sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Gol fará eliminação gradual de Varig em vôos domésticos

Depois de um ano e meio cheio de dificuldades para reerguer a Varig, a Gol voltou atrás em seu plano inicial e desistiu de ter duas marcas com características e públicos diferentes para disputar o mercado aéreo brasileiro. A companhia vai adaptar todos seus vôos domésticos a um mesmo padrão que, embora vá incluir mais serviço de bordo e programa de milhagem, permanecerá bem mais próximo do modelo da Gol. Aos poucos, o nome Varig desaparecerá nos vôos nacionais e será mantido apenas em certas rotas na América do Sul.

Quando adquiriu a Varig, em abril de 2007, a Gol pretendia fazer da empresa o seu braço para fidelizar o público de negócios, com mais vôos diretos entre cidades e aviões com mais espaço entre as poltronas. Não mais. Os aviões antigos da Varig (Boeings 737-300) estão sendo substituídos por aeronaves novas que têm o mesmo número de poltronas e espaço entre elas que os da Gol: modelos 737-700, com 144 assentos, e 737-800, com 184 lugares. A malha de vôos, que foi combinada com a da Gol, prevê apenas alguns vôos diretos adicionais e não há foco primordial num público. À medida que os aviões entrarem em manutenção, o logotipo da Varig será substituído pelas cores e marca da Gol.

Nos vôos domésticos, a Gol fará mudanças pontuais na tentativa de atrair os passageiros eventualmente descontentes com o modelo de serviços minguados da empresa. Nas rotas com mais de duas horas de duração, seja em aviões da Gol ou da Varig, a empresa trocará a barrinha de cereais oferecida aos clientes por sanduíches e a compra de bilhetes dará milhas aos participantes do programa Smiles, que foi adquirido com a Varig. "É uma evolução natural para uma empresa que tem quase 40% do mercado nacional", diz Constantino de Oliveira Júnior, presidente da Gol. "São itens que permitem ampliar o leque de público e gerar demanda", diz.

A diferença entre as marcas Gol e Varig poderá ser vista nos vôos internacionais. Aqueles com quatro ou mais horas de duração - a partir de São Paulo, Caracas, Santiago e Bogotá - serão feitos pela Varig, em aeronaves com duas classes: a econômica comum e a econômica mais confortável, que ocupará as primeiras quatro fileiras dos aviões e terá mais espaço entre as poltronas e entretenimento a bordo com aparelhos individuais portáteis. Nesses vôos de duração "média", a empresa vai oferecer refeições quentes. Já o modelo dos vôos domésticos vai imperar em outros oito destinos da América do Sul.

A partir de 19 de outubro, segundo o presidente da companhia, a nova malha entra em vigor "com mais coordenação, sem vôos sobrepostos". "Antes, havia vôos da Varig e da Gol nas mesmas rotas e nos mesmos horários e uma empresa era um peso para a outra", diz Oliveira Jr. A união das malhas foi autorizada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) em setembro. A nova malha terá cerca de 794 vôos por dia, acima da média de 740 dos últimos meses, quando a empresa cortou parte da capacidade.

A eliminação das sobreposições devem, segundo ele, permitir uma melhora das taxas de ocupação da Gol. A companhia também absorveu toda a estrutura administrativa da Varig. "Teremos ganhos de sinergia e escala que compensam qualquer eventual aumento de custo com serviço de bordo", diz.

O executivo disse que haverá demissões no processo de fusão, mas não revelou o número exato. Também disse que a Gol está contratando em algumas áreas.

Fonte: Valor Online

Anac desativa postos de fiscalização em cinco aeroportos

Decisão foi publicada na edição desta sexta-feira do Diário Oficial da União.

Medida atinge Rio de Janeiro, Pernambuco, Bahia e Minas Gerais.

A Agência Nacional de Aviação (Anac) desativou as Seções de Aviação Civil (SAC) de cinco aeroportos do país. A decisão entrou em vigor nesta sexta-feira (10), após a publicação no Diário Oficial da União (DOU).

A medida atinge os aeroportos de Jacarepaguá (RJ), Santos Dumont (RJ), Carlos Prates (MG), Petrolina (PE) e Ilhéus (BA).

Segundo a assessoria de imprensa da Anac, havia um grupo de estudo que estava reavaliando a funcionalidade das SACs em alguns aeroportos por baixa demanda, o que não justificaria a presença permanente de fiscais nas unidades. Por essa razão, a agência decidiu encerrar as atividades desses escritórios e realocar os profissionais para outros aeroportos onde há mais necessidade do trabalho de fiscalização.

Ainda de acordo com a assessoria da Anac, as SACs, apesar de não terem essa característica, serviam de pontos de apoio aos passageiros, que podiam buscar ajuda de fiscais da agência. As unidades funcionavam de acordo com o horário de cada aeroporto.

Fonte: G1

Balão pega fogo e mata uma pessoa em festival nos EUA

Festa internacional ocorre em Albuquerque, no Novo México.

Fogo em um dos balões deixou um morto e um ferido neste ano.

