Clique sobre o diagrama abaixo e veja a montagem da Estação Espacial Internacional (ISS), peça por peça.
Fonte: USA Today
As principais notícias sobre aviação e espaço você acompanha aqui. Acidentes, incidentes, negócios, tecnologia, novidades, curiosidades, fotos, vídeos e assuntos relacionados. Visite o site Desastres Aéreos, o maior banco de dados de acidentes e incidentes aéreos do Brasil.
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Passageiros de voos internacionais têm as bagagens violadas em Teresina
Após uma temporada de sete dias na Argentina, onde passaram a lua-de-mel, o casal David Vale e Viviane Oliveira teve uma recepção nada agradável no Aeroporto Petrônio Portela, em Teresina. Ao saírem da esteira, as bagagens do empresário e da jornalista estavam com lacres e cadeados arrombados. Três frascos de perfumes importados avaliados em aproximadamente R$ 700,00 foram roubados.
O caso aconteceu na sexta-feira (07). Segundo Viviane Oliveira, as malas foram uma das últimas a chegarem na sala de desembarque. De imediato, ela percebeu que as bagagens haviam sido violadas e tentou formalizar uma denúncia, mas foi desestimulada por um funcionário da empresa TAM. “Ele falou que se eu olhasse para o chão do compartimento de bagagens do avião ia ver vários lacres e cadeados quebrados; que isso acontecia por acidente e não era motivo para denúncia”, relata a jornalista.
Viviane denuncia que o funcionário não teria dado importância ao caso e ainda orientado o casal de forma errada. De acordo com ele, objetos como perfumes devem ser levados na bagagem de mão. Isso contraria as regras da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e da própria TAM, que orientam exatamente o contrário. “(...) não é permitido levar os seguintes objetos como bagagem de mão (...): todos os tipos de bebidas; xampus; cremes; perfumes; (...)”, diz a empresa em seu site oficial.
Porém, a maior constrangimento de Viviane e David aconteceu quando eles chegaram em casa. “Só me dei conta do que havia sido levado em casa, quando fui presentear meu padrasto. Foi só nesse momento que percebi que os perfumes não estavam na mala”, conta.
Outro caso
No final de dezembro, uma internauta denunciou ao Portal AZ que enfrentou problema idêntico no aeroporto de Teresina. Ao chegar da Espanha, a passageira L.M. - que pediu para ter o nome mantido sob sigilo – percebeu que sua mala havia sido arrombada e três perfumes avaliados em 200 euros (moeda da União Europeia) levados do interior de uma frasqueira.
Ao tentar registrar queixa, ela enfrentou as mesmas barreiras do casal Viviane e David. A empresa, nesse caso, era a Gol Linhas Aéreas. “Não registraram queixa, não tiveram boa vontade de resolver meu problema e ainda insinuaram que eu estava mentindo”, relatou L.M., que registrou queixa no Distrito Policial da área e vai mover uma ação na justiça por danos morais contra a empresa.
Em ambos os casos, a única solução que as empresas ofereceram foi a de pesar a bagagem. Porém, como os perfumes são muito leves, a diferença com o peso registrado na etiqueta da companhia seria mínima. “Eu nem perdi tempo com isso. Sabia que não ia resolver”, justifica Viviane Oliveira.
Os dois voos em questão fizeram escala em São Paulo antes de seguirem viagem para Teresina. Há a possibilidade da violação das bagagens ter acontecido nos aeroportos do Sudeste, antes de serem embarcadas no avião, ou em Teresina, no desembarque.
A administração do aeroporto Petrônio Portella e as duas empresas citadas na matéria não quiseram se pronunciar sobre as denúncias.
Fonte: Ellyo Teixeira e Rômulo Maia (portalaz.com.br) - Foto: cidadeverde.com
O caso aconteceu na sexta-feira (07). Segundo Viviane Oliveira, as malas foram uma das últimas a chegarem na sala de desembarque. De imediato, ela percebeu que as bagagens haviam sido violadas e tentou formalizar uma denúncia, mas foi desestimulada por um funcionário da empresa TAM. “Ele falou que se eu olhasse para o chão do compartimento de bagagens do avião ia ver vários lacres e cadeados quebrados; que isso acontecia por acidente e não era motivo para denúncia”, relata a jornalista.
Viviane denuncia que o funcionário não teria dado importância ao caso e ainda orientado o casal de forma errada. De acordo com ele, objetos como perfumes devem ser levados na bagagem de mão. Isso contraria as regras da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e da própria TAM, que orientam exatamente o contrário. “(...) não é permitido levar os seguintes objetos como bagagem de mão (...): todos os tipos de bebidas; xampus; cremes; perfumes; (...)”, diz a empresa em seu site oficial.
Porém, a maior constrangimento de Viviane e David aconteceu quando eles chegaram em casa. “Só me dei conta do que havia sido levado em casa, quando fui presentear meu padrasto. Foi só nesse momento que percebi que os perfumes não estavam na mala”, conta.
Outro caso
No final de dezembro, uma internauta denunciou ao Portal AZ que enfrentou problema idêntico no aeroporto de Teresina. Ao chegar da Espanha, a passageira L.M. - que pediu para ter o nome mantido sob sigilo – percebeu que sua mala havia sido arrombada e três perfumes avaliados em 200 euros (moeda da União Europeia) levados do interior de uma frasqueira.
Ao tentar registrar queixa, ela enfrentou as mesmas barreiras do casal Viviane e David. A empresa, nesse caso, era a Gol Linhas Aéreas. “Não registraram queixa, não tiveram boa vontade de resolver meu problema e ainda insinuaram que eu estava mentindo”, relatou L.M., que registrou queixa no Distrito Policial da área e vai mover uma ação na justiça por danos morais contra a empresa.
Em ambos os casos, a única solução que as empresas ofereceram foi a de pesar a bagagem. Porém, como os perfumes são muito leves, a diferença com o peso registrado na etiqueta da companhia seria mínima. “Eu nem perdi tempo com isso. Sabia que não ia resolver”, justifica Viviane Oliveira.
Os dois voos em questão fizeram escala em São Paulo antes de seguirem viagem para Teresina. Há a possibilidade da violação das bagagens ter acontecido nos aeroportos do Sudeste, antes de serem embarcadas no avião, ou em Teresina, no desembarque.
A administração do aeroporto Petrônio Portella e as duas empresas citadas na matéria não quiseram se pronunciar sobre as denúncias.
Fonte: Ellyo Teixeira e Rômulo Maia (portalaz.com.br) - Foto: cidadeverde.com
Cai avião na Guatemala e morre o piloto
O avião Cirrus SR20 GTS, prefixo N431SR (matrícula norte-americana) caiu ontem (10) no território guatemalteco e morreu o piloto.
O monomotor precipitou-se a terra por causas ainda imprecisas ao tentar seu piloto aterrissar em Santiago Atitlán, departamento de Sololá, a uns 150 quilômetros ao oeste da capital, segundo os primeiros informes.
