sábado, 22 de janeiro de 2022

Sessão de Sábado - Filme "À deriva" (dublado)


Em uma das histórias mais verdadeiras da Segunda Guerra Mundial, três pilotos da marinha norte-americana colidem seus aviões no Pacífico Sul. Em um bote salva-vidas no meio do mar aberto eles ficam sem alimento e água, além de não terem a mínima esperança de serem resgatados. Navegando por mais de 1.600 quilômetros, eles enfrentam tempestades, tubarões, a fome e a convivência.


("Against the Sun", 2015, Estados Unidos, 99 minutos)

Traição, assassinato e tragédia aérea: a infame história do casal Jessie Miller e Bill Lancaster

Unidos por uma paixão impossível, os dois viveram um enredo complexo, cheio de fama, traições e desapontamentos.

Jessie e Bill em evento de comemoração
Os caminhos da australiana Jessie Keith-Miller e do pilotoBill Lancaster se cruzaram de repente, durante uma festa na Baker Street, na Londres de 1927. Cercados por muito champanhe e amigos em comum, os dois logo começaram a conversar.

Naquela época, a jovem havia se mudado para a Europa em busca de novas aventuras. Na Austrália, além da vida que levava, ela ainda deixou para trás seu marido, um jornalista por quem ela já não sentia mais tanta atração.

Bill, por sua vez, estava em busca de patrocinadores que acreditassem em seu mais recente projeto. Ele queria estabelecer um novo recorde, voando da Inglaterra para a Austrália em um avião leve, chamado Avro Avian.

Jovens e aventureiros, os dois se envolveram em tantas polêmicas que tiveram seus rostos estampados em manchetes sobre traição, amor e assassinato. Era aquele tipo de casal que tinha tudo, até mesmo impulsividade e um triângulo amoroso.

Bill e Jessie após seu pouso em Darwin

Novas amizades


Durante a festa, enquanto conversavam, Bill percebeu que Jessie seria sua passagem para conquistar os apoiadores necessários e a jovem enxergou no piloto uma chance de ter novas experiências. Assim, eles começaram a traçar planos.

No dia 14 de outubro de 1927, Bill se despediu de sua esposa e filhos e embarcou no avião, acompanhado da australiana. Jessie, mesmo sem ter qualquer conhecimento sobre a área, logo aprendeu a pilotar e criou um forte apreço pela aviação.

Foram seis meses de viagem até a Austrália, em um trajeto marcado por instabilidade na mecânica, doenças e acidentes. Sozinhos no ar, Jessie e Bill fatalmente se apaixonaram, apesar das adversidades, e se esqueceram de qualquer outra pessoa.

Bill beijando sua esposa antes de partir com Jessie, que espera no assento dianteiro 

Paixão proibida


Chegando a seu destino, o mais novo casal decidiu por manter o relacionamento em segredo, a fim de zelar pelos casamentos que já tinham. De volta à terra firme, então, Bill e Jessie logo se tornaram grandes personalidades.

Enquanto o piloto aproveitava o novo recorde, a australiana se tornou a primeira mulher a cruzar o equador no ar e a voar mais de 13 mil quilômetros. Tamanha era a fama que os dois foram convidados para estrelar um filme em junho de 1928. Com a grande depressão, contudo, os planos mudaram e o casal, que permanecia em segredo, passou a viver em Nova York.

O triângulo amoroso noticiado nos jornais

Mais um entre nós


Eventualmente, Jessie decidiu criar sua autobiografia e contou com a ajuda de HadenClarke, um escritor de Miami. Durante o processo da criação do livro, o homem se apaixonou pela australiana, que já estava divorciada. A mulher, por sua vez, não queria mais esperar por Bill, que continuava casado, e, assim, caiu nos encantos do escritor.

Abalado, o aviador ainda gostava muito de Jessie, mas decidiu apoiar o casal. Tudo muito estranho. Em uma noite confusa, no entanto, Bill entrou correndo no quarto da ex-amante para avisar que Haden teria cometido suicídio. Foi assim que o piloto virou suspeito de um homicídio.

Para muitos, ficou claro que Bill teria matado a concorrente por ciúmes e ele logo foi preso pelo suposto assassinato. Em agosto de 1932, o julgamento do aviador foi tratado como um espetáculo, com direito a um desfecho inesperado: ele foi inocentado.

Diário de bordo


Após o escândalo, tanto Jessie quanto Bill retornaram a Inglaterra, a fim de começar uma nova vida. O aviador, então, decidiu estabelecer um novo recorde, voando de Londres para o Cabo Cidade. Durante a viagem, contudo, ele desapareceu.

