
O Airbus A319-115X CJ, prefixo 3085, da Força Aérea da República Checa, sobrevoando o país, em foto tirada a partir de outra aeronave, um Antonov An-26, em 11 de junho de 2010.
Foto: Tomas Sousek (Airliners.net)
As principais notícias sobre aviação e espaço você acompanha aqui. Acidentes, incidentes, negócios, tecnologia, novidades, curiosidades, fotos, vídeos e assuntos relacionados. Visite o site Desastres Aéreos, o maior banco de dados de acidentes e incidentes aéreos do Brasil.
O avião bimotor Piper Seneca II, prefixo PT-EZC (foto acima) com capacidade para seis pessoas, desapareceu no final de semana após decolar de Rondonópolis com destino a Pontes e Lacerda.
Há suspeitas de que o roubo da aeronave esteja relacionado ao tráfico de drogas. Serão ouvidos o piloto e funcionários da empresa de táxi aéreo. As investigações deverão ser concluídas no prazo de 30 dias.
O Seneca é um avião com capacidade de transportar uma grande quantidade de peso e de pousar e decolar em pistas pequenas. Daí o entendimento preliminar de que tenha sido sequestrado para ser usado no tráfico de drogas pelas características do avião e pela região onde aconteceu o roubo.
O município de Pontes e Lacerda é considerado um dos corredores para o tráfico de drogas vindos do mercado internacional e é marcado pelo alto índice de pistolagem. Em maio, traficantes tentaram sequestrar um avião na cidade, porém, não houve êxito.
O avião sequestrado havia sido fretado para uma viagem até Cuiabá e, posteriormente, Cáceres, na fronteira com a Bolívia, município que também serve de porta de entrada para drogas, em especial, cocaína.
De acordo com a Secretaria de Justiça e Segurança Pública, só no ano passado aconteceram três roubos de aviões em Mato Grosso.
O piloto Cleymer de Sousa Portela, 63, foi localizado com vida na cidade boliviana de San José de Chiquitos. Ele afirmou aos proprietários da empresa que foi sequestrado e obrigado a levar a aeronave até a Bolívia. O último contato do piloto havia sido feito às 14h44 de sexta-feira (horário de Brasília). Na manhã desta segunda-feira, o piloto telefonou aos patrões para avisar que estava bem.
Fonte: Blog Notícias sobre Aviação (com informações do Midia News) - Foto: Reprodução/Site Abelha Táxi Aéreo
O avião, da companhia aérea Nasair, saiu na sexta-feira (9) do Aeroporto Internacional Rafik Hariri, em Beirute, às 23h30 locais (17h30 em Brasília), e aterrissou em Riad à 1h (19h de Brasília).
Quando as autoridades sauditas encontraram o cadáver, informaram o fato ao Líbano e começaram a investigar o incidente.
De acordo com a polícia libanesa Haidar morava no subúrbio de Bourj al Barajneh, próximo ao aeroporto de Beirute, e provavelmente entrou de forma clandestina no terminal, pulando a cerca de arame farpado.
Passageiros já a bordo da aeronave teriam visto um homem com uma mochila correndo em direção ao avião, disse a polícia do Líbano.
Segundo a imprensa libanesa o homem teria caído no chão e voltou a se levantar, e embora os passageiros tenham advertido uma das aeromoças, o avião decolou em seguida.
Fonte: AP via Folha.com - Foto: Reprodução
O piloto da aeronave, de jaqueta verde, conversa com policiais no local do acidente
A aeronave, o Cessna 182, prefixo ZP-THI, segundo o piloto, havia ficado sem combustível, o que o forçou a realizar um pouso de emergência. Na aterrissagem, às 17:30 (hora local) o avião pilonou ('capotou') sofrendo vários danos em sua estrutura.
Marcos Antonio Vázquez, 50 anos, paraguaio, engenheiro, era o piloto, que tinha como acompanhante e copiloto, Manoel Ferreira Teles, 51 anos, brasileiro, ambos domiciliados em Hernandarias, um distrito do Paraguai localizado no departamento do Alto Paraná.