Thomas Gilbert Rusell, oriundo de Califórnia, faleceu e seu acompanhante Helen Cernick, também norte-americana e ao que parece instrutora de voo, foi conduzida com feridas a um centro assistencial.
Ambos viajaram recentemente desde Califórnia até Cidade de Guatemala e a essa localidade, junto ao afamado lago Atitlán, se dirigiam desde a costa sul deste país, assinalam as informações.
Fontes: Prensa Latina / ASN - Foto: Ángel Julajuj/Prensa Libre
O monomotor precipitou-se a terra por causas ainda imprecisas ao tentar seu piloto aterrissar em Santiago Atitlán, departamento de Sololá, a uns 150 quilômetros ao oeste da capital, segundo os primeiros informes.
Thomas Gilbert Rusell, oriundo de Califórnia, faleceu e seu acompanhante Helen Cernick, também norte-americana e ao que parece instrutora de voo, foi conduzida com feridas a um centro assistencial.
Ambos viajaram recentemente desde Califórnia até Cidade de Guatemala e a essa localidade, junto ao afamado lago Atitlán, se dirigiam desde a costa sul deste país, assinalam as informações.
Fontes: Prensa Latina / ASN - Foto: Ángel Julajuj/Prensa Libre
Juiz desmembra processos de acidente em voo 1907
O juiz federal substituto na Vara Única de Sinop (MT), Murilo Mendes, determinou na segunda-feira o desmembramento do processo sobre o acidente do avião da Gol com o jato Legacy, ocorrido no dia 29 de setembro de 2006 no espaço aéreo de Mato Grosso e que matou 154 pessoas que estavam no voo 1907 da empresa aérea. Com o intuito de acelerar a trâmite processual, os pilotos americanos do jato Legacy e os controladores de voos serão julgados separadamente.
Na decisão, o juiz federal também determinou que os pilotos serão ouvidos por videoconferência nos Estados Unidos. A data dela está prevista para ocorrer no mês de fevereiro.
Murilo Mendes afirma na decisão que os pilotos são acusados de displicência ao não constatar que a autorização de voo estava em descompasso com o plano; desligamento involuntário do transponder (dispositivo de comunição eletrônica); falta de providências para religá-lo; negligência nas providências necessárias para o estabelecimento de contato com a "torre"; o não acionamento de TCAS e a falta de autorização para voar em espaço RVSM (Separação Vertical Reduzida Mínina, em inglês).
Murilo Mendes atendeu a solicitação dos advogados de defesa dos pilotos norte-americanos que pediram para apresentar uma testemunha de defesa para ser ouvida pelo juiz federal em Sinop, mas foi negado o pedido do depoimento dos pilotos por um juiz norte-americano. A defesa tem um prazo de cinco dias para dizer se os pilotos estão dispostos a comparecer em local designado nos EUA, independente de intimação para a realização do interrogatório, como prova de que pretendem colaborar com os trabalhos judiciários.
"É tanto quanto engraçado que a defesa dos pilotos se esforce para que uma testemunha por ela indicada venha a Sinop depor perante o juiz da causa, sob o argumento de que o magistrado que atua no feito estaria mais inteirado da situação processual e poderia, por isso mesmo, melhor fazer a colheita da prova, e não obstante, ao mesmo tempo, defenda que o interrogatório dos réus se dê perante autoridade estrangeira, sediada em um país em que os fatos indicados na inicial sequer constituem crime - pelo que se tem conhecimento, os pilotos não respondem, nos EUA, a nenhuma espécie de ação criminal. Dois pesos e duas medidas: o juiz da causa é importante para ouvir uma testemunha de defesa, mas é perfeitamente prescindível a sua participação quando se trata de ouvir o que tem a dizer os acusados", diz o trecho da decisão do juiz federal.
Fonte: Juliana Michaela (Terra)
Na decisão, o juiz federal também determinou que os pilotos serão ouvidos por videoconferência nos Estados Unidos. A data dela está prevista para ocorrer no mês de fevereiro.
Murilo Mendes afirma na decisão que os pilotos são acusados de displicência ao não constatar que a autorização de voo estava em descompasso com o plano; desligamento involuntário do transponder (dispositivo de comunição eletrônica); falta de providências para religá-lo; negligência nas providências necessárias para o estabelecimento de contato com a "torre"; o não acionamento de TCAS e a falta de autorização para voar em espaço RVSM (Separação Vertical Reduzida Mínina, em inglês).
Murilo Mendes atendeu a solicitação dos advogados de defesa dos pilotos norte-americanos que pediram para apresentar uma testemunha de defesa para ser ouvida pelo juiz federal em Sinop, mas foi negado o pedido do depoimento dos pilotos por um juiz norte-americano. A defesa tem um prazo de cinco dias para dizer se os pilotos estão dispostos a comparecer em local designado nos EUA, independente de intimação para a realização do interrogatório, como prova de que pretendem colaborar com os trabalhos judiciários.
"É tanto quanto engraçado que a defesa dos pilotos se esforce para que uma testemunha por ela indicada venha a Sinop depor perante o juiz da causa, sob o argumento de que o magistrado que atua no feito estaria mais inteirado da situação processual e poderia, por isso mesmo, melhor fazer a colheita da prova, e não obstante, ao mesmo tempo, defenda que o interrogatório dos réus se dê perante autoridade estrangeira, sediada em um país em que os fatos indicados na inicial sequer constituem crime - pelo que se tem conhecimento, os pilotos não respondem, nos EUA, a nenhuma espécie de ação criminal. Dois pesos e duas medidas: o juiz da causa é importante para ouvir uma testemunha de defesa, mas é perfeitamente prescindível a sua participação quando se trata de ouvir o que tem a dizer os acusados", diz o trecho da decisão do juiz federal.
Fonte: Juliana Michaela (Terra)
China faz primeiro teste com avião furtivo durante visita de Robert Gates
Um avião de combate apresentado como o primeiro bombardeiro furtivo chinês realizou seu voo inaugural, segundo fotografias publicadas nesta terça-feira pela imprensa oficial, mas o presidente Hu Jintao aparentemente não foi informado a respeito, segundo uma fonte americana.
Este batismo do avião furtivo J-20, que confirma os rápidos progressos de sua concepção e desenvolvimento, que acontece durante a visita a Pequim do secretário de Defesa americano, Robert Gates, cujo objetivo é melhorar as relações entre os dois países.
Fotos do avião J-20, voando sobre a província de Sichuan (sudoeste), foram publicadas em sites do jornal Global Times e da Agência China Nova. O voo de teste durou 15 minutos.
"Parece claro que nenhum dos civis na sala foi informado do voo", comentou uma fonte americana, que não quis ser identificada, referindo-se ao local da entrevista que Gates manteve com Hu Jintao, que é o chefe dos Exércitos.
Gates disse à impreensa ter falado abertamente sobre este voo inaugural com o presidente Hu.