Jessie, que sempre acreditou na inocência do piloto, procurou por ele durante anos, mas nunca encontrou uma pista sequer. A vida seguiu e, sozinha, ela acabou se casando com JohnPugh, com quem foi muito feliz.

Trinta anos depois, em 1962, um pelotão militar francês encontrou o avião bimotor que Bill teria usado em sua última viagem. Junto da aeronave, o corpo quase mumificado do piloto jazia na areia do Saara, intocado por três décadas.

Uma das páginas do diário de Bill, encontrado após 30 anos
Logo ao lado dos restos esquecidos do excepcional piloto, um diário de bordo narrava os últimos dias dele no deserto impiedoso. Entre as muitas notas, o documento ainda deixava registrada uma última declaração: ele continuava amando Jessie.

Edição de texto e imagens por Jorge Tadeu (com Aventuras na História - Fotos: Divulgação/Macmillan)

Aconteceu em 22 de janeiro de 1973: Desastre Aéreo de Kano - 176 mortos em queda de avião com peregrinos

O chamado 'Desastre Aéreo de Kano' ocorreu com um voo fretado de passageiros em 22 de janeiro de 1973, que caiu ao tentar pousar no Aeroporto Internacional de Kano, na Nigéria, matando 176 passageiros e tripulantes e deixando 26 sobreviventes.


A aeronave envolvida no acidente era o Boeing 707-3D3C, prefixo JY-ADO, de propriedade da Alia Royal Jordanian Airlines, operando em nome da Nigeria Airways (foto acima). O avião com 2 anos de idade, voou pela primeira vez em 1971 e foi equipado com 4 motores Pratt e Whitney JT3D . Ele tinha um número de série do fabricante (MSN) de 850.

O Boeing 707, operado pela Alia, foi fretado pela Nigeria Airways para levar os peregrinos de volta de Jeddah, na Arábia Saudita, a Lagos, na Nigéria. A bordo do avião estavam 193 passageiros e nove tripulantes.


O mau tempo em Lagos fez com que a tripulação desviasse para Kano, cidade localizada no norte do país, a pouco mais de 800 km da capital Lagos.

O Aeroporto Internacional de Kano estava passando por ventos fortes na época. A aeronave pousou primeiro na roda do nariz, e a roda do nariz colapsou após atingir uma depressão na pista. A perna direita do trem de pouso principal entrou em colapso. O 707 fez uma volta de 180 graus, saiu da pista e pegou fogo.

Dos 202 passageiros e tripulantes a bordo, 176 morreram.


Relato no NY Times:

Um jato fretado transportando os muçulmanos nigerianos de uma peregrinação a Meca caiu e pegou fogo hoje enquanto pousava em meio a uma névoa no norte da Nigéria. Das pessoas a bordo sobreviveram o piloto e vários outros membros da tripulação.

Em Amã, na Jordânia, um porta-voz da companhia aérea identificou o piloto como americano, capitão John Waterman, e disse que a empresa havia sido informada de que ele e outros sete tripulantes estavam entre os sobreviventes.

O jato fretado, um Boeing 707 que pertencia à Royal Jordanian Airways, foi um dos muitos aviões envolvidos no transporte de muçulmanos nigerianos, uma vez que cerca de 30.000 fizeram a viagem a Meca este ano.

O acidente foi testemunhado por uma multidão atraída pelo local por palavra que 80 peregrinos, nenhum identificado pelo nome, morreram durante a peregrinação à cidade da Arábia Saudita que os muçulmanos consideram a mais sagrada.

O avião caiu após um voo de cerca de 2.100 milhas de Jidda, perto de Meca. A comunicação com Kano era difícil, e os primeiros relatórios sobre o acidente, portanto, eram vagos. Esses relatórios disseram que o jato pegou fogo enquanto se aproximava do aeroporto de Kano. Não ficou claro se as rodas haviam tocado na hora.

Testemunhas relataram que muitas pessoas saltaram das saídas de emergência do avião e ficaram presas nas chamas que rugiam ao seu redor.

Centenas de soldados, policiais e trabalhadores voluntários, disponíveis para controlar as grandes multidões de peregrinos que retornavam e seus parentes e amigos que esperavam, correram para os destroços do avião depois que ele caiu. “Foi uma visão absurda e horrível”, disse um funcionário do aeroporto depois.


O governo nigeriano anunciou uma investigação sobre o acidente, ocorrido no meio da manhã, e uma equipe de especialistas deixou Lagos com destino a Kano. Fontes da aviação aqui disseram que os especialistas estão considerando uma série de teorias, incluindo pouca visibilidade no aeroporto.

