Companhia estuda se projeta um novo avião ou se oferece um motor eficiente para a atual aeronave E-195
Estimulada por seus competidores, a Embraer decidirá até o final do ano como proceder com o futuro do seu bem sucedido programa de jatos comerciais, afirmou o porta-voz da empresa, Carlos Eduardo Camargo, segundo o Wall Street Journal.
A fabricante de aviões brasileira está estudando a possibilidade de projetar um avião com uma forma inteiramente nova de corredor único, um avião com dois motores ou se oferecerá aos clientes um motor eficiente no consumo de combustível para sua atual aeronave E-195, disse Camargo.
A terceira opção que também poderá ser considerada é fazer apenas pequenas modificações no E-195, que acomoda cerca de 120 passageiros e tem sido uma escolha popular entre as companhias aéreas com rotas curtas, muitas vezes para cidades menores.
Ao contemplar o futuro de um dos seus jatos comerciais mais vendidos, a Embraer une-se às gigantes da indústria Boeing e Airbus, que também deverão decidir até o final deste ano como proceder com suas linhas mais vendidas de jatos com um único corredor, como o 737 e o A320.
De acordo com fontes familiarizadas com os planos das companhias, a Airbus, unidade da European Aeronautic Defence & Space Co., deverá oferecer um novo motor eficiente no consumo de combustível para sua família de jatos A320, enquanto a Boeing parece estar se preparando para projetar um novo avião com fuselagem estreita que entrará em serviço por volta de 2020.
Bombardier
Todas as três empresas estão considerando movimentos em resposta ao lançamento do jato Cseries, da Bombardier, uma aeronave de corredor único recém-projetada.
A Bombardier tem sido tradicionalmente a maior rival da Embraer. Durante a última década, as duas companhias disputaram clientes no mercado de jatos regionais, principalmente na América do Norte. Seus aviões pequenos de dois motores são usados sobretudo por companhias aéreas regionais, num segmento que a Boeing e Airbus planejam investir.
Mas nos últimos anos, as vendas de jatos regionais têm diminuído. Diante disso, a Bombardier decidiu desafiar a Boeing e a Airbus com a fabricação de uma nova aeronave que terá lugar para 150 passageiros. Mas o porta-voz da Embraer disse que a companhia não quer participar dessa disputa.
"Nós queremos ser complementares às frotas da Airbus e da Boeing" e não competir com as duas gigantes da indústria aérea, ressaltou Camargo.
A aeronave E-195, ainda bem comercializada, poderá ser modificada com uma nova asa e outras melhorias relativamente menores que não implicam em custos associados com qualquer concepção de um novo jato ou a renovação de um avião para abrigar novos motores.
"Trabalhando na aerodinâmica, nós achamos que podemos melhorar a eficiência dos aviões existentes", afirmou o porta-voz.
Companhias aéreas, como JetBlue Airways, US Airways e Republic Airways Holdings, voam com a série E-Jet da Embraer e seus representantes dizem que a cabine e os sistemas das aeronaves tornam mais fácil para os pilotos trabalharem com diferentes modelos de aviões da família.
Motores
Sobre à adição de um motor, Camargo diz que a Embraer está em negociação normal com todos os principais fabricantes de motores de jatos, mas se recusa a usar o que provavelmente será o mais novo motor eficiente no consumo de combustível a chegar no mercado. Esse mecanismo, conhecido como o "Geared Turbofan" e fabricado pela Pratt & Whitney, divisão da United Technology Corp, foi selecionado pela Bombardier para suas aeronaves Cseries. A Pratt também está fazendo lobby para que a Boeing e a Airbus escolham o motor, se decidirem adicionar uma nova opção aos seus modelos 737 e A320 existentes.
Mas Camargo afirmou que o design do E-195 e suas aeronaves irmãs impedem a empresa de escolher o novo motor da Pratt sem ter de fazer grandes modificações nos aviões, incluindo o aumento do suporte do trem de pouso e o projeto uma nova asa.
A porta-voz da Pratt confirmou na quarta-feira que a maior parte das versões do Geared Turbofan não é imediatamente compatível com os jatos da Embraer, mas outras versões trabalharão dentro do atual design. As informações são da Dow Jones.
