terça-feira, 26 de julho de 2022

Aconteceu em 26 de julho de 1993: A queda do voo 733 da Asiana Airlines na Coreia do Sul


O voo 733 foi um voo doméstico de passageiros da Asiana Airlines do Aeroporto Internacional Seul-Gimpo (SEL na época, agora GMP) para o Aeroporto Mokpo (MPK), na Coreia do Sul. O Boeing 737 caiu em 26 de julho de 1993, na área de Hwawon do condado de Haenam, na província de South Jeolla. A causa do acidente foi determinada como sendo um erro do piloto, levando a um voo controlado no terreno. 68 dos 116 passageiros e tripulantes a bordo morreram.


A aeronave era o Boeing 737-5L9, prefixo HL7229, da Asiana Airlines (foto acima), que fez seu voo inaugural em 14 de junho de 1990. A aeronave foi entregue à Maersk Air em 26 de junho do mesmo ano (com registro OY-MAB). A aeronave foi então alugada para a Asiana Airlines em 26 de novembro de 1992.

A bordo do voo 733 estavam 110 passageiros e seis tripulantes, entre eles três cidadãos japoneses e dois americanos entre os passageiros, muitos dos quais eram turistas que se dirigiam para o popular resort de verão próximo ao Mar Amarelo, de acordo com a companhia aérea. 

O capitão era Hwang In-ki e o primeiro oficial era Park Tae-hwan. Havia quatro comissários de bordo no voo.

Em 26 de julho de 1993, o voo 733 decolou do Aeroporto Internacional de Gimpo em Seul, com destino ao Aeroporto de Mokpo, com chegada programada às 15h15. Naquela época, as condições climáticas na área de Mokpo e Yeongam County consistiam em fortes chuvas e vento. 

No entanto, as condições meteorológicas não foram suficientes para atrasar a chegada. O voo previa pousar na pista 06. A aeronave fez sua primeira tentativa de pouso às 15h24, que falhou, seguida de uma segunda tentativa de pouso às 15h28, que também falhou. 

Às 15h38, após duas tentativas fracassadas de pouso, a aeronave fez uma terceira tentativa. O avião bimotor então desapareceu do radar às 15h41. 

Às 15h48, a aeronave colidiu com uma crista do Monte Ungeo, a 800 pés (240 m). Às 15h50, os destroços foram encontrados perto de Masanri, condado de Hwasun, condado de Haenam, província de Jeolla do Sul, cerca de 10 quilômetros a sudoeste do aeroporto de Mokpo.


A notícia foi relatada por dois passageiros sobreviventes que escaparam dos destroços e correram para o ramo Hwawon-myeon da vila abaixo da montanha. Os passageiros relataram que a aeronave começou a desviar do curso.

No total, dos 110 passageiros, 66 morreram no acidente, e dos seis tripulantes, dois - o piloto e o copiloto - também faleceram na queda, totalizando 68 vítimas fatais.


A Asiana Airlines anunciou que após o acidente, o avião foi desacelerado por três tentativas de pouso e que parecia ter caído. Especialistas disseram que a distância até a pista era 4.900 pés (1.500 m) mais curta em apenas uma direção. As pistas não possuíam ILS instalado. O Aeroporto de Mokpo estava equipado apenas com VOR/DME, resultando em pilotos realizando tentativas de pouso excessivas em alguns casos, e foi uma das causas do acidente. 


Um promotor encarregado de investigar o acidente anunciou que a aeronave havia desaparecido da rota normal de voo e os pilotos provavelmente fariam um pouso não intencional com um mal-entendido. Ambos os pilotos morreram no acidente. Chung Jong-hwan, o diretor-geral do Ministério dos Transportes, disse que as ações do capitão Hwang causaram o acidente. 


Uma investigação descobriu que o erro do piloto foi a causa do acidente quando o avião começou a descer enquanto ainda estava passando sobre o pico de uma montanha. Os gravadores de voo foram encontrados e registraram que, após a terceira tentativa, a tripulação disse à torre de controle que a aeronave estava mudando de curso. 


De acordo com o gravador de voz da cabine (CVR), o capitão Hwang voou com a aeronave abaixo da altitude mínima segura (1.600 pés (490 m)), conforme ele disse, "OK, 800 [pés]", alguns segundos antes do impacto.


Este foi o primeiro acidente fatal (e a partir de 2021, o mais mortal) de aeronave da Asiana Airlines. Após o acidente, a Asiana suspendeu a rota Gimpo - Mokpo. A companhia aérea pagou indenizações às famílias angustiadas das vítimas. 