"Ele disse que este voo não tem relação alguma com minha visita", afirmou Gates.
Mas uma fonte que se achava presente explicou que o chefe de Estado chinês chegou a consultar, separadamente, um conselheiro para poder responder à pergunta de Gates.
Jintao se reuniu Gates num momento em que os dois países tentam reconstruir suas relações militares sobre bases sãs, uma semana antes da esperada visita do presidente chinês a Washington.
O encontro ocorreu em um salão do Palácio do Povo, na Praça da Paz Celestial.
A visita de Robert Gates à China, a primeira desde 2007, simboliza "os novos avanços" nas relações militares EUA-China, declarou Hu Jintao, afirmando que a reunião com o chefe do Pentágono em Pequim permitiu que os dois países trocassem ideias "de maneira muito sincera".
Gates, por sua vez, transmitiu a Hu os cumprimentos do presidente Barack Obama, que o receberá em Washington no dia 19 de janeiro, e disse que os encontros com o presidente e com outras autoridades chinesas proporcionaram um avanço no sentido de "uma melhora a longo prazo" dos vínculos militares entre os dois países.
Fonte: AFP via Terra - Foto: Kyodo/Reuters
Este batismo do avião furtivo J-20, que confirma os rápidos progressos de sua concepção e desenvolvimento, que acontece durante a visita a Pequim do secretário de Defesa americano, Robert Gates, cujo objetivo é melhorar as relações entre os dois países.
Fotos do avião J-20, voando sobre a província de Sichuan (sudoeste), foram publicadas em sites do jornal Global Times e da Agência China Nova. O voo de teste durou 15 minutos.
"Parece claro que nenhum dos civis na sala foi informado do voo", comentou uma fonte americana, que não quis ser identificada, referindo-se ao local da entrevista que Gates manteve com Hu Jintao, que é o chefe dos Exércitos.
Gates disse à impreensa ter falado abertamente sobre este voo inaugural com o presidente Hu.
"Ele disse que este voo não tem relação alguma com minha visita", afirmou Gates.
Mas uma fonte que se achava presente explicou que o chefe de Estado chinês chegou a consultar, separadamente, um conselheiro para poder responder à pergunta de Gates.
Jintao se reuniu Gates num momento em que os dois países tentam reconstruir suas relações militares sobre bases sãs, uma semana antes da esperada visita do presidente chinês a Washington.
O encontro ocorreu em um salão do Palácio do Povo, na Praça da Paz Celestial.
A visita de Robert Gates à China, a primeira desde 2007, simboliza "os novos avanços" nas relações militares EUA-China, declarou Hu Jintao, afirmando que a reunião com o chefe do Pentágono em Pequim permitiu que os dois países trocassem ideias "de maneira muito sincera".
Gates, por sua vez, transmitiu a Hu os cumprimentos do presidente Barack Obama, que o receberá em Washington no dia 19 de janeiro, e disse que os encontros com o presidente e com outras autoridades chinesas proporcionaram um avanço no sentido de "uma melhora a longo prazo" dos vínculos militares entre os dois países.
Fonte: AFP via Terra - Foto: Kyodo/Reuters
Chuva alaga pista e fecha Campo de Marte, em SP
O Campo de Marte, na zona norte de São Paulo, está fechado para pousos e decolagens desde as 6 horas desta manhã por causa da chuva que atingiu a capital paulista entre a noite de ontem e esta madrugada. Parte da pista está alagada. Apenas helicópteros podem decolar, de acordo com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).
O Aeroporto de Congonhas, na zona sul, opera por instrumentos (quando o piloto necessita de equipamentos eletrônicos para alinhar a aeronave com a pista) desde o horário de sua abertura, às 6 horas. Ontem, o aeroporto suspendeu as operações entre 22h45 e 23 horas. Até as 9 horas desta manhã, dos 50 voos previstos, 4 (8%) foram cancelados.
O Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, opera em condições visuais desde às 2 horas desta madrugada. Das 53 partidas programadas, 22 (41,5%) atrasaram mais de 30 minutos e 4 (7,5%) foram canceladas.
Fontes: Priscila Trindade (Agência Estado) via Estadão / UOL Notícias - Fotos: Juca Varella (Folhapress) / Luis Cleber (AE)
O Aeroporto de Congonhas, na zona sul, opera por instrumentos (quando o piloto necessita de equipamentos eletrônicos para alinhar a aeronave com a pista) desde o horário de sua abertura, às 6 horas. Ontem, o aeroporto suspendeu as operações entre 22h45 e 23 horas. Até as 9 horas desta manhã, dos 50 voos previstos, 4 (8%) foram cancelados.
O Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, opera em condições visuais desde às 2 horas desta madrugada. Das 53 partidas programadas, 22 (41,5%) atrasaram mais de 30 minutos e 4 (7,5%) foram canceladas.
Fontes: Priscila Trindade (Agência Estado) via Estadão / UOL Notícias - Fotos: Juca Varella (Folhapress) / Luis Cleber (AE)
Queda de helicóptero militar deixa 5 mortos na Turquia
A mídia da Turquia informou na noite desta segunda-feira (10) que cinco militares morreram na queda de um helicóptero Bell Helicopter UH-1H (similar ao da foto acima) durante um voo de treinamento ao oeste da capital, Ancara. As informações dão conta de que a aeronave caiu na noite de hoje em Polatli, na região da Anatólia central, 80 quilômetros ao oeste de Ancara.
As estações de televisão afirmaram que militares conseguiram chegar perto dos destroços do helicóptero, mesmo com a densa neblina que cobre a região. Não existem informações sobre as causas do acidente. As informações são da Associated Press.
Fontes: Agência Estado / ASN - Foto: Arquivo/PressTV
As estações de televisão afirmaram que militares conseguiram chegar perto dos destroços do helicóptero, mesmo com a densa neblina que cobre a região. Não existem informações sobre as causas do acidente. As informações são da Associated Press.
Fontes: Agência Estado / ASN - Foto: Arquivo/PressTV
Ministro da Defesa convoca reunião para discutir segurança nos aeroportos
A equipe de reportagem do Fantástico conseguiu embarcar nos aeroportos de seis cidades que vão sediar jogos da Copa de 2014 com uma réplica de fuzil.
O ministro da Defesa convocou, nesta segunda-feira, uma reunião com as autoridades do setor aéreo para discutir a segurança nos aeroportos brasileiros. Uma reportagem do Fantástico do último domingo revelou falhas graves no controle da bagagem despachada em aeroportos de cidades que vão sediar jogos da Copa do Mundo.
A segurança nos voos domésticos deve ser uma preocupação para o Comitê da Copa de 2014. Foi o que mostrou, no último domingo, a equipe de reportagem do Fantástico.
Uma réplica de fuzil passou tranquilamente por oito aeroportos, dentro da bagagem que é despachada. Os aeroportos estão em seis cidades que vão sediar jogos do Mundial no Brasil e que vão receber muitos passageiros.
