terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

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O Sukhoi Su-27UB, matrícula 24, da Força Aérea da Rússia, próximo a Base Aérea de Kubinka (UUMB), na Rússia, em 04 de agosto de 2007, deixando uma trilha no ar úmido.

Foto: Lystseva Marina - Russian AviaPhoto Team (Airliners.net)

Saiba como se tornar piloto das Forças Armadas e da PM de SP e RJ

Caminho é longo e dura, no mínimo, cinco anos.

Veja o guia preparado pelo site G1 com o 'passo-a-passo' para ingressar nas carreiras.


O governo brasileiro negocia a compra de caças e helicópteros para as Forças Armadas Brasileiras e, para operar essas aeronaves, são necessários profissionais qualificados. Para quem está interessado em pilotar esses equipamentos, o G1 preparou um guia de como ser piloto das Forças Armadas e da Polícia Militar de São Paulo e Rio de Janeiro, já que as PMs também fazem operações com helicópteros. Para pilotar essas aeronaves, o caminho é longo e leva, no mínimo, cinco anos.

Os salários dos oficiais ultrapassam R$ 5 mil, mas variam de acordo com gratificações e planos de carreira de cada corporação. Na Polícia Militar de São Paulo, o salário de um comandante, cargo necessário para ser piloto de helicóptero, é de R$ 6 mil, mais as gratificações.

Confira abaixo o passo-a-passo para ser piloto em cada corporação:

Polícia Militar de São Paulo

Pilotos dos helicópteros da PM de SP atendem resgates, salvamentos e perseguições - Foto: Reprodução TV Globo

Vestibular

É preciso fazer o Curso de Formação de Oficiais da Polícia Militar de São Paulo. O curso, que é de nível superior, tem duração de quatro anos e é feito na Academia de Polícia Militar do Barro Branco, na Zona Norte de São Paulo. Para ingressar, os candidatos devem ter ensino médio completo e precisam prestar o vestibular da Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest). Mais informações podem ser obtidas no site www.fuvest.br.

Experiência

Após concluir o curso, o candidato é aprovado com o título de aspirante a oficial e precisa trabalhar por dois anos em atividades operacionais da PM, como bombeiros, policiamento de rua e Tropa de Choque. Passados os dois anos, o oficial recebe o título de tenente e pode prestar o processo seletivo interno da PM de SP para ser piloto de helicóptero.

Seleção para piloto

O processo seletivo dura de três a quatro meses e é composto de exames de aptidão física, psicológico e médico, além de entrevista com pilotos e psicólogos.

Aulas teóricas e práticas

Após ser aprovado, o oficial frequenta dois meses de aulas teóricas na escola de aviação da PM paulista. Depois das aulas teóricas, os oficiais recebem a instrução básica de voo no helicóptero. A formação básica dura de dois a três meses.

Adaptação ao voo policial

A fase de adaptação pode durar até cinco anos. Os pilotos tripulam os Águias como co-pilotos, voando com todos os comandantes, acumulando experiência nas ocorrências policiais atendidas. Depois, após ter feito cerca de 500 horas de voo como co-piloto, o policial faz um curso avançado de voo, onde aprende a operar todos os equipamentos do helicóptero e gerencia missões especiais como pousos em áreas restritas, voos policiais noturnos, emergências e panes.

Comandante

Após o curso avançado, o candidato a comandante de aeronave policial é submetido a um conselho de voo formado por pilotos mais experientes e, se aprovado, recebe a promoção de co-piloto a comandante e passa a pilotar o helicóptero.

Rotina

Os pilotos dos helicópteros da PM de São Paulo atendem a ocorrências policiais como resgates, salvamentos, combate a incêndios e perseguição a criminosos. As tripulações agem em conjunto com as equipes dos bombeiros e da saúde. Com médico e enfermeiro a bordo, em muitos casos, os helicópteros são garantia da chegada rápida para atender às vítimas de traumas nos acidentes.

Polícia Militar do Rio de Janeiro

Vestibular

É preciso fazer a Academia de Polícia Militar Dom João VI, que fica no Campo dos Afonsos, no Rio. O curso é de nível superior e dura quatro anos. Para ingressar, os interessados devem ter ensino médio completo e prestar o vestibular da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj). Mais informações podem ser obtidas no site www.uerj.br. (Anteriormente o G1 havia informado que o vestibular a ser prestado era da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o que foi corrigido acima).

Seleção para piloto

O primeiro grau hierárquico após a conclusão do curso é aspirante a oficial. Após oito meses, o oficial torna-se 2º tenente e pode se candidatar ao curso de piloto. Para isso, deve encaminhar um requerimento para a Diretoria de Ensino e Instrução da Polícia Militar. O processo seletivo é composto por três fases: exame intelectual, exame físico, exame médico (psicológico e clínico), além de entrevista com pilotos e psicólogos.

Curso de piloto

Após aprovado, o oficial passa pela formação teórica que leva em torno de oito meses. A formação prática dura cerca de um ano. Os alunos recebem treinamento teórico em todas as disciplinas ligadas à aviação, aulas de inglês técnico, psicologia, treinamento de combate a incêndio, treinamento na Unidade de Treinamento de Escape em Aeronave Submersa na Marinha do Brasil, sobrevivência em alto mar e outros treinamentos.

Rotina

Os pilotos passam por treinamentos de emergência, voos de radiopratrulhamento, apoio a operações de meio ambiente e planejamento em terra de operações em áreas de alto risco.

Aeronáutica

Os pilotos de helicóptero da Aeronáutica participam de operações de buscas e resgates - Foto: Divulgação

Concurso público

Para ser piloto da aeronáutica é preciso ingressar na Academia da Força Aérea (AFA) de Pirassununga (SP), por meio de concurso público. A duração da academia é de quatro anos.