Além disso, na época, o departamento de transporte estava planejando construir o Aeroporto Internacional de Muan no condado de Muan, província de Jeolla.


Quando o Aeroporto Internacional de Muan foi inaugurado em 2007, o Aeroporto de Mokpo foi fechado e convertido em uma base militar. O acidente também fez com que a Asiana cancelasse seu pedido de Boeing 757-200s e, em vez disso, encomendasse o Airbus A321. 

Após a queda do voo 733, a Asiana Airlines teve mais duas quedas em julho de 2011 e julho de 2013 , resultando no que a companhia aérea chamou de maldição dos sete.


O voo 733 foi o acidente de aviação mais mortal na Coréia do Sul naquela época. Foi superado pelo voo 129 da Air China , que caiu em 15 de abril de 2002, com 129 mortes. Foi também o acidente mais mortal envolvendo um Boeing 737-500 na época. Foi superado pelo voo 821 da Aeroflot , que caiu em 14 de setembro de 2008, com 88 mortos. Em 2021, o voo 733 continua sendo o segundo acidente mais mortal em ambas as categorias.

A Asiana Airlines ainda usa o número leve 733 na rota Seul-Incheon - Hanói no fim da noite.

Por Jorge Tadeu (com Wikipedia, ASN e baaa-acro)

Hoje na História: Dois acidentes de aviação em menos de 20 horas matavam 8 pessoas na Ilha da Madeira


Em 26 de Julho de 1991, os madeirenses estavam ainda no rescaldo da queda de uma aeronave 'Piper Seneca' quando esta se preparando para aterrissar no Aeroporto da Madeira (então Santa Catarina), quando uma outra aeronave modelo 'Cessna NA 310' caía nas serras do Campanário. Entre os dois acidentes que causaram oito mortes (dois no Piper Seneca e seis no Cessna), não passaram sequer 20 horas.

O 'Piper Seneca II' era uma aeronave da empresa Tecnovia, pilotado por Jorge Amaro, que caíu na noite do dia 24 de Julho. Na altura o 'Diário' noticiava, "segundo declarações de António Campos, administrador da «Tecnovia», o aparelho, proveniente do aeroporto de Santa Maria, nos Açores, tinha sido convenientemente atestado naquela localidade, razão por que a hipótese de falta de combustível foi descartada por aquele responsável. O avião, adquirido nos Estados Unidos há pouco mais de um ano por aquela firma construtora, era geralmente utilizado pela administração da empresa, e tinha uma autonomia de sete horas de voo. A viagem até ao Funchal fora efetuada em cerca de quatro horas, e nenhuma anomalia fora detectada, assim como não se verificou o envio de qualquer pedido de socorro à torre de controlo do aeroporto."


O relato continuava: "Por sua vez, Oliveira Neves, também administrador da empresa, declarou ontem à imprensa que os pilotos eram bastante cuidadosos, não se revestindo de qualquer lógica portanto a possibilidade do avião se ter despenhado devido a falta de combustível, tanto mais que bastava meio depósito para chegar à Madeira e que o aparelho fora resbastecido, antes da partida, com 471 litros de combustível."

Além disso, o secretário regional da Administração Pública, Bazenga Marques, que acompanhou o desenrolar das operações de busca, também "declarou que o acidente não teve qualquer relação com eventuais condições atmosféricas que dificultassem no momento a aterragem, uma vez que estas eram «excelentes»."

Imagem do corpo do comandante Jorge Amaro, quando era deslocado para a ambulância
que o transportaria para a morgue do cemitério de São Gonçalo (Foto: Arquivo Diário)
Quando ainda a reportagem sobre este acidente decorria, a 25 de Julho, um outro acontecia. Um 'Cessna NA 310', propriedade de um emigrante madeirense, Henrique Rodrigues, caía nas serras do Campanária, com os seis ocupantes (incluindo o proprietário e piloto da aeronave) a morrerem na sequência do acidente.

"Na nossa edição de ontem, descansámos inúmeras pessoas ao garantirmos que não se tratava do «Cessna NA 310», do emigrante madeirense Henrique Rodrigues. Aqui, na nossa redação, foi ele quem nos ajudou a identificar o avião sinistrado na noite de quarta: depois, estivemos com ele no seu apartamento à procura da gravura que viríamos a publicar na primeira página", relatava a edição do DIÁRIO de 26 de Julho de 1991.


