quarta-feira, 13 de abril de 2011

Embraer confirma venda de aviões à China e acordo para fazer jatos

A Embraer confirmou nesta terça-feira a venda de 25 aviões E-190 para a China e o acordo para fabricar jatos executivos no país.

Ao todo, já foram vendidos neste ano à China 35 aviões E-190, com capacidade para até 114 passageiros. Todos serão fabricados no Brasil.

Vinte aviões serão para a empresa China Southern e outros 15 para a empresa Hebei. As vendas ficam em torno de US$ 1,4 bilhão.

O presidente da Embraer, Frederico Curado, disse que a fábrica da empresa em Harbin (nordeste da China) em breve será adaptada para construir os jatos Legacy, após entregar a última unidade do ERJ-145, em cerca de um mês.

A fabricação de jatos executivos Legacy 600/650 foi a alternativa da Embraer para permanecer no país.

Sem mais pedidos para o ERJ-145, a empresa queria fabricar o E-190, mas o governo chinês não autorizou, para favorecer um avião em desenvolvimento no país com características parecidas.

Otimismo

"É uma oportunidade. É um mercado muito pequeno e esse mercado vai se expandir muito fortemente", disse Curado nesta terça-feira, em Pequim, em entrevista durante encontro empresarial.

A Embraer estima que haverá uma demanda de 500 a 600 jatos executivos na China nos próximos dez anos.

Curado admitiu que atualmente há dificuldades para a venda de jatos no país, como a falta de infraestrutura nos aeroportos, mas aposta numa mudança rápida.

Fonte: Fabiano Maisonnave (Folha.com)

Cargueiro da Embraer terá peças argentinas e tchecas

A Embraer anunciou que a Argentina fornecerá spoilers e outros componentes do cargueiro KC-390 que está desenvolvendo e a República Tcheca as aeroestruturas para o avião de transporte militar.

"Esses acordos são muito importantes para a expansão do KC-390 pelo mundo", disse o presidente da Embraer Defesa e Segurança, Luiz Carlos Aguiar, em entrevista coletiva durante a LAAD, maior feira de defesa da América Latina.

"À medida que a gente vai fazendo essas parcerias, a gente também vai aumentando o nível de compromisso dos respectivos países para se tornarem clientes da Embraer, do KC-390."

A Argentina manifestou anteriormente a intenção de comprar seis unidades do KC-390 e República Tcheca outros dois aviões. Segundo Aguiar, após a assinatura da parceria de produção, as intenções passaram a ser "quase compromissos" de aquisição da aeronave.

A Embraer já tem assinadas cartas de intenções para a venda de 60 unidades do KC-390, sendo 28 delas para a Força Aérea Brasileira (FAB). De acordo com Aguiar, ainda não há uma previsão para a assinatura do primeiro contrato definitivo de venda.

"No final do ano devemos ter a definição da aeronave... A gente vai ter todos os componentes, todas as variáveis para fazermos o preço e as condições de mercado dessa aeronave. A partir daí e ir à luta, ir vender a aeronave", disse Aguiar.

A companhia espera para 2014 a certificação do KC-390 e sua entrada em operação para 2016.

A Embraer Segurança e Defesa assinou nesta quarta-feira contrato de parceria com a empresa argentina FAdeA, que será responsável pela produção de spoilers -superfícies móveis de controle de sustentação na asa- e portas do trem de pouso, entre outras peças do KC-390.

A empresa brasileira também chegou a um acordo para que a Aero Vodochody, maior fabricante aeroespacial da República Tcheca, produza parte da fuselagem traseira, portas para páraquedistas e tripulação, porta de emergência e escotilhas, rampa de carga e bordo de ataque fixo para os protótipos do KC-390 e aviões da produção seriada.

A Aero Vodochody, segundo comunicado, se juntará ao programa de desenvolvimento do cargueiro, participando da fase de definição conjunta. A empresa tcheca já trabalha com a Embraer na aviação comercial, tendo produzido componentes para a família de jatos civis para entre 70 e 118 passageiros produzidos no Brasil.

Com o KC-390, a Embraer quer um terço do mercado global de cargueiros estimado em 700 unidades em 15 anos, o que significaria receita de 18 bilhões de dólares para a fabricante brasileira.

Os acordos revelados nesta quarta-feira são desdobramentos de memorandos assinados em setembro passado com a República Tcheca e em outubro com a Argentina, prevendo a participação dos países no projeto do KC-390.