O piloto e seu acompanhante saíram do acidente com contusões, fraturas e cortes, mas todos sem gravidade. Esses ferimentos deixaram marcas de sangue na fuselagem.
Vázquez afirmou que havia carregado combustível suficiente para mais uma hora de voo além do local de destino, Ciudad del Este. O piloto presume que algum vazamento no tanque foi o motivo de ter ficado sem combustível.
O avião caiu em uma estância localizada no bairro Toro Blanco, em Caaguazú, a mil metros da Rota VII e a sete quilômetros a leste do centro urbano da cidade de Caaguazú.
O supervisor de buscas do Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, Juan Ocampos, informou que a aeronave saiu de Assunção com destino a Ciudad del Este às 16:05 (hora local). Outras fontes informam que o avião havia partido da região do Chaco.
Fontes: cronica.com.py / abc.com.py via Blog Notícias sobre Aviação - Fotos: Javier Nuñez / abc.com.py
Pela terceira vez a Holanda chegou a uma final de Copa do Mundo e foi derrotada. Em 1974, perdeu para a Alemanha Ocidental, e quatro anos mais tarde, caiu diante da Argentina.
Fonte: Folha.com (com Agências) - Fotos: Bela Szandelszky(AP) / militaryphotos.net / Robin van Lonkhuijsen (Reuters)
O ultraleve de Hebert Vianna era o modelo Fascination, prefixo U-5210 (foto acima), de dois lugares, fabricado na Alemanha e capaz de atingir 280 km/h. O cantor tinha mais dois ultraleves de outros modelos.
Foto: Antônio Gaudério/Folha Imagem
Leia também: Laudo aponta falha mecânica em acidente de Herbert Vianna (10.10.2007)
A comerciante Raimunda da Silva (foto), moradora do bairro Taquari, em Rio Branco, no Acre, disse a equipe de reportagem do Portal “www.oriobranco.net”, que na tarde deste domingo (11), um avião comercial sobrevoou a região do segundo distrito a uma altura incomum da normal.
Segundo a moradora, o avião passou a poucos metros de altura sobre os postes de energia elétrica, além das árvores. Raimunda esclareceu que após o fechamento do aeroporto da capital, que funcionava no segundo distrito, o fluxo de aviões que passavam pela região acabou, no entanto, foi surpreendida com esse avião que assustou os moradores da região.
“Fiquei apavorada com o barulho do avião, que passou a poucos metros de altura das casas, até pensei que iria cair”, relatou Raimunda da Silva.
A superintendência da Infraero no Acre, informou que o fato ocorrido com uma aeronave na região, no período da tarde deste domingo (11), em Rio Branco, está sendo investigado pelo Comando da Aeronáutica. De acordo com o superintendente da Infraero, Daniel Sobrinho, o órgão irá se posicionar sobre o fato após receber o laudo do comando da aeronáutica, apresentado a causa do incidente envolvendo a aeronave.
Fonte: oriobranco.net
BONS TEMPOS
No passado, as empresas aéreas ofereciam refeições completas
Deveria ter sido um retorno tranquilo. O brasileiro Tales Elias, 12 anos, estava feliz. Acabara de passar uma semana nos parques temáticos Disney World, em Orlando, nos Estados Unidos. Tinha uma porção de histórias divertidas para contar. Mas os dias de fantasia logo ficaram para trás. Tales levou um choque de realidade ao botar os pés no avião, numa quarta-feira de fevereiro. “Mãe, quero água.” Ao ouvir o pedido do filho, a executiva Jô Elias, 42 anos, notou que o pai de uma garotinha que também tinha sede já havia chamado a aeromoça. Constrangida, a funcionária afirmou que o tempo de viagem até Miami seria curto e que, por isso, não haveria serviço de bordo. “É só um copo d’água. Isso é um absurdo”, reagiu Jô. “Também acho. Mas, infelizmente, a situação é essa”, respondeu a aeromoça da American Airlines. No meio do burburinho, alguém cedeu uma garrafa para a garotinha. Tales continuou sedento até que um escocês foi ao fundo da aeronave argumentar com a tripulação. Assim que ele voltou, a aeromoça surgiu com um copinho plástico d’água na mão. Jô fez dez viagens nacionais e internacionais apenas no ano passado. Apesar de estar habituada ao atendimento cada vez mais mófotodico das companhias aéreas, se surpreendeu com a saia-justa. Em nota enviada à ISTOÉ, a American Airlines afirma que o tempo dos voos de curta duração – como o de Orlando a Miami (35 minutos) – “torna impossível que os comissários ofereçam o serviço (de bordo) com segurança” na classe econômica.