A réplica é uma inofensiva escultura feita em aço e reproduz um fuzil AR-15, que tem alto poder de destruição. O objeto foi dentro da mala, junto com um quilo de açúcar, simulando cocaína, e R$ 100 mil em dinheiro de mentira.
O teste começou nos aeroportos internacionais. A mala saiu de Guarulhos, em São Paulo, e passou por Curitiba, Belo Horizonte, Fortaleza, Rio de Janeiro e Brasília, sempre no porão dos aviões. A viagem continuou por Congonhas, em São Paulo, e Santos Dumont, no Rio, e o fuzil passou livremente.
Em Juiz de Fora, a réplica foi na bagagem de mão. Lá, não há equipamento de raio X para o que é carregado pelo passageiro, ao contrário dos outros aeroportos. Na inspeção manual, a réplica não foi encontrada e foi parar dentro da cabine do avião.
É obrigação da Anac, a Agência Nacional de Aviação Civil, fiscalizar a segurança a bordo das aeronaves civis, assim como a movimentação de passageiros e carga. A Anac afirma que, pela legislação, se o voo é doméstico, não há obrigação de passar as bagagens despachadas pelo
Raio X. A fiscalização é por amostragem, de acordo com norma internacional e quem avalia a necessidade de aumentar essa inspeção é a Polícia Federal.
A Polícia Federal não quis dar declarações. Mas o Sindicato dos Servidores Administrativos da Polícia disse que não há pessoal para fazer a fiscalização. Hoje, o raio X na bagagem despachada só é usado em casos de suspeita ou denúncia.
No Ministério da Defesa, após assistir à reportagem do Fantástico, o ministro Nelson Jobim convocou Anac e Infraero para uma reunião de emergência. O ministro pediu estudos para mudar a fiscalização das bagagens despachadas. Jobim quer saber como é o trabalho é feito em Israel, nos Estados Unidos e no Reino Unido.
A Infraero informou que há mais de 300 equipamentos de raio X nos aeroportos e que esse número vai aumentar. Para o ministro dos Esportes, Orlando Silva, a reportagem é um alerta. “Está a olhos vistos a saturação dos aeroportos brasileiros. O crescimento da demanda é muito acentuado, ano após ano. A preocupação é de ampliar a capacidade dos aeroportos para atender a necessidade de hoje do nosso país e, claro, uma capacidade que se projete pra diante, de modo quem em 2014 tudo aconteça com sucesso”.
Fonte: Jornal Nacional (TV Globo)
A segurança nos voos domésticos deve ser uma preocupação para o Comitê da Copa de 2014. Foi o que mostrou, no último domingo, a equipe de reportagem do Fantástico.
Uma réplica de fuzil passou tranquilamente por oito aeroportos, dentro da bagagem que é despachada. Os aeroportos estão em seis cidades que vão sediar jogos do Mundial no Brasil e que vão receber muitos passageiros.
A réplica é uma inofensiva escultura feita em aço e reproduz um fuzil AR-15, que tem alto poder de destruição. O objeto foi dentro da mala, junto com um quilo de açúcar, simulando cocaína, e R$ 100 mil em dinheiro de mentira.
O teste começou nos aeroportos internacionais. A mala saiu de Guarulhos, em São Paulo, e passou por Curitiba, Belo Horizonte, Fortaleza, Rio de Janeiro e Brasília, sempre no porão dos aviões. A viagem continuou por Congonhas, em São Paulo, e Santos Dumont, no Rio, e o fuzil passou livremente.
Em Juiz de Fora, a réplica foi na bagagem de mão. Lá, não há equipamento de raio X para o que é carregado pelo passageiro, ao contrário dos outros aeroportos. Na inspeção manual, a réplica não foi encontrada e foi parar dentro da cabine do avião.
É obrigação da Anac, a Agência Nacional de Aviação Civil, fiscalizar a segurança a bordo das aeronaves civis, assim como a movimentação de passageiros e carga. A Anac afirma que, pela legislação, se o voo é doméstico, não há obrigação de passar as bagagens despachadas pelo
Raio X. A fiscalização é por amostragem, de acordo com norma internacional e quem avalia a necessidade de aumentar essa inspeção é a Polícia Federal.
A Polícia Federal não quis dar declarações. Mas o Sindicato dos Servidores Administrativos da Polícia disse que não há pessoal para fazer a fiscalização. Hoje, o raio X na bagagem despachada só é usado em casos de suspeita ou denúncia.
No Ministério da Defesa, após assistir à reportagem do Fantástico, o ministro Nelson Jobim convocou Anac e Infraero para uma reunião de emergência. O ministro pediu estudos para mudar a fiscalização das bagagens despachadas. Jobim quer saber como é o trabalho é feito em Israel, nos Estados Unidos e no Reino Unido.
A Infraero informou que há mais de 300 equipamentos de raio X nos aeroportos e que esse número vai aumentar. Para o ministro dos Esportes, Orlando Silva, a reportagem é um alerta. “Está a olhos vistos a saturação dos aeroportos brasileiros. O crescimento da demanda é muito acentuado, ano após ano. A preocupação é de ampliar a capacidade dos aeroportos para atender a necessidade de hoje do nosso país e, claro, uma capacidade que se projete pra diante, de modo quem em 2014 tudo aconteça com sucesso”.
Fonte: Jornal Nacional (TV Globo)
Agentes de aeroportos devem ser bem treinados, diz Pimentel
Comentarista de segurança pública da TV Globo avalia o transporte de um suposto fuzil por vários aeroportos do país. Para ele, falta de preparo dos agentes é o mais preocupante.
É assustador ver um passageiro dentro de um avião com um fuzil que poderia ser de verdade. Para o comentarista de segurança pública da TV Globo, Rodrigo Pimentel, o que mais preocupa é a falta de preparo dos agentes de segurança dos aeroportos.
É assustador ver um passageiro dentro de um avião com um fuzil que poderia ser de verdade. Para o comentarista de segurança pública da TV Globo, Rodrigo Pimentel, o que mais preocupa é a falta de preparo dos agentes de segurança dos aeroportos.
Fantástico: O que um homem armado com um fuzil poderia fazer dentro de um avião? Em outras palavras: que riscos os passageiros estariam correndo?
Rodrigo Pimentel: Ele poderia sequestrar a aeronave, disparar contra os pilotos e até mesmo derrubar o avião. O buraco provocado pelo disparo do fuzil poderia despressurizar a aeronave e provocar uma queda.
Os perigos não param por aí. O que mais esse homem que desembarca em uma pista cheia de aviões com um suposto fuzil debaixo do braço poderia fazer?
Há muito combustível de aviação e aeronaves reabastecendo. Com uma munição específica – incendiária e não perfurante – esse homem poderia provocar uma tragédia, uma explosão, inclusive com passageiros dentro da aeronave.
