domingo, 25 de novembro de 2007

Congonhas pode passar a fechar mais cedo


O Ministério da Defesa estuda antecipar o fechamento de Congonhas, das 23h para as 22h30. A medida, segundo o ministério, é para "dar mais segurança" ao passageiro. Hoje, o último vôo pode decolar às 22h59. Com a mudança, o limite será 22h30 - não há prazo para a medida entrar em vigor.

A idéia faz parte do pacote que a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) divulgou na quinta-feira. Está prevista ainda a diminuição de slots (permissões para pousos e decolagens) no aeroporto de Congonhas (zona sul de São Paulo).

Das atuais 33 operações por hora, só 30 serão liberadas para a aviação comercial. Outros dois slots continuarão com a aviação geral (táxi aéreo e jatos particulares). É a terceira redução em três meses.

Antes do acidente com o avião da TAM, eram 64 pousos e decolagens/hora. Depois, o governo cortou para 35 operações, com a justificativa de que o aeroporto estava saturado.

Outra decisão foi liberar os slots de oportunidade (quando aeronaves aproveitam "buracos" de horário deixados por outros vôos), proibidos desde o acidente e que voltam a vigorar neste sábado, somente na pista auxiliar e para a aviação geral.

A agência também estuda obrigar as empresas a configurar as aeronaves para pista molhada, mesmo que ela esteja seca. Por conta disso, os aviões poderão ter que chegar em Congonhas com menos peso e menos passageiros.

O ministro Nelson Jobim (Defesa) disse ontem que o governo vai criar um mecanismo para punir com multa as empresas aéreas no caso de atrasos e cancelamentos de vôos. A penalidade é parte de um pacote para o setor que deve ser anunciado na próxima semana.

"Vamos caminhar para formas que estimulem economicamente as companhias a cumprirem os horários e evitar os cancelamentos de vôos", disse o ministro, em visita a São José dos Campos (91 km de SP).

Fonte: Folha Online

Demoiselle comemora 100 anos colorindo céu do Rio

Réplica do segundo avião feito por Santos Dumont será exibida no Campo dos Afonsos.

Festa do centenário terá oficinas para crianças e apresentação da Esquadrilha da Fumaça.

Réplica do Demoiselle vai sobrevoar Campo dos Afonsos

A imaginação e a história da aviação brasileira vão viajar, neste domingo (25), de carona nas asas do Demoiselle, o segundo avião construído por Santos Dumont. Para celebrar o centenário da invenção que revolucionou o mundo dos transportes, o Instituto Arruda Botelho promove uma série de atividades no Museu Aeroespacial do Rio, no Campo dos Afonsos, no subúrbio.

Uma das cinco réplicas da aeronave vai fazer demonstrações aéreas para o público. Além disso, o evento “Demoiselle – centenário do vôo da libélula” vai contar com exibição de pára-quedismo, de ultraleves, de vôos de caças da Força Aérea Brasileira (FAB), demonstrações de resgate com helicóptero e da Esquadrilha da Fumaça.

Também foram programadas atividades recreativas para as crianças, como oficina de pipas e aviões e teatro de fantoches. O evento começa às 10h e termina às 16h. A entrada é franca.

Fonte: G1

FAB comemora 25 anos de mulheres pilotando

Mulheres assumiram o comando de caças e helicópteros na FAB

Onze mulheres formam o time das primeiras combatentes da Força Aérea Brasileira (FAB). As pilotos, formadas pela Academia da Força Aérea (AFA), de Pirassununga, interior paulista, conquistaram o mais importante posto, o de aviador, até então exclusivo dos homens, num feito inédito na história militar brasileira.

No ano em que a Aeronáutica comemora os 25 anos de ingresso das mulheres em suas fileiras, elas venceram a barreira do som e do preconceito, no comando de helicópteros, aeronaves de transporte e até aviões de caça.

A aspirante Fernanda Görtz, 24 anos, se tornou a primeira brasileira a pilotar um caça da Força Aérea Brasileira. Descendente de alemães, Fernanda viveu, até o ensino médio, em Lumiar, distrito de Nova Friburgo, na Região Serrana.