"Hoje já não podemos fazer o mesmo. Henrique Rodrigues, o seu copiloto (que também esteve na nossa redacção) e outros quatro madeirenses foram encontrados totalmente carbonizados, na serra do Campanário onde o bimotor «Cessna» se despenhou. Henrique Rodrigues, de 37 anos, Greg Sikora, de 29, João Augusto Fernandes e Carlos André Andrade, são quatro das seis vítimas mortais do acidente de aviação".

O 'Diário' referia ainda que o voo tinha como destino o Porto Santo. "Antes, a tripulação solicitou autorização para dar uma «volta» pelo Sul da ilha da Madeira, durante a qual aconteceria o inesperado".

Imagens mostram a violência da queda do Cessna a 25 de Julho de 1991
nas serras do Campanário (Fotos Arquivo Diário)
"Passavam poucos minutos das 20 horas de ontem quando ocorreu o acidente. Após algumas voltas a sobrevoar a cidade. o «Cessna» dirigiu-se para a zona Oeste da ilha. Sobre a freguesia do Campanário, o bimotor de Henrique Rodrigues terá tentado sobrevoar a orografia acentuada entre o Lugar da Serra e o sítio dos Terreiros. Nessa altura, algo terá falhado e o avião foi embater num terreno com forte inclinação, encontrando pela frente um tronco de árvore ainda mais forte". O avião ficou logo envolvido em chamas e os seis ocupantes do avião morreram.

A 20 de Maio desse mesmo ano, o 'Diário' destacava o feito de Henrique Rodrigues: foi o primeiro madeirense a deslocar-se num bimotor desde a Califórnia até ao Funchal.

Para saber mais sobre as notícias de há 30 anos, consulte a edição do DIÁRIO do dia 26 de Julho de 1991 através do portal da Direcção Regional do Arquivo e Biblioteca da Madeira através deste link.

Via Diário de Notícias (Portugal)

Avião é o segundo meio de transporte mais seguro do mundo, aponta pesquisa


Viajar é uma das atividades preferidas de grande parte da população mundial. Conhecer novas cidades, estados e até países, sair da rotina e aproveitar as férias em uma praia paradisíaca são momentos essenciais para quem quer desapegar um pouco da rotina. Mas quando se trata do meio de deslocamento, cada pessoa pode ter uma preferência. Seja por meio terrestre, aéreo, ou até atravessando os mares, a opinião popular diverge.

Alguns dos principais critérios levados em consideração na hora de escolher o meio de transporte são os custos, segurança, conforto e logística. Muitas pessoas, no entanto, preferem passar dias atravessando as rodovias do que se aventurar pelos céus.

A escolha pode até ser compreensível visto que imagens de acidentes envolvendo aviões podem ser assustadoras. Mas uma pesquisa realizada pela revista norte-americana Condé Nast Traveler aponta que o avião é o segundo meio de transporte mais seguro, ficando atrás apenas do elevador, que ocupa a primeira colocação no ranking. Isso acontece devido a regulação existente no controle aéreo, fazendo com que a aviação se desenvolvesse cada vez mais. A cada acidente aéreo ocorrido, a chance de um novo acidente acontecer por motivo semelhante cai consideravelmente.

Segundo a pesquisa, é estimado que acidentes aéreos, nos Estados Unidos, causam 0,006 mortes a cada de 1 bilhão de milhas viajadas. Outro ponto que deve ser levado em consideração é que a maioria dos acidentes aéreos acontecem em aviões pequenos, particulares ou de táxi-aéreo, como foi o caso de artistas como Gabriel Diniz e Marília Mendonça, que perderam a vida quando se deslocavam por este meio.

Em 2021, o risco de uma pessoa sofrer um acidente de avião, não necessariamente fatal, foi de 1 voo a cada 990 mil decolagens realizadas. Chance menor do que no ano anterior, em 2020, quando o risco de acidentes aéreos era de 1 voo para cada 630 mil decolagens. As informações são da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA).

Apesar dos números indicarem a alta segurança dos aviões, os acidentes mais desastrosos ocorridos ao longo dos anos são os que atraem maior atenção da mídia, o que dá, ao espectador, a sensação de perigo quando utiliza o meio de transporte. Desta forma, há quem prefira fazer longas viagens de carro, para evitar a chance de acabar sendo vítima de um acidente aéreo fatal.

Sinistros envolvendo carros são mais frequentes e mais perigosos. Em contrapartida, a ideia, muitas vezes equivocada, de que é mais fácil sobreviver a um acidente de carro do que um acidente de avião faz com que muitas pessoas optem pelo veículo de quatro rodas para se deslocar, mesmo que por longas distâncias.