Os interessados em ser pilotos devem escolher o cargo de aviador no concurso (há também cargos de infantaria e intendência) - o G1 havia informado anteriormente inteligência em vez de intendência, o que foi corrigido.

Para o ano de 2010 as inscrições estão encerradas. Os interessados devem monitorar a abertura de novos concursos no site www.afa.aer.mil.br.

Para homens maiores de 14 anos e menores de 18 anos, é possível ingressar na Escola Preparatória de Cadetes do Ar (Epcar), que fica em Barbacena (MG), por meio de concurso público. A escola serve como ensino médio e serve como iniciação à Aeronáutica.

Os alunos saem da Epcar e vão automaticamente para a AFA, sem precisar passar por outro concurso público. As inscrições para o exame de seleção para o ano de 2010 já foram encerradas. Os interessados devem monitorar a abertura de novas inscrições pelo site www.barbacena.com.br.

Curso de iniciação

Após terminar a AFA, os candidatos saem com o título de cadete. Durante a AFA, os alunos passam por treinamentos de voo no segundo e no quarto ano. Quando saem da escola, os alunos são indicados pelos instrutores para as escolas de aviação de caça, de helicóptero ou de transporte.

Os alunos com as melhores notas nas aulas de voo durante a AFA são indicados para a aviação de caça. Os demais, de acordo com a classificação das notas, escolhem se preferem ir para curso de helicóptero ou transporte (tropa, reconhecimento ou patrulha). Os cursos de piloto de helicóptero e de caça acontecem na base aérea de Natal (RN) e têm duração de um ano.

Treinamentos

Após o curso de iniciação, o aluno recebe o título de piloto básico de helicóptero e escolhe em qual região do país pretende atuar (há unidades em Manaus, Belém, Recife, Porto Velho, Santa Maria (RS) e Campo Grande).

A escolha é feita por ordem de classificação no curso. Após a escolha, os pilotos passam por treinamentos para usar os helicópteros na região de escolha e ficam em atividade no local de quatro a cinco anos. Depois de dois anos de atividades, o piloto recebe o título de 2º tenente.

Carreira

Com o passar do tempo, os pilotos podem escolher mudar a região de atuação e fazer treinamentos em outros tipos de helicópteros da Aeronáutica (cada região tem um tipo diferente de helicóptero).

De acordo com o plano de carreiras da Aeronáutica, o 2º tenente trabalha por seis anos para receber o título de 1º tenente. Com mais cinco anos, ele recebe o título de capitão, com mais cinco, o de major e, com mais cinco, o de tenente coronel. Após mais cinco anos, ele recebe o título de coronel.

Rotina

Os pilotos de helicóptero da Aeronáutica participam de operações de buscas e resgates, além de treinamentos de infiltração em florestas. Os helicópteros também auxiliam no treinamento de combate da infantaria do Exército, como descida de rapel da aeronave. A FAB também promove ações sociais em benefício da população brasileira.

Exército

Os pilotos do exército têm o objetivo de auxiliar a força terrestre, tornando-a mais rápida - Foto: Divulgação

Concurso público

É necessário ser oficial de carreira nas especialidades de infantaria, cavalaria, artilharia ou comunicações. Para isso, é preciso ser formado na Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende, no Rio. O curso, de formação superior, tem duração de quatro anos.

Para ingressar na academia é preciso fazer um curso preparatório na Escola Preparatória de Cadetes do Exército. O curso tem duração de um ano.

Para entrar na escola é preciso prestar concurso público. É preciso ser do sexo masculino e estar cursando ou ter concluído o segundo ano do ensino médio.

Seleção de pilotos

A partir do segundo ano após a formação na academia, o oficial de carreira do Exército pode requerer a inscrição no curso de piloto de helicópteros. A seleção inclui exames físico, médico e psicológico, além de análise curricular. O processo dura de seis meses a um ano.

Curso

O curso de piloto de helicópteros tem duração de um ano no Centro de Instrução de Aviação do Exército, sediado em Taubaté (SP).

Treinamento

Após a conclusão do curso, o militar é destinado a uma organização militar da Aviação do Exército, onde permanece por um período de cinco anos.

Rotina

Os pilotos do exército têm o objetivo de auxiliar a força terrestre, tornando-a mais rápida, moderna e eficiente nas missões de combate. Além de apoiar a força militar terrestre, a aviação do Exército auxilia a comunidade em ações de cunho cívico-social, em resgates, buscas e salvamento, além do apoio em desastres climáticos e acidentes.

Marinha

Na Marinha, os pilotos das aeronaves cumprem missões abordo dos navios - Foto: Divulgação

Concurso público

É necessário ser oficial da Marinha (Corpo da Armada ou de Fuzileiros Navais). Há dois tipos de concursos públicos para ingressar nessas carreiras: um é a Escola Naval (que corresponde ao nível superior), para candidatos com nível médio. Para candidatos com nível superior, há o Curso de Formação e o Estágio de Aplicação de Oficiais. Informações sobre os concursos podem ser encontradas no site www.ensino.mar.mil.br.

Curso de aviação

Após ingressar na carreira, o militar poderá fazer o Curso de Aperfeiçoamento de Aviação para Oficiais (CAAVO). O curso habilita os oficiais para a condução e operação das aeronaves da Marinha, para utilização dos seus sistemas de armas e para o desempenho de funções técnicas e administrativas relacionadas com a Aviação Naval. Para fazer o curso é preciso passar por um processo seletivo que inclui exames médicos, físicos e psicotécnicos.