Uma declaração sobre o acidente aéreo no norte da Nigéria emitida pelo governo jordaniano disse que o acidente ocorreu porque a pista desabou quando o avião pousou. Foi dito que o trem de pouso do jato se desfez e a fuselagem girou 180 graus e pegou fogo após uma série de explosões.


Um porta-voz da Royal Jordanian Airways disse que o piloto do avião, capitão John Waterman, era um americano cuja esposa e filhos moravam em Beirute, no Líbano. 

A Sra. John Waterman, a esposa do piloto, disse que ouviu de fontes da aviação que a pista desabou no ponto onde o avião pousou. Ela disse que seu marido estava voando há 20 anos no Oriente Médio e registrou 20.000 horas de voo. Ele nasceu em Fresno, Califórnia, mas há muitos anos não mantém uma casa nos Estados Unidos, acrescentou ela.

Resultado

A causa exata do acidente permanece obscura. No entanto, acredita-se que o controle foi perdido na final curta devido às turbulências da esteira e a aeronave adotou uma atitude de nariz para baixo antes de colidir com a pista.

Na época em que ocorreu, o desastre aéreo de Kano foi o acidente de aviação mais mortal de todos os tempos, uma distinção duvidosa que manteve por cerca de 14 meses quando o voo 981 da Turkish Airlines caiu na França matando 346 pessoas.

Foi também o desastre de aviação mais mortal envolvendo um Boeing 707 na época, até que um avião Alia Royal Jordanian caiu no Marrocos dois anos depois.

É o desastre de aviação mais mortal já ocorrido na Nigéria.

Por Jorge Tadeu (com Wikipedia, ASN e NY Times)

Aconteceu em 22 de janeiro de 1952: Voo 6780 da American Airlines - O primeiro acidente fatal de um Convair 240

Um Convair CV-240 da American Airlines similar ao avião acidentado
Em 22 de janeiro de 1952, a aeronave bimotor Convair CV-240-0, prefixo N94229, da American Airlinesestava realizando o voo 6870 na rota Buffalo - Rochester - Syracuse - Newark. 

Na aproximação final para a pista 6 no aeroporto de Newark usando o sistema de pouso por instrumentos, o avião bateu às 15h45 em uma casa na interseção das ruas Williamson e South, na cidade de Elizabeth, New Jersey, aproximadamente 3,4 milhas (5,5 km) sudeste de Newark. 

O avião, que havia saído do curso para a direita a 2.100 pés (640 m), por pouco não atingiu a Battin High School para meninas, que havia encerrado o dia apenas 45 minutos antes.

Todos os 23 ocupantes a bordo (20 passageiros e 3 tripulantes), mais 7 pessoas no solo, morreram no acidente e no incêndio que se seguiu.

O capitão, Thomas J. Reid, cuja casa ficava a apenas alguns quarteirões do local do acidente, havia retornado recentemente de um transporte aéreo para o Japão. Sua esposa ouviu o acidente e disse aos repórteres que eles planejavam se mudar para uma casa que haviam construído em Point Pleasant, Nova Jersey.

Entre os passageiros estava Robert P. Patterson, um jurista e ex-subsecretário de Guerra no governo do presidente Franklin Delano Roosevelt e ex-Secretário de Guerra sob o governo de Harry S. Truman. 

Patterson estava voltando de uma reunião com Thomas J. Watson, da IBM, que acabara de contratá-lo para um novo caso no dia anterior. Patterson havia encerrado um caso federal em Buffalo mais cedo do que o esperado no dia anterior e trocou sua passagem de trem pelo assento da aeronave, de acordo com a edição de 23 de janeiro do Deseret News.

Clique na imagem para ampliá-la
Este foi o segundo em uma série de três acidentes ocorridos na cidade de Elizabeth em menos de dois meses. Em 16 de dezembro de 1951, um C-46 da Miami Airlines colidiu com o rio Elizabeth logo após a decolagem, com 56 pessoas a bordo e nenhum sobrevivente.

O terceiro acidente, o voo 101 da National Airlines, em 11 de fevereiro de 1952, matou 29 das 63 pessoas a bordo e quase perdeu um orfanato. 

Após um clamor público, o aeroporto de Newark foi imediatamente fechado pela Autoridade do Porto de Nova York e permaneceu assim por nove meses, até 15 de novembro. O Estado de Nova York aprovou uma lei exigindo que os operadores abordassem os aeroportos sobre a água sempre que possível.

O presidente Harry Truman lançou uma comissão temporária de inquérito, chefiada por Jimmy Doolittle, para estudar os efeitos dos aeroportos em sua vizinhança. 

O relatório recomendou o estabelecimento de leis de zoneamento eficazes para evitar a construção de escolas, hospitais e outros locais de reunião sob os caminhos de abordagem final.