Um empresário que viaja frequentemente pelas fronteiras de Alagoas e Pernambuco explicou os motivos que tem para não utilizar os aviões como meio de transporte. “Eu não consigo viajar de avião, sinto pânico em imaginar que posso estar envolvido em uma catástrofe. Em caso de um acidente aéreo, são muitas variáveis para que haja sobreviventes. Já nos veículos de quatro rodas, a probabilidade de sobreviver é alta e os danos podem ser reparados facilmente com um seguro de carros”, explicou o empresário, que preferiu se identificar.

No entanto, quando analisados, os números apresentam uma realidade diferente. Dados da pesquisa feita pela revista Condé Nast Traveler, dos EUA, mostram que cerca de seis milhões de acidentes de carro acontecem por ano no país. Destes, um a cada 654 são fatais. No Brasil, os números divulgados pelo Ministério da Infraestrutura apontam que quase 12 mil pessoas foram vítimas de acidentes de trânsito no país.

Portanto, é preciso ponderar as melhores formas de viajar. Todos os meios, se utilizados da forma certa, podem ser seguros. Em longas viagens de carro, é preciso estar com as revisões do veículo em dia, pneus calibrados e um seguro de carro eficiente, para qualquer intercorrência que possa acontecer.

Via Correio dos Municípios

Passageiro embriagado detido no aeroporto de Lisboa depois de causar distúrbios a bordo de avião


Suspeito, de 45 anos, encontrava-se embriagado e comandante recusou voar com este a bordo por considerar que colocava em perigo a segurança

Um homem de 45 anos foi detido pela PSP de Lisboa, através da Divisão de Segurança Aeroportuária, no domingo, depois de ter causado distúrbios a bordo de um avião que iria partir do aeroporto de Lisboa.

Em comunicado, aquela força policial informa que o homem estava "aparentemente embriagado e a causar distúrbios" dentro do avião, que já tinha todos os passageiros a bordo e estava "prestes a encerrar portas e descolar".

"Desta forma, o comandante da aeronave recusou o voo deste, por o seu comportamento colocar em perigo a segurança do voo, dos seus tripulantes e restantes passageiros. Na presença dos polícias, o homem, que exalava um forte odor a álcool, mostrou-se sempre agressivo enquanto injuriava os polícias com gestos, simulando um disparo na cabeça, e perante a reiteração na conduta foi-lhe ordenado que cessasse com as injúrias e com o comportamento hostil", acrescenta a nota.

O detido "é suspeito da prática do crime de resistência e coação e injúrias sobre funcionário" e vai ser presente a tribunal para conhecer a medida de coação.

Via CNN Portugal

Avião de pequeno porte cai às margens de rodovia em Boa Vista (RR)

Quatro homens e duas mulheres estavam no local do acidente, mas apenas um dos homem estava na aeronave, segundo a PRF. Todos estavam bem.

PRF esteve no local do acidente (Foto: Divulgação/PRF-RR)
Um avião de pequeno porte caiu às margens da BR-174 na tarde desta segunda-feira (25), sentido Sul de Boa Vista.

No local da queda, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) encontrou quatro homens e duas mulheres. Todos estavam bem.

A PRF, informou ainda que apenas um dos homem estava na aeronave e os demais estavam somente no local do acidente.

Os agentes foram ao local da queda do avião após serem acionados por um homem relatando que a aeronave havia caído na área de sua propriedade.

A PRF acionou os órgãos competentes. As causas do acidente devem ser apuradas pelo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa), órgão da Força Aérea Brasileira.

Por g1 RR

X-59: A missão da Nasa para construir um avião supersônico ‘silencioso’

O estrondo sônico causa por um avião voando mais rápido que a velocidade do som pode ser surpreendente e até mesmo quebrar janelas.


Se você ouviu um estrondo sônico recentemente, provavelmente se lembra. O estrondo alto e parecido com uma explosão – causado por um avião voando mais rápido que a velocidade do som – pode ser surpreendente e até mesmo quebrar janelas.

Os estrondos sônicos são parte da razão pela qual não há aviões de passageiros supersônicos voando hoje e um dos fatores limitantes para o sucesso do Concorde, que voou pela última vez em 2003.

O avião supersônico estava restrito a velocidades subsônicas ao voar sobre a terra ou perto da costa, e os regulamentos internacionais atuais ainda limitam a velocidade do transporte comercial por terra abaixo de Mach 1, ou a velocidade do som, para evitar a perturbação de estrondos sônicos sobre áreas habitadas.

