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sexta-feira, 8 de março de 2024

Voo de Buenos Aires para Madri é desviado e pousa em Natal após espanhol passar mal; aeroporto não tinha médico e passageiro morreu

Pouso de emergência aconteceu por volta das 19h no terminal potiguar. Avião seguiu para Espanha após atendimento.

Voo de Buenos Aires para Madri é desviado e pousa em Natal após espanhol passar mal;
aeroporto não tinha médico e passageiro morreu (Foto: Reprodução)
Um avião que decolou de Buenos Aires, na Argentina, e seguia para Madri, na Espanha (voo UX42), desviou a rota e pousou no Aeroporto de Natal na noite desta quinta-feira (8), durante uma emergência em saúde com um dos passageiros. O passageiro - um espanhol de 72 anos - morreu.

O voo era realizado pelo Boeing 787-9 Dreamliner, prefixo EC-NFM, da Air Europa, e seguiu com viagem à Espanha após a ocorrência.

Em nota, a Zurich Airport Brasil, administradora do terminal, disse que o avião informou emergência médica de passageiro em voo e solicitou pouso em Natal. O pouso ocorreu por volta de 19h.


Segundo o coordenador do Samu Natal, Cláudio Macêdo, o serviço de saúde do Aeroporto não contava com um médico, nesta quinta-feira (7) e, por isso, o terminal acionou o Samu RN. Porém, o serviço estava com as UTIs móveis ocupadas em outros atendimentos e pediu auxílio do Samu Natal.

"O aeroporto tem que ter uma unidade de suporte avançado lá, dentro da unidade, mas não tinha médico ontem. A UTI do SAMU Natal chegou a ir até a entrada do aeroporto mas as pessoas que estavam disseram que o paciente já estava em óbito há mais de vinte minutos", afirmou o coordenador.

A Zurich informou que conta com uma ambulância, que estava posicionada no pátio no momento do pouso. "Tão logo ocorreu o pouso a equipe de socorro do aeroporto realizou o protocolo de atendimento indicado para estes casos, buscando reanimar o passageiro. Mas não houve êxito", informou.

Voo que seguia de Buenos Aires para Madri pousa em Natal durante emergência médica
(Imagem: Flight Radar/Reprodução)
O g1 pediu informações a Air Europa sobre a emergência médica, mas a companhia aérea se limitou a dizer que "em conformidade com as normas e legislação, não pode fornecer dados pessoais dos passageiros"

A Secretaria de Saúde Pública do Rio Grande do Norte confirmou que o corpo do passageiro foi levado para o Serviço de Verificação de Óbitos localizado em Natal. A identidade, no entanto, não foi informada.

Essa não é a primeira vez que o Aeroporto de Natal recebe um avião alternado por causa de uma emergência médica. Em outubro do ano passado, um avião da Latam – um Boeing 777 – que seguia de São Paulo para Frankfurt, na Alemanha, pousou aqui após uma passageira passar mal.

Meses antes, em junho, o terminal da capital recebeu um Boeing 747, conhecido como Rainha dos Céus, também por uma emergência médica. Um passageiro teria passado mal e necessitado de atendimento médico de urgência.

Além dos casos de necessidades médicas, outros voos foram desviados por outros motivos neste ano. Em janeiro, um avião da Azul Linhas Aéreas que saiu daqui para Belo Horizonte precisou retornar após o piloto declarar emergência. De acordo com as informações, pode ter ocorrido um problema de despressurização da cabine, que obrigou a descida da aeronave para 10 mil pés.

Já em fevereiro, um avião da TAP Air Portugal que seguia de Lisboa para Fortaleza foi desviado para Natal devido ao mau tempo na capital cearense. Na ocasião os passageiros precisaram desembarcar e a aeronave ficou em solo potiguar por quase dois dias.

Via Igor Jácome, g1 RN, flightradar24.com, glaucialima.com e Site Desastres Aéreos

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

O que é a incapacitação do piloto em voo e por que ela está aumentando?

Deveria haver preocupação com a tendência crescente de Incapacitação de Pilotos?

A emergência

Em 14 de agosto de 2012, um Boeing 787-9 da LATAM Airlines, voo nº LA-505, voava de Miami, FL (EUA) para Santiago do Chile (Chile). Durante a rota no FL370 e cerca de 120 milhas náuticas ao norte da Cidade do Panamá (Panamá), depois de passar quase três horas até o destino, a aeronave rumou para a Cidade do Panamá; com base na premissa de que um dos capitães a bordo foi declarado incapacitado. O avião pousou com segurança na pista 03L da Cidade do Panamá cerca de 28 minutos após o anúncio da emergência. O capitão foi declarado morto na chegada.

Plano de rota de voo planejado
Sobre os Pilotos

A companhia aérea informou que havia um capitão e um primeiro oficial junto com um capitão substituto a bordo. O capitão foi ao banheiro e nunca mais voltou à cabine, pois estava capacitado no banheiro. O capitão substituto e o primeiro oficial fizeram um pouso de emergência na Cidade do Panamá, Panamá. A tripulação de bordo continuou tentando reanimar o capitão até pousar na Cidade do Panamá. No entanto, ele nunca respondeu ao atendimento médico.

Tendências recentes

Uma rápida análise dos casos recentes de doenças ou mesmo de incapacidade de pilotos parece ter mostrado uma tendência crescente nestes casos. A partir do início do ano de 2023, vemos uma tendência aqui; embora a incapacitação seja um fenômeno raro.

  • Março de 2023: Southwest Airlines de Las Vegas a Ohio teve um piloto relatado como doente logo após a decolagem;
  • Março de 2023: A Air Transat de Forte-de-France para Montreal, Canadá, teve um dos pilotos gravemente doente, enquanto outro segundo oficial ajudou o piloto a pousar com segurança em Montreal;
  • Junho de 2023: Easy Jet voando de Manchester para Dalaman, na Turquia, teve que ser desviado para a Croácia devido a um capitão incapacitado.
  • Junho de 2023: A Air Canada voando de Toronto para St. James tinha um primeiro oficial incapacitado a bordo, no entanto, um capitão fora de serviço ajudou o capitão a continuar o voo;
  • Julho de 2023: O voo Eurowings Discover voando de Creta para Frankfurt tinha um capitão doente a bordo enquanto o primeiro oficial conseguiu pousar com segurança no destino.
A preocupação atende à exigência de dois ocupantes na cabine de comando?

Sim, a preocupação é inteiramente válida. Apesar dos fatos baseados nas tendências recentes abordadas no artigo, sempre haverá a exigência de dois ocupantes na cabine de comando. Embora as tendências actuais não suportem um número saudável em termos de doenças frequentes e mesmo de incapacitação, é muito importante ter dois pilotos a bordo. Felizmente, em quase todos os casos, havia um piloto fora de serviço ou alguém que tivesse as habilidades necessárias para auxiliar o outro piloto.

Se fosse um único ocupante gerenciando o voo, as coisas teriam sido completamente diferentes; juntamente com possíveis perdas de vidas humanas preciosas em particular e de bens em geral.

