terça-feira, 1 de setembro de 2020

Aconteceu em 1 de setembro de 1983 - Avião da Korea Airlines é abatido por míssil soviético

Os 269 passageiros e tripulantes, incluindo um congressista norte-americano, Lawrence McDonald, estavam a bordo do voo KAL 007; ninguém sobreviveu.

Era 1º de setembro de 1983 quando um porta-voz da companhia Korean Air Lines, correu pelos saguões do Aeroporto Internacional Kimpo (atual Gimpo), em Seul, na Coreia do Sul. Em uma das salas de espera, familiares e amigos próximos esperavam os viajantes que haviam partido de Nova York, no dia 31, pelo voo 007, o Boeing 747-230B, prefixo HL7442, levando a bordo 240 passageiros e 29 tripulantes, que até então tinha como status atrasado no painel de horários.

O funcionário tinha o seguinte a dizer: o jumbo havia sumido do mapa com mais de 200 passageiros que estavam a bordo. A ansiedade que tomava conta do local foi substituída pelo pânico.

Antes de seguir para Seul, o avião fez uma escala no Aeroporto Internacional de Anchorage, no Alasca, onde foi reabastecido e supervisionado. O comando da aeronave foi assumido pelo capitão Chun Byung-in, pelo copiloto Doung-hui, e por Kim Eui-dong, engenheiro de voo. Após a parada no Alasca, o jumbo decolou novamente às 4 horas de 31 de agosto.

Horas após a decolagem, os passageiros ouviram o trivial anúncio: “Bom dia, senhoras e senhores, vamos aterrissar no Aeroporto Internacional Seul Gimpo em cerca de três horas. A hora local em Seul é 3h da madrugada. Antes do pouso, serviremos bebidas e café da manhã, obrigado”. No entanto, não haveria refeições – e muito menos aterrissagem. Em 26 minutos, um pouso de emergência foi anunciado. Máscaras de oxigênio começaram a cair na cabeça dos passageiros. Provavelmente ninguém percebeu, mas seu avião civil acabara de ser abatido por um caça.


Ironia do destino

Em 1983, a Guerra Fria era uma realidade diária. Após as tentativas de reaproximação da Era Carter (1977-1981), ela havia sido reincendiada pela política do presidente Ronald Reagan, que partiu para uma tentativa de vencê-la, rearmando o país e reiniciando a política de patrocínio de grupos anticomunistas. E também – o mais crítico – prometendo um escudo antimísseis nucleares, o que acabaria com o precário equilíbrio da chamada Destruição Mútua Assegurada, na qual ninguém podia atacar, por medo da retaliação.

Esse foi o contexto em que a aeronave entrou por aciente no espaço aéreo da URSS. A ação foi vista como uma provocação dos Estados Unidos. Na época, havia voos entre os países, mas os aviões deviam passar por rotas muito específicas. Fora delas, podia ser visto como uma ação de guerra.

“A navegação nessa área era extremamente crítica, pois você não iria querer entrar no espaço aéreo soviético, a menos, é claro, se lhe dissessem para entrar nessa área da Rússia”, diz o capitão J.C. Day, autor de Salute and Execute: One Man's Journey Through the Ranks of the Military (Saudação e Execução: a Jornada de um Homem pelas Fileiras do Exército).

Os soviéticos já haviam vivenciado um episódio parecido. Em abril de 1978, outro boeing da Korean Air Lines, que vinha da França, com destino a Seul, também fez escala no Alasca. Com um sistema ineficiente e erros de cálculo, o avião acabou sendo desviado para o espaço aéreo soviético. Não demorou muito para que fosse interceptado pela defesa antiaérea soviética. Dessa vez, o avião conseguiu se safar. Realizou um pouso de emergência no lago congelado de Korpiyarvi. Dos 97 passageiros, apenas dois faleceram.

Sobrevoando território russo, os radares soviéticos logo detectaram o 747 – e interpretaram como sendo um avião espião. Não era totalmente descabido: no radar e visualmente, um jumbo lembra o RC-135, um modelo de reconhecimento ativo até hoje, que costumeiramente sobrevoava a área para observar as defesas russas. Ambos são quadrimotores, de asas enflechadas e grande porte.

Valery Kamensky, comandante das Forças de Defesa Aérea, deu a ordem de derrubá-lo mesmo sobre águas neutras, se fosse confirmado como um avião militar. Anatoly Kornukov, general que estava no comando da Base Aérea de Sokol, estranhou a ordem de derrubar em águas neutras, mas insistiu que não havia necessidade de confirmar a identidade. “Que civil? Ele voou sobre Kamtchaka!”, exclamou ele pelo rádio.

O consenso entre os dois levou ao pior de tudo. O alarme foi soado e unidades de caça Sukhoi Su-15 e Mikoyan Mig-23 foram ativadas. “Eu repito a tarefa, atire, atire no alvo 60-65. Destrua o alvo 60-65 [...] Assuma o controle do MiG 23 de Smirnikh, indicativo de chamada 163, indicativo de chamada 163. Ele está atrás do alvo no momento. Destrua o alvo! [...] Execute a tarefa, destrua-a!”, ordenou Kornukov.