Agora, a Nasa está trabalhando para mudar esses regulamentos, transformando o boom em um “baque”, abrindo caminho para uma nova geração de aeronaves supersônicas mais silenciosas. A agência está fazendo isso por meio de um programa chamado Quest – para “Quiet SuperSonic Technology” – que é o resultado de décadas de pesquisa e está centrado em uma nova aeronave chamada X-59.

Trovão distante


O X-59 é o mais recente de uma série de aviões experimentais que incluem o X-1, que em 1947 se tornou a primeira aeronave tripulada a ultrapassar a velocidade do som, e o X-15, que ainda detém o recorde de mais rápido de todos os tempos. voo tripulado, estabelecido em 1967 a Mach 6,7.

Projetado e construído pela Lockheed Martin em Palmdale, Califórnia, sob um contrato de US$ 247,5 milhões da Nasa, o X-59 está atualmente passando por testes no solo, em antecipação a um primeiro voo no final de 2022.

“Será significativamente mais silencioso do que o Concorde ou qualquer outra aeronave supersônica que existe hoje”, diz Craig Nickol, gerente de projeto do programa Quest da NASA. “É extremamente longo e fino: tem quase 30,5 metros de comprimento, mas tem uma envergadura de apenas cerca de 29 pés. O nariz é uma característica distintiva nesta aeronave: tem cerca de um terço do comprimento.”

A forma elegante desempenha um papel fundamental para tornar a aeronave muito mais silenciosa ao viajar supersonicamente.

Mas como acontece um estrondo sônico? Quando uma aeronave viaja em velocidades subsônicas, as ondas sonoras que ela normalmente cria podem viajar em todas as direções; em velocidades supersônicas, no entanto, a aeronave deixará seu próprio som para trás e as ondas sonoras se comprimirão e se unirão em uma única onda de choque que se origina no nariz e termina na cauda.

Quando essa onda de choque altamente comprimida encontra um ouvido humano, ela produz um estrondo alto, que não ocorre quando o avião quebra a barreira do som, mas é um efeito contínuo que pode ser ouvido por qualquer pessoa em uma área em forma de cone abaixo do avião. desde que ultrapasse a velocidade do som.

A forma do X-59 foi projetada para evitar que as ondas de choque se unam. Em vez disso, eles se espalham, com a ajuda de superfícies aerodinâmicas estrategicamente posicionadas. O motor solitário também está na parte superior e não na parte inferior do avião, para manter um perfil inferior suave que evita que as ondas de choque atinjam o solo.

Como resultado, a Nasa acredita que o X-59 produzirá apenas 75 decibéis de som ao viajar em velocidades supersônicas, em comparação com os 105 decibéis do Concorde.

“O que isso significa é que esta aeronave pode soar como um trovão distante no horizonte, ou como alguém fechando a porta de um carro na esquina”, diz Nickol. “Pode até ser que as pessoas não ouçam o estrondo e, se o fizerem, certamente não se assustarão, porque será baixo e espalhado, e não tão alto assim.”

Mudando os regulamentos


A parte crucial do programa começará em 2024, quando uma série de voos de teste será realizada em meia dúzia de comunidades residenciais nos EUA, selecionadas para oferecer uma mistura diversificada de condições geográficas e atmosféricas: “Essa será uma parte divertida do projeto, porque vamos interagir com o público e gerar um pouco de ciência cidadã”, diz Nickol.

O plano é uma reminiscência de um experimento realizado pela Federal Aviation Administration (FAA) em 1964, quando caças supersônicos voaram repetidamente sobre a cidade de Oklahoma para testar o impacto dos estrondos sônicos no público.

Não foi bem, com até 20% das pessoas se opondo às barreiras e 4% apresentando queixas e reclamações de danos. “Não queremos repetir isso, é claro, é por isso que vamos testar esta aeronave em um alcance restrito primeiro, medindo todas as gruas”, diz Nickol. “Somente quando estivermos satisfeitos com o desempenho, iremos às comunidades e ainda controlaremos cuidadosamente o nível dos estrondos sônicos.”

Uma vez que o X-59 sobrevoe as áreas selecionadas, a Nasa se envolverá com as comunidades no solo para avaliar sua resposta ao ruído.

O objetivo é confirmar a teoria de que um boom de 75 decibéis será aceitável.

Os dados assim recolhidos serão posteriormente apresentados à Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO), responsável pela regulamentação do ruído das aeronaves, para a persuadir a atualizá-los numa reunião internacional prevista para 2028.