Palavras Finais

Todo grande desastre começa com eventos menores. Porém, sendo considerada um fenómeno raro, a doença em geral e a incapacitação em particular não devem ser ignoradas. É necessário focar no bem-estar dos pilotos em termos de horas de descanso. Com ou sem receita, toda vida é preciosa. Não se trata apenas dos pilotos, mas também das almas inocentes a bordo que confiam nas companhias aéreas para viajarem com tranquilidade. Não devemos 'NÃO' ignorar as 'TENDÊNCIAS'.

Via aviationgeeks1.com

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

Passageiro passa mal em voo da Air France e avião faz pouso de emergência em Fortaleza (CE)


O Airbus A350-941, prefixo F-HTYQ, da Air France, que operava o voo AF412, entre Paris, na França, e Buenos Aires, na Argentina, precisou realizar um pouso de emergência no Aeroporto Internacional Pinto Martins, em Fortaleza (CE), na terça-feira (13), após um de seus passageiros passar mal.

O avião saiu do Aeroporto Charles de Gaulle, na França, pela manhã e seguia em direção ao Aeroporto Internacional Ministro Pistarini, na capital argentina, quando alterou a rota para Fortaleza na tarde de terça.

Dados de texto do sistema de comunicação da aeronave (veja as duas imagens a seguir) mostram que se tratava de uma emergência médica com um passageiro do sexo masculino, e que foram considerados para o desvio também os aeroportos de Dakar (DSS/GOBD), no Senegal, e de Abdijan (ABJ/DIAP), na Costa do Marfim, mas a capital cearense foi escolhida por razões operacionais.


Por nota, a Frapor, administradora do Aeroporto de Fortaleza, informou que o voo AF412, da Air France, pousou na Capital às 16h10min devido à emergência médica de um passageiro a bordo. Não há mais informações sobre o quadro de saúde do passageiro.

O vídeo a seguir, da câmera ao vivo do canal “Mundo Avião” no YouTube, permite assistir aos momentos em que o avião pousou e decolou (partida a partir de 16h50) no aeroporto brasileiro:


Com informações de O Povo, Aeroin e Flightradar24

Aconteceu em 14 de fevereiro de 1992: Voo Aerolíneas Argentinas 386 - Passageiros contaminados com cólera

Em 14 de fevereiro de 1992, o avião Boeing 747-287B, prefixo LV-MLR, da Aerolíneas Argentinas (foto abaixo), operava o voo 386, de Buenos Aires, na Argentina, para Los Angeles, na Califórnia, nos EUA, com escala intermediária programada no Aeroporto Internacional Jorge Chávez, em Lima, no Peru.

Havia 336 passageiros e 20 tripulantes a bordo no trecho Lima-Los Angeles. Dos 336 passageiros, os Estados Unidos foram o destino final de 297 deles. Dois passageiros escolheram o Canadá como destino final, enquanto 37 tinham o Japão como destino final.

A aeronave envolvida no incidente

Na escala em Lima, no Peru, camarões contaminados entraram na aeronave. Um ano antes, havia se iniciado um surto de cólera no Peru. A infecção – que normalmente se espalha através de alimentos e água contaminados com dejetos humanos – já havia matado quase 3.000 pessoas no Peru desde que uma epidemia começou por lá.

Cinco passageiros apresentaram sinais da doença imediatamente após pousar no Aeroporto Internacional de Los Angeles. Vários dias depois, esse número subiu para 76. Um deles, o apresentador de rádio Anibal Cufre, de 70 anos, morreu da doença. A cólera nos alimentos contaminados não se espalhou para outras áreas dos Estados Unidos.

A bactéria que causa a cólera

Até 4 de março, 172 passageiros e um tripulante foram submetidos a testes de cólera. Das pessoas encontradas com cólera, todas, exceto duas, estavam na classe econômica. Os passageiros da primeira classe comiam em um cardápio diferente do cardápio da classe econômica. 

Em 5 de março, funcionários do Departamento de Serviços de Saúde do Condado de Los Angeles determinaram que o camarão continha cólera. Como alguns passageiros que adoeceram não comeram a comida, os responsáveis ​​não eliminaram outras possibilidades.

Embora o fornecedor peruano que fornecia os alimentos à Aerolíneas Argentinas em Lima também prestasse serviço a outras empresas no mesmo dia, e não tenham sido relatados sinais da doença, a companhia aérea de bandeira argentina culpou-o por ter introduzido os alimentos contaminados na aeronave. Isso gerou uma polêmica que acabou com a proibição da companhia aérea de operar em território peruano.

Uma investigação da Food and Drug Administration destacou o problema da colcha de retalhos de regulamentações para a segurança alimentar.

A Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO) afirmou que a responsabilidade pela segurança da organização operadora não é alterada pela subcontratação de catering ou outros serviços a terceiros.

Em 1995, a Organização Mundial da Saúde, em consulta com a ICAO e a Organização Marítima Internacional, desenvolveu acordos explícitos sobre a gestão dos riscos de transmissão da cólera e de outras doenças infecciosas por via aérea e marítima.

Em 1998, isso levou a melhorias nos procedimentos de desinfecção de aeronaves. A ICAO agora segue o conselho da International Travel Catering Association. 

Em 2005, a aeronave foi modernizada e usada como jato presidencial. Um ano depois, foi aposentada. O avião está atualmente em exibição na sede da Associação de Técnicos de Voo, na cidade argentina de Luján.


Por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos) com Wikipédia, Simple Flying e El País

terça-feira, 13 de fevereiro de 2024

Como ricos podem doar voos em jatinhos para ajudar com transplantes

Projeto TransplantAR quer aumentar capacidade de transporte de órgãos para transplantes com doação de horas de voo de aeronaves particulares. Na foto, equipe médica leva órgão para ser transportado em jato da FAB (Imagem: Suboficial Johnson Barros/Força Aérea)
Uma iniciativa do IBA (Instituto Brasileiro de Aviação) promete melhorar o transporte de órgãos para transplante. Batizada de TransplantAR, proprietários de aviões e helicópteros privados poderão doar horas de voo em suas aeronaves para transportar equipes e órgãos para transplante.

A iniciativa

Segundo o comandante Francisco Lyra, presidente do IBA, a iniciativa funcionará da seguinte forma:
  • Ao surgir um possível doador de órgãos, a equipe do SNT (Sistema Nacional de Transplantes, ligado ao Ministério da Saúde) acionará a equipe do TransplantAR.
  • Uma lista de possíveis jatos ou helicópteros é analisada para saber qual se encaixa melhor na demanda. Para isso, são analisadas localidade do avião, performance, disponibilidade, alcance, capacidade, entre outras questões.
  • Definido qual o melhor tipo de aeronave, integrantes do TransplantAR entram em contato com o dono da aeronave para saber se ele autoriza a operação. Caso não haja disponibilidade, entram em contato com outro doador de voos até conseguirem uma oportunidade.
  • A partir daí, a logística de médicos e equipamentos de transplante é acertada entre as equipes que realizarão o voo e do local onde será feito o transplante.
  • O avião, então, decola com os médicos até o destino onde será retirada dos órgãos, aguarda o procedimento, e volta para o local onde será realizado o transplante.
"Atualmente, 160 pessoas por dia morrem por falta de transplante. É um acidente aéreo por dia, mas que não ganha as manchetes dos jornais", exemplifica Francisco Lyra. Com a iniciativa, o objetivo é reduzir pela metade a quantidade de órgãos viáveis que não conseguem ser utilizados por não chegar a tempo até os receptores.