Treinamento

O curso tem duas fases: tecnologia aeronáutica e pilotagem. A tecnologia aeronáutica é a parte teórica, com disciplinas fundamentais para passar para a fase prática de pilotagem. Por meio do curso é possível conseguir habilitações para pilotar avião e helicóptero. O curso completo para piloto de avião tem duração média de três anos e meio e de helicóptero, um ano e meio.

Rotina

Ao final do Curso de Aperfeiçoamento de Aviação para Oficiais o oficial da Marinha está habilitado a trabalhar como piloto. Os pilotos das aeronaves cumprem missões a bordo dos navios da Marinha, como operações de resgates, buscas de desaparecidos no mar e treinamentos.

Fonte: Gabriela Gasparin e Marta Cavallini (G1)

MAIS

Clique e confira lista de concursos e oportunidades em diversas áreas.

Avião de Hillary Clinton apresenta problema mecânico na Arábia Saudita

O Boeing 757-2G4 (C-32A), prefixo 99-0004, da Força Aérea Americana, fotografado no Aeroporto Internacional Praga-Ruzyne (PRG), em Praga, na República Checa, em 04.04.09. Esse é o avião utilizado pela Secretária de Estado Americana Hillary Clinton em suas viagens

A partida de Hillary Clinton da Arábia Saudita, última escala de sua viagem pelo Golfo Pérsico, sofreu um atraso nesta terça-feira devido a um problema mecânico em seu avião.

Hillary explicou à imprensa que um "grave" problema na válvula de combustível deixou na pista a aeronave da aviação americana que a levaria de volta para os Estados Unidos. No entanto, ela não passará mais uma noite na Arábia Saudita: retornará, acompanhada dos assessores mais próximos de sua comitiva, no avião do general David Petraeus.

O general Petraeus, comandante das forças americanas no Iraque e no Afeganistão, também estava na Arábia Saudita para uma reunião com os governantes do país.

Hillary Clinton passou três dias no Golfo.

Foto: AFP - Foto: Prasox (airplane-pictures.net)

Aeroportos têm movimento tranquilo na terça-feira de carnaval

Quem viajou de avião até as 17h desta terça-feira (16) não enfrentou grandes filas nos saguões dos principais aeroportos do país. Segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), apenas 25, ou 1,6%, dos 1.561 voos programados para decolar entre a meia-noite de ontem (15) e as 17 horas de hoje partiram com mais de 30 minutos de atraso.

No Rio de Janeiro, o aeroporto do Galeão teve apenas dois (2,9%) voos atrasados e o Santos Dumont, quatro (3,7%). Em São Paulo, houve apenas quatro (3,3%) atrasos no Aeroporto de Guarulhos e nenhum em Congonhas.

Também não foi registrado atraso nos dois aeroportos de Belo Horizonte (Pampulha e Confins). Em Brasília, apenas três (2,5%) dos 119 voos previstos para o período demoraram a decolar. Nos aeroportos de Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Manaus, Porto Alegre e Salvador, a Infraero registrou apenas um atraso. Em Vitória, houve dois atrasos (5,4%) entre 37 voos.

O percentual de voos cancelados hoje em todo o país chegou a 16,8%. Dos 1.561 voos previstos, as empresas aéreas cancelaram 263. Entre os aeroportos mais movimentados, o Santos Dumont, no Rio, teve 38 (35,2%) cancelamentos; Congonhas (SP), 45 (27,6%); Guarulhos (SP), 16 (13,2%) e Brasília (DF), 14 (11,8%). Em Salvador, apenas oito de 97 voos foram desmarcados.

A empresa aérea com maior percentual de atrasos entre os voos domésticos foi a Azul. Dos 74 voos programados pela Azul, três (4,1%) demoraram a decolar. Em seguida, vieram a TAM (1,8%); a Gol (1,4%) e a Webjet (1,1%). Dos 58 voos previstos pela OceanAir, 22 (37,9%) foram cancelados e os 36 restantes saíram no horário.

Fonte: Agência Brasil via Zero Hora

Vídeo de aeromoça mostra como ficou interior de avião após forte turbulência

Um incidente ocorrido em 15 de junho de 2009 num voo da Kuwait Airways tornou-se conhecido após um vídeo gravado por uma comissária de bordo ser a postado neste mês de fevereiro no YouTube.

O voo KU-382 entre Delhi, na Índia e a cidade do Kuwait, no Kuwait, encontrou pela frente uma súbita turbulência que fez todos os objetos soltos "voarem" pela cabine.

Uma série de pequenas lesões, como hematomas e arranhões ocorreram entre passageiros e tripulantes. No vídeo, observa-se que um dos passageiros aparenta ter sofrido queimaduras na região da cabeça.

O avião também sofreu pequenos danos quando os carrinhos impactaram contra as portas. O voo foi mantido para o Kuwait, onde fez uma aterrissagem segura.

A tripulação do Airbus A310-308, prefixo 9K-ALA, relatou que o voo encontrou uma turbulência moderada que ocorreu de forma repentina e inesperada.

O vídeo gravado pela comissária de bordo:



Foto da aeronave envolvida no incidente:

A aeronave envolvida no incidente, fotografada no Aeroporto de Roma, na Itália, em 14 de fevereiro de 2009 - Foto: Helmut Schnichels (Airliners.net)

Fontes: Aviation Herald / BNSA

Queda de pequeno avião nos EUA faz cinco mortos

Cinco mortos é o número total de vítimas do acidente com o avião Cessna T337G Pressurized Super Skymaster, prefixo N12NA, registrado para a empresa Jack Air, que ocorreu nesta segunda-feira (15) em Nova Jersey, nos Estados Unidos.

O avião caiu às 15:45 (hora local) quando se aproximava para aterrissar na pista do Aeroporto Executivo de Monmouth, onde caiu totalmente explodindo em chamas, ficando totalmente carbonizado.