Os três acidentes mais tarde forneceram a inspiração para a escritora e residente de Elizabeth Judy Blume escrever seu romance de 2015, "In the Improvable Event".

Este foi o primeiro acidente fatal de um Convair 240.

Por Jorge Tadeu (com Wikipedia e ASN)

Hoje na História: 22 de janeiro de 1970 - O primeiro voo comercial do Boeing 747

Boeing 747-121 N736PA, Pan American Clipper Young America, aquarela de John T. McCoy (Museu SFO)
Em 22 de janeiro de 1970, o Capitão Robert M. Weeks, o Capitão John Noland e o Engenheiro de Voo August ("Mac") McKinney voaram no Boeing 747-121, prefixo N736PA, da Pan American World Airways, batizado 'Clipper Young America', de Nova York a Londres em 6 horas e 14 minutos do voo inaugural de passageiros do novo jato de fuselagem larga. A bordo estava uma tripulação de cabine de 17 e 332 passageiros.

O N736PA foi inicialmente chamado de 'Clipper Victor', mas o nome foi mudado para Clipper Young America para o voo inaugural de Nova York para Londres, quando o 747 programado para fazer aquele voo - Clipper Young America - teve problemas mecânicos. 

Membros da tripulação do primeiro Boeing 747 da Pan Am a chegar a Heathrow
(Rolls Press / Pepperfoto / Getty Images via The Guardian)
O 747 foi sequestrado em 2 de agosto de 1970 e levado para Cuba. Após esse incidente, o N736PA foi renomeado como Clipper Victor -  seu nome original. Foi destruído em uma colisão com outro Boeing 747 em Tenerife, Ilhas Canárias, em 27 de março de 1977.

Boeing 747-121 N736PA da Pan American Airways, Clipper Young America,
no Aeroporto Heathrow de Londres, em 22 de janeiro de 1970 (Getty Images via BBC History)
O 747 está em produção há 52 anos. Em dezembro de 2020, 1.562 747s de todos os modelos foram construídos. 205 destes eram aeronaves da série 747-100. 

Em 12 de janeiro de 2021, a Boeing anunciou que os últimos 747s, quatro cargueiros Boeing 747-8F, foram encomendados pela Atlas Air Worldwide Holdings, Inc.

Avião da Delta sai da pista durante queda de neve na Carolina do Norte (EUA)


Quando a neve começou a cair ainda mais na noite de sexta-feira (21), um avião de passageiros derrapou na pista do Aeroporto Internacional de Raleigh-Durham (RDU), na Carolina do Norte, nos EUA, e fechou o aeroporto para voos domésticos por mais de uma hora, disseram autoridades.

Autoridades da RDU - que serve Raleigh, Durham e a região do Research Triangle da Carolina do Norte - disseram em um comunicado à imprensa que o acidente ocorreu por volta das 21h e envolveu o voo 5501 da Delta com destino à RDU de Washington, DC.

“O voo pousou com segurança e, abaixo do 5L/23R, mergulhou na lama”, disse um comunicado de imprensa de funcionários da RDU.

Havia 19 passageiros a bordo do avião, que a FlightAware e o site ASN identificaram como sendo o Bombardier CRJ-900LR, prefixo N272PQ, da Delta Connection, operando para a Endeavor Air.


Eles estavam indo para o Terminal 2 do aeroporto. Nenhum ferimento foi relatado no voo, que FlightAware também identificou como Endeavor Air 5501.

O aeroporto fechou até cerca de 22h30. A FlightAware informou anteriormente que todos os voos de RDU de decolagem foram suspensos até as 22h45.

“Estamos concluindo o degelo na pista alternativa 5R/23L e ela será reaberta assim que o degelo estiver completo”, dizia o comunicado inicial.

Por volta das 22h30, o 5R/23L reabriu ao tráfego aéreo, mas o 5L/23R permaneceu fechado, disseram autoridades mais tarde. Pouco antes da meia-noite de sexta-feira, funcionários da RDU disseram que a pista ainda estava fechada.


Nancy Moser, que estava entre os passageiros do avião na noite de sexta-feira, relatou a CBS 17: “Eles lidaram com isso muito bem até que claramente paramos e não íamos a lugar nenhum e eu olhei pela janela e havia grama. Foi quando percebi que algo estava errado, e então você pode ouvir alguns dos pilotos conversando e os comissários de bordo.”

Até 5 polegadas de neve são esperadas no centro da Carolina do Norte na sexta-feira e no início do sábado.

Via 90Goals / CBS17 / ASN - Imagem: ABC11

Qatar Airways responde Airbus e mostra vídeo com falhas em avião

Vídeo é mais um capítulo da guerra milionária entre a fabricante e a companhia aérea, que alega falha de acabamento no A350. Disputa supera os 600 milhões de Euros.