Balão pega fogo ao enroscar em fios de eletricidade durante a Festa Internacional de Balões de Albuquerque, no Novo México

O balão se despedaçou. O incidente deixou, segundo a agência Associated Press, um morto e um ferido

Fonte: Associated Press - Foto: Terri Bordelon (AP)

Nasa deve ficar cinco anos sem conseguir mandar gente para o espaço

Período deve ir de 2010 a 2015, à espera do sucessor do ônibus espacial.

Durante esses anos, americanos dependerão de parceria com a Rússia.


Cidade das Estrelas, na Rússia – esse lugar já foi lugar nenhum, uma base militar secreta a nordeste de Moscou que não aparecia em mapas. Lá a União Soviética treinava seus astronautas para lutar no mais alto campo de batalha da Guerra Fria: o espaço.

Mas hoje em dia, a Cidade das Estrelas é o lugar da duramente conquistada parceria orbital americana com a Rússia, onde astronautas treinam para voar a bordo da nave espacial Soyuz. E em dois anos ela será o único local a preparar o lançamento de astronautas de qualquer nação à Estação Espacial Internacional.

O hiato está chegando: de 2010, quando a Nasa (Administração Nacional de Aeronáutica e do Espaço) fechar o programa de transporte espacial (os ônibus espaciais), a 2015, para quando está programada a chegada da próxima geração de naves espaciais americanas, a Nasa não espera ter capacidade de vôo humano e dependerá da Rússia para chegar à estação de US$100 bilhões, comprando passagens na nave Soyuz como qualquer turista espacial.

Enquanto a Nasa comemora seu 50º aniversário neste mês, o plano da administração Bush de aposentar os três ônibus espaciais do país e trabalhar num retorno à Lua empurrou o programa espacial dos EUA para a política nacional e a controvérsia geopolítica.

Apoio, mas não solução

Os senadores John McCain e Barack Obama denunciaram a lacuna e divulgaram seu compromisso com o programa espacial enquanto viajavam pela Flórida, onde milhares de trabalhadores perderão seus empregos quando o programa dos ônibus terminar. E o antagonismo entre Estados Unidos e Rússia, sobre o conflito na Geórgia e outros assuntos, está nublando o futuro de uma parceria de 15 anos no espaço, precisamente quando a Nasa estará mais dependente da Rússia do que jamais esteve.

O administrador da NASA, Michael D. Griffin, declarou que a situação é “bastante grave”. Em mensagem de e-mail enviada a seus principais diretores em agosto, Griffin escreveu que “os acontecimentos se desdobraram de uma forma que torna clara a imprudência dos Estados Unidos ao adotar uma política de dependência deliberada de outra potência”.

Griffin está tão preocupado que ordenou que sua equipe estudasse voar com os velhos ônibus espaciais após 2010. Ele fez isso, conforme disse numa entrevista no mês passado, “cinco minutos após os russos invadirem a Geórgia, pois podia ver o que estava vindo.” Mas ele avisou que qualquer extensão seria cara e poderia atrasar ainda mais o retorno da NASA à lua e ameaçar o papel dos EUA como principal potência espacial.

No mês passado, a China conseguiu o terceiro lançamento de sucesso de sua nave Shenzhou VII e a primeira caminhada espacial por um de seus astronautas. O governo chinês disse esperar estabelecer uma estação espacial e eventualmente realizar um pouso na lua. Os Estados Unidos planejam retornar à lua em 2020, na melhor das hipóteses; alguns observadores acreditam que a China pode chegar lá antes.

Interrupções anteriores

Os Estados Unidos tiveram períodos nos quais seus astronautas não conseguiam alcançar o espaço: desde o fim do programa Apollo em 1975 ao início dos vôos dos ônibus espaciais em 1981, e depois da perda dos ônibus Challenger em 1986 e Columbia em 2003. Mas o intervalo que se aproxima pode ser o mais longo, caso o lançamento dos novos foguetes da Nasa fique muito atrasado.

A administração Bush escolheu sacrificar o acesso do país ao espaço por cinco anos e passar à próxima fase das viagens espaciais. Eles decidiram aposentar os ônibus e em janeiro de 2004 anunciaram uma ampla “visão da exploração do espaço.”

Segundo o plano, a Nasa pararia de usar a velha e insegura frota de ônibus espaciais e mudaria para um novo programa de lançamento, o Constellation, construído em torno de foguetes Ares e cápsulas Orion que são projetados para levar astronautas de volta à lua e até mesmo para explorar asteróides próximos da Terra e de Marte.

Para chegar de um programa ao outro sem inflar o orçamento anual de US$17 bilhões da Nasa, a administração decidiu desacelerar o programa dos ônibus espaciais e movimentar o Constellation. A decisão sempre foi considerada difícil, mas, nos últimos meses, a desaprovação pegou fogo. As campanhas presidenciais Republicana e Democrata, por exemplo, se comprometeram a manter a América voando.

A crescente tensão com a Rússia complica uma duradoura aliança internacional no espaço que ajudou a neutralizar a Guerra Fria, especialmente entre aqueles que serviram nas linhas de frente.