Como funcionará a doação?
  • Empresas e proprietários particulares podem doar os voos. No geral, um jato particular não voa tantas horas quanto um comercial.
  • Na maior parte do tempo, esses aviões ficam parados, com a manutenção em dia e pilotos à disposição. É justamente nessa ociosidade que estão as novas oportunidades para o transporte de órgãos.
  • Aeroportos também apoiam a iniciativa. A CCR Aeroportos participou da reunião com a (Agência Nacional de Aviação Civil) em dezembro, momento em que foi divulgado que foi a primeira a aderir formalmente à iniciativa.
  • Com isso, não serão cobradas taxas de pouso e de estadia das aeronaves que estiverem realizando essas missões nos aeroportos administrados pela concessionária. O IBA ainda conversa com outros operadores aeroportuários e fornecedores de combustível para viabilizar a gratuidade nessas operações.
  • Voos serão auditados. De acordo com Lyra, uma consultoria internacional irá auditar os voos realizados e certificar as empresas e pessoas doadoras que aquela ação específica foi responsável por salvar uma determinada quantidade de vidas.
  • Mesmo sem ainda ter iniciado a operação, iniciativa já é bem vista. Proprietários de aeronaves e empresas ouvidas pelo UOL disseram acreditar que a iniciativa terá um forte impacto e manifestaram interesse em aderir à prática.
Anac apoia a iniciativa

Em dezembro, após reunião com a equipe responsável pelo TransplantAR, a Anac declarou seu apoio a iniciativa. Como reguladora do setor, a agência garantiu que, quando estiver fazendo essa modalidade de transporte, o operador da aeronave não será enquadrado como táxi aéreo clandestino, mesmo havendo o ressarcimento dos custos, mas desde que não haja remuneração pela atividade.

No final de janeiro, o IBA se reuniu com a ministra da Saúde, Nisia Trindade, para apresentar o projeto. A iniciativa está, agora, passando pelos ajustes finais para ter início.

Fila de espera é crítica

Em muitas oportunidades, os órgãos doados acabam não sendo aproveitados por problemas logísticos. A iniciativa do TransplantAR quer reduzir esse problema.

Hoje, órgãos já são transportados por aviões. É o caso dos aviões da FAB (Força Aérea Brasileira), aeronaves de polícias e bombeiros e do Asas do Bem, iniciativa da Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas) para transporte de órgãos e tecidos em aviões que realizam voos comerciais regulares.

Para que haja a doação após a morte, é preciso seguir uma série de regras. São elas: ter havido morte cerebral, e não falência múltipla dos órgãos; a família tem de entender que não é um coma, que aquele estado não tem retorno; familiares tem de autorizar a doação; não pode haver proibição religiosa; não pode haver alguma comorbidade, entre outros.

Essas restrições tornam o leque de doadores muito pequeno, tornando mais importante reduzir o gargalo do transporte para evitar que, caso um doador surja, seja possível aproveitar os órgãos.

Malha atendida é maior

A aviação comercial regula voar para apenas cerca de 160 cidades, segundo o Instituto Brasileiro de Aviação. A aviação geral, que representa as aeronaves que podem fazer parte do TransplantAR, podem voar para 2.947 municípios, cerca de 53% das cidades brasileiras.

A frota da aviação geral também é maior que a da comercial. Empresas aéreas possuem pouco mais de 600 aeronaves no Brasil, enquanto aviões de pessoas físicas e de empresas privadas somam mais de 13,5 mil unidades.

Por que o tempo importa?

Um órgão só resiste poucas horas fora do corpo do doador. É o chamado tempo de isquemia, ou seja, é o tempo que o órgão pode ficar sem o suprimento sanguíneo e, consequentemente, a oxigenação adequada para manter suas funções logo após o transplante, explica Ronaldo Honorato, cirurgião cardiovascular do Núcleo de Transplantes do InCor e membro do departamento de transplante cardíaco da ABTO (Associação Brasileira de Transplante de Órgãos).
  • Fígado: Até 12 horas
  • Rim: Até 24 horas
  • Pâncreas: Até 8 horas
  • Coração: Até 4 horas
Após esse período, os órgãos sofrem alterações, mudam sua funcionalidade, podendo atrapalhar o resultado do transplante.

Órgãos e tecidos transportados em voos comerciais tendem a ficar mais tempo em isquemia. Isso se deve ao fato de que é preciso passar pelos procedimentos de embarque mais demorados que em aviões particulares e se respeitar os horários pré-estabelecidos dos voos, o que não ocorre em um jato privado.

"Em vez de o governo alocar recursos com o fretamento de aviões, podemos ter a sociedade ajudando diretamente por meio deste projeto. Poderemos captar diretamente esses órgãos que se perdem por problemas logísticos e aumentando a quantidade de transplantes e, consequentemente, reduzindo a fila de espera", dissee Ronaldo Honorato, do InCor e da ABTO.

Subaproveitamento é grande

A fila de espera para um transplante de órgão no Brasil chega hoje a quase 42 mil pessoas. Considerando quem aguarda por uma córnea, esse número sobe para quase 70 mil pessoas.

Em 2023, foram feitos aproximadamente 25,2 mil transplantes no Brasil. Esses números incluem fígado, rim, coração, pulmão, pâncreas, córneas entre outros.

Entre 2017 e 2019, 1.529 órgãos que poderiam ter sido transplantados foram recusados devido a problemas de logística. Apenas em São Paulo, foram 487 recusas por problemas de transporte, representando 12% do total ao lado de outros motivos como condições do doador, do receptor ou do órgão.

"Meu sonho é tirar a palavra 'espera' da frase 'fila de espera para transplante', para que ninguém mais precise aguardar", diz Honorato.

Via Alexandre Saconi (Todos a Bordo/UOL)

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

Por que você não deve fechar a saída de ar do avião?

Deixar a saída de ar aberta e permitir que o ar circule pode trazer alguns benefícios que você talvez não conheça.



Ok, quando se fala em viagens de avião, um dos últimos tópicos que vêm à mente é o sistema de ventilação. Mas a qualidade do ar ainda é um tema importante quando se trata de prevenir a propagação de bactérias e vírus, sobretudo, após a Covid-19. Por isso, levantamos aqui uma discussão interessante: por que você não deve fechar a saída de ar do avião.

Ainda que muitos passageiros tenham esse hábito para evitar o ar frio, na próxima viagem, você pode querer mudar esse hábito. Só para exemplificar, permite que o ar circule pela aeronave. O que, a propósito, traz bastantes benefícios. Mas, vamos falar melhor sobre isso.

Pare de fechar a saída de ar do avião!

A princípio, deixar as saídas de ar abertas e permitir a circulação do ar ajuda a prevenir a propagação de bactérias e vírus. Ainda que, ok, fechá-las não seja necessariamente um problema porque o ar dentro do avião está constantemente sendo renovado.