1 minuto e 37 segundos. Esta é a duração do vídeo produzido pela Qatar Airways. Não é um filme publicitário, de alta produção, como a companhia com sede em Doha está acostumada a produzir. Pelo contrário. Mostra a fuselagem de pelo menos três modelos A350, de registros A7-ALE, A7-ALT e A7-ALG, deteriorada.

São 21 aeronaves da Qatar retiradas de operação nos últimos meses. A companhia sustenta que a iniciativa é uma determinação do próprio órgão regulador de aviação no Qatar. A alegação: desgaste adiantado no acabamento da pintura.

Aeronaves apresentaram falhas no acabamento da pintura (Foto: Divulgação)
São aviões novos, que começaram a ser fabricados em série a partir de 2015. No filme, mãos com luva puxam lascas da pintura da fuselagem para provar uma suposta qualidade ruim no acabamento dessas aeronaves.

O filme é uma pronta resposta à decisão anunciada nesta quinta-feira pela Airbus de suspender o contrato da venda de 50 modelos A321Neo à Qatar.

A companhia aérea reivindica na justiça uma indenização de quase 620 milhões de Euros da fabricante. Mais uma compensação extra de US$ 4 milhões por cada dia em que seus 21 aviões A350 permanecem em solo pelos danos na fuselagem, que incluem erosão e lacunas em uma camada de proteção contra raios.

A curiosidade é que o A350XWB (iniciais para Extra Wide Body) foi desenvolvido em conjunto pela Qatar. Um dos protótipos utilizdos para fins de certificação tinha pintura da Qatar, inclusive.

Akbar Al-Baker, CEO da Qatar Airways (Foto: Divulgação)
Ninguém menos que o CEO da Qatar, Akbar Al-Baker, aparecia em várias filmagens de promoção do modelo. No vídeo abaixo, produzido em dezembro de 2014, Baker aparece assinando contratos e supervisionando o interior de um dos protótipos da Airbus.


Baker tem estilo próprio, duro, não economiza palavras duras mesmo em declarações públicas. O antigo parceiro é hoje o maior rival da Airbus. A briga é grande. E tudo indica que será decidida mesmo na justiça.

Piloto faz meia-volta com avião após passageiros da Econômica invadirem a classe Executiva


Os pilotos de um voo da United Airlines, com destino a Tel Aviv, resolveram dar meia-volta com sua aeronave, depois que passageiros israelenses, que estavam na classe econômica, se deram um “auto-upgrade” para a classe executiva.

O avião do modelo Boeing 787-10 Dreamliner partiu do aeroporto de Newark, em Nova Jérsei, por volta das 23h24 de quinta-feira (20), mas voltou cerca de uma hora depois, quando já sobrevoava o território canadense. Testemunhas a bordo do voo UA-90 disseram que houve uma desordem entre dois passageiros e comissários de bordo que resultou na decisão do comandante pelo retorno.

O site de notícias Mako, de Israel, informou que a dupla iniciou uma confusão a bordo após ser pega invadindo a classe executiva, quando possuíam bilhetes de classe econômica. Aos comissários, eles se recusaram a retornar aos seus assentos originais, gerando um pequeno motim a bordo. Diante da situação, a tripulação de cabine informou aos pilotos, que começaram o retorno.

Assim que a aeronave pousou, a polícia já estava à espera e a dupla foi retirada do avião sob vaias. Em um comunicado fornecido ao Kan News, um porta-voz da United disse que a companhia aérea “não tolera qualquer comportamento inadequado”.

O custo para desviar um avião devido a um passageiro indisciplinado pode chegar dezenas de milhares de dólares. A agência de aviação do Canadá (CAA) calculou que pode chegar a US$ 108.000 o custo de um desvio quando considerados os custos de combustível, taxas aeroportuárias, custos com pessoal, compensação por atrasos de passageiros e realocação.

Por Carlos Ferreira (Aeroin) - Imagem: RadarBox

Aeronave paramotor cai em mangue na Baía de Paranaguá (PR); duas pessoas ficaram feridas


Um avião do tipo paramotor caiu próximo a um mangue na Ilha de Valadares, na Baía de Paranaguá, Litoral do Estado do Paraná. O acidente aconteceu nesta tarde de sexta-feira (21). Duas pessoas ficaram feridas, de acordo com informações do Corpo de Bombeiros.

Para ajudar no resgate, um moto aquática dos Bombeiros tentou aproximação por água, mas por causa do difícil acesso, não foi possível realizar o resgate. A aeronave Falcão 08 fez o sobrevoo da área e localizou as duas vítimas.