E que está “investigando” o ocorrido com a família Elias. “Muitas companhias não oferecem serviço de bordo. Mas, normalmente, os passageiros são avisados e os que quiserem bebidas podem retirá-las nos galleys (espécie de despensa do avião)”, diz Graziella Baggio, presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas. Graziella lembra que, “nos tempos áureos da aviação brasileira”, serviam-se suco, refrigerante e até cafezinho nos voos entre Brasília e Goiânia – num trecho de 15 minutos. Nas décadas de 80 e 90, a Transbrasil servia feijoada em certos voos no horário do almoço. Sob o pretexto de baratear as passagens, muitas companhias cobram pelos lanches consumidos a bordo. Recentemente, a Continental Airlines aderiu à prática. Na semana passada, em entrevista ao jornal “Valor Econômico”, a nova vicepresidente de mercado da Gol, Cláudia Pagnano, disse que o serviço de bordo pago, que já existe em 42 trechos operados pela empresa, será estendido a 500 voos. Além da alimentação, itens que anteriormente eram gratuitos, como travesseiros e cobertores, já são taxados por algumas companhias. Em 2009, a irlandesa Ryanair cogitou cobrar cerca de R$ 3 pelo uso dos banheiros e provocou uma polêmica internacional ao propor um estudo para que os passageiros pudessem viajar de pé. Há ocasiões em que a Ryanair oferece voos de Dublin a Paris por R$ 20. Em compensação, o passageiro é obrigado a pagar uma série de taxas, como para despachar uma única mala ou por levar um bebê no avião – mesmo que seja no colo.
Fonte: Revista IstoÉ
Na época, um relatório emitido pela Agência Nacional de Aviação Civil solicitou diversas adequações para que o aeroporto funcionasse dentro das normas e legislações da aviação civil vigente.
Entre as medidas solicitadas estão: execução do serviço de poda de árvores e arbustos, que atrapalham pousos e decolagens; troca de cercas patrimoniais danificadas; instalação de placas; substituição do indicador visual de direção do vento; correção de desnível na cabeceira da pista e reparos no pavimento asfáltico do aeródromo com instalação de pára-raios e sistema de combate a incêndio.
Todas essas medidas já foram tomadas pela Prefeitura e serão concluídas na nesta semana.
Fonte: regiaonoroeste.com
Bologna: "Esta será uma das maiores empresas dentro do nosso grupo e também dentro do setor"
Em março de 2009, ele voltou como presidente da TAM Jatos Executivos, o braço da companhia que vende aviões particulares, e, desde abril deste ano, por indicação da família Amaro, assumiu a presidência da holding. Hoje, Bologna é o estrategista que fareja novas oportunidades de negócios para o grupo.
E a mais nova aposta do executivo já foi delineada e será colocada em prática até o fim do ano. Trata-se da entrada da TAM no setor de transportes offshore, que leva funcionários de petroleiras do continente para as plataformas. “Estamos de olho nos negócios que serão gerados com o pré-sal”, diz Bologna com exclusividade à DINHEIRO.
Grande filão: só a Petrobras desloca 65 mil funcionários entre o continente e as plataformas de petróleo todos os meses
A TAM não vai entrar sozinha no novo negócio. Bologna negocia a formação de uma joint venture com a americana Petroleum Helicopter Inc. (PHI). Com frota de 260 helicópteros e operação em mais de 40 países, a PHI é, segundo o executivo, “a segunda maior operadora de transporte offshore do mundo” (a primeira é a Bristow Group).