Só para ilustrar, segundo o site da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), “o ar da cabine é renovado de 20 a 30 vezes por hora”. Isso é cerca de 10 vezes mais do que na maioria dos escritórios!

Mas, segundo especialista em entrevista à revista Travel + Leisure, o ar na cabine de uma aeronave mistura ar fresco de fora e ar recirculado. Este, aliás, passou por filtros HEPA (Filtros de Ar de Partículas de Alta Eficiência), capazes de capturar 99,97% das partículas. Por exemplo, bactérias e vírus.

É aí que entra a recomendação de não fechar a saída de ar do avião. Certamente, há propagação bacteriana e viral dentro da cabine antes de o ar passar pelo filtro HEPA e, depois, se misturar ao ar fresco.

Dito de outra maneira, de pessoa para pessoa, principalmente se seu companheiro de assento estiver tossindo ou espirrando. E essa é uma área onde as saídas de ar podem ser úteis.

Como é o fluxo de ar na cabine?

O fluxo de ar na cabine de um avião vai de cima para baixo, não da frente para trás ou vice-versa. Isso se dá, sobretudo, por meio de saídas de ar pessoais e dutos laterais que envolvem os compartimentos de bagagem.

Sendo assim, não fechar as saídas de ar ajuda a manter o ar circulando de cima para baixo rapidamente. Mas, essa não é a única coisa a fazer para reduzir o risco de transmissão.

Pelo contrário, essa ação, por si só, não é uma garantia contra a propagação de doenças transmitidas pelo ar. Por isso, vale a recomendação de viajar usando uma máscara para proteção adicional.

Proteção extra contra contaminações

Além disso, é importante lembrar que algumas áreas do avião não são, exatamente, limpinhas. Neste sentido, os filtros HEPA não removem os germes que ficam nas superfícies como braços e mesinhas.

Sendo assim, é uma boa ideia limpar as superfícies rígidas dentro e ao redor do seu assento. Embora haja a limpeza entre dois voos, quando o tempo em solo é curto, pode ser que não haja tempo hábil para uma limpeza completa.

Há também a questão do embarque e desembarque. Os sistemas de filtragem de ar nem sempre estão ligados enquanto o avião está no solo, pois a aeronave pode ficar bastante abafada enquanto está no portão.

Então, se estiver procurando por um nível extra de segurança, é interessante usar máscara durante o embarque e desembarque também. Após decolar, lembre-se de não fechar a saída de ar para aumentar o fluxo de ar ao seu redor.

sábado, 3 de fevereiro de 2024

Aconteceu em 3 de fevereiro de 1975: Comida envenena 144 em avião da Japan Air Lines. Oficial de catering comete suicídio


Em 3 de fevereiro de 1975, 197 pessoas adoeceram a bordo de um Boeing 747 da Japan Air Lines em rota de Anchorage, no Alasca, para Copenhague, na Dinamarca , após consumirem uma refeição a bordo contaminada com estafilococos. Cento e quarenta e quatro pessoas necessitaram de hospitalização, tornando-se o maior incidente de intoxicação alimentar a bordo de um avião comercial.

Aeronaves e passageiros

Um Boeing 747-246B da Japan Air Lines, semelhante ao envolvido no incidente
O incidente ocorreu a bordo de um Boeing 747-246B da JAL - Japan Air Lines. O número de matrícula da aeronave não é conhecido. No momento do incidente, a Japan Air Lines tinha o 747-100 e o 747-200B em sua frota de longa distância.

A aeronave transportava 344 passageiros. O número exato de tripulantes não é conhecido, mas o fato de 364 refeições terem sido levadas a bordo indica uma tripulação de 20 pessoas. A maioria dos passageiros do voo fretado eram vendedores japoneses da The Coca-Cola Company e seus familiares, que tinham ganhou uma viagem para Paris.

Sequência de eventos

O voo teve origem no Aeroporto Haneda, em Tóquio, no Japão. e fez escala para abastecimento no Aeroporto Internacional de Anchorage, no Alasca. Depois de cruzar o Ártico, outra parada para abastecimento no Aeroporto de Copenhague, na Dinamarca, foi programada antes que o voo continuasse até seu destino final no Aeroporto Charles de Gaulle de Paris, na França.

A aeronave chegou ao espaço aéreo europeu após um voo sem intercorrências. 90 minutos antes do pouso programado em Copenhague, os comissários serviram omeletes de presunto no café da manhã.

Cerca de uma hora depois do pequeno-almoço, enquanto se aproximavam de Copenhague, 196 passageiros e um comissário de bordo adoeceram com náuseas, vómitos, diarreia e cólicas abdominais. 144 deles estavam tão gravemente doentes que necessitaram de hospitalização; 30 estavam em estado crítico. Os outros 53 foram atendidos em prontos-socorros improvisados.

Como nenhum dos médicos na Dinamarca falava japonês e apenas alguns passageiros eram fluentes em dinamarquês ou inglês, funcionários dos restaurantes de Copenhague que falavam japonês foram convocados ao hospital para atuar como tradutores.

Investigação

A equipe de investigação foi liderada pelo oficial do Serviço de Saúde Pública dos Estados Unidos, Dr. Mickey S. Eisenberg, do Departamento de Saúde do Estado do Alasca.

Exames laboratoriais de amostras de fezes e vômito de passageiros, bem como 33 amostras de sobras de omeletes de presunto, detectaram Staphylococcus aureus. Concentrações elevadas de toxinas produzidas pelos estafilococos também foram detectadas no presunto, explicando o tempo de incubação extremamente curto.

Contaminação de refeições

A investigação começou por rastrear os agentes patogénicos até à sua origem e centrou-se nas instalações da International Inflight Catering, uma subsidiária da Japan Airlines com sede em Anchorage, onde as refeições foram preparadas. Verificou-se que três cozinheiros prepararam as refeições, um dos quais apresentava lesões infeccionadas nos dedos indicador e médio da mão direita. 

Descobriu-se que as lesões nos dedos do cozinheiro estavam infectadas com estafilococos. Os testes revelaram tipos de fagos idênticos e resistências a antibióticos para todas as amostras, indicando que o cozinheiro era a fonte da contaminação.

A aeronave possuía quatro cozinhas nas quais eram servidas 354 refeições, sendo 40 na primeira classe e 108 em cada cozinha do convés principal. Segundo Eisenberg, o cozinheiro suspeito preparou refeições para três das quatro cozinhas. Ele havia feito curativos nas lesões, mas não as comunicou ao seu superior, por considerá-las triviais. Além disso, a administração não verificou se ele estava bem de saúde, apesar de ser obrigado a fazê-lo, segundo Eisenberg.


O cozinheiro suspeito preparou todas as 40 omeletes servidas na primeira classe, bem como 72 das 108 para uma das cozinhas do convés principal. Além disso, ele manuseou todas as 108 omeletes para outra cozinha (as fontes divergem sobre se ele colocou o presunto nessas omeletes ou se os dois cozinheiros levaram as fatias de presunto para as omeletes que prepararam no mesmo recipiente). 

