quando tossimos, espirramos e falamos, gotículas microscópicas (e, às vezes, visíveis) de saliva são expelidas por nossas bocas. A gravidade faz com que as maiores caiam rapidamente no chão (ou em um apoio de braço), mas as menores podem ficar suspensas no ar. O conhecimento científico sobre o SARS-CoV-2 está evoluindo, mas até o momento foram obtidas algumas evidências que sugerem que os vírus contidos nessas pequenas gotículas são infecciosos.

Um funcionário com equipamento de proteção desinfeta um avião da Asrair Airlines no Aeroporto Internacional Ben Gurion em Tel Aviv, Israel, em 17 de agosto de 2020 - Foto: Jini / Xinhua / Redux 

Usar máscara o tempo todo em um avião retém na própria pessoa um pouco dessa saliva passível de ficar suspensa no ar — e qualquer vírus contido nela. Há evidências de que o uso de máscaras protege as pessoas ao seu redor e ao mesmo tempo reduz a sua chance de se contaminar. Usar máscaras tem uma certa semelhança com guardar seu notebook durante a decolagem: ambos reduzem a probabilidade de alguém ter seu rosto atingido por algo prejudicial devido à turbulência do ar.

Nos Estados Unidos, não há lei que torne o uso de máscaras obrigatório aos passageiros aéreos. Cada companhia aérea dos Estados Unidos implementou suas próprias regras em relação a máscaras. Existem vários relatos de imposição de regras rígidas por parte das companhias aéreas (a Delta baniu mais de cem rebeldes sem máscaras e retornou ao portão para expulsar passageiros), mas também há relatos de algumas companhias áreas que estão ignorando essas regras ou deixando a cargo dos passageiros a responsabilidade de fiscalizar aqueles que sentam perto deles. Mas também há relatos de pessoas viajando sem máscaras (ou máscaras utilizadas incorretamente) e de tripulantes que não obrigam as pessoas a seguirem as regras.

Como as medidas de controle podem ajudar?


Os aeroportos e as companhias aéreas dos Estados Unidos estão implementando novas medidas de controle para tentar impedir que passageiros possivelmente contaminados embarquem em aviões de passageiros. Alguns confiam na honestidade e no comportamento ético dos passageiros, como as companhias aéreas que, durante o check-in, pedem aos passageiros que se certifiquem de que estejam livres de sintomas da covid-19 nos últimos 14 dias.

Ainda que todos que embarcarem em um voo sejam honestos, os outros passageiros ainda permanecem em risco porque cerca de 40% dos pacientes com covid são assintomáticos e muitos indivíduos nos estágios iniciais da doença não apresentam nenhum sintoma sequer. Algumas companhias aéreas, como a Qatar Airways, estão tornando obrigatórias máscaras e proteções faciais a passageiros e à tripulação. A máscara protege os outros e a proteção facial protege a pessoa que a usa (especialmente contra a entrada de vírus pelos olhos).

O estabelecimento de diversas medidas de controle indica que aeroportos e companhias aéreas estão levando a covid-19 a sério, mas especialistas dizem que essas medidas nem sempre têm fundamento científico. “As aferições de temperatura dos passageiros podem parecer algo sensato para evitar a propagação, no entanto, com base nos dados científicos obtidos até o momento, não são uma medida eficiente nem eficaz na identificação de pacientes com covid-19 ou na redução da propagação da doença”, explica o Dr. Daniel Fagbuyi, indicado pelo governo Obama ao Conselho Nacional de Ciência de Biodefesa, com experiência em pandemias. Verificações de temperatura com termômetros do tipo pistola não detectam 30% das pessoas com febre.

Maneiras de se proteger durante o voo


O maior risco de uma viagem de avião pode estar no aeroporto, no embarque e no período de decolagem e pouso. A proximidade com outras pessoas em ambientes fechados, sendo que algumas delas podem estar sem máscaras, pode resultar em contaminação. Manter um distanciamento físico de cerca de 1,8 metro (ou mais) ao chegar ao portão e ao assento ou ao desembarcar é provavelmente a precaução mais importante de todas (além de cobrir o rosto).

Se você precisa viajar de avião, escolha uma companhia aérea que imponha suas próprias regras de proteção. Ao menos você ficará mais tranquilo por não ter que atuar como um fiscal de máscaras.

A bordo, evite o contato com superfícies e lave bem as mãos antes de tocar seu rosto (e também em sua máscara). Entretanto não há necessidade de viajar de avião com roupa de proteção, segundo o Dr. Ken Perry, médico de emergência de Charleston, Carolina do Sul. “É muito melhor ser rígido com o uso de máscaras do que se preocupar com luvas e outros acessórios.”

Os cientistas não consideram mais que tocar objetos e depois tocar os olhos, o nariz e a boca com as mãos sujas seja a principal fonte de transmissão de covid-19. No entanto um relato recente sobre contágio a bordo sugere que uma pessoa assintomática transmitiu a doença por meio das superfícies no banheiro.

As companhias aéreas aperfeiçoaram seus sistemas de limpeza, inclusive desinfetando aviões com pulverizadores eletrostáticos. E com a aprovação de emergência recém-anunciada pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, a American Airlines começará a aplicar em áreas de muito contato (a parte de trás dos assentos, mesas de bandejas) uma camada de SurfaceWise2, produto que se acredita ser capaz de eliminar o coronavírus por até sete dias.

Durante o voo, Fagbuyi recomenda manter sua máscara o máximo possível, o que significa evitar comer e beber enquanto estiver no ar. Limpar as mãos com álcool em gel a bordo é bom, afirma Fagbuyi, mas “lave as mãos com água e sabão assim que desembarcar” do avião e especialmente antes de retirar a máscara.

Embora possa parecer desconfortável, a Dra. Joyce Sanchez, diretora médica da Clínica Travel Health, em Froedtert e da Faculdade de Medicina de Wisconsin, afirma que usar máscara não afeta sua oxigenação ou níveis de dióxido de carbono. “A grande maioria das pessoas, inclusive aquelas com doenças pulmonares e cardíacas crônicas, pode usar máscaras com segurança”, afirma ela

A melhor maneira de tornar os céus mais agradáveis atualmente é cobrindo o seu sorriso.

Fonte: Johanna Read (nationalgeographicbrasil.com)

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