Ao receber o sinal, o piloto Gennadi Osipovich disparou dois mísseis ar-ar Kaliningrad K-8. Como ordenara Kamensky, o fato de o avião não estar mais sobre território russo, mas sobre o Mar do Japão, foi desconsiderado. Como insistira Kornukov, a identificação foi ignorada.

O piloto declarou ter disparado tiros de metralhadora como aviso e não ter notado qualquer reação. “Eu sabia que esse era um avião civil. Mas para mim isso não significava nada. É fácil transformar um tipo de avião civil em um avião para uso militar”, disse em entrevista ao jornal Izvestia, pouco antes do fim da União Soviética, em 1991. “Eu não disse à base que se tratava de um avião do tipo Boeing; eles não me perguntaram.” Em uma declaração ao jornal The New York Times, em 1996, ele continuava a insistir que o Kal 007 era, de fato, uma aeronave espiã.

Investigação censurada

Em 1983, os familiares das 269 vítimas enterraram os entes em caixões vazios. A Rússia havia feito um esquema de sigilo: ninguém sabia se havia sobreviventes, destroços dos corpos, do avião ou se a caixa-preta tinha sido encontrada. Eles acabaram por criar  uma rede de apoio para outras pessoas, em situações parecidas tempos depois, o Grupo de Familiares de Vítimas de Desastres Aéreos, parte integrante da Organização Internacional de Aviação Civil.

A ausência de corpos é motivo de teorias da conspiração. No livro Rescue 007: Untold Story of KAL 007's Survivors (Resgate 007: História Não Contada dos Sobreviventes do KAL 007), o autor Bert Schlossberg, parente de uma vítima, afirma que testemunhas viram passageiros alojados em prisões da Sibéria. Além dessa crença, há quem acredite também que os soviéticos destruíram os restos dos corpos, que comprovariam a culpa intencional da URSS no caso.

Mas algo foi descoberto. Dois meses após a tragédia, mergulhadores soviéticos, operando a partir de um navio de perfuração de pontos petroleiros, encontraram registros essenciais para o entendimento do episódio. Mas nada foi feito então. Foi só com o fim do regime soviético, ao final de 1991, que o então presidente da Rússia, Bóris Yeltsin, confirmou a existência da caixa-preta.

O material, que foi entregue às autoridades da Coreia, apontava o erro de navegação por parte do piloto. E também confirmou que, apesar da negativa do militar soviético Nikolai Ogarkov, dias após a tragédia aérea, os russos haviam vasculhado o local. 

Mapa mostrando a distância entre a trajetória de voo realizada e a planejada

Junto com a informação da caixa-preta, foi divulgada, em 1992, durante reunião em um hotel de Moscou, a transcrição do gravador de voz da cabine. Ali foi descoberto que a morte dos passageiros não havia sido imediata. O avião não fora destruído no ar: fragmentos dos mísseis atingiram a parte traseira da nave e limaram três dos quatro sistemas hidráulicos.

Buracos foram abertos na parede da aeronave, mas os motores continuaram funcionando. O Boeing 747 continuou voando por mais 12 minutos, em espiral, até cair próximo da Ilha de Moneron, no Mar do Japão. Os passageiros morreram esmagados com as estruturas do avião ou afogados.

Crime contra a humanidade


O incidente contribuiu para abalar ainda mais as relações entre os Estados Unidos e a URSS. A tragédia foi descrita pelo ex-presidente Ronald Reagan como “um crime contra a humanidade”, e algo que nunca deveria ser esquecido.

Temendo outros possíveis ataques, a administração Federal de Aviação (FAA), dos Estados Unidos, revogou a permissão da Aeroflot, companhia estatal soviética, para realizar voos dentro e fora do país. Como consequência, para levar passageiros para a América do Norte, eram feitas viagens apenas pelo Canadá e México. A medida perdurou pelos três anos subsequentes.

Outros países tomaram atitudes parecidas – mas bem mais brandas. Pilotos australianos proibiram os diplomatas soviéticos e funcionários do governo de usar voos domésticos por 60 dias. Já a Finlândia e a França boicotaram voos para Moscou e outros destinos da URSS por dois meses; a Bélgica adotou a mesma medida por duas semanas. Aviões da Aeroflot ficaram suspensos de pousar em Portugal por 30 dias. E o acidente repercutiu com outros tipos de ações: a Costa Rica, entre outros, oficializou um dia de luto pelas vítimas do KAL 007, no qual hasteou bandeiras.

Talvez a consequência mais fundamental e duradoura foi uma concessão dada pelo presidente Reagan. Ciente da diferença que teria feito à situação, Reagan liberou o uso de um sistema de navegação por satélite que até então era exclusivo das Forças Armadas dos EUA: o GPS.