Ele havia, portanto, preparado um total de 220 refeições. Segundo a hipótese de Eisenberg, 36 pessoas que receberam refeição em uma das cozinhas da frente, bem como as 108 que receberam a refeição na de trás, comeram refeições não contaminadas.

Propagação de patógenos


De acordo com microbiologistas, podem ser necessários apenas 100 estafilococos para causar intoxicação alimentar. A logística de catering a bordo proporcionou condições ideais para que as bactérias crescessem e libertassem toxinas, que provocam náuseas, vómitos, diarreia e cólicas abdominais graves. Por serem resistentes ao calor, as toxinas não foram destruídas quando as omeletes foram aquecidas.

Antes de serem servidas, as refeições foram armazenadas em temperatura ambiente na cozinha por 6 horas, depois refrigeradas (embora a 10 °C insuficientes (50°F) por 14 horas e meia e depois armazenadas nos fornos das aeronaves, novamente sem refrigeração , por mais 8 horas. Se os alimentos tivessem sido mantidos devidamente refrigerados desde o momento em que foram preparados até estarem prontos para serem servidos, o surto não teria ocorrido.


Os médicos dinamarqueses afirmaram que a maioria dos que adoeceram ocupavam assentos na parte dianteira da aeronave, consistente com o padrão de distribuição hipotético de Eisenberg das omeletes contaminadas. 86% dos que comeram omeletes manuseados pelo cozinheiro suspeito adoeceram, enquanto nenhum dos que comeram uma das outras omeletes desenvolveu sintomas.

Depois

O gerente de catering da Japan Air Lines, Kenji Kuwabara, de 52 anos, cometeu suicídio ao saber que o incidente havia sido causado por um de seus cozinheiros. Havia uma nota de suicídio que dizia: “Assumo total responsabilidade pela intoxicação alimentar”.  Ele foi a única fatalidade. 

Os investigadores enfatizaram que as pessoas com lesões infectadas não devem manusear os alimentos e que os alimentos devem ser armazenados a temperaturas suficientemente baixas para inibir o crescimento de bactérias.

Foi por acaso que o piloto e o primeiro oficial não tenham comido nenhuma das omeletes contaminadas, já que a companhia aérea não tinha regulamentos relativos às refeições da tripulação. Como os relógios biológicos dos pilotos estavam no horário do Alasca e não no horário da Europa, eles optaram por um jantar de bifes em vez de omeletes - se não tivessem feito isso, talvez não tivessem conseguido pousar a aeronave com segurança.

Eisenberg sugeriu que os membros da tripulação da cabine comessem refeições diferentes preparadas por cozinheiros diferentes para evitar que surtos de intoxicação alimentar incapacitassem toda a tripulação, uma regra posteriormente implementada por muitas companhias aéreas.

Por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos) com Wikipédia e sci-hub.se

domingo, 28 de janeiro de 2024

Por que ficamos alcoolizados mais rápido no avião?

Beber um uísque dentro do avião pode te deixar nas alturas, literalmente — e mais do que se você bebesse essa mesma dose na sua casa.


Isso acontece principalmente porque o nível de oxigênio no seu sangue está mais baixo devido à pressão atmosférica de dentro da cabine. Mesmo com a pressurização, ela é menor do que estamos acostumados em terra.

Com um nível menor de oxigênio, os órgãos funcionam mais lentamente e a bebida permanece mais tempo dentro de você, aumentando o efeito.

Se você fizesse uma festa em uma montanha de 2 mil metros de altura, também ficaria no mesmo “grau”. E tem mais: como o ar dentro do avião é muito seco, o passageiro pode desidratar mais rápido do que se estivesse tomando uma no solo.

Outra coisa: o álcool demora mais ou menos uma hora para fazer efeito. Aquela segunda ou terceira taça de vinho porque a primeira "não bateu" pode sobrecarregar o fígado, que já está funcionando mais devagar por conta da altitude, e gerar os efeitos da famosa ressaca.

Não quer passar vexame no voo? A dica amiga é ingerir água junto e também evitar comidas muito salgadas. Boa sorte para você que embarcou ao lado de alguém que está a fim de afogar as mágoas.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

Você pode estar respirando mais fumaça de avião do que gostaria

O óleo lubrificante na pluma de escape quente de um motor de avião forma partículas
 ultrafinas, que são liberadas na atmosfera (Imagem: Florian Ungeheuer)

Partículas ultrafinas


Na poluição, as partículas ultrafinas, que têm menos de 100 milionésimos de milímetro (100 nanômetros) de tamanho, podem ser a piores.

Por serem tão pequenas, elas conseguem penetrar profundamente no trato respiratório, ultrapassar a barreira ar-sangue e, dependendo de sua composição, causar reações inflamatórias nos tecidos, por exemplo. Além disso, há fortes suspeitas de que as partículas ultrafinas sejam capazes de desencadear doenças cardiovasculares.

Partículas ultrafinas se formam durante processos de combustão, que vão desde quando madeira ou biomassa são queimadas, até os motores dos carros e os grandes equipamentos das usinas termoelétricas e outras indústrias.

Mas, e se elas estiverem caindo na sua cabeça, onde quer que você esteja?

O professor Florian Ungeheuer, da Universidade Goethe de Frankfurt (Alemanha), estava analisando a composição química de partículas ultrafinas e descobriu um grupo de compostos orgânicos que, de acordo com suas características, se originam de óleos lubrificantes.

O problema é que não eram lubrificantes de carros e nem de máquinas, mas especificamente daqueles usados em aviões.

Lubrificantes de aviação


A equipe acaba de confirmar essa descoberta por meio de medições químicas adicionais das partículas ultrafinas, feitas com os melhores equipamentos e técnicas disponíveis. Os resultados confirmaram que as partículas se originaram basicamente dos óleos sintéticos usados nos motores a jato, e são particularmente prevalentes nas classes de partículas menores, ou seja, partículas de 10 a 18 nanômetros de tamanho.

Embora os motores de avião devessem queimar apenas o combustível - querosene de aviação -, e não os óleos lubrificantes, esses óleos de lubrificação podem entrar na pluma de exaustão dos motores, por exemplo, através de aberturas onde gotículas de óleo de tamanho nanométrico e vapores de óleo gasoso não são totalmente retidos pelos mecanismos do motor.

Isso significa que medidas em andamento para diminuir a poluição dos aviões, como usar querosene com baixo teor de enxofre ou mudar para um combustível de aviação sustentável, não irá eliminar toda a poluição causada por partículas ultrafinas.

"Quando o vapor de óleo esfria, os ésteres sintéticos gasosos ficam supersaturados e formam os núcleos de novas partículas, que podem crescer rapidamente até cerca de 10 nanômetros de tamanho. Essas partículas, como nossos experimentos indicam, constituem uma grande fração das partículas ultrafinas produzidas por motores de aeronaves.

"A suposição anterior de que partículas ultrafinas se originam principalmente de enxofre e compostos aromáticos no querosene está, evidentemente, incompleta. De acordo com nossas descobertas, a redução das emissões de óleo lubrificante dos motores a jato tem um potencial significativo para reduzir a emissão de partículas ultrafinas," concluiu Ungeheuer.