Fonte: Clarissa Mangueira (Agência Estado)
Estimulada por seus competidores, a Embraer decidirá até o final do ano como proceder com o futuro do seu bem sucedido programa de jatos comerciais, afirmou o porta-voz da empresa, Carlos Eduardo Camargo, segundo o Wall Street Journal.
A fabricante de aviões brasileira está estudando a possibilidade de projetar um avião com uma forma inteiramente nova de corredor único, um avião com dois motores ou se oferecerá aos clientes um motor eficiente no consumo de combustível para sua atual aeronave E-195, disse Camargo.
A terceira opção que também poderá ser considerada é fazer apenas pequenas modificações no E-195, que acomoda cerca de 120 passageiros e tem sido uma escolha popular entre as companhias aéreas com rotas curtas, muitas vezes para cidades menores.
Ao contemplar o futuro de um dos seus jatos comerciais mais vendidos, a Embraer une-se às gigantes da indústria Boeing e Airbus, que também deverão decidir até o final deste ano como proceder com suas linhas mais vendidas de jatos com um único corredor, como o 737 e o A320.
De acordo com fontes familiarizadas com os planos das companhias, a Airbus, unidade da European Aeronautic Defence & Space Co., deverá oferecer um novo motor eficiente no consumo de combustível para sua família de jatos A320, enquanto a Boeing parece estar se preparando para projetar um novo avião com fuselagem estreita que entrará em serviço por volta de 2020.
Bombardier
Todas as três empresas estão considerando movimentos em resposta ao lançamento do jato Cseries, da Bombardier, uma aeronave de corredor único recém-projetada.
A Bombardier tem sido tradicionalmente a maior rival da Embraer. Durante a última década, as duas companhias disputaram clientes no mercado de jatos regionais, principalmente na América do Norte. Seus aviões pequenos de dois motores são usados sobretudo por companhias aéreas regionais, num segmento que a Boeing e Airbus planejam investir.
Mas nos últimos anos, as vendas de jatos regionais têm diminuído. Diante disso, a Bombardier decidiu desafiar a Boeing e a Airbus com a fabricação de uma nova aeronave que terá lugar para 150 passageiros. Mas o porta-voz da Embraer disse que a companhia não quer participar dessa disputa.
"Nós queremos ser complementares às frotas da Airbus e da Boeing" e não competir com as duas gigantes da indústria aérea, ressaltou Camargo.
A aeronave E-195, ainda bem comercializada, poderá ser modificada com uma nova asa e outras melhorias relativamente menores que não implicam em custos associados com qualquer concepção de um novo jato ou a renovação de um avião para abrigar novos motores.
"Trabalhando na aerodinâmica, nós achamos que podemos melhorar a eficiência dos aviões existentes", afirmou o porta-voz.
Companhias aéreas, como JetBlue Airways, US Airways e Republic Airways Holdings, voam com a série E-Jet da Embraer e seus representantes dizem que a cabine e os sistemas das aeronaves tornam mais fácil para os pilotos trabalharem com diferentes modelos de aviões da família.
Motores
Sobre à adição de um motor, Camargo diz que a Embraer está em negociação normal com todos os principais fabricantes de motores de jatos, mas se recusa a usar o que provavelmente será o mais novo motor eficiente no consumo de combustível a chegar no mercado. Esse mecanismo, conhecido como o "Geared Turbofan" e fabricado pela Pratt & Whitney, divisão da United Technology Corp, foi selecionado pela Bombardier para suas aeronaves Cseries. A Pratt também está fazendo lobby para que a Boeing e a Airbus escolham o motor, se decidirem adicionar uma nova opção aos seus modelos 737 e A320 existentes.
Mas Camargo afirmou que o design do E-195 e suas aeronaves irmãs impedem a empresa de escolher o novo motor da Pratt sem ter de fazer grandes modificações nos aviões, incluindo o aumento do suporte do trem de pouso e o projeto uma nova asa.
A porta-voz da Pratt confirmou na quarta-feira que a maior parte das versões do Geared Turbofan não é imediatamente compatível com os jatos da Embraer, mas outras versões trabalharão dentro do atual design. As informações são da Dow Jones.
Fonte: Clarissa Mangueira (Agência Estado)