No ano passado, a receita operacional da companhia americana foi de US$ 487,1 milhões e o lucro operacional somou US$ 51,3 milhões – só com o transporte offshore. A nova empresa da TAM, que inicialmente vai operar com três helicópteros, chega para incomodar a concorrência.
“Vamos brigar com a Líder pela dianteira no setor do transporte offshore”, diz em referência à sua principal concorrente, a Líder Aviação. E a briga promete repetir aqui, o que já acontece no cenário externo. A Bristow, principal concorrente da PHI no Exterior, tem 42,5% do capital da Líder – cuja receita, em 2009, atingiu R$ 600 milhões.
“Claro que há espaço para mais competidores e a TAM é muito bem-vinda. Minha única pergunta é: de onde eles vão tirar piloto?”, alfineta o presidente da Líder Aviação, Eduardo Vaz. Segundo ele, o grande problema do segmento de transporte offshore é a falta de infraestrutura aeroportuária – uma vez que os embarques a partir do continente são realizados obrigatoriamente de aeroportos – e carência de mão de obra especializada. A TAM tem duas opções: ou usa sua experiência em treinar equipe própria ou pode contar com a aprovação de um projeto de lei que tramita no Congresso que permitirá “importar” pilotos do Exterior.
O principal cliente neste segmento é a Petrobras que, sozinha, demanda helicópteros para deslocar nada menos que 65 mil passageiros entre o continente e as plataformas de petróleo em alto-mar todos os meses. Esse tipo de transporte gera receita anual de US$ 500 milhões e, nos últimos cinco anos, vem registrando crescimento da ordem de 10% ao ano.
Com a entrada do pré-sal em cena, os players do segmento apostam que ele vai dobrar de tamanho em menos de uma década. A rentabilidade também é de encher os olhos de qualquer executivo do transporte aéreo.
Enquanto nas companhias de aviação comercial a margem de lucro gira ao redor de 5%, no transporte aéreo offshore ela chega a 20%. Mais: especialistas acreditam que esse é o momento certo para entrar no segmento. “A Petrobras é a principal cliente, mas não é a única.
Há novas empresas se formando nesse mercado por conta do pré-sal”, diz Respício Santos, professor de transporte aéreo da Universidade Federal do Rio de Janeiro. “Não posso dizer quanto pretendemos faturar, mas posso garantir que será uma das maiores empresas dentro do nosso grupo e também dentro do setor”, diz Bologna.
O executivo hoje despacha na mesma casa em que foi convidado a ingressar na TAM, quase dez anos atrás. O sobrado no bairro paulistano do Jabaquara, onde eram realizadas as degustações das refeições servidas na primeira classe da TAM, foi transformado num escritório com design moderno. “Dona Noemi vem aqui com frequência”, diz o executivo referindo-se à viúva de Rolim Amaro. É ali o escritório do estrategista da família.
Além do negócio de transporte offshore, Bologna trabalha em outras frentes. Em outubro do ano passado, transformou o programa de fidelização da TAM numa unidade independente de negócio, batizada de Multiplus Fidelidade, que permite usar os pontos do cartão em troca de serviços.
Bologna também quer impulsionar os negócios do centro de manutenção de aeronaves, que fica em São Carlos, no interior de São Paulo. “É um dos centros mais modernos do mundo e o que a gente quer é que seja também uma nova fonte de receita para o grupo”, diz. A ideia é ter um parceiro também nessa área. “Não vamos abrir o capital, mas queremos um sócio.” Alguém se candidata?
Fonte: Eliane Sobral (IstoÉ Dinheiro) - Fotos: Roberto Setton / Stéferson Faria (Ag. Petrobras)
O Aeroclube de Bauru, no interior de São Paulo, por onde passaram nomes como o do astronauta Marcos Pontes e do ex-ministro Ozires Silva, continua ‘emplacando’ profissionais dentro e fora do País. A mais recente colocação de destaque no mercado, no entanto, não foi de um piloto. Desta vez, o êxito partiu de uma comissária de bordo. A bauruense Alessandra Concer (foto), 32 anos, foi oficialmente contratada, no início deste mês, pela Emirates Airline, uma das principais companhias aéreas do mundo.