O que você achou dessa facilidade com que o fuzil foi despachado na bagagem sem problemas em um dos maiores aeroportos brasileiros?
É muito preocupante porque já existe tecnologia. Nós estamos às vésperas de uma Copa do Mundo e de uma Olimpíada. Já existe fragilidade no transporte pelo interior do país. No Rio, por exemplo, 34 mil armas são apreendidas por ano pela polícia. Essas armas chegam por portos, aeroportos e rodovias. Toda essa fragilidade preocupa muito.
O que teria que ser melhorado na fiscalização?
Os agentes são terceirizados. Eles devem ser qualificados. O que me preocupou muito foi que o produtor da reportagem chegou a ser abordado por uma agente no aeroporto de Juiz de Fora e até revistado. Em um primeiro momento, ela percebeu alguma coisa suspeita, mas não teve capacidade técnica de persistir na revista e localizar o fuzil.
Que crime essa pessoa estaria cometendo e qual a pena prevista?
A legislação é moderna, de 2003. A Lei 10.827 diz que transportar arma, mesmo sem sequestrar a aeronave, leva a uma pena de quatro a oito anos de cadeia. Se a arma for de uso privativo das Forças Armadas, a pena aumenta. Seriam mais ou menos 12 anos de cadeia.
Fonte: Fantástico (TV Globo)
Rodrigo Pimentel: Ele poderia sequestrar a aeronave, disparar contra os pilotos e até mesmo derrubar o avião. O buraco provocado pelo disparo do fuzil poderia despressurizar a aeronave e provocar uma queda.
Os perigos não param por aí. O que mais esse homem que desembarca em uma pista cheia de aviões com um suposto fuzil debaixo do braço poderia fazer?
Há muito combustível de aviação e aeronaves reabastecendo. Com uma munição específica – incendiária e não perfurante – esse homem poderia provocar uma tragédia, uma explosão, inclusive com passageiros dentro da aeronave.
O que você achou dessa facilidade com que o fuzil foi despachado na bagagem sem problemas em um dos maiores aeroportos brasileiros?
É muito preocupante porque já existe tecnologia. Nós estamos às vésperas de uma Copa do Mundo e de uma Olimpíada. Já existe fragilidade no transporte pelo interior do país. No Rio, por exemplo, 34 mil armas são apreendidas por ano pela polícia. Essas armas chegam por portos, aeroportos e rodovias. Toda essa fragilidade preocupa muito.
O que teria que ser melhorado na fiscalização?
Os agentes são terceirizados. Eles devem ser qualificados. O que me preocupou muito foi que o produtor da reportagem chegou a ser abordado por uma agente no aeroporto de Juiz de Fora e até revistado. Em um primeiro momento, ela percebeu alguma coisa suspeita, mas não teve capacidade técnica de persistir na revista e localizar o fuzil.
Que crime essa pessoa estaria cometendo e qual a pena prevista?
A legislação é moderna, de 2003. A Lei 10.827 diz que transportar arma, mesmo sem sequestrar a aeronave, leva a uma pena de quatro a oito anos de cadeia. Se a arma for de uso privativo das Forças Armadas, a pena aumenta. Seriam mais ou menos 12 anos de cadeia.
Fonte: Fantástico (TV Globo)
Fantástico embarca com réplica de fuzil em voos pelo país
Na bagagem, havia também açúcar simulando cocaína e R$ 100 mil em notas cenográficas. Eduardo Faustini passou por seis aeroportos internacionais nas cidades que vão sediar jogos da Copa do Mundo.
Esta reportagem serve como um alerta importante para as autoridades: será que os aeroportos brasileiros são mesmo seguros? Será que os milhões de passageiros que circulam por nossos aeroportos podem viajar tranquilos?
Em 1996, no Fantástico, o mesmo repórter Eduardo Faustini montou uma bomba sem material explosivo, mas com um detonador eletrônico ativado e despachou a mala com essa cópia perfeita de uma bomba nos aeroportos do Rio, São Paulo, Brasíla e Belo Horizonte. Em todos eles, o repórter embarcou sem problemas.
Esta reportagem serve como um alerta importante para as autoridades: será que os aeroportos brasileiros são mesmo seguros? Será que os milhões de passageiros que circulam por nossos aeroportos podem viajar tranquilos?
Em 1996, no Fantástico, o mesmo repórter Eduardo Faustini montou uma bomba sem material explosivo, mas com um detonador eletrônico ativado e despachou a mala com essa cópia perfeita de uma bomba nos aeroportos do Rio, São Paulo, Brasíla e Belo Horizonte. Em todos eles, o repórter embarcou sem problemas.
Na época, o jornalista William Bonner entrevistou por telefone Adir da Silva, então presidente da Infraero, empresa do Governo Federal responsável pelos aeroportos mais importantes do país. “O senhor teria, para dar ao público brasileiro, que pretende viajar nos próximos meses, um prazo para que os aeroportos brasileiros tenham um sistema de segurança que o senhor considere eficiente?”, perguntou Bonner.
“Isso é uma questão de tempo, nós estamos comprando equipamentos. Qual a nossa tarefa atual? Nós estamos querendo passar todas as bagagens no raio X. Vamos fazer um tremendo investimento, estamos avançando”, afirmou Adir.
Um ano depois, em 1997, a jornalista Fátima Bernardes anunciava no Fantástico: “Decidimos refazer o teste e embarcar com uma bomba na bagagem, sem explosivo, com o único objetivo de avaliar a segurança desses aeroportos”.
Mais uma vez, e nos mesmos aeroportos, a bomba passou na bagagem do repórter sem ser detectada. O Brasil vai receber visitantes do mundo todo para a Copa do Mundo de 2014 e a também para as Olimpíadas de 2016. Será que estamos preparados?
O repórter Eduardo Faustini passou por seis aeroportos internacionais. Todos pertencem a cidades que vão sediar jogos da Copa do Mundo: Brasília, Fortaleza, Belo Horizonte, Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro. Ele passou também pelo Santos Dumont, no Rio, e Congonhas, em São Paulo.
Tudo isso entre o Natal e o Ano Novo, época de muito movimento nos aeroportos. Para o novo teste, o Fantástico encomendou a um escultor a réplica de aço de um fuzil AR-15, muito usado pelos traficantes no Rio de Janeiro e também pelas forças especiais dos Estados Unidos no Afeganistão.
O AR-15 tem alto poder de destruição. Mas a nossa réplica não atira. Tomamos o cuidado de fazer com que ela não tenha qualquer mecanismo parecido com os do AR-15 de verdade. É só uma escultura.
“É totalmente uma obra de arte, porque ela só está conservando a silhueta original, mas o resto das partes está bem claro que tem as soldas bem em evidência para mostrar que não tem nada a ver com uma arma original. Procuramos também não deixar o furo, que uma coisa que identifica muito a arma é o furo do cano. Não tem furo”, explicou o escultor Pedro Santos.