O acidente está sendo investigado pela NTSB (National Transportation Safety Board), que abriu de imediato um processo para descobrir as causas dessa tragédia, no aeroporto executivo do povoado de Monmouth, um terminal aéreo utilizado especialmente por empresários, artistas e desportistas conhecidos.

O avião que se acidentou fotografado em Resnick, Nova York, em setembro de 2003 - Foto: Mariusz Siecinski (Airliners.net)

Entre as vítimas fatais encontram-se um adolescente e uma criança, que seguiam acompanhados por três adultos. As identidades dos mortos ainda não foram reveladas, mas sabe-se que três dos ocupantes não residiam no estado de Nova Jersey.

Os familiares das vítimas estavam no aeroporto no momento da queda do aparelho, mas não se sabe de presenciaram o colapso do avião.

Há duas semanas, neste mesmo estado, uma pequena aeronave aterrissou de emergência numa auto-estrada congestionada.

Assista a reportagem da AP sobre o acidente (em inglês):



Fontes: TVI24 (Portugal) / ASN / AOL News - Fotos do local do acidente: MyFox New York

Portugal: suicida de Tires hesitou duas vezes

Deu dois tiros ao vizinho e telefonou a avisar que não ia conseguir chegar a horas

J. Oliveira, 69 anos, que se suicidou sexta-feira, depois de a avioneta em que seguia se ter despenhado em Tires (Cascais), hesitou duas vezes antes de embarcar. O aluguer do PAC 750 fora combinado com a empresa Get High, de Évora, duas semanas antes, e custaria 3750 euros. O voo estava combinado para a sexta-feira anterior, mas foi adiado devido às más condições climáticas. O ex-militar da Força Aérea apresentou-se como fotógrafo profissional; o percurso acordado seguia por Tires e Ponte de Sôr, regressando a Évora. "Disse que precisava de ir a Tires apanhar três japoneses amigos", conta Mário Pardo, director da empresa.

No dia do acidente, nova hesitação. Devia embarcar no aeródromo de Évora às 15h00, mas "ligou a dizer que estava atrasado; chegou às 16h00", conta o responsável. A essa hora já tinha alvejado o vizinho, em Fortios (Portalegre). Quis embarcar só com o piloto, mas foi impedido "por razões de segurança". Levava uma câmara de filmar profissional "das antigas, com cassetes" e um saco de viola - onde escondia a carabina. Por estar atrasado, o dono da empresa avisou que já não havia tempo para toda a volta. Mas a prioridade para o ex-militar "era chegar a Tires", conta Mário Pardo. Na empresa ninguém desconfiou. "Estranhei pagar tanto para ir a Tires, mas pensei que estivesse com algum cliente e quisesse dar ares de magnata."

J. Oliveira, natural da Beira Interior, é descrito pelos vizinhos como "instável". Depois de se reformar, emigrou para Macau, onde terá conhecido a mulher - de quem, segundo os vizinhos, se estaria a divorciar. De volta a Portugal, comprou casa em Fortios (Portalegre), "mas acabou por vendê-la e comprar um lote" a J. Garcia, militante da CDU e ex-ferreiro.

Por voltas das 14h00, o ex-militar terá disparado duas vezes contra J. Garcia, que sofreu ferimentos no rosto e no braço esquerdo e foi transportado para o Hospital de Portalegre - mais tarde transferido para São José, em Lisboa. Apesar de não comentar o caso, a nora da vítima adiantou ao i que J. Garcia "está a recuperar bem". Na origem do desentendimento estaria a venda do lote onde o ex-militar construiu a moradia onde vive há três anos.

Depois de atingir o vizinho, seguiu para o aeródromo (foto) num Hyundai que se incendiou no estacionamento, pouco depois de a avioneta descolar. Seguia no avião com o piloto sueco, Mikael Andersen, e dois pára-quedistas portugueses, coagidos a saltar pouco antes da queda. "O objectivo era, óbvio: sequestrar a avioneta", conclui Mário Pardo.

Fonte: Rosa Ramos (i-Online - Portugal) - Fotos: Agência Lusa

Voo Rio-Paris: últimas buscas dos restos do AF447

Investigadores franceses preparam as últimas operações para tentar encontrar os restos do Airbus A330 que fazia o voo Air France AF447, acidentado em junho de 2009, quando seguia do Rio de Janeiro para Paris - e em especial suas caixas-pretas, único meio para conhecer as causas do acidente.

O BEA (Serviço de Investigações e Análises francês) dará a conhecer nesta quarta-feira à imprensa "os meios utilizados para localizar e recuperar as caixas-pretas" e os nomes das empresas selecionadas para realizar essa busca, que deve começar no final do mês, segundo um porta-voz.

A única certeza até agora, mais de oito meses depois do acidente - 1º de junho de 2009 -, é que os investigadores optaram por reduzir drasticamente a área de busca, que será, agora, de uma décima parte, em relação aos 17.000 km2 anteriores, ou 1.500 km2, no meio do Oceano Atlântico.

Serão empregadas duas embarcações, dotadas de robôs e sonar, para trabalhar numa área situada a 4.000 metros de profundidade, a noroeste da última posição conhecida do avião, confirmou o diretor do BEA, Jean-Paul Troadec.

O BEA, pressionado pelas famílias das vítimas e após ter sido alvo de fortes críticas da parte de vários sindicatos de pilotos, levou vários meses para preparar esta terceira fase da investigação, depois do fracasso das duas primeiras.

O argumento é o de que mais de 12 especialistas foram consultados em relação a restringir a área de busca, o que constitui a única possibilidade de êxito de uma operação que já custa 10 milhões de euros, pagos por Air France e Airbus.