Checagem com artigo científico: Artigo: "Nucleation of jet engine oil vapours is a large source of aviation-related ultrafine particles" - Autores: Florian Ungeheuer, Lucía Caudillo, Florian Ditas, Mario Simon, Dominik van Pinxteren, Dogushan Kiliç, Diana Rose, Stefan Jacobi, Andreas Kürten, Joachim Curtius, Alexander L. Vogel - Publicação: Communications Earth & Environment - Vol.: 3, Article number: 319 - DOI: 10.1038/s43247-022-00653-w.

sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

Quem tem varizes pode viajar de avião? Médico explica

Cirurgião vascular orienta que, em viagens longas, as pessoas adotem cuidados especiais para tratar as varizes e evitar complicações durante a viagem.

As varizes podem ocasionar a formação de trombose (Foto: Shutterstock/Alto Astral)
A chegada das férias é um dos momentos mais esperados do ano, em que muitas pessoas aproveitam para viajar. No entanto, viagens longas de carro, ônibus ou avião podem trazer complicações para quem sofre de varizes.

As varizes são veias dilatadas e sinuosas que surgem nos membros inferiores e provocam dores e inchaço. Na maioria das vezes estão associadas à predisposição genética e alterações hormonais, além de representar um fator de risco para a formação de trombose.

De acordo com o cirurgião vascular e angiologista, Dr. Eduardo Toledo de Aguiar, quem tem varizes pode viajar de avião. Entretanto, é necessário adotar alguns cuidados para prevenir problemas durante a viagem. Abaixo, você confere algumas orientações do especialista.

1. Ande pelos corredores

Esticar as pernas é uma ótima medida para prevenir esse problema. A cada hora, pelo menos, dê uma boa caminhada pelos corredores. Notifique a equipe sobre sua necessidade especial para que todos estejam cientes.

2. Evite ficar parado

Mesmo enquanto estiver sentado, é importante manter o corpo em movimento. Tente trocar a posição das pernas e mover os tornozelos a fim de exercitar as panturrilhas. Isso contribuirá para a melhora da circulação sanguínea.

3. Evite roupas apertadas

Priorize peças soltas e confortáveis, que não prendam, sob nenhuma hipótese, a sua circulação.

4. Use meias elásticas

O uso de meias elásticas de média compressão são fator muito importante de prevenção em viagens de longa duração.

5. Hidrate-se!

Para melhorar ainda mais o fluxo de sangue pelo corpo, é importante manter o balanço hídrico do organismo. Sendo assim, consuma bastante água e outras bebidas durante a sua viagem.

Consulte um especialista

Além destes, existem outros cuidados essenciais para que sua viagem seja segura e tranquila. Isso envolve, também, o acompanhamento médico e a realização de tratamentos adequados para lidar com as varizes. Portanto, converse com seu médico especialista para a adoção de medidas para o seu caso.

quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

Copiloto desmaia em voo e avião da rota entre Brasília e João Pessoa pousa no aeroporto de Salvador

Segundo a Latam, pouso do voo LA3744 foi feito em segurança e os passageiros da aeronave receberam assistência.


O avião Airbus A320-214, prefixo PR-MYW, da empresa Latam, que seguia de Brasília para João Pessoa, fez um pouso no Aeroporto de Salvador, na terça-feira (16). Segundo a empresa, o desvio de rota aconteceu após o copiloto desmaiar e precisar de atendimento médico.

Segundo informações da Latam, o pouso do voo LA3744 foi feito em segurança e os passageiros da aeronave receberam assistência. O desvio em Salvador aconteceu às 15h08 e a chegada em João Pessoa às 16h22.

A conversa captada entre um dos pilotos e o Controle de Tráfego Aéreo mostra que o avião declarou urgência para pouso com o aviador declarando “PAN PAN” na frequência, e logo depois falando que o seu colega de cabine estava passando mal e ficou incapacitado, ou seja, sem condições de exercer suas funções à bordo (Clique aqui para ouvir).

A companhia aérea informou ainda que seguiu todos os protocolos previstos em casos de membros de tripulação passarem mal e reiterou que adotou todas as medidas de segurança possíveis, técnicas e operacionais, para garantir a viagem dos passageiros.

A Vinci Airports, empresa que administra o aeroporto de Salvador, acrescentou que as operações no local não foram impactadas por causa da situação.

Via Aeroin, g1 e flightradar24.com

segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

Férias: veja como um voo longo impacta a saúde do corpo humano

Viagens com trajetos grandes de avião podem influenciar o desenvolvimento de trombose, desidratação, jet lag e maior exposição a doenças.


As férias chegaram e, de acordo com a Infraero, o movimento nos aeroportos deve aumentar 45% durante os meses de dezembro e janeiro. Se a ideia é uma viagem longa, existem alguns cuidados com a saúde para levar em consideração. Voos compridos, com mais de oito horas, podem ser responsáveis pelo desenvolvimento, por exemplo, de desidratação e trombose.

A médica intensivista Adele Vasconcelos, do Hospital Santa Marta, em Brasília, explica como um voo longo pode impactar a saúde do corpo e destrincha formas de lidar com grandes viagens. Confira:

1. Desidratação


Em longos trajetos de avião, é comum que o passageiro se desidrate. O interior do transporte aéreo é seco e a alta altitude não possui a mesma umidade de condições normais, e Adele acrescenta que a despressurização da cabine faz com que o interior fique ainda mais seco.

“É recomendado sempre que o indivíduo consuma mais líquido do que o normal. É interessante levar uma garrafinha para se hidratar dentro dos voos”, afirma a médica. Outra dica é não beber muito álcool ao longo do caminho, pois a bebida é um diurético que resulta no aumento do fluxo urinário, causando desidratação.

2. Influência nos ouvidos, respiração, intestino e sono


Adele lembra que a pressão é diferente dentro da cabine e os gases do corpo reagem de acordo. Eles se expandem conforme a aeronave sobe e a pressão diminui, e o contrário ocorre quando o avião desce. Por isso, podem acontecer, por exemplo:
  • Dores de ouvido, que acontecem quando a pressão do ar nos dois lados do tímpano é diferente;
  • Dores de cabeça, que podem ser causadas pela expansão do ar preso nos seios da face;
  • Problemas intestinais, como soltar mais gases.
A viagem também pode causar sono, visto que o corpo não é capaz de absorver tão bem o oxigênio do ar na altitude quanto no solo. Logo, ficar sonolento é a forma do organismo se proteger.

3. Trombose


Ficar entre 8 e 12 horas sentado sem se movimentar aumenta o risco de formação de coágulos sanguíneos nas pernas, problema conhecido como trombose venosa profunda (TVP). O ideal é fazer caminhadas pequenas dentro do avião, respeitando os momentos adequados.

Adele sugere levantar pelo menos de hora em hora e evitar mais do que 90 minutos sentado, especialmente no caso de pessoas cardiopatas, que já têm alguma doença cardiológica prévia.