Fizemos mais ainda: botamos também na mala um quilo de açúcar num saco transparente, para simular cocaína e pusemos R$ 100 mil em dinheiro cenográfico, aquele usado em novelas.
Aeroporto Internacional de Guarulhos, estado de São Paulo. Antes de embarcar para Curitiba, o repórter coloca um lacre na mala que leva a réplica do fuzil, as notas e o açúcar.
E lá vai a mala, pronta para ser colocada no porão do avião. No aeroporto de Curitiba, nosso repórter recolhe a mala normalmente.
De Curitiba para Belo Horizonte, o repórter despacha a mala, que está pesada. A mala vai embora sem problemas.
Terceira etapa: estamos em Confins, o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte. Do ônibus que leva o repórter Eduardo Faustini e o cinegrafista Luiz Paulo Mesquita até o avião, dá para ver as máquinas de raio X. Mas o uso delas é obrigatório apenas nos voos internacionais, como será explicado mais adiante.
Chegamos a Fortaleza e retiramos a mala tranquilamente. A réplica do fuzil continua lá dentro. Agora deixamos Fortaleza e chegamos ao Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro.
Do Rio vamos a Brasília e de volta pro Rio. Esta já é a sexta viagem e o conteúdo da mala não foi detectado em nenhum aeroporto.
Do Rio voltamos a São Paulo. E do Aeroporto de Congonhas, fomos de ponte aérea para o Santos Dumont, de volta ao Rio. E lá estava ela, a nossa mala vermelha, saindo do avião e aparecendo na esteira de bagagens.
Foram oito voos. Em todos eles passamos facilmente com a réplica do fuzil e mais o açúcar simulando cocaína e as notas de dinheiro de novela. A primeira parte do nosso teste está encerrada.
“Os nossos aeroportos estão com a segurança precária. Eu acredito que até a Copa do Mundo, se não houver uma modificação, e até as Olimpíadas, nós teremos um caos em termos de segurança”, declarou Francisco Calixto, da Federação Nacional dos Policiais Federais.
Depois de tanto vai e vem sem que o conteúdo da mala tenha sido detectado, fica a pergunta: por que conseguimos passar tão facilmente por todos esses aeroportos?
“Nos voos nacionais não existe fiscalização de bagagem, de porão. O tráfico de drogas, o tráfico de armas é feito praticamente à vontade”, afirmou Calixto.
Veja o que aconteceria se aparelhos de raio X fossem usados nos aeroportos por onde passamos: botamos nossa mala na máquina de uma empresa especializada em segurança. A máquina dá o sinal: dentro da mala existe um objeto com bastante metal e ainda mostra perfeitamente a silhueta de um fuzil.
“O que é azul aqui é a parte metálica dos objetos que estão dentro da máquina. Então, tudo que é azul é metal. Então, a gente pode ver aqui bem nítido o contorno de uma arma”, destacou o engenheiro Eduardo Brito.
Além de dar ao operador a imagem completa do que há no interior da mala, a máquina tem um sistema de cores que avisa qual o tipo de material encontrado.
“Em laranja, o que aparece são objetos orgânicos. Então, quando tem uma grande concentração de laranja ou alaranjada, a gente pode considerar que é um objeto orgânico, uma densidade parecida com a de um objeto suspeito, parecido com pó, droga, alguma coisa assim; um pacote. E aqui embaixo, até pela quantidade de quadrados que a gente tem na imagem, a gente pode dizer que pode ser que tenha dinheiro, pode se considerar”, explicou o engenheiro.
Quando o material é orgânico, como a cocaína, a máquina tem mais um recurso: ela destaca o objeto para alertar o operador.
Repórter: Teria possibilidade de uma mala dessa passar por uma máquina dessa, no raio X, sem ser detectada aí dentro?
Engenheiro: Não, não.
“Hoje em dia é quase impossível uma mala com uma arma de tal tamanho passar numa inspeção de bagagem de porão não sendo percebida. Isso, nos Estados Unidos, nos países da Europa, por exemplo. E se constata que no Brasil realmente o desafio ainda está pela frente”, disse o engenheiro François Peters.
Segurança nos aeroportos dos Estados Unidos
Veja como é feita a segurança nos Estados Unidos. Toda a bagagem despachada pelo passageiro é vistoriada no raio X, inclusive nos voos domésticos. É uma obrigação prevista por lei. Mas essa é uma só uma das tecnologias usadas para que os Estados Unidos não sejam atacados novamente.
O Fantástico entrou na área de segurança do Aeroporto de Newark, Nova Jersey, para acompanhar as buscas por armas, explosivos e drogas. A mala do passageiro é inspecionada sem a presença do dono, que não é autorizado a acompanhar a vistoria. De repente, acende uma luz vermelha. Isso indica a presença de um material suspeito. Pode ser um explosivo.
A bagagem é então separada e passa por uma revista manual. Os agentes federais usam também um paninho. Se essa mala carrega ou carregou explosivos, eles conseguem recolher pedaços da substância impossíveis de serem vistos a olho nu.
Em seguida, o pano é examinado por outra máquina. Sinais sonoros e visuais dão o alerta: será que a mala é de um terrorista? Ou é alarme falso?
Depois de o primeiro teste apresentar alguma suspeita de material explosivo, os funcionários do aeroporto vão limpar a máquina para ver se o problema está no equipamento ou se realmente há algum material suspeito naquela bagagem.
Eles passam o pano na mala novamente. Não é explosivo. Mesmo a alta tecnologia, às vezes, falha. Ou o problema estava na máquina, ou então, o primeiro alerta foi dado por causa de restos de cosméticos, que às vezes disparam o alarme. Enfim, sinal verde para seguir viagem, mas antes, os agentes colocam dentro da mala um aviso de que ela foi aberta.
Por causa de toda essa segurança, cada vez menos as pessoas travam as malas na hora de viajar. Hoje aproximadamente 10% dos passageiros usam cadeados. O departamento de segurança do transporte aéreo dos Estados Unidos recomenda dez tipos de cadeados. São cadeados que eles têm a chave para abrir caso for necessário. Agora, se for algum tipo de cadeado diferente ele será arrombado.
Procedimentos assim levaram os agentes federais americanos a apreenderem 32 mil itens proibidos, só no ano passado. Entre eles, havia explosivos e armas de fogo.
Fuzil dentro do avião
Depois de passar por oito dos principais aeroportos brasileiros com a réplica do fuzil na bagagem, o Fantástico resolveu fazer um teste ainda mais ousado. Seria possível viajar com o nosso fuzil dentro da cabine de um avião?
Pusemos a suposta arma num compartimento normal de uma bolsa e fomos de carro até o aeroporto da cidade mineira de Juiz de Fora. De lá, nossa intenção era voar até o Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, o maior do Brasil.
A réplica do fuzil estava dentro de uma bolsa e o teste final era passar pela segurança e entrar no avião sem que a réplica fosse descoberta.