O problema é que sem as caixas-pretas não se saberá nunca as causas do acidente, declararam dirigentes do BEA, de forma reiterada. "A investigação está estancada por enquanto", admitiu Troadec.

Sua opinião não é compartilhada por muitos: "é como buscar uma agulha no palheiro", opina por exemplo Federico Gauch, direor de operações marítimas da Comex, que fabrica submarinos de observação.

Outro questionamento a estas alturas é sobre o estado das caixas-pretas, se encontradas, devido ao tempo em que passaram debaixo d'água e em tal profundidade.

"Preocupa-me a possibilidade de que possamos explorar as caixas-pretas" nestas circunstâncias, disse à AFP Robert Soulas, da associação de famílias das vítimas Ajuda e Solidaridade AF447, à que o BEA deve apresentar seu plano de investigação na manhã desta quarta-feira.


Fonte: AFP

Após corte de verba, Nasa determina novas metas espaciais

Desde o voo à Lua da Apollo há quatro décadas, forças-tarefa de especialistas e líderes políticos, de tempos em tempos, ponderam sobre o próximo passo do voo espacial tripulado. Eles determinaram novas direções, novos olhares, estabeleceram novas metas.

Parte de sua esperança recaiu sobre máquinas que nunca chegaram à base de lançamento. Outra parte levantou voo, mas nunca realmente vingou. Agora, o governo Obama se inclui na jornada de manter humanos voando pelo espaço. Mas será que suas moderadas propostas, anunciadas na semana passada, encontrarão sucesso onde tantas outras fracassaram? Pode ainda ser cedo para dizer, mas a história nos fornece previsões cinzentas.

Enquanto astronautas davam saltos gigantes em planícies lunares, a Nasa (agência espacial americana) presumia que a Apollo era apenas o início de uma era de vasta exploração espacial. O sucesso trouxe confiança, mobilizando habilidades e infraestrutura para conquistas maiores. A lista de desejos da agência incluía uma base permanente na Lua, uma estação espacial em órbita com capacidade para 12 pessoas e atendida por naves reutilizáveis e, enfim, expedições humanas a Marte, possivelmente até o final dos anos 1980.

Somente o ônibus espacial recebeu a aprovação do governo Nixon, em 1972. Os ônibus continuam voando, mas confinados à órbita baixa e com promessas não cumpridas de confiabilidade e economia. Eles são uma tecnologia que envelhece do início da era espacial.

Em 1986, o programa espacial foi abalado, mas não significativamente reorientado, pelo desastre da Challenger. Naquele ano, a administração Reagan deu seu apoio à estação espacial. Ela já tinha um nome, Freedom, mas ninguém parecia concordar sobre sua utilidade ou mesmo seu desenvolvimento.

Com fraco apoio no Congresso, o projeto patinou até que a gestão Clinton o repensou como um esforço internacional que incluiria a Rússia pós-Guerra Fria. A estação agora tem um propósito, embora mais político do que científico ou tecnológico. Ônibus espaciais e espaçonaves russas regularmente transportam suprimento e tripulação para visitas de longa duração. Mas os humanos continuam empacados na órbita baixa.

Enquanto isso, dois governos tentaram repetir a coragem vagamente reminiscente do desafio proposto pelo presidente John F. Kennedy em 1961, de levar homens à Lua "antes que esta década termine".

Em 1989, o presidente George Bush estabeleceu novas metas para tirar o programa espacial de sua letargia forçada. Uma frota de foguetes de lançamento de carga pesada seria desenvolvida para missões robóticas e humanas além da órbita baixa. Astronautas retornariam à Lua para estabelecer postos permanentes e depois voariam para Marte, talvez até 2019. A resposta, quase imediata, foi a inação.

O presidente George W. Bush fez apelo similar. Após o desastre com o Columbia em 2003, ele introduziu um "novo olhar" para tirar do apuro o programa espacial. Ele incluía sistemas de propulsão pós-ônibus espacial e veículos tripulados. O objetivo era levar astronautas de volta à Lua até 2020. Algum tempo depois, a Marte.

Mas os custos de guerras e cortes de impostos deixaram pouco dinheiro para apoiar o empreendimento. Embora vários bilhões de dólares já tenham sido investidos em equipamento avançado, as metas parecem ilusórias, e o apoio popular, pequeno.

Novamente, a lição da experiência, tantas vezes ignorada, diz que a Apollo não é um modelo realista para esforços futuros na exploração espacial. Chegar à Lua foi, acima de tudo, uma campanha na Guerra Fria. A União Soviética era o adversário temido, ainda mais após a surpresa representada pelo Sputnik e o voo de Yuri Gagarin que fez dele o primeiro homem no espaço, na primavera russa de 1961.

O cientista político John M. Logsdon, da Universidade George Washington, fez um estudo sobre o processo de tomada de decisão até a Apollo. Logsdon concluiu que a Apollo foi "um produto de uma época específica da história" e um programa intensivo singular que respondeu a uma ameaça percebida pelo país. O programa não representou um compromisso forte da sociedade com a exploração do espaço aberto.

Norman R. Augustine, executivo da indústria espacial, reconheceu a situação quando liderou a força-tarefa que contribuiu para as propostas do primeiro presidente Bush. "O grande condutor do programa espacial costumava ser a competição com os soviéticos", disse Augustine na época. "Hoje, não existe mais aquela competição clara, mas os valores fundamentais da exploração que nos impelem. Eles são menos tangíveis, mas não menos importantes."

Se existe algo de claro e encorajador nas propostas do presidente Barack Obama é o reconhecimento da excepcionalidade da Apollo. Augustine também participou do comitê que aconselhou Obama, e seu ponto de vista sobre mudar a matriz política aparentemente amadureceu.