Em 2003, participou da primeira turma de mulheres da AFA. Em março, Fernanda permaneceu 50 minutos nos céus, voando a mais de 550 km/h no comando de um A-29B Super Tucano, aeronave com capacidade para armazenar 1,5 mil kg de bombas e duas metralhadoras P.50.

Muitos duvidam de tal façanha. "Eu evito falar que piloto caça porque ninguém acredita. Ficam espantados e acham que é brincadeira", conta ela, que divide as aeronaves com as aviadoras Carla Borges e Daniele Linz.

Numa turma de 34 estagiários do Curso de Especialização Operacional (CEO), sendo três aviadoras, Fernanda obteve a maior nota entre as mulheres e a segunda pontuação geral nos vôos de instrução e simuladores de vôo realizados no Esquadrão Joker, em Natal, Rio Grande do Norte.

Das 11 jovens que fizeram o curso, cinco são treinadas em Natal, duas na Aviação de Asas Rotativas e três na Aviação de Caça. As demais estão em Fortaleza, nas aviações de Patrulha, Transporte e Reconhecimento.

O primeiro vôo de instrução da estagiária Márcia Regina Laffratta Cardoso, 23 anos, no Esquadrão Gavião, também em Natal, dificilmente será esquecido por causa da data: 8 de março, Dia Internacional da Mulher. A decolagem aconteceu às 10h e o vôo durou uma hora.

Seguindo uma antiga tradição, Márcia foi a primeira a voar por ter obtido a nota máxima, entre os 22 estagiários de ambos os sexos, no curso teórico sobre a aeronave UH-50 Esquilo. Foi a primeira vez na História do Brasil que uma mulher pilotou um helicóptero militar. Feito repetido pela amiga de turma Dayana dos Santos. "Não há distinção entre homem e mulher", assegura Márcia.

Normas só para elas

Primeiras a ingressar na FAB, em 1982, as pioneiras forçaram uma série de adaptações para acomodá-las nos quartéis. "No início não tínhamos alojamento, vestiário próprio nem regras de como nos portar", lembra a tenente-coronel Maria Luiza Pigini, 51 anos, a militar mais antiga na ativa da Força.

Maria Luiza conta que foi preciso elaborar normas só para elas: maquiagem discreta, esmaltes na cor clara, batom vermelho só em eventos à noite, cabelos presos e testa livre. "Tudo em cima do bom senso. Afinal nós somos a imagem da Força Aérea", avalia a militar, que alcançou o mais alto posto permitido a elas.

As 4.453 militares, entre 61.067 homens, exercem funções de apoio nas áreas de Saúde, Informática, Administração e Bibliotecária. "Cumprimos bem nosso papel", diz.

Fonte: O Dia / Foto: Divulgação

TAM não está pagando psicólogos, dizem famílias

Integrantes da Associação dos Familiares e Amigos de Vítimas do Vôo TAM JJ3054 (Afavitam) estiveram reunidos neste sábado, em São Paulo, com representantes da Defensoria Pública, do Procon e da procuradora-geral do Estado do Rio Grande do Sul para discutir pontos do termo de compromisso que, segundo os familiares, não estão sendo cumpridos pela TAM. Um dos problemas seria o pagamento de honorários de psicólogos. A informação é do SPTV.

A assessoria de comunicação da TAM não foi encontrada para comentar as reclamações dos familiares.

No dia 17 de julho, um Airbus A320 que havia decolado de Porto Alegre não conseguiu parar ao pousar na pista do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. A aeronave colidiu com um prédio da TAM Express e pegou fogo, matando 199 pessoas.

Os familiares ficarão reunidos em São Paulo durante todo o final de semana. Para as 18h de domingo, está prevista uma manifestação no Aeroporto de Congonhas. Hoje, os familiares e amigos realizariam uma cerimônia ecumênica em homenagem às vitimas.

Também faz parte da programação a explanação do pré-projeto de construção de um memorial às vítimas da tragédia no terreno onde antes ficava o prédio da TAM Express, doado pela companhia à Prefeitura de São Paulo para este fim.

Fonte: Terra