A equipe da aeronave então fez o resgate das vítimas em manobra de baixa altura. Elas tiveram ferimentos leves e foram transportadas para o aeroporto de Paranaguá, onde foram atendidas pela equipe médica do BPMOA e Samu. Apenas uma pessoa foi encaminhada para o hospital devido a uma contusão no tórax e escoriações.

Por Eloá Cruz (Tribuna do PR) - Foto: BPMOA/Divulgação

Após mais de um mês sem voar, Itapemirim começa a devolver aviões alugados

A devolução de todos os jatos deve ocorrer em até 15 dias (Imagem: Divulgação/Itapemirim)
Pouco mais de um mês após suspender "temporariamente" suas operações, a ITA, companhia aérea do grupo Itapemirim, começou a devolver suas aeronaves para os arrendadores. A negociação com as empresas proprietárias dos aviões foi amigável e a devolução de todos os jatos deve ocorrer em até 15 dias, segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo. Nesta semana, dois aviões já deixaram o país.

A ITA, porém, nega que essas duas aeronaves tenham sido entregues aos arrendadores definitivamente e afirma que foram enviadas aos Estados Unidos para manutenção.

"O deslocamento se dá em razão de as empresas responsáveis pela manutenção não estarem atuando no Brasil", afirmou a companhia aérea em nota.

"Basta observar que, se fosse o caso de qualquer rompimento, as aeronaves seriam arrestadas por eles (os arrendadores). Neste caso, a própria ITA, por seus pilotos, está levando os aviões até os Estados Unidos". A empresa, cuja frota era composta por sete jatos, destacou ainda que, "tão longo estejam prontas, essas aeronaves retornarão ao Brasil para operar o serviço oferecido pela ITA".

Ainda não há uma definição se os três arrendadores entrarão na Justiça contra a ITA para receber os valores devidos. Antes de suspender a operação, havia pouco mais de um mês que a empresa aérea não os pagava. A tendência, segundo uma fonte, é que não haja disputa judicial, dado que a probabilidade de algum valor ser pago é considerada muito baixa.

O dono do grupo Itapemirim, Sidnei Piva, vem tentando vender a companhia aérea. "Estamos em negociação com vários investidores para aquisição de parte da empresa ou 100%", informou a ITA. O mercado, porém, não vê valor na aérea, de acordo com fontes. Ao contrário da Avianca Brasil, que teve seus slots (horários de pouso e decolagem nos nos aeroportos) disputados pelas concorrentes, a ITA é considerada uma companhia apenas com passivo e dívida trabalhista. A maior parte dos tripulantes da ITA não recebeu o pagamento de dezembro.

Alguns também não receberam o salário de novembro. Diárias de alimentação, vale alimentação e recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) estão atrasados. A companhia diz estar trabalhando para pagar todas as pendências salariais ainda neste mês.

No começo deste mês, o Ministério Público de São Paulo pediu à Justiça que bloqueie os bens do empresário Sidnei Piva e decrete a falência da Viação Itapemirim e da ITA Transportes Aéreos.

Via Estadão Conteúdo / UOL Economia

ITA Airways e a marca Alitalia: o que está acontecendo?

Os leais à Alitalia criticaram amplamente o novo visual azul do ITA (Imagem: Airbus)
Embora houvesse esperança e otimismo (para alguns) de que a ITA Airways seria uma Alitalia revisada e melhorada, muito mais pessoas tinham suas dúvidas. Com a ITA registrando uma perda de € 170 milhões (US$ 192 milhões) desde o início de suas operações em outubro de 2021, parece que a liderança da empresa agora quer retornar à marca de seu antecessor e se tornar Alitalia mais uma vez. Vamos dar uma olhada mais de perto na situação e avaliar os méritos desse movimento.

Um renascimento da Alitalia?


De acordo com Aviation24.be, o presidente da nova empresa Alfredo Altavilla confirmou recentemente que a ITA Airways tem planos para reviver a marca Alitalia. A notícia veio durante uma audiência realizada pela Comissão de Transportes da Itália e foi relatada pela primeira vez pelo meio de comunicação italiano Corriere Della Sera e, desde então, divulgada por outros sites internacionais.

Com a ITA Airways comprando a propriedade intelectual e a marca da Alitalia por € 90 milhões (US$ 101 milhões) em outubro, agora pretende colocá-la em uso - potencialmente já em março de 2022. Fontes relataram ao jornal italiano que o uso do O nome Alitalia estava sendo considerado para voos intercontinentais ou em serviços nacionais/europeus. A decisão será tomada pelo conselho de administração da companhia aérea em 31 de janeiro.