O repórter tem que passar pelo detector de metal. Mas a mala fica na bancada para ser revistada manualmente, porque no aeroporto de Juiz de Fora não existe máquina de raio X para bagagem de mão. O repórter do Fantástico é então revistado. Depois, a bolsa dele também é inspecionada, mas o nosso fuzil passa pela revista.
Enquanto espera o momento de embarcar, numa área restrita, o repórter abre a bolsa e lá está o nosso fuzil. Ele embarca normalmente, sem ser incomodado por ninguém.
Em pleno voo, o repórter abre a bolsa e exibe o que poderia ser perfeitamente uma arma de verdade.
O repórter desembarca em Guarulhos. Aviões de todo o país e de várias partes do mundo estão naquela pista. Junto com os outros passageiros, o repórter pega o ônibus até a área de desembarque. Ele passa por toda a parte interna do aeroporto, com o nosso fuzil debaixo do braço.
De Guarulhos, ele segue para o Aeroporto de Congonhas. Embarca num voo para o Rio de Janeiro, agora, despachando a réplica na bagagem, que mais uma vez não é detectada.
Foram quase 12 mil quilômetros de voos e nove aeroportos. É assustador.
Procurada pelo Fantástico, a Anac, Agência Nacional de Aviação Civil, que regula o setor, afirmou, em nota, que segundo as normas internacionais não existe a obrigação de passar todas as bagagens pelo raio X quando o voo é doméstico, ou seja, dentro do país.
A Anac informou também que vai fazer uma inspeção no aeroporto de Juiz de Fora, onde o repórter Eduardo Faustini embarcou no avião levando a réplica do fuzil na bagagem de mão.
Também em nota, a Infraero, a empresa que cuida da infraestrutura dos principais aeroportos brasileiros, disse que apenas parte da bagagem despachada nos voos domésticos passa pelo raio X e acrescentou que vai comprar mais aparelhos.
A Infraero disse também que a responsabilidade sobre a inspeção das bagagens é das companhias aéreas e que estas, se encontrarem algum objeto suspeito nas malas despachadas, devem acionar a Polícia Federal.
Procurada pelo Fantástico, a Polícia Federal não quis comentar o assunto.
E o representante do sindicato das empresas aéreas declarou o seguinte: “Teríamos que colocar muito esforço para que possamos chegar em 2014 a 100% de inspeção de bagagens despachadas em todos os aeroportos brasileiros. Eu não digo todos, mas os principais terão”, afirmou Rogério Benevides, do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias.
Fonte: Fantástico (TV Globo)
“Isso é uma questão de tempo, nós estamos comprando equipamentos. Qual a nossa tarefa atual? Nós estamos querendo passar todas as bagagens no raio X. Vamos fazer um tremendo investimento, estamos avançando”, afirmou Adir.
Um ano depois, em 1997, a jornalista Fátima Bernardes anunciava no Fantástico: “Decidimos refazer o teste e embarcar com uma bomba na bagagem, sem explosivo, com o único objetivo de avaliar a segurança desses aeroportos”.
Mais uma vez, e nos mesmos aeroportos, a bomba passou na bagagem do repórter sem ser detectada. O Brasil vai receber visitantes do mundo todo para a Copa do Mundo de 2014 e a também para as Olimpíadas de 2016. Será que estamos preparados?
O repórter Eduardo Faustini passou por seis aeroportos internacionais. Todos pertencem a cidades que vão sediar jogos da Copa do Mundo: Brasília, Fortaleza, Belo Horizonte, Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro. Ele passou também pelo Santos Dumont, no Rio, e Congonhas, em São Paulo.
Tudo isso entre o Natal e o Ano Novo, época de muito movimento nos aeroportos. Para o novo teste, o Fantástico encomendou a um escultor a réplica de aço de um fuzil AR-15, muito usado pelos traficantes no Rio de Janeiro e também pelas forças especiais dos Estados Unidos no Afeganistão.
O AR-15 tem alto poder de destruição. Mas a nossa réplica não atira. Tomamos o cuidado de fazer com que ela não tenha qualquer mecanismo parecido com os do AR-15 de verdade. É só uma escultura.
“É totalmente uma obra de arte, porque ela só está conservando a silhueta original, mas o resto das partes está bem claro que tem as soldas bem em evidência para mostrar que não tem nada a ver com uma arma original. Procuramos também não deixar o furo, que uma coisa que identifica muito a arma é o furo do cano. Não tem furo”, explicou o escultor Pedro Santos.
Fizemos mais ainda: botamos também na mala um quilo de açúcar num saco transparente, para simular cocaína e pusemos R$ 100 mil em dinheiro cenográfico, aquele usado em novelas.
Aeroporto Internacional de Guarulhos, estado de São Paulo. Antes de embarcar para Curitiba, o repórter coloca um lacre na mala que leva a réplica do fuzil, as notas e o açúcar.
E lá vai a mala, pronta para ser colocada no porão do avião. No aeroporto de Curitiba, nosso repórter recolhe a mala normalmente.
De Curitiba para Belo Horizonte, o repórter despacha a mala, que está pesada. A mala vai embora sem problemas.
Terceira etapa: estamos em Confins, o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte. Do ônibus que leva o repórter Eduardo Faustini e o cinegrafista Luiz Paulo Mesquita até o avião, dá para ver as máquinas de raio X. Mas o uso delas é obrigatório apenas nos voos internacionais, como será explicado mais adiante.
Chegamos a Fortaleza e retiramos a mala tranquilamente. A réplica do fuzil continua lá dentro. Agora deixamos Fortaleza e chegamos ao Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro.
Do Rio vamos a Brasília e de volta pro Rio. Esta já é a sexta viagem e o conteúdo da mala não foi detectado em nenhum aeroporto.
Do Rio voltamos a São Paulo. E do Aeroporto de Congonhas, fomos de ponte aérea para o Santos Dumont, de volta ao Rio. E lá estava ela, a nossa mala vermelha, saindo do avião e aparecendo na esteira de bagagens.
Foram oito voos. Em todos eles passamos facilmente com a réplica do fuzil e mais o açúcar simulando cocaína e as notas de dinheiro de novela. A primeira parte do nosso teste está encerrada.
“Os nossos aeroportos estão com a segurança precária. Eu acredito que até a Copa do Mundo, se não houver uma modificação, e até as Olimpíadas, nós teremos um caos em termos de segurança”, declarou Francisco Calixto, da Federação Nacional dos Policiais Federais.
Depois de tanto vai e vem sem que o conteúdo da mala tenha sido detectado, fica a pergunta: por que conseguimos passar tão facilmente por todos esses aeroportos?
“Nos voos nacionais não existe fiscalização de bagagem, de porão. O tráfico de drogas, o tráfico de armas é feito praticamente à vontade”, afirmou Calixto.
Veja o que aconteceria se aparelhos de raio X fossem usados nos aeroportos por onde passamos: botamos nossa mala na máquina de uma empresa especializada em segurança. A máquina dá o sinal: dentro da mala existe um objeto com bastante metal e ainda mostra perfeitamente a silhueta de um fuzil.