"Temos tentado reviver a Apollo há 40 anos, sem sucesso", disse o vice-gestor da Nasa, Lori B. Garver, em entrevista com editores e repórteres do New York Times. "Por tempo demais a Nasa prometeu muito e entregou pouco, e agora vamos fazer as coisas diferente."

Veremos. Os comitês do Congresso não começaram a examinar as propostas e os modestos aumentos de orçamento para a Nasa. O plano do governo talvez seja "corajoso e transformador", nas palavras de Garver, mas vários aspectos provavelmente gerarão controvérsias ou pelo menos exigirão um estudo mais profundo.

Em contraste com o passado, o novo plano não estabelece em definitivo calendários, estimativas de custo ou destinos. Também não existe uma retórica extravagante sobre conhecimento e aventura. A eloquência de Kennedy sobre navegar "nesse novo oceano" foi efetiva primeiramente porque a nação sentia a necessidade de demonstrar sua superioridade tecnológica na guerra e na paz.

Não ter metas e alvos específicos traz o risco de fazer o programa perder o rumo. Como primeiro passo, o governo propôs abandonar o atual plano de retornar à Lua até 2020. O desenvolvimento do foguete e da cápsula de tripulação para esses voos seria interrompido, embora parte da pesquisa possa seja usada em veículos futuros.

Funcionários da Nasa afirmam que as projeções mostram que, dependendo do financiamento e do progresso no desenvolvimento de novas tecnologias, a próxima aventura com astronautas pode acontecer em cinco ou seis anos. O primeiro objetivo nesse "caminho flexível" é apenas recuperar a capacidade de voar além da órbita baixa, perdida anos atrás com a desativação do foguete lunar Saturn 5. No final, quando os meios estiverem disponíveis e o espírito nacional estiver em consonância, Lua, asteroides e Marte serão os destinos mais prováveis.

Alguns elementos do novo plano podem ser populares. Um compromisso de tornar outros países parceiros deve distribuir custos. Essa prática tem sido encorajadora na Estação Espacial Internacional.

A proposta de terceirizar o desenvolvimento e a propriedade de novos equipamentos de voo deve ganhar o apoio de conservadores. Isso também levanta perguntas. A Nasa vai ser capaz de manter o controle de qualidade e segurança dos novos veículos que, na prática, vai alugar para suas missões com astronautas? Será que o governo está transferindo para mãos privadas uma influência indevida sobre a busca de metas nacionais no espaço?

O programa espacial conseguiu alguns grandes sucessos desde a chegada à Lua. Não devem jamais ser esquecidas as explorações robóticas da família de planetas do Sol e as imagens cósmicas capturadas por instrumentos de visão longínqua como o Telescópio Espacial Hubble.

Embora os substitutos robóticos possam ir mais longe e fazer descobertas a um menor custo, o plano espacial de Obama ao menos nos lembra, se nada mais, de que o fogo arrefecido ainda arde e pode até mesmo iluminar o caminho para terras distantes. Os humanos provavelmente não descansarão até voltarem a viajar eles mesmos em suas tecnologias.

Fonte: John Noble Wilford (The New York Times) - Tradução: Amy Traduções - via Terra - Imagem: NASA

Saiba mais: o robô-helicóptero inglês

Apelidado de 'panela voadora', o robô-helicóptero parece ser uma improvável arma na guerra contra o crime. Mas, provando sua eficiência, ele cumpriu sua tarefa com êxito, ao auxiliar na prisão de um ladrão de carros na Inglaterra.

O helicóptero em miniatura ou drone - operado por controle remoto - foi implantado pela polícia de Merseyside, um condado, localizado no noroeste da Inglaterra.

Usando o dispositivo na câmara integrada e tecnologia de imagem térmica, o operador foi capaz de pegar o suspeito através do calor de seu calor. Em seguida, patrulhas a pé - seguindo as orientações de posicionamento do suspeito pelo drone - foram direto para sua localização. Os policiais encontram um jovem de 16 anos de idade, que estava escondido no mato ao lado do canal de Leeds-Liverpool, em Litherland, Merseyside.

O drone, que mede 3 pés de ponta a ponta, utiliza quatro pás de fibra de carbono no rotor, usadas em veículos aéreos não tripulados (UAV), tecnologia originalmente projetada para reconhecimento aéreo militar.

A bateria do dispositivo pode alimentar uma gama de câmeras conectada ao corpo do aparelho, incluindo as CCTV de vigilância ou câmeras de imagem térmica.

Ele foi projetado para pairar quase silenciosamente acima das cenas de crime e enviar imagens ao vivo para os agentes em solo, mas a unidade pode também "empoleirar-se e espiar" de uma plataforma sólida, permitindo que o operador capture horas de filmagens a partir de um ponto de vista oculto.

A polícia de Merseyside é uma das poucas forças que possui o dispositivo que custa £ 40.000 cada, o que é mais barato, para uso em operações de pequena escala, do que um helicóptero convencional.

A polícia tem usado os drones há dois anos, principalmente para ajudar em operações de busca e salvamento e, as vezes, em operações para execução de mandados apreensão de drogas e repressão ao comportamento anti-social.

Em agosto, a polícia de Derbyshire, usado uma aeronave semelhante, sofreu protestos do pessoal do Festival British National Party's Red, White and Blue, em Condor, Derbyshire.

Estuda-se, agora, uma forma de o aparelho poder ser usado para dar auxílio além da polícia, para ambulâncias e bombeiros.

Os drones espiões são considerados o futuro do policiamento, embora os críticos têm expressado preocupações de que eles poderia ser uma extensão preocupante do "Big Brother" na Grã-Bretanha.