William M. Shepherd, o primeiro comandante da estação espacial e ex-membro dos SEALs da marinha americana, lembrou de que quando ele e seu colega de equipe Yuri Gidzenko orbitaram a Terra pela primeira vez, os dois guerreiros da Guerra Fria apontaram bases onde, anos antes, haviam treinado e esperado em alerta.

“Naquele momento percebi que não éramos mais um americano e um russo”, disse Shepherd. “Era algo que transcendia toda aquela tela.”

A parceria teve início nos anos 90, quando a União Soviética e sua economia entravam em ruínas, e o conhecimento russo para levar pessoas em órbita – ou bombas a destinos distantes – corria o risco de cair nas mãos de nações hostis. Como pagamento por ajudar a manter o programa espacial russo funcionando, dizia a lógica, os Estados Unidos limitariam a proliferação de armamentos. Na metade da década os americanos começaram a servir a bordo da estação espacial Mir, enquanto os Estados Unidos e a Rússia planejavam o que viria a se tornar a Estação Espacial Internacional.

Os primeiros dias foram marcados pela cautela. Mark Bowman, funcionário contratado na Rússia que hoje está de volta a Moscou como representante da NASA, diz que Korolev, onde fica o controle da missão, “era uma cidade fechada” quando ele chegou em 1993. “Estrangeiros não eram permitidos aqui”, diz Bowman.

A parceria, até agora, funciona

Hoje em dia, equipes de funcionários da Nasa vivem o ano todo na Rússia, e dúzias de outros chegam e vão para treinamentos, lançamentos e pousos.

Susan Eisenhower, especialista em relações EUA-Rússia e programas espaciais, diz que os russos, depois da perda do ônibus espacial Columbia, provaram que manteriam o seu lado do acordo ao continuar levando americanos à estação. “Quando não tínhamos escolha graças ao fracasso do ônibus espacial, os russos poderiam ter nos chantageado a respeito da tragédia e não o fizeram”, diz Eisenhower.

Vitaly Davidov, diretor-assistente da Roscosmos, a agência espacial russa, disse numa entrevista na base de controle da missão que a Rússia honraria seus compromissos de levar equipes à estação.

Isso não significa que a ida será fácil. Os Estados Unidos e a Rússia estão em desacordo sobre muitos assuntos comerciais e políticos. Mas Michael Krepon, que ajudou a fundar o Centro Henry L. Stimson, um instituto de políticas, disse que enquanto o monopólio espacial russo cria riscos, “existe uma norma de etiqueta muito antiga: não se brinca com a segurança de humanos no espaço.”

“Não acho que haverá dificuldades se o problema do hiato continuar”, diz Krepon. “Mas com certeza ficará mais caro.”

Fontes: G1 / New York Times

Passageiros de avião ficam feridos ao atravessar turbulência em Miami

Aeronave vinha da Argentina, segundo os bombeiros.

Pelo menos dois passageiros tiveram de ser hospitalizados.


Dois passageiros do vôo 908 procedente da Argentina ficaram feridos nesta sexta-feira (10) em turbulências registradas antes de o avião aterrissar no aeroporto internacional de Miami, informaram os bombeiros.

"Pelo menos duas pessoas tiveram que ser transferidas esta manhã a hospitais, onde recebem atendimento médico", disse Arnold Piedrahita, porta-voz dos bombeiros do condado de Miami-Dade.

Ele acrescentou que os ferimentos apresentados pelos passageiros eram menores e foram causados, disseram, por uma turbulência pela qual atravessou o avião da American Airlines no qual viajavam, um Boeing 777, antes de aterrissar.

Aparentemente, outros passageiros teriam ficado levemente feridos.

Fonte: EFE - Foto: Tim Chapman (Miami Herald)

Defeito nos flaps provocou acidente da Spanair, diz relatório

Relatório preliminar aponta que sistema de alerta não avisou piloto sobre falha.

Um defeito nos flaps teria causado o acidente com o avião da Spanair que matou 154 pessoas no dia 20 de agosto, em Madri, segundo um relatório preliminar divulgado nesta quinta-feira (9) na Espanha.

De acordo com o relatório, os flaps das asas do avião não estavam corretamente posicionados e o sistema de alertas da aeronave não avisou os pilotos.

O fato de os flaps não terem sido acionados teria impedido que o avião decolasse adequadamente. Este problema, que parece ter sido combinado com uma falha no sistema de alertas, teria provocado o acidente.

Os investigadores, que analisaram as gravações de voz e os registros de dados da aeronave, não encontraram evidências de defeitos prévios no avião e concluíram que ele só pegou fogo depois de atingir o solo.

O MD-82 atingiu uma altura de apenas 12 metros na decolagem antes de se chocar contra o solo e entrar em chamas.

O relatório não aponta culpados e afirma que os dois pilotos fizeram os testes de rotina antes de decolar.

Agora, um juiz deve decidir se alguém sera responsabilizado pelo pior acidente aéreo na Europa em duas décadas.

Fonte: BBC