A partir do dia 23 de agosto, ela passará a viver em Dubai, a cidade mais populosa dos Emirados Árabes, conhecida por seus arranha-céus futuristas e largas avenidas. Por meio de uma golden call, sua admissão foi reiterada na semana passada. Fazia apenas 11 meses que Alessandra havia concluído o curso ministrado na cidade. “Bauru tem um excelente Aeroclube em termos de professores”, comenta a comissária. As aulas, porém, não são exigências para a vaga a que ela concorreu (diferentemente de empresas nacionais como TAM e GOL).
“Mas é uma vantagem. Numa seleção, quanto mais vantagens, melhor. Hoje me sinto mais tranquila para estar lá. Vou fazer um treinamento intensivo de cinco semanas na universidade que eles têm, em Dubai. O treinamento já faz parte do contrato”, comenta. Muito do que será apresentado nos Emirados Árabes provavelmente já terá sido visto e estudado por Alessandra em Bauru, que debruçou-se sobre o conteúdo de disciplinas como procedimentos de emergência, combate à fogo, sobrevivência, segurança de voo e medicina aeroespacial, por exemplo.
Processo
Para conseguir a vaga, ela participou de uma seleção com quatro etapas. A primeira delas foi um dia foi aberto para os interessados em conhecer o programa da companhia. As avaliações, todas em inglês, ficaram para a segunda fase. “Foram provas de todos os tipos. Escrita, oral, psicológica, em grupo, avaliação de inglês. O pessoal do Recursos Humanos de Dubai veio para fazer a seleção. A terceira fase é uma entrevista de uma hora em inglês”, explica.
De acordo com Alessandra, a quarta avaliação foca especificamente a análise de documentos do candidato, que passam por seis departamentos da empresa. Só depois é que vem a golden call. “Eu já sabia que tinha sido aprovada porque constava no portal do candidato. Mas enquanto não ligaram e confirmaram oficialmente fiquei na expectativa. Não dormia, parecia um zumbi”, admite. Atualmente, ela corre contra o tempo para organizar os documentos, inclusive médicos, solicitados pela Emirates.
Somente após o treinamento, Alessandra saberá em qual rota prestará seus serviços. Se for alocada para trabalhar no A380, jumbo de dois andares da companhia, dificilmente virá para o Brasil. A coisa muda se for o Boeing 777. Como aos outros comissários estrangeiros, a companhia oferece acomodação, com suíte privativa. Alimentação, além de uniformes lavados e passados, também estão garantidos. No máximo, a comissária terá despesas com alimentação de sua preferência.
“Não é festa. Quem vai como turista tem outros olhos. Eu estou preparada”, finaliza.
____________________
Curso ensina sobrevivência na selva
O curso de comissário de bordo, oferecido pelo Aeroclube de Bauru há oito anos, contempla uma série de disciplinas que desconstroem uma ideia aparentemente comum aos leigos: a de que tais profissionais são preparados apenas para servir alimentos aos passageiros. Pelo contrário, são instruídos até para combate ao fogo e sobrevivência na selva, por exemplo.
“Aprendemos também sobrevivência no mar ou no gelo, no caso de um pouso forçado. O treinamento prático é bem intenso”, comenta a comissária Alessandra Concer. Quando ela fez o curso, as aulas práticas foram feitas na Serra da Cantareira. “É proibido comer, temos de tirar relógio”, conta. Logo no início da madrugada, ela e os colegas do curso entraram numa piscina gelada para receber informações sobre marinharia.
A disciplina orienta os profissionais sobre como acionar o colete salva-vidas, sobre como apoiar os passageiros que não sabem nadar, a entrar no bote salva-vidas, por exemplo. No treinamento prático, os alunos ainda tiveram de construir barracas com material encontrado no local, do modo como aprenderam na teoria. Alessandra Concer até hoje exibe os calos conquistados durante a experiência. Passou sobre um rio pendurada numa corda.