Fonte: Eduardo Simões (Reuters) via O Globo - Imagem: Divulgação

Magnata da Virgin será "aeromoça" de avião para pagar aposta

Tony Fernandes, dono da Lotus Racing, ganhou aposta com Richard Branson

O magnata britânico Sir Richard Branson, principal acionista do conglomerado Virgin Group, trabalhará vestido de aeromoça para pagar uma aposta que perdeu com o fundador da companhia aérea AirAsia, Tony Fernandes.

Branson, que patrocina a escuderia Virgin de Fórmula 1, apostou antes do Grande Prêmio do Bahrein de 2010 que a sua equipe terminaria na frente da Lotus, apoiada pela AirAsia, de Tony Fernandes.

A aposta será paga no dia 1º de maio, em um avião com cerca de 250 passageiros convidados a fazer um voo especial de 13 horas de Londres a Kuala Lumpur, disse a companhia aérea.

A AirAsia declarou que foram colocados à venda 160 bilhetes para esse voo e que a arrecadação será destinada a instituições beneficentes.

Fonte: EFE via Terra - Foto: EFE

9 aeroportos da Copa não serão concluídos a tempo, diz Ipea

Obras em 9 dos 13 aeroportos não ficarão prontas para o evento...
...e 10 dos 13 vão operar acima da capacidade em 2014

O governo não concluirá a tempo obras em 9 dos 13 aeroportos que estão sendo readequados para a Copa de 2014, afirma artigo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

O Ipea é do governo. Ou seja, é o governo admitindo que não será capaz de fazer as obras.

A administração federal alocou R$ 5,6 bilhões para a Infraero gastar, de 2011 a 2014, nesses 13 aeroportos. Mas a história recente do Brasil, explica o Ipea, mostra que são necessários, ao menos, 92 meses (pouco mais de 7 anos e meio) para cumprir as etapas de uma obra do porte das necessárias aos aeroportos.


“As conclusões são alarmantes”, diz o artigo, citando o exemplo de Manaus. Nesse aeroporto, as obras têm prazo de conclusão em dezembro de 2013, mas estavam na fase inicial em 2010. “Se tudo ocorrer dentro dos prazos médios observados no Brasil”, diz o texto, “as obras só ficarão prontas daqui a sete anos, em 2017, depois da Copa”.

Outros 8 aeroportos acompanham o de Manaus e não devem ficar prontos até a Copa, afirma o Ipea. São eles: Fortaleza (CE), Brasília (DF), Guarulhos (SP), Salvador (BA), Campinas (SP), Cuiabá (MT), Confins (MG) e Porto Alegre (RS). Fora isso, o aeroporto de Curitiba, em fase de licitação, deve demorar 3 anos e meio e só ficará pronto se nenhum atraso ocorrer.

Os aeroportos de Curitiba (PR), Galeão (RJ) e Recife (PE) devem ficar prontos a tempo. As obras no aeroporto de Natal (RN) não têm pevisão de conclusão.

Os 92 meses incluem a elaboração de projeto, obtenção de licença ambiental do Ibama, aprovação dos gastos pelo TCU (Tribunal de Contas da União), licitação e execução da obra. Não incluem atrasos provocados por irregularidades –comuns no Brasil. Em Goiânia, cita o Ipea, obras foram suspensas em 2007, após o TCU encontrar “projeto básico deficiente, sobrepreço de mais de R$ 73,5 milhões e inexistência de projetos de engenharia atualizados”. Em 2010, o contrato foi suspenso.

Superlotação

O Ipea ainda diz que “mesmo que fosse possível concluir os investimentos nos terminais de passageiros nos prazos previstos pela Infraero, a situação dos 13 aeroportos das cidades-sede da Copa de 2014 continuaria de sobrecarga”. Segundo o texto, 10 dos 13 aeroportos em obras por causa da Copa estarão operando acima de sua capacidade no ano do evento.

O quadro abaixo, elaborado pelo Ipea, mostra quais aeroportos estarão superlotados (são aqueles com índice maior que 100% na última coluna):


“Os resultados são preocupantes”, diz o texto, enfatizando que o aeroporto de Guarulhos (SP) estará entre os superlotados. “A análise do plano de investimentos para os 13 aeroportos da Copa sugere que as obras foram planejadas com subdimensionamento da demanda futura”, diz o artigo.

Entre os motivos do gargalo aéreo, diz o Ipea, está a ausência dos investimentos necessários no setor. No momento de crescimento econômico, em que há mais geração de emprego e renda, a ausência de investimento em infraestrutura se torna mais evidente, afirma o Ipea.

Fonte: Blog do Fernando Rodrigues