Airbus A330-202, EI-EJK, Alitalia - Embora a pintura da Alitalia tenha passado por
inúmeras iterações, o nome Alitalia existe há décadas (Foto: Vincenzo Pace)

Por que o nome Alitalia foi abandonado em primeiro lugar?


O nome e a marca Alitalia não foram exatamente abandonados por escolha. De fato, a companhia aérea conhecida como Alitalia precisava de uma injeção de fundos para se manter à tona, e as regras da UE sobre auxílios estatais estipulavam que deveria haver “descontinuidade econômica” suficiente para que o financiamento fosse considerado legal. De certa forma, os reguladores estavam dizendo que para a Alitalia continuar viva como uma companhia aérea, ela não poderia mais ser a Alitalia.

“As regras de auxílios estatais da UE preveem que uma nova empresa que adquire os ativos de outra empresa não é responsável por auxílios anteriores recebidos pelo vendedor, se as duas empresas forem suficientemente diferentes uma da outra” – Comissão Europeia (setembro de 2021)

A Alitalia encerrou as operações em meados de outubro (Foto: Vincenzo Pace)

Como a UE garantiu que a ITA se tornaria sua própria companhia aérea separada?


A decisão da Comissão Europeia sobre o caso Alitalia/ITA afirmou que há “descontinuidade econômica” entre as duas empresas, o que foi avaliado com base em uma série de critérios estabelecidos pelos Tribunais da União, como o “alcance dos ativos transferidos e a lógica da transação”.

Extremamente resumido, segue uma lista de sete pontos que a Comissão Europeia declarou como prova de descontinuidade econômica entre Alitalia e ITA Airways:
  1. As atividades da ITA são reduzidas das da Alitalia, operando menos da metade da frota e uma fração dos slots aeroportuários.
  2. Partes limitadas dos negócios de manuseio e manutenção da Alitalia foram transferidas para a ITA.
  3. A marca Alitalia foi vendida e o ITA foi autorizado a comprá-la.
  4. O programa de fidelidade da Alitalia foi vendido, com o ITA impedido de participar do processo de licitação, e o ITA foi impedido de aceitar bilhetes pré-pagos de clientes da Alitalia.
  5. A frota e os contratos trabalhistas foram renegociados.
  6. As obrigações de serviço público (PSOs) da Alitalia não foram transferidas para a ITA.
  7. E a ITA pagaria um preço de mercado pelos ativos adquiridos da Alitalia (diretamente ou por meio de licitações).
O ponto número três parecia trazer consigo a presunção de que a nova companhia aérea não o usaria. No entanto, isso não foi exatamente especificado na declaração da Comissão Europeia sobre a descontinuidade econômica.

O novo nome e a pintura deveriam ajudar a distinguir o ITA da Alitalia -
 de uma maneira positiva (Foto: Getty Images)

A marca Alitalia ajudará?


O presidente da companhia aérea Altavilla afirma que as companhias aéreas tradicionais têm várias marcas em seu portfólio. Com isso em mente, o uso do nome Alitalia poderia ser reintroduzido como uma divisão ou subsidiária do grupo ITA Airways .

“Sempre tivemos a intenção de usar a marca para integrá-la à oferta comercial”, disse Alfredo Altavilla, presidente da ITA Airways ao site Aviation24.be.

Não está claro se essa estratégia fará alguma coisa para melhorar a sorte da companhia aérea. A atual crise de saúde global parece ser um fator muito maior para o desempenho medíocre da ITA, em vez de clientes leais à Alitalia adiados pela nova companhia aérea.

No entanto, do ponto de vista de SEO puro e identidade única, o uso do nome Alitalia pode ser útil para a ITA Airways. Isso porque o nome ITA, quando pesquisado, tem a possibilidade de desaparecer no barulho e caos de uma dúzia de outras entidades.

A ITA é uma companhia aérea no Brasil. As letras neste contexto representam
Itapemirim Transportes Aéreos (Foto: Itapemirim Transportes Aéreos)
Embora o site da companhia aérea agora pareça estar no topo dos resultados de pesquisa, seu nome e letras ainda competem com outras entidades, incluindo:
  • Uma empresa de consultoria conhecida como Grupo ITA
  • A Agência Comercial Italiana
  • A Agência Internacional de Testes
  • A Administração de Comércio Internacional
  • E até a companhia aérea brasileira ITA Transportes Aéreos (que está passando por sua própria reestruturação)
Como está agora, no entanto, temos pouco mais de uma semana para esperar antes de recebermos notícias sobre se a marca Alitalia será revivida.