No último mês, o fabricante de armamento BAE Systems anunciou que estava se adaptando ao estilo militar UAV para um consórcio de agências do governo liderado pela polícia de Kent.

Documentos mostram que a força policial espera começar a utilizar os aviões espiões nas Olimpíadas de 2012.

A BAE Systems informou que os drones poderiam eventualmente serem usado para espionar a população civil, para vigiar motoristas suspeitos de condução anti-social, para a vigilância urbana secreta e para acompanhar "a gestão dos resíduos" pelos conselhos locais.

Fonte: Daily Mail (editado)

Prisão de ladrão por robô-helicóptero pode levar polícia inglesa para o tribunal

Força policial não tinha autorização para usar dispositivo em áreas povoadas

Robô leva câmeras de imagens em infravermelho para encontrar pessoas pelo calor do corpo

A prisão pela polícia da cidade inglesa de Merseyside foi saudada, em declaração à imprensa, na semana passada, como um caso de sucesso na história da polícia.

Mas, ao usar seu recém-comprado veículo aéreo não tripulado (UAV, na sigla em in inglês), a força policial pode ter infringido a lei porque não tinha permissão da autoridade de aviação civil inglesa (CAA, na sigla inglesa) para que o robô pudesse voar.

A informação foi revelada nesta terça-feira (16) pelo jornal inglês Daily Mail.

A polícia de Merseyside, uma das três forças inglesas que usam esses robôs-helicópteros, foi forçada a aterrissá-los e está sendo investigada por um departamento da CAA.

Policiais usaram o robô (também conhecido como drone), equipado com câmeras de infravermelho que detectam o calor humano, para perseguir dois suspeitos, que tinham roubado um carro na cidade inglesa de Bootle, no dia 26 de janeiro.

Um deles, de 20 anos, foi preso em flagrante. Um menor de 16 anos que fugiu e se escondeu no meio de várias moitas a 100m dali foi rastreado pelo robô.

O inspetor Nick Gunatilleke, da Força-Tarefa de comportamento antissocial da polícia, que opera o drone, anunciou, em comunicado, a prisão na última quarta-feira (10).

- A polícia está sempre atrás de novas tecnologias para nos ajudar na luta contra o crime, e essa prisão mostra o valor de ter algo como este robô, um poderoso recurso.

Mas a polícia de Merseyside parece ter feito vista grossa para uma nova lei que passou a vigorar no dia 1o de janeiro de 2010, criada por causa da insegurança causada pelo voo desses robôs em áreas residenciais.

Um porta-voz declarou que a polícia já se candidatou a uma licença.

- Como a força policial ficou sabendo da mudança na lei, todos os voos do robô foram suspensos até que a licença seja concedida.

Fonte: R7 - Foto: Reprodução

Líder do Hamas teria sido morto por esquadrão europeu

Mahmoud al-Mabhouh foi encontrado em seu quarto de hotel em Dubai; polícia não descarta ação do Mossad

O chefe de polícia de Dubai disse nesta segunda-feira, 15, que um esquadrão de 11 integrantes, com passaportes europeus e disfarçados com perucas, barbas falsas e roupas de jogador de tênis estão por trás do misterioso assassinato de um comandante do Hamas em seu quarto de hotel, no mês passado, no emirado. As autoridades também divulgaram fotografias dos 11 suspeitos.

O general Dhahi Khalfan Tamim não implicou diretamente Israel na ação, como o grupo militante islâmico havia feito. No entanto, os detalhes divulgados nesta segunda são as mais abrangentes acusações das autoridades de Dubai desde que o corpo de Mahmoud al-Mabhouh foi encontrado no dia 20 de janeiro em seu quarto de hotel, nas proximidades do aeroporto internacional de Dubai.

A polícia de Dubai irá emitir mandados de prisão para os 11 europeus identificados como suspeitos pelo assassinato. Entre eles há cidadãos de Grã-Bretanha, Irlanda, Alemanha e França.

Segundo o policial, um importante suspeito, portador de passaporte francês, deixou Dubai com destino a Munique, via Qatar. Ele não descarta o envolvimento do Mossad (serviço de inteligência de Israel). "Quando prendermos esses suspeitos saberemos quem foi o mentor."

Tamim contou detalhes da operação altamente organizada nas horas anteriores ao assassinato, claramente realizada com o conhecimento dos movimentos da vítima. Segundo ele, os assassinos passaram menos de um dia no país. Testes indicaram que al-Mabhouh morreu por sufocamento, mas exames laboratoriais ainda estão sendo realizados para detalhar outros fatores para sua morte.

Metodologia

Durante a coletiva de imprensa realizada nesta segunda, Tamim mostrou vídeos de segurança do grupo de assassinos chegando em voos separados a Dubai no dia anterior ao que al-Mabhouh foi encontrado morto. Os integrantes do suposto esquadrão hospedaram-se em hotéis diferentes. Nas imagens de segurança, a única mulher do grupo de suspeitos parece estar usando uma peruca e, algumas vezes, um grande chapéu e óculos de sol, para se misturar aos turistas. Os demais também tentam parecer turistas, usando roupas de tenistas e carregando raquetes.

Os suspeitos são vistos entrando e saindo do hotel, juntos ou em pares, no lobby do hotel e entrando e saindo do elevador no andar em que al-Mabhouh estava hospedado. Eles aparecem individualmente, algumas vezes em pares ou em grupos de três ou quatro.