Uma nova geração


A NASA acredita que uma mudança nos regulamentos abriria os céus para uma nova geração de aeronaves supersônicas, autorizadas a voar sobre rotas que não são permitidas agora, como Nova York a Los Angeles, e reduzir o tempo de voo aproximadamente pela metade.

Não sabemos, no entanto, como serão essas aeronaves e quem as construirá, porque o X-59 não é um protótipo, mas apenas um demonstrador de tecnologia.

“Qualquer projeto futuro de uma aeronave comercial de baixa lança para voo supersônico certamente será diferente disso, embora alguns dos elementos do projeto possam ser traduzidos diretamente”, diz Nickol, apontando para o nariz estendido, alguns dos sistemas de controle de voo e o sistema de visão externa exclusivo do X-59, que fornece ao piloto telas de alta definição mostrando o que está à frente, na ausência de uma janela real voltada para a frente devido ao nariz aerodinâmico da aeronave.

Várias empresas estão desenvolvendo aeronaves supersônicas de passageiros e planejam voá-las dentro de uma década ou menos, incluindo Hermeus, Boom e Spike. No entanto, é duvidoso que qualquer um deles seja capaz de tirar proveito das descobertas do programa Quest, que provavelmente informará a próxima geração de aeronaves supersônicas.

Nickol acredita que essas aeronaves, com a capacidade de voar para qualquer lugar, democratizariam as viagens supersônicas, marcando uma diferença gritante com o status de luxo do Concorde: “Se você olhar para trás 100 anos, muitas das tecnologias avançadas de mobilidade, incluindo ferrovias e aviões, começaram como experiências premium, mas à medida que a tecnologia avançava e os custos diminuíam, eles se tornaram disponíveis para o público em geral”, diz ele.

“Um dos objetivos de longo prazo é tornar essa forma de viagem de alta velocidade disponível como uma aplicação generalizada, e não há realmente nenhuma razão para que isso não aconteça.”

Via CNN - Imagem: Divulgação

Avião do “Dia do Apocalipse” está a caminho do Brasil; e ele não vem sozinho

(Foto: Brian e Kevin Kadur – @Seahawk305 (cedida ao AEROIN))
Na manhã desta segunda-feira, 25 de julho, decolou de Washington para Brasília, com uma parada em Miami, um dos mais icônicos aviões do mundo, o Boeing E-4B Nighwatch de matrícula 73-1676 e callsign “Titan-25”, mais conhecido como o “Avião do Dia do Apocalipse” ou “do Juízo Final”.

Junto com ele vêm também outras aeronaves, incluindo um Boeing C-17 Globemaster e um jato executivo Gulfstream C-37. No momento em que essa matéria era escrita, os aviões haviam acabado de decolar de Miami, de modo que o pouso em Brasília está previsto para 21h30, na hora local.

O “poderoso” comboio tem como destino final a capital federal do Brasil, onde o Secretário da Defesa dos Estados Unidos, Lloyd J. Austin III, participará da 15ª Conferência de Ministros da Defesa das Américas (CDMA), o principal fórum de defesa do Hemisfério Ocidental para engajamento de nível estratégico entre autoridades de defesa e segurança da região.

(Foto: Brian e Kevin Kadur – @Seahawk305 (cedida ao AEROIN))
Os participante do fórum participarão de discussões hemisféricas sobre dissuasão integrada; defesa cibernética; mulheres, paz e segurança; e assistência humanitária e resposta a desastres. Além disso, apoiará a afirmação do papel dos militares em uma sociedade democrática, incluindo o respeito às autoridades civis, processos democráticos e direitos humanos.

Segundo o Departamento de Defesa dos Estados Unidos, as delegações discutirão desafios e oportunidades regionais compartilhados em uma atmosfera de diálogo aberto e confiança mútua.

(Foto: Brian e Kevin Kadur – @Seahawk305 (cedida ao AEROIN))

Avião do Dia do Apocalipse


O Boeing E-4B Nighwatch é um 747-200 modificado para a função de Posto de Comando Avançado Aéreo. Em caso de catástrofe nacional ou destruição de todos os postos de controle em terra, a aeronave consegue ser um posto de comando móvel grande o suficiente para comandar a maior força militar do mundo. Atualmente existem quatro unidades do E-4B em operação.

O seu nome oficial é Nightwatch (Vigilante Noturno em tradução livre), em alusão aos dias sombrios de uma catástrofe, guerra ou até apocalipse. É exatamente o propósito oficial dele que trouxe os outros apelidos, como Doomsday (Em referência ao livro biblíco do Apocalipse) e Flying Pentagon (Pentágono Voador).