“A gente não sabe o que tem dentro da água. Cobra, jacaré. Logicamente eu cai no rio. A maioria cai. Também somos instruídos a nos orientar pelo sol, pela lua, a seguir a bússola, a evacuar uma aeronave, a controlar um incêndio. Numa situação de emergência, tem que agir rápido”, ressalta. Nas relações interpessoais, os profissionais são orientados a como lidar com passageiros que abusam da bebida alcoólica ou com o choro contumaz de crianças, por exemplo.
“Mas quando o profissional é contratado por uma empresa aérea deve seguir as regulamentações da própria companhia. Algumas exigem que o comissário seja mais severo”, finaliza.
____________________
Profissão exige aprovação local da Agência Nacional de Aviação Civil
Se para a Emirates Airline o curso de comissário de bordo não é imprescindível, para as companhias nacionais ele é necessário porque viabiliza a obtenção do Certificado de Conhecimentos Teóricos (CCT), emitido pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Para contar com ele, o candidato responde 80 questões alternativas, sendo que deve acertar, no mínimo, 70%.
“Nas companhias nacionais é obrigatório que a pessoa tenha o curso homologado, faça a prova da Anac e obtenha o certificado. Tem também o Certificado de Capacitação Física (CCF)”, comenta Alessandra Concer. Neste caso, o candidato é ‘revirado’ no Hospital de Aeronáutica de São Paulo. “Não pode ter nada. Desvio de septo, nada. E tem que ser renovado a cada ano”, ressalta a comissária. As maiores empresas nacionais também cobram inglês fluente e, oficialmente ou não, comissárias com peso compatível com a altura. Em outras palavras, magras.
“Já as companhias internacionais gostam de pessoas mais maduras, principalmente se já têm uma experiência”, comenta Alessandra.
____________________
Índice de aprovação atinge 75%
Cerca de 75% dos alunos do curso de comissário de bordo do Aeroclube de Bauru são aprovados no exame da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), segundo o coordenador Adilson Pereira da Silva. De acordo com ele, o índice de aproveitamento já foi de 100%. “Fazemos a nossa parte nas aulas e simulados. Só que, como toda escola, se a pessoa não estudar, fica difícil”, comenta. Há 18 anos no aeroclube, ele também coordena o curso de piloto.
“Normalmente, a pessoa começa na carreira como comissário. Depois de um certo tempo, passa para comissário chefe de equipe. Na sequência, passa para voos internacionais. Temos ainda várias mulheres que começaram como comissárias e depois tornam-se pilotas”, comenta Adilson. Ele explica que, inicialmente, a imensa maioria dos alunos do curso de comissário de bordo era mulher. Atualmente, elas representam 60%.
“O curso de comissário é rápido. Com três, quatro meses o profissional está apto a ser contratado. O de piloto demora mais, leva em média quatro anos. Trata-se de um mercado em expansão. O Brasil tem um território muito grande e é carente de transporte aéreo”, explica o coordenador dos cursos. Em média, um comissário que trabalha em rota nacional recebe mensalmente entre R$ 3 mil e R$ 4 mil, somando benefícios como horas extras, diárias e adicional noturno.
A remuneração é maior em rotas internacionais. “Para fazer o curso, não é necessário ter formação. Basta o segundo grau”, informa. Grande parte das interessadas é de enfermeiras, como a primeira comissária de bordo do mundo, Helen Ritchie. Em Bauru, o curso começou a ser ministrado há oito anos. Dez anos antes, Adilson já coordenava o curso de piloto.
“Sou engenheiro e meu sonho desde pequeno era ser piloto. Depois de casado, formado, casa construída, tudo constituído, fui fazer o curso por hobby”, comenta. Quando terminou, foi convidado a dar aulas. Atualmente, trabalha numa empresa onde atua tanto como engenheiro, quanto como piloto. O período noturno é reservado às aulas. Adilson ainda é criador de um dos sites mais acessados da área o www.pilotobrasil.com.br/
____________________
Opção pela carreira foi difícil
Formada em secretariado executivo bilingue pela Universidade do Sagrado Coração (USC), Alessandra Concer interrompeu dez anos de carreira voltada a temas internacionais para tornar-se comissária. Por uma década, foi representante da EF-Cursos no Exterior e da Cultura Care Au Pair.