De acordo com Tamim, eles pagaram todas as contas em dinheiro e usaram diferentes cartões de telefone celular para não deixar pistas. O assassinato levou apenas dez minutos. Em alguns momentos da ação, vários integrantes do esquadrão seguiram o homem do Hamas - até mesmo correndo para pegar o mesmo elevador que ele para determinar o número de seu quarto - e se hospedaram em um quarto próximo. Quatro assassinos do grupo mais tarde entraram em seu quarto no hotel Al-Bustan Rotana enquanto ele estava fora, usando um aparelho eletrônico para abrir a porta. Eles esperaram até que al-Mabhouh voltasse.

O grupo também foi cuidadoso em não tirar nada do lugar no quarto e, de alguma forma, trancar a porta do lado de dentro para que a vítima não percebesse que havia pessoas estranhas no interior. Após a ação, o grupo foi para o aeroporto. Alguns pegaram aviões para a Europa e outros para a Ásia.

"O Hamas não nos disse quem ele era. Ele andava sozinho", disse Tamim, explicando que as autoridades não sabiam que al-Mabhouh era uma figura tão importante. "Se ele era um líder tão importante, por que não havia pessoas o escoltando?", questionou. O assassinato ocorreu cerca de cinco horas depois de al-Mabhouh ter chegado ao hotel. Todos os 11 suspeitos deixaram os Emirados Árabes Unidos 19 horas após terem chegado.

Prisão

O policial afirmou que os mandados de prisão serão expedidos em breve.

Tamim afirmou ainda que dois palestinos suspeitos de apoio logístico à morte de Mabhouh foram presos. A TV Al Arabiya disse que a dupla foi entregue pela Jordânia.

Em nota, o chefe de polícia disse que os Emirados Árabes Unidos, onde há pouca criminalidade, "não permitirão que seu território seja usado como arena para acerto de contas, qualquer que seja sua natureza ou a causa, ou qualquer que seja a filiação dos envolvidos." "Os Emirados são um país de justiça e estado de direito," acrescentou.

Foto do esquadrão divulgada pela polícia de Dubai

Fonte: Agência Estado via Estadão (com informações da Associated Press e Reuters) - Foto: AP/Assessoria de Imprensa de Dubai

Recuperada peça de caixa-preta de avião que caiu no Líbano

A última peça das caixas-pretas do avião etíope que caiu no litoral do Líbano em 25 de janeiro foi recuperada hoje pelas equipes de busca, disseram fontes militares à Agência Efe.

Na parte achada, estão registradas as conversas mantidas pelos pilotos do avião, que ajudarão a esclarecer as causas do acidente que matou as 90 pessoas que estavam a bordo de um Boeing da Ethiopian Airlines.

A peça foi achada nas águas da localidade de Naame, onde foram encontradas a maior parte do avião e o restante das peças das duas caixas-pretas da aeronave, enviadas à França para análise.

Segundo a imprensa libanesa, até agora 60 corpos foram recolhidos e identificados.

O avião caiu poucos minutos após decolar do Aeroporto Internacional Rafik Hariri, em Beirute.

As primeiras hipóteses são de que o mau tempo causou o acidente, ocorrido em meio a uma forte tempestade. As autoridades libanesas já descartaram um possível atentado. O jornal "Al Akbar" informou que uma falha em uma das turbinas pode ter causado a tragédia.

Fonte: EFE via G1

Mais:

Segunda caixa-preta de avião que caiu no mar próximo ao Líbano é encontrada

Bebê ganha passagens aéreas até os 21 anos por nascer em avião na Bolívia

Criança que nasceu em pleno voo de uma companhia comercial boliviana ganhou passagens aéreas grátis até completar 21 anos, além de uma bolsa de estudos, de acordo com um funcionário da companhia.

A menina nasceu no domingo à tarde, quando um avião de Transportes Aéreos Militares (TAM), pertencente a Força Aérea Boliviana (FAB), transportava sua mãe de uma cidade do sul do país até La Paz, informou o porta-voz da empresa o Tenente Coronel Jerry Holters.

Holters disse à imprensa que a criança receberá passagens grátis até os 21 anos para viajar por todo país e uma bolsa para estudar na Unidade Educativa da FAB.

A mãe, Lourdes Mamani, deu à luz 15 dias antes do previsto a 24 mil pés de altura e assistida por um médico e uma enfermeira, ambos passageiros que estavam à bordo da aeronave, indicou a companhia. A criança recebeu o nome de Tami Fabiola em homenagem a companhia.

O bebê, segundo filho de Lourdes, foi internado um um hospital próximo ao aeroporto de La Paz. Na segunda-feira, a mulher disse aos médicos locais que havia começado a sentir as dores do parto. De acordo com boletim médico, mãe e filha passam bem.

Fonte: AP via Zero Hora - Foto: Willy Arsimendi (passageiro)

Congonhas cancela 40% dos voos só pela manhã

Principal motivo é a falta de procura por passagens no feriado de Carnaval

A falta de procura por passagens aéreas nesta terça-feira (16), feriado de Carnaval, provocou o cancelamento de cerca de 40% dos voos no aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo. De acordo com a Infraero, estavam previstas 75 decolagens – destas, 31 foram canceladas até as 11h.

Segundo informações da assessoria de imprensa da estatal em Congonhas, a estimativa é que até o final do dia possam ser cancelados até 60% dos voos.

No aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (Grande São Paulo), dos 97 voos programados, dez foram cancelados até as 11h. De acordo com informações do último balanço da Infraero, das 839 decolagens programadas em todos os aeroportos do país, 173 foram canceladas – o que corresponde a 20,6% de suspensão de voos.

A baixa procura por passagens durante o Carnaval provoca o cancelamento dos voos domésticos. Na segunda-feira (15), quase 30% dos voos foram cancelados em todo o Brasil. Dos 2.175 programados, 627 foram cancelados

Fonte: R7