(Foto: Brian e Kevin Kadur – @Seahawk305 (cedida ao AEROIN))
(Foto: Brian e Kevin Kadur – @Seahawk305 (cedida ao AEROIN))

Veja detalhes do helicóptero estimado em US$ 16 milhões que chegou a Viracopos dentro do avião 'baleia' Beluga

Cargueiro aterrissou em Campinas (SP) às 13h50 desta segunda, após decolar de Fortaleza (CE), onde chegou domingo. Helicóptero entregue é um dos mais modernos do mercado.

Helicóptero modelo ACH160, da Airbus (Foto: Reprodução/Airbus)
O avião cargueiro Airbus Beluga ST, conhecido como avião "baleia", aterrissou no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), para entregar um helicóptero de luxo. O g1 confirmou que ele é um Airbus ACH160, descrito pela empresa como "elegante sem esforço" ao mostrar uma das versões mais modernas e confortáveis do mercado. Veja abaixo detalhes.

O valor do helicóptero, informações sobre o proprietário e o custo do "frete" envolvido na operação com o Beluga não foram divulgados. O avião cargueiro chegou ao terminal por volta das 13h50 e deve deixar a cidade às 19h desta terça-feira, quando deve retornar à França.

Como é o helicóptero?


O site oficial da Airbus mostra que a aeronave é uma das mais luxuosas e modernas do mercado. Entre as informações divulgadas ao público estão a de capacidade, além de fotos internas. Imagens da aeronave que chegou a Viracopos, contudo, não foram registradas na tarde desta segunda-feira.
  • Transporte de até 10 passageiros;
  • Autonomia de voo por 4h30;
  • Velocidade de até 287 km/h;
  • Autonomia para percorrer até 852 km (rota entre SP e Brasília é de 874 km, por exemplo);
  • Peso máximo de decolagem em 6.050 kg;
  • Interior com tapete feito a mão, forros de couro e folheados de madeira.
"É o primeiro helicóptero desse modelo entregue no Brasil, o mais novo desenvolvido pela Airbus. Rápido, moderno, extremamente confortável. Não sei exatamente a configuração de equipamentos para esse cliente, mas se colocar US$ 16 milhões [em torno de R$ 86,6 milhões], não está fora do que ele chegou", falou o piloto e advogado especialista em direito aeronáutico, Rodrigo Duarte.

Imagem mostra interior do helicóptero ACH160 (Foto: Reprodução/Airbus)
Por Fernando Pacífico, g1 Campinas e Região

Frente móvel e custo bilionário: 10 curiosidades do enorme avião Beluga


Com design inspirado nas baleias beluga, que habitam as regiões ártica e sub ártica do planeta, o avião "baleia" Beluga ST, da Airbus, fez seu primeiro pouso em um aeroporto brasileiro. O A300-600ST ("super transportador", na sigla em inglês) é um derivado do antigo A300 e tocou às 15h25 a pista do Aeroporto Internacional de Fortaleza - Pinto Martins, trazendo consigo um helicóptero de luxo modelo ACH160. Depois, pousou no Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), para entregar o helicóptero.

Considerado um dos maiores aviões de carga do mundo em volume transportado, o Beluga desperta a curiosidade das pessoas por onde passa. Conheça agora 10 fatos curiosos sobre essa aeronave, que a tornam única se comparada aos aviões de carga atualmente em operação e veja como é seu interior:

1. Design inspirador


A primeira característica a chamar a atenção nesse avião é o seu design incomum. Ele ganhou até uma pintura que remete a uma espécie de cetáceo chamado beluga (ou baleia-branca), que habita a região ártica e subártica.

2. Tamanho colossal


Outro destaque da aeronave é seu porte, com dimensões colossais. Para se ter uma ideia, ela é maior que a Lockheed C-5 Galaxy, usada pelas forças armadas dos Estados Unidos. O Beluga ST tem 17,25 metros de altura, 56,16 metros de comprimento e uma fuselagem de 8,8 metros de diâmetro. Ele possui quase o dobro do tamanho de uma baleia azul, o maior mamífero vivo da Terra, cujo tamanho fica entre 24 e 30 metros.