5G: FAA dos EUA continua a liberar aeronaves para operações


A Federal Aviation Administration (FAA) emitiu esta semana novas aprovações que permitem que quase 80% da frota comercial nos Estados Unidos realize pousos de baixa visibilidade em aeroportos onde as empresas de comunicação implantaram a banda C 5G. O órgão de aviação do país destacou que alguns jatos regionais também foram liberados à medida que a saga sem fio continua.

A maior parte da frota


No início desta semana, a FAA compartilhou que as aprovações permitiram que cerca de 62% da frota comercial dos EUA realizasse esses pousos de baixa visibilidade, apesar da banda C 5G. No entanto, houve um rápido progresso desde que, na quinta-feira, o grupo compartilhou que 78% da frota comercial já foi liberada.

Juntamente com alguns jatos regionais E170 e E190 da Embraer, a FAA compartilhou que os modelos de aeronaves com um dos 13 altímetros autorizados incluem:

Boeing
  • 717
  • 737
  • 747
  • 757
  • 767
  • 777
  • 787
McDonnell Douglas
  • MD-10
  • MD-11
Airbus
  • A300
  • A310
  • A319
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Trabalho em progresso


No entanto, mesmo com as aprovações, os serviços em alguns aeroportos ainda podem ser impactados. O trabalho ainda está em andamento com os fabricantes para entender como os dados do altímetro de radar são utilizados em outros sistemas de controle de voo. Independentemente disso, a FAA reconhece a importância de expandir o 5G e está levando o lançamento a sério de todos os ângulos.

“A FAA está trabalhando diligentemente para determinar quais altímetros são confiáveis ​​e precisos onde o 5G é implantado nos Estados Unidos. Prevemos que alguns altímetros serão muito suscetíveis à interferência 5G”, compartilhou a FAA em um comunicado de 20 de janeiro.

“Para preservar a segurança, as aeronaves com esses altímetros serão proibidas de realizar pousos de baixa visibilidade onde o 5G for implantado porque o altímetro pode fornecer informações imprecisas. Os passageiros devem verificar com suas companhias aéreas os horários dos voos mais recentes.”

Problemas da indústria


Não são apenas as operadoras nos EUA que a expansão 5G está causando agitação. Por exemplo, o presidente da Emirates, Sir Tim Clark, recentemente classificou o processo como “totalmente irresponsável” devido ao fato de sua transportadora ter que cancelar voos em curto prazo. Além disso, a LATAM mudou suas operações durante a implantação antes de retomar 777 voos para os EUA antes do fim de semana .

No início deste mês, a FAA revelou uma lista de aeroportos que terão zonas tampão após o lançamento da banda C em 19 de janeiro. Este movimento veio nas costas do administrador da FAA, Steve Dickson, e do secretário de Transportes dos Estados Unidos, Pete Buttigieg, pedindo um adiamento da introdução de 5 de janeiro para ajudar a permitir mais testes e avaliações.

Neste estágio inicial, a indústria de aviação dos EUA provavelmente passará por alguns problemas iniciais após a introdução. Podemos esperar mais reviravoltas neste setor nas próximas semanas.

Operação policial apreende helicóptero com quase 250kg de cocaína e prende 3 homens em flagrante por tráfico de droga

Aeronave fazia pousos e decolagens suspeitos em área de plantação de cana-de-açúcar.


Uma operação conjunta realizada pela Polícia Federal e pela Polícia Militar do Estado de São Paulo apreendeu na tarde desta sexta-feira (21) o helicóptero da Robinson R44 Raven II, prefixo PR-NRR, que transportava quase 250 quilos de cocaína, em João Ramalho (SP).

Os policiais federais receberam informações de que uma aeronave estaria fazendo diversos pousos e decolagens suspeitos em uma área de plantação de cana-de-açúcar.


Após identificarem o local, os policiais federais, contando com o apoio do helicóptero Águia, da Polícia Militar do Estado de São Paulo, abordaram a aeronave e encontraram a carga de droga, que totalizou o peso de 247 quilos.


Três homens, com idades entre 26 e 34 anos, foram presos em flagrante, incluindo o piloto do helicóptero e outros dois suspeitos de dar apoio em solo para o reabastecimento da aeronave e a retirada da droga. Eles irão responder por tráfico de droga e associação para o tráfico.


A ocorrência foi registrada na Delegacia da Polícia Federal, em Presidente Prudente (SP), para onde o helicóptero apreendido com a droga foi levado por um caminhão de guincho via transporte terrestre.

Também foi apreendida uma picape que dava apoio terrestre ao transporte da cocaína.

Guincho levou helicóptero até a Polícia Federal em Presidente Prudente (SP)
Via g1 - Fotos: Polícia Federal e 
Wellington Roberto/g1