“O que é azul aqui é a parte metálica dos objetos que estão dentro da máquina. Então, tudo que é azul é metal. Então, a gente pode ver aqui bem nítido o contorno de uma arma”, destacou o engenheiro Eduardo Brito.
Além de dar ao operador a imagem completa do que há no interior da mala, a máquina tem um sistema de cores que avisa qual o tipo de material encontrado.
“Em laranja, o que aparece são objetos orgânicos. Então, quando tem uma grande concentração de laranja ou alaranjada, a gente pode considerar que é um objeto orgânico, uma densidade parecida com a de um objeto suspeito, parecido com pó, droga, alguma coisa assim; um pacote. E aqui embaixo, até pela quantidade de quadrados que a gente tem na imagem, a gente pode dizer que pode ser que tenha dinheiro, pode se considerar”, explicou o engenheiro.
Quando o material é orgânico, como a cocaína, a máquina tem mais um recurso: ela destaca o objeto para alertar o operador.
Repórter: Teria possibilidade de uma mala dessa passar por uma máquina dessa, no raio X, sem ser detectada aí dentro?
Engenheiro: Não, não.
“Hoje em dia é quase impossível uma mala com uma arma de tal tamanho passar numa inspeção de bagagem de porão não sendo percebida. Isso, nos Estados Unidos, nos países da Europa, por exemplo. E se constata que no Brasil realmente o desafio ainda está pela frente”, disse o engenheiro François Peters.
Segurança nos aeroportos dos Estados Unidos
Veja como é feita a segurança nos Estados Unidos. Toda a bagagem despachada pelo passageiro é vistoriada no raio X, inclusive nos voos domésticos. É uma obrigação prevista por lei. Mas essa é uma só uma das tecnologias usadas para que os Estados Unidos não sejam atacados novamente.
O Fantástico entrou na área de segurança do Aeroporto de Newark, Nova Jersey, para acompanhar as buscas por armas, explosivos e drogas. A mala do passageiro é inspecionada sem a presença do dono, que não é autorizado a acompanhar a vistoria. De repente, acende uma luz vermelha. Isso indica a presença de um material suspeito. Pode ser um explosivo.
A bagagem é então separada e passa por uma revista manual. Os agentes federais usam também um paninho. Se essa mala carrega ou carregou explosivos, eles conseguem recolher pedaços da substância impossíveis de serem vistos a olho nu.
Em seguida, o pano é examinado por outra máquina. Sinais sonoros e visuais dão o alerta: será que a mala é de um terrorista? Ou é alarme falso?
Depois de o primeiro teste apresentar alguma suspeita de material explosivo, os funcionários do aeroporto vão limpar a máquina para ver se o problema está no equipamento ou se realmente há algum material suspeito naquela bagagem.
Eles passam o pano na mala novamente. Não é explosivo. Mesmo a alta tecnologia, às vezes, falha. Ou o problema estava na máquina, ou então, o primeiro alerta foi dado por causa de restos de cosméticos, que às vezes disparam o alarme. Enfim, sinal verde para seguir viagem, mas antes, os agentes colocam dentro da mala um aviso de que ela foi aberta.
Por causa de toda essa segurança, cada vez menos as pessoas travam as malas na hora de viajar. Hoje aproximadamente 10% dos passageiros usam cadeados. O departamento de segurança do transporte aéreo dos Estados Unidos recomenda dez tipos de cadeados. São cadeados que eles têm a chave para abrir caso for necessário. Agora, se for algum tipo de cadeado diferente ele será arrombado.
Procedimentos assim levaram os agentes federais americanos a apreenderem 32 mil itens proibidos, só no ano passado. Entre eles, havia explosivos e armas de fogo.
Fuzil dentro do avião
Depois de passar por oito dos principais aeroportos brasileiros com a réplica do fuzil na bagagem, o Fantástico resolveu fazer um teste ainda mais ousado. Seria possível viajar com o nosso fuzil dentro da cabine de um avião?
Pusemos a suposta arma num compartimento normal de uma bolsa e fomos de carro até o aeroporto da cidade mineira de Juiz de Fora. De lá, nossa intenção era voar até o Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, o maior do Brasil.
A réplica do fuzil estava dentro de uma bolsa e o teste final era passar pela segurança e entrar no avião sem que a réplica fosse descoberta.
O repórter tem que passar pelo detector de metal. Mas a mala fica na bancada para ser revistada manualmente, porque no aeroporto de Juiz de Fora não existe máquina de raio X para bagagem de mão. O repórter do Fantástico é então revistado. Depois, a bolsa dele também é inspecionada, mas o nosso fuzil passa pela revista.
Enquanto espera o momento de embarcar, numa área restrita, o repórter abre a bolsa e lá está o nosso fuzil. Ele embarca normalmente, sem ser incomodado por ninguém.
Em pleno voo, o repórter abre a bolsa e exibe o que poderia ser perfeitamente uma arma de verdade.
O repórter desembarca em Guarulhos. Aviões de todo o país e de várias partes do mundo estão naquela pista. Junto com os outros passageiros, o repórter pega o ônibus até a área de desembarque. Ele passa por toda a parte interna do aeroporto, com o nosso fuzil debaixo do braço.
De Guarulhos, ele segue para o Aeroporto de Congonhas. Embarca num voo para o Rio de Janeiro, agora, despachando a réplica na bagagem, que mais uma vez não é detectada.
Foram quase 12 mil quilômetros de voos e nove aeroportos. É assustador.
Procurada pelo Fantástico, a Anac, Agência Nacional de Aviação Civil, que regula o setor, afirmou, em nota, que segundo as normas internacionais não existe a obrigação de passar todas as bagagens pelo raio X quando o voo é doméstico, ou seja, dentro do país.
A Anac informou também que vai fazer uma inspeção no aeroporto de Juiz de Fora, onde o repórter Eduardo Faustini embarcou no avião levando a réplica do fuzil na bagagem de mão.
Também em nota, a Infraero, a empresa que cuida da infraestrutura dos principais aeroportos brasileiros, disse que apenas parte da bagagem despachada nos voos domésticos passa pelo raio X e acrescentou que vai comprar mais aparelhos.
A Infraero disse também que a responsabilidade sobre a inspeção das bagagens é das companhias aéreas e que estas, se encontrarem algum objeto suspeito nas malas despachadas, devem acionar a Polícia Federal.
Procurada pelo Fantástico, a Polícia Federal não quis comentar o assunto.
E o representante do sindicato das empresas aéreas declarou o seguinte: “Teríamos que colocar muito esforço para que possamos chegar em 2014 a 100% de inspeção de bagagens despachadas em todos os aeroportos brasileiros. Eu não digo todos, mas os principais terão”, afirmou Rogério Benevides, do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias.
Fonte: Fantástico (TV Globo)
Assinar:
Postagens (Atom)