“Antes de viajar, esse paciente deve procurar seu cardiologista para orientar as medidas necessária de voo para evitar trombose”, diz a médica. Ela destaca os principais grupos de risco para o quadro:
  • Idosos;
  • Obesos;
  • Pacientes com histórico anterior ou familiar de coágulos;
  • Pessoa com câncer;
  • Índivíduo com imobilização ou cirurgia recente;
  • Gestantes;
  • Pessoas que fazem terapia de reposição hormonal ou pílula anticoncepcional oral.

4. Jet Lag


A confusão no horário biológico, que causa distúrbio temporário no sono, é o efeito jet-lag, segundo a médica. “Sair de um ambiente à noite, viajar muitas horas e chegar em outro país onde ainda é noite nos faz perder a noção. E aí acontece esse efeito rebote, de não conseguir dormir mesmo depois de muitas horas acordado”, explica.

A alteração do nosso ciclo circadiano normal, ritmo em que o organismo realiza suas funções ao longo do dia, causa a fadiga. A confusão é mais comum em voos longos.

5. Maior exposição à Covid-19


A exposição a doenças dentro da cabine é maior. Qualquer vírus, como o coronavírus ou outra infecção respiratória, se propaga com mais facilidade em ambientes fechados e com permanência prolongada.

Adele chama a atenção para a utilização dos filtros hepa, que são tecnologias de separação de partículas, por parte das companhias aéreas. “Eles diminuem a propagação de vírus, bactérias e fungos dentro dos ambientes fechados”, analisa.

No entanto, o passageiro ainda fica muito próximo das outras pessoas e usar máscara diminui a propagação e contaminação por doenças como a Covid-19.

Via João Vítor Reis (Metrópoles) - Foto: Getty Images

quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

Vai viajar? Descubra os seis lanches mais saudáveis para levar no voo

Descubra alternativas saudáveis ao tradicionais fast foods servidos no aeroporto ou durante o trajeto.


Em janeiro, há um aumento expressivo nas viagens de avião. É preciso, no entanto, ficar atento aos lanchinhos servidos no voo. Por mais que pareça difícil, dá para fazer escolhas saudáveis, que vão além do fast food e de belisquetes industrializados.

A primeira recomendação para ter uma viagem de qualidade, sobretudo os internacionais, é manter uma boa hidratação durante o voo. Nesse momento, devemos ter maior cuidado com a ingestão de água, já que a alta carga de ar deixa o ambiente aéreo mais seco e a falta de umidade é comum.

Outra situação comum são os enjoos durante o trajeto, devido aos movimentos causados pela aeronave. Uma boa alternativa, nesse caso, é levar um sachê de chá de gengibre. Peça água quente à aeromoça, e voilá.

Legumes e vegetais picados

Vegetais, como pepino, aipo, cenoura e pimentão vermelho, são ótimos petiscos para consumir durante a viagem. Além da praticidade, eles são ricos em fibras e nutrientes, e apresentam uma crocância satisfatória, gerando saciedade por mais tempo.

Biscoitos de sementes ou grãos integrais

Lanches compactos como biscoitos ou barrinhas de cereais são práticos e fáceis de levar com você. A sugestão é optar por produtos feitos de grãos integrais ou sementes. Eles são fontes de fibras, proteínas e outros nutrientes, incluindo ferro, ácido fólico, selênio, vitaminas do complexo B e magnésio.

Nozes e sementes

As nozes são abundantes em proteínas e antioxidantes. Uma sugestão seria misturar algumas opções de oleaginosas, como castanha de caju, nozes, castanha-do-pará e amêndoas, que mantém a saciedade.

Sanduíches caseiros

A maioria dos sanduíches de aeroportos vem com uma enorme quantidade de condimentos e queijos industrializados. Além disso, costumam ser caros. Em vez disso, faça seu próprio sanduíche com baixo teor de sódio e proteína. Quando você prepara o seu alimento, além de ter maior controle, tem segurança do que está entrando em seu corpo.

Evite alimentos industrializados

Chips e salgadinhos fáceis de encontrar pelo aeroporto, mas a conveniência pode ter um custo. Alimentos gordurosos prejudicam o sistema digestivo e agravam a sensação de náuseas, além de piorar a digestão e os sintomas do enjôo.

Nada de comidas picantes

Alimentos picantes, em geral, podem incomodar o estômago. Para minimizar o desconforto, opte por lanches menos condimentados.

Não beba álcool

Se você tem tendências a sofrer de enjoo, evite a ingestão de bebidas alcoólicas durante o voo. Ele coloca mais pressão em seu sistema digestivo do que seria confortável para passar algumas horas no assento do avião.

domingo, 7 de janeiro de 2024

Saiba como evitar dor no ouvido em adultos e crianças em viagens de avião

Viagens de avião podem causar incômodos e dores de ouvido. Especialista explica que essa sensação ocorre pela mudança brusca de pressão na variação de altura.


O mês de janeiro é marcado por férias e diversão. Com isso, há um aumento no número de viagens de avião. De acordo com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), o movimento nos aeroportos aumenta cerca de 45% durante as festas de fim de ano.

No entanto, algumas pessoas são mais sensíveis a mudança de pressão que ocorre durante os voos, o que pode provocar dores agudas nos ouvidos. Segundo Ariane Gonçalves, especialista em audiologia e autora do livro Descomplicando a perda auditiva, da clínica AudioFisa Aparelhos Auditivos, isso acontece porque, durante a decolagem, a pressão do ar dentro da cabine diminui gradualmente até atingir o nível que será mantido durante o voo.

"Com a pressão do ar mais baixa, é necessário liberar um pouco do ar preso do ouvido interno. As dores costumam ser ainda mais intensas durante o pouso, já que nesse momento a pressão do ar dentro da cabine aumenta gradualmente, e esse aumento "empurra" os tímpanos para dentro", explica a especialista.

Para combater os incômodos, a pressão do ar do ouvido interno também precisa aumentar. Por isso, Ariane deixa três dicas valiosas para evitar a dor de ouvido no voo e evitar maiores complicações durante as férias:
  • Mastigue chiclete ou alimentos de preferência duros para ajudar a equilibrar a pressão no ouvido e evitar a dor.
  • Provoque o bocejo para ajudar a liberar a tuba auditiva e favorecendo o equilíbrio da pressão.
  • Utilize spray nasal que serve para ajudar na passagem do ar para o ouvido, assim a pressão se reequilibra mais facilmente.
Já nos bebês e crianças, a especialista afirma que a melhor estratégia é não deixar dormirem na hora da decolagem ou do pouso. Além disso, é importante oferecer a mama para as que ainda estão em aleitamento materno, mamadeira ou outro alimento à criança nestes momentos. "Lembrando de evitar a posição deitada para não ocorrerem mais entupimentos dos ouvidos", completa Ariane.

Via Jéssica Andrade (Correio Braziliense) via Estado de Minas - Foto: FreePik

sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

Hoje na História: 5 de janeiro de 2002 - Estudante rouba avião e o arremessa contra prédio na Flórida, nos EUA

Nota de suicídio do piloto elogia sequestradores do 11 de setembro. Mãe do garoto culpou efeito colateral de remédio contra a acne.