Fuselagem de outro avião dentro do Beluga, da Airbus (Foto: Frederic Lancelot/Airbus)

3. Capacidade de carga


Apesar de não ser projetado para carregar muito peso (o avião possui capacidade para carregar no máximo 40 toneladas de carga), a característica mais útil do Airbus Beluga ST é o seu enorme espaço interno. Ele foi projetado para acomodar cargas úteis que apresentam componentes pesados e de grande porte.

4. Custo de construção


Um avião maior requer um motor maior. Neste caso, dois motores. O Beluga ST tem dois motores Turbofan para levá-lo ao céu, custando cerca de R$ 218 milhões cada. Todo o projeto de construção desses gigantes voadores custou mais de R$ 5,4 bilhões. A construção de cada A300-600ST gira em torno de R$ 1,54 bilhão. Não à toa, existem apenas 5 aviões Beluga construídos no mundo.

5. Transporte de peças para aeronaves


O Beluga ST foi criado para transportar componentes de aeronaves entre locais de produção e linhas de montagem. Peças de até 39 metros de comprimento e 7 metros de largura podem ser carregadas nela.

6. A parte da frente é móvel


Uma das principais alterações feitas no A300-600ST para se transformar no Beluga está na frente do avião, onde fica a cabine de comando, que foi rebaixada para ficar mais próxima do solo e dar mais espaço na parte superior para a carga. O carregamento é feito levantando a "testa" do avião do mesmo modo que em outros cargueiros, como é o caso do antigo An-225 e do Boeing 747.

7. Operado por três profissionais


O Airbus A300-600ST é operado por uma tripulação de três membros, composta por dois pilotos e um mestre de carga. O painel de instrumentos principal incorpora seis visores de tubo de raios catódicos (CRT), que fornecem continuamente informações de voo, navegação e monitoramento de sistemas de maneira clara e abrangente.

8. Quase três décadas no ar


O primeiro voo do A300-600ST, em setembro de 1994, deu início ao processo de homologação, recebida em meados de 1995 após 400 voos de teste. A primeira unidade, o antigo protótipo, entrou em operação na Airbus em janeiro de 1996.

9. Satélites e veículos espaciais


Além de partes de outros aviões da Airbus, o Beluga já transportou satélites artificiais, veículos espaciais, itens para ajuda humanitária e helicópteros.

Em sua primeira viagem ao Brasil, ele trouxe um helicóptero de luxo ACH160.

10. Nada de passageiros


Embora com um formato de apelo popular, o Beluga ST destina-se apenas ao transporte de carga. Portanto, você não poderá viajar na "Baleia Voadora". A boa notícia é que, até o ano que vem, mais cinco aeronaves com esse formato devem entrar em operação. Serão mais "baleias" que poderemos ver voando nos céus.


Via UOL

Avião Beluga pousa em Campinas (SP) para entregar helicóptero de luxo

Avião airbus A300-600, também chamado de 'Beluga', pousou pela primeira vez em
Campinas na tarde de hoje (Foto: William Moreira/Futura Press/Estadão Conteúdo)
Um dia após pousar pela primeira vez em solo brasileiro, o avião "baleia" Beluga ST, modelo especial de transporte da Airbus, pousou no Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), na tarde de hoje. O pouso foi registrado às 13h50, cerca de 40 minutos antes do horário previsto.

A aeronave, que saiu às 11h30 do Aeroporto Internacional de Fortaleza - Pinto Martins, foi a Viracopos para desembarcar um helicóptero de luxo modelo ACH160, que será entregue a Helibras.

Avião fez pouso em Campinas na tarde de hoje, quase um dia após tocar pela primeira vez
em solo brasileiro (Foto: William Moreira/Futura Press/Estadão Conteúdo)
A chegada do Beluga estava inicialmente prevista para o fim da tarde de sábado (23), também em Fortaleza. Depois, o avião seguiria para Campinas (SP).

Mas houve uma reprogramação, e a aeronave acabou pernoitando fora do Brasil. O Beluga é um dos maiores aviões de carga do mundo em volume, à frente até do Lockheed C-5 Galaxy, usado pelas Forças Armadas dos Estados Unidos, e do Antonov An-124, irmão menor do An-225, ex-maior cargueiro do mundo.

Repórteres, fotógrafos e cinegrafistas registram a chegada do avião cargueiro Airbus BelugaST
no Aeroporto de Viracopos, em Campinas (Foto: Denny Cesare/Estadão Conteúdo)
Mesmo assim, o modelo não é capaz de transportar cargas tão pesadas, levando no máximo 40 toneladas. O C-5 tem capacidade para até 129 toneladas a bordo, e o An-124 leva até 120 toneladas, por exemplo.


Via UOL