Ainda hoje, o sistema que todos têm no celular é basicamente uma concessão dos EUA, razão pela qual a Rússia usa o Glonass, a China, o BeiDou, e países como França e Índia estão desenvolvendo os seus.

Edição da revista Time noticia o ataque / Crédito: Reprodução

Fontes: ASN / aventurasnahistoria.uol.com.br / Wikipedia

Passageira caminha até asa de avião para "tomar um ar fresco"

Mulher abriu a porta de emergência da aeronave porque "estava com calor".

Quando está calor, algumas pessoas costumam ingerir muita água gelada; outras optam por um mergulho no mar. No entanto, uma ucraniana decidiu inovar : durante uma aterrissagem, ela abriu a porta de emergência do avião e  passeou ao longo da asa para "tomar um ar fresco", segundo o The Sun.

Segundo a empresa de aviação Ukraine International Airlines, a "fuga" do calor aconteceu momentos depois de pousar em Kiev vindo da Turquia. A mulher argumentou que estava " muito quente " no interior da aeronave, um Boeing 737-86N.

Vídeos mostram-na casualmente caminhando ao longo da asa antes de voltar para dentro do avião e se juntar à família. Um turista contou à mídia local que "a aeronave pousou e quase todos os passageiros desceram. Ela caminhou  até a saída de emergência, abriu a porta e saiu. Na hora, seus dois filhos estavam fora do avião e parados ao meu lado. Eles ficaram surpresos, dizendo, ' essa é a nossa mãe !'". 

O piloto, então, chamou uma ambulância, a polícia e guardas do aeroporto. Testes mostraram que ela não estava embriagada nem sob efeito de drogas.

A ucraniana " calorenta " estava viajando com o marido e os dois filhos para férias em família antes do início do novo período escolar.


Fonte: iG - Fotos via The Sun

Avião carregado com droga faz pouso forçado em estrada da zona rural de Cacoal (RO)

Suspeitos fugiram em um carro roubado. Polícia suspeita que o caso pode se tratar de tráfico internacional de drogas.

Avião foi encontrado com asa e trem de pouso quebrado

Um avião monomotor Cessna 182 fez um pouso forçado na tarde desta terça-feira (2) em uma estrada rural próxima ao aeroporto de Cacoal (RO). A aeronave estava carregada com drogas, e os suspeitos não foram localizados.

De acordo com a Polícia Civil, é possível que o avião tenha ficado sem combustível, e por isso precisou pousar. Ele foi encontrado com a asa e o trem de pouso quebrados.

A Polícia Militar informou que pelo menos duas pessoas ocupavam o avião. Esses suspeitos teriam fugido após roubar o carro de uma pessoas que passava pelo local e parou para oferecer ajuda. O veículo foi recuperado horas depois em Rolim de Moura (RO), onde foi abandonado.

O entorpecente transportado era, possivelmente, cocaína. A polícia acredita que o caso pode se tratar de tráfico internacional de drogas. A Polícia Federal realizou perícia e deve acompanhar as investigações. O avião deve ser levado para a sede da PF em Ji-Paraná.


Fonte: Magda Oliveira (Rede Amazônica) via G1 - Foto: Reprodução/Redes sociais

Notícias do Dia

Dono de aeronave que caiu em Teresina já foi preso por furtar avião

Avião espião dos EUA sofre acidente durante treinamento na Virgínia

Airbus da Avianca tem degradação elétrica em voo para Miami e acaba em Madri

Com 158 a bordo, avião quase decola com veículo na pista em grave incidente

Boeing israelense que voou para Abu Dhabi conta com laser antimísseis

Governo federal compra passagens aéreas acima do preço de mercado, diz CGU

Demanda de passageiros registra queda de 79,8% em julho

Demissões em aviação podem chegar a meio milhão até dezembro

Pilotos de aéreas entram em alerta com MP da terceirização

Após pressão, relator abandona MP dos Aeronautas: “não dei conta”

Frota de aviação agrícola do Brasil deve crescer 3% em 2020, prevê Sindag

Iata pede reabertura de fronteiras e ações de alívio à aviação

Azul implementa sistema de raio ultravioleta em processo de limpeza

Gol comunica pagamento de dívida de US$ 300 milhões

Latam inicia manutenção de B767s cargueiros no Brasil

Companhias temem saída de Portugal do corredor aéreo do Reino Unido

Intelsat compra divisão de internet para aviação comercial da Gogo

Cresce presença de drones na aplicação de defensivos

Primeiro Gripen a atingir 3.000 horas de voo

KLM inicia testes de voo com seu projeto de asa voadora, o avião do futuro

Escola da FAB realiza diplomação de 132 Oficiais

Fotos: A-29 das Filipinas decolando de Recife (PE)

EUA vão modernizar as instalações nigerianas para receberem o A-29 Super Tucano

Autoridades investigam homem que voou com jetpack perto do aeroporto de Los Angeles