Charles J. Bishop e o Cessna 172 no acidente de Tampa em 2002 (Fonte: Fact Republic)
Em 5 de janeiro de 2002, Charles J. Bishop, um estudante do ensino médio da East Lake High School em Tarpon Springs, Flórida , Estados Unidos, roubou um avião Cessna 172 e bateu com ele na lateral da Torre do Bank of America, no centro da cidade Tampa, Flórida . O impacto matou o adolescente e danificou uma sala de escritório, mas não houve outros ferimentos.

Bishop se inspirou nos ataques de 11 de setembro. Ele havia deixado uma nota de suicídio creditando a Osama bin Laden pelos ataques e elogiando-os como uma resposta justificada às ações contra os palestinos e iraquianos e disse que ele estava agindo em nome da Al Qaeda, de quem recusou ajuda. 

Como as autoridades não conseguiram encontrar nenhuma outra evidência de quaisquer conexões, o terrorismo como motivo foi descartado, e eles sugeriram que o acidente foi um aparente suicídio. A mãe de Bishop entrou com uma ação, depois desistiu, alegando que os efeitos colaterais psicológicos da isotretinoína , um remédio para acne que Bishop tomou, que pode incluir depressão e raramente ações suicidas, causaram o incidente.

O voo


Às 17h00 EST, o instrutor de Charlie J. Bishop, de 15 anos, o deixou no avião Cessna 172R, prefixo N2371N, da escola de voo National Aviation, para realizar uma inspeção pré-voo. Assim que foi deixado sozinho no avião, ele ligou o motor e decolou sem permissão. 

Assim que o avião decolou, os controladores de tráfego aéreo alertaram a Guarda Costeira dos Estados Unidos e a Base da Força Aérea MacDill . Apesar dos repetidos avisos de um helicóptero despachado pela Guarda Costeira, o pequeno avião continuou até que colidiu com um prédio comercial do Bank of America. O avião colidiu entre o 28º e o 29º andar de um prédio de 42 andares.


O piloto 


Bishop era um estudante de ensino médio de 15 anos de Tarpon Springs, na Flórida. No momento do incidente, ele era um piloto estudante e apenas autorizado a voar com um Instrutor de Voo Certificado.

Vizinhos e conhecidos da escola na Flórida e em Massachusetts classificavam Charles Bishop como um filho único que vivera a maior parte de sua vida com sua mãe e às vezes com sua avó materna, Karen Johnson, nos subúrbios de Boston e São Petersburgo. Ninguém se lembrava de um pai na família.

Colegas de escola o descreveram como um aluno "A" que chegava aos registros de honra, gostava de suas aulas e era uma espécie de animal de estimação dos professores. Ele se interessava por jornalismo e falava animadamente sobre aviões, disseram colegas.

Alguns vizinhos em Norwell e Winchester, Massachusetts, onde a mãe e o filho moravam no início da década de 1990, lembravam de Charles como um menino típico que andava de bicicleta e tinha dois cachorros. Outros se lembravam de um menino sensível impressionado com o jardim de flores de um vizinho. Ele era quieto, educado, bem falado, até mesmo eloqüente ao expressar seus sentimentos, alguns disseram. Outros lembravam dele como taciturno e introvertido.

Investigação e rescaldo 


Uma investigação seguiu o incidente. As autoridades descartaram o terrorismo, embora testemunhas oculares tenham dito que o avião não fez nenhuma tentativa aparente para evitar atingir o prédio. 


As autoridades finalmente sugeriram que o acidente foi um aparente suicídio. Além disso, uma nota encontrada nos destroços afirmava que ele expressou apoio a Osama bin Laden. No entanto, não há evidências de que o adolescente tivesse qualquer ligação com qualquer grupo terrorista.

Uma nota de suicídio de Bishop foi encontrada dizendo: "Eu preparei esta declaração em relação aos atos que estou prestes a cometer. Em primeiro lugar, Osama bin Laden está absolutamente justificado no terror que causou em 11 de setembro. Ele colocou uma nação poderosa de joelhos! Deus abençoe ele e os outros que ajudaram a fazer o 11 de setembro acontecer. Os EUA terão de enfrentar as consequências de suas ações horríveis contra o povo palestino e os iraquianos por sua fidelidade aos monstruosos israelenses - que querem nada menos do que dominar o mundo! Você vai pagar - Deus ajudá-lo - e farei você pagar! Haverá mais por vir! A Al Qaeda e outras organizações se reuniram comigo várias vezes para discutir a opção de eu entrar. Eu não o fiz. Esta é uma operação feita apenas por mim. não tive nenhuma outra ajuda, embora eu esteja agindo em nome deles."

Posteriormente, as autoridades confiscaram um computador da casa dos pais de Bishop para tentar determinar o motivo do incidente. Momentos depois do incidente, o presidente George W. Bush foi brevemente informado sobre o incidente e dois acidentes não relacionados naquele mesmo dia.

Em abril de 2002, transcrições obtidas da Federal Aviation Administration revelaram novos detalhes sobre o incidente, que incluíam a proximidade do pequeno avião de um voo da Southwest Airlines.


A mãe de Bishop entrou com um processo de US$ 70 milhões contra os Laboratórios Roche, que fazem um remédio para acne chamado Accutane. De acordo com a ação judicial, o medicamento teve efeitos colaterais como depressão e ações suicidas, que a denúncia apontou como a causa do incidente. O processo foi retirado em 26 de junho de 2007, pela mãe de Bishop, que afirmou que ela era fisicamente e emocionalmente incapaz de continuar a ação.

A medicação contra acne usada por Bishop
Após o incidente, várias medidas de segurança foram tomadas. A FAA divulgou um aviso de segurança em 6 de janeiro, um dia após o incidente. O aviso incluía a segurança da aeronave e regulamentos relativos a alunos menores de idade. Além disso, a EAA e outras organizações de aeronaves menores propuseram mais segurança para escolas de voo e aeronaves pequenas.

Enquanto as autoridades declararam que o acidente foi devido a um "abuso de confiança" e não a uma violação de segurança, outros argumentam pela necessidade de maior segurança devido à simplicidade de tais ações.

Os destroços da fuselagem do Cessna, que se projetava do arranha-céu quase 300 pés acima do solo, foram cuidadosamente baixados para a rua. Os restos do avião foram levados para o Aeroporto Internacional de Tampa, onde foram remontados como parte da investigação do NTSB.

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Esta matéria aborda questões sensíveis relacionadas ao suicídio. Se você ou alguém que você conhece está enfrentando pensamentos suicidas, é crucial procurar ajuda imediatamente. Entre em contato com um profissional de saúde mental, ligue para um serviço de prevenção ao suicídio ou compartilhe seus sentimentos com alguém de confiança. Lembre-se, você não está sozinho, e há ajuda disponível.

Recursos de apoio:
  • CVV (Centro de Valorização da Vida): 188 (ligação gratuita)
  • SAMU: 192 (em casos de emergência)
  • Procure ajuda de um profissional de saúde mental.
A vida é valiosa, e a ajuda está disponível. Não hesite em buscar apoio.

Por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos) com Wikipédia, ASN e SF Gate