“Estudei nos Estados Unidos. Fiz muito trabalho com o Rotary, recebi muitos estrangeiros. Em 2000, quando a China se abriu para o mercado internacional, fui idealizadora e co-organizadora do evento “Conheça a China”, juntamente com a professora de chinês Lilly Long e o cônsul da China. Foi uma palestra para mais de 600 pessoas”, recorda a atual comissária.
Por conta da história profissional, quando decidiu fazer o curso de comissária de bordo, tinha consciência da mudança de vida pela qual se submeteria. “Eu já tinha tido oportunidade de fazer e não fui. Depois, tomei coragem. É uma decisão. O primeiro dia do curso é aberto. Tive uma outra visão do que é ser comissária de bordo. Me encantei, fiquei alucinada. Pensei: ‘é isso que eu quero’. Larguei tudo. Não foi do nada porque eu sempre foquei a área internacional”, diz.
Quando terminou o curso e obteve os certificados, Alessandra permaneceu uma temporada em São Paulo, onde percorreu as grandes companhias nacionais. Numa delas, soube do processo seletivo da Emirates. Aprovada, se prepara para dizer adeus à cidade natal. “Minha família sabe da minha luta. De qualquer forma, eu iria morar fora. Tinha uma proposta para fazer um trabalho nos Estados Unidos. Mas preferi a carreira da companhia. A aviação é um caminho que só tende a crescer”, conclui.
Fonte: Luciana La Fortezza (jcnet.com.br) - Foto: João Rosan
Portugal passou a dispor de mais uma Base Aérea Permanente, após a inauguração, na sexta-feira, do Heliporto de Baltar. Esta nova infra-estrutura, construída numa freguesia central do concelho de Paredes, junta-se às bases aéreas de Loulé, Santa Comba Dão e Ponte de Sôr, e abrangerá perto de três milhões de pessoas. Custou mais de um milhão de euros e poderá, a partir de Setembro, acolher cerca de seis helicópteros em movimento. O presidente da Câmara Municipal de Paredes, Celso Ferreira, quer que um deles seja o do INEM.
Número de helicópteros a colocar em Baltar será definido em Setembro
“Estamos a inaugurar uma infra-estrutura muito importante, que representa um investimento de 1 milhão e 130 mil euros. Este heliporto vai servir a Empresa de Meios Aéreos, que foi criada em 2007 e que garante a autonomia da Protecção Civil em missões de segurança”, afirmou o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, em Baltar.
O governante também salientou o facto de o novo heliporto pode vir a servir uma população de perto três milhões de pessoas, através de diversos tipos de missões. “Não servirá apenas para o combate aos fogos florestais. Esta base aérea poderá funcionar ainda como plataforma em missões de segurança, de socorro ou até de controlo de trânsito”, afirmou Rui Pereira.
Para já, a infra-estrutura inaugurada – que para além da pista propriamente dita conta ainda com um hangar – tem apenas um helicóptero médio bombardeiro para combate a fogos florestais.
Em Setembro, revelou o presidente da Empresa de Meios Aéreos, Rogério Pinheiro, serão avaliadas as necessidades da região abrangida e, posteriormente, definido o número e tipo de helicópteros a colocar em Baltar.
Neste momento, a Empresa de Meios Aéreos, propriedade do Governo desde 1998, dispõe de seis helicópteros pesados e três ligeiros, sendo que o que está em Baltar é, tal como outros utilizados no combate a fogos florestais, alugado através de contratos plurianuais.
EC-JFS - Aerospatiale AS-350B3 Ecureuil (cn 3785) - HeliBravo
Celso Ferreira aproveitou a cerimónia de sexta-feira para, desde já, apresentar uma candidatura para receber o helicóptero do INEM, actualmente estacionado no Hospital Pedro Hispano.
Para o autarca, o Heliporto de Baltar tem mais e melhores condições do que o hospital matosinhense.
Fonte: verdadeiroolhar.pt - Fotos: www.spottersblog.com/nortespotters/