
O Embraer EMB-145 (ERJ-145) a frente de um Boeing 747-400, ambos da British Airways, no Aeroporto Internacional de Manchester (MAN/AECT), na Inglaterra, em 27 de novembro de 2006.
Foto: Karl Nixon (Airliners.net)
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Representantes da Sol Linhas Aéreas se reuniram com o secretário do Turismo, Celso de Souza Caron, nesta quarta-feira (11), para anunciar que estenderá seus serviços a Londrina, no próximo mês, e para outras cidades, como Umuarama, Telêmaco Borba, Pato Branco, Francisco Beltrão e Guarapuava, no ano que vem. A empresa iniciou as operações em 12 de outubro, com vôos diários entre Curitiba e cidades do interior do Estado, como Cascavel, Foz do Iguaçu e Maringá.
Celso Caron disse que o objetivo da empresa, de unir o interior à capital através de vôos diários, é muito importante para o turismo. A empresa utiliza uma aeronave Let 410 para 19 passageiros, além de tripulantes, que pode pousar em pistas de até 1.100 metros. “É o modelo mais avançado da linha de turbo-hélices da indústria tcheca, e foi desenvolvido para vôos a pequenas distâncias e transporte de poucas pessoas”, explicou o diretor de marketing da Sol, Nei Buschmann. Até dezembro, a Sol uma nova aeronave do mesmo modelo e em 2010 terá mais uma.
Além do diretor de marketing, esteve presente na reunião o gerente de marketing Fabiano Monteiro.
Fonte: Bem Paraná - Foto: Divulgação
Quem já teve que esperar por um voo atrasado ou cancelado sabe que não há nada mais desconfortável do que ficar horas sentado ou dormir em um banco de plástico. A companhia de arquitetura russa Arch Tech projetou a Sleepbox (caixa do sono) para acabar com as dores nas costas de quem se vê nessa situação.
Essas cabines poderiam ser alugadas por 15 minutos a diversas horas e apesar de terem um espaço reduzido (2m de profundidade, 1,4m de largura e 2,3m de altura), contam com cama, tela LCD, Wi-Fi e tomadas para carregar celulares e laptops. A cobertura da cama também é trocada automaticamente depois de cada usuário.
Elas também serviriam para quem tivesse o voo cancelado e precisasse passar a noite no aeroporto. A Arch Tech indica a instalação delas em outros locais onde as pessoas podem esperar muito, como shopping centers, estações de trem e centros de convenção.
Fonte: revistapegn.globo.com - Fotos: Divulgação
Aeronave Robô projetada pelo Reino Unido
O Ministério de Defesa do Reino Unido pretende construir uma aeronave militar robótica invisível aos radares que seria capaz de pairar como um helicóptero ou voar como um avião. A idéia principal do projeto seria criar um veículo de combate aéreo não tripulado, afim de reduzir os custos e aumentar a eficácia de uma incursão militar em ambientes hostis, principalmente em áreas urbanas.
No cinema e no mundo dos quadrinhos sempre existiu uma enorme admiração e medo em relação à produção de armas eletrônicas e dispositivos militares que usem alta tecnologia, a exemplo de filmes como O Homem de Ferro, estrelado pelo ator Robert Downey Jr.
Aparentemente esse contexto começa a deixar de ser exclusividade do universo cinematográfico e se tornar cada vez mais real.
Segundo o site The Register, a nave seria capaz de ser operada remotamente, podendo inclusive voar através de espaços urbanos, como vãos de prédios e espaço aéreo de ruas e avenidas, inerente à paisagem da cidade grande. O projeto inclui inovações radicais nos sistema de ataque, como armas de microondas e raios laser.
Algumas empresas disputam entre si o direito de colocar o projeto em prática e construir a nave robô, que seria capaz de pairar como um helicóptero ou voar como um avião, dependendo do ângulo de inclinação de seus motores.
A aeronave deve possuir um sistema de ar reutilizável, ter um raio de ação de 1.000 km e ser capaz de sobreviver em espaço aéreo defendido.
Além disso, o projeto prevê a capacidade de lançamento e recuperação do robô em terra, mar e ar, mas existe uma ênfase maior em operações navais.
O protótipo pode contar também com turbinas em sua parte frontal, o que permitiria manobras em que a nave cairia verticalmente. Outra preocupação dos projetistas é a habilidade de a aeronave pairar por qualquer período de tempo, como um helicóptero. Para isso, existe todo um estudo do consumo correto de combustível.
A respeito das armas que a nave-robô carrega, pode-se dizer que existem pequenas caixas entre os mísseis convencionais que se assemelham a antenas que podem emitir raios laser ou cargas de microondas. Em teoria, isso seria capaz de neutralizar circuitos eletrônicos do inimigo.
Conforme publicação da Aviation Week & Space Technology, a lista de companhias que lideram as propostas comerciais conta, entre outras empresas, com nomes como a BAE Systems, companhia de desenvolvimento de tecnologia de segurança e defesa aeroespacial e a multinacional MBDA, fabricante de mísseis e sistemas de defesa aérea e naval, com sedes na França, Reino Unido, Itália e Alemanha.
A previsão para a apresentação de um modelo real é de três anos, no final de 2012.
Fonte: Matheus Gonçalves (www.geek.com.br) - Imagem: Divulgação
Quando a ocupação da Alemanha teve inicio, Berlim, também foi ocupada pelas potências vencedoras na mesma proporção. No entanto, Berlim encontrava-se no meio da área ocupada pela União Soviética, pelo que era na prática uma ilha.
Logo a seguir a Maio de 1945, a população da Alemanha - que tinha ficado na área ocupada pelos soviéticos - começou a fugir para ocidente, e Berlim era a zona onde essa fuga era mais fácil.
O confronto entre os dois blocos estava na altura ao máximo, com o conflito entre soviéticos e norte-americanos atingindo a "guerra quente" na China e na Grécia e com os movimentos pró ocidentais despontando nos territórios ocupados pela União Soviética. Na Alemanha do Leste, os soviéticos começaram um processo de transporte de tudo o que tivesse algum valor, a título de reparações de guerra, o que afetou sobremaneira a depauperada e arruinada economia alemã.
Por tudo isto, e como nas áreas ocupadas pelos ocidentais a situação era um pouco melhor, Berlim era vista como um farol no meio da Europa ocupada pela União Soviética e isso representava para os soviéticos um problema grave. Além disso, quando se realizaram as primeiras eleições, e o partido comunista pró soviético ganhou apenas 19% dos votos, tornou-se evidente que não seria possível controlar a cidade pela via legal e com o desenvolvimento dos planos de auxilio à Europa, nomeadamente o plano Marshall, que implicava o lançamento de uma nova moeda não controlada pela União Soviética o domínio norte-americano ficaria estabelecido. Em 18 de Junho, o plano de lançamento da nova moeda alemã teve inicio e a União Soviética passou à ação.
Estando Berlim no meio da zona de ocupação soviética foi decidido cortar todo o acesso por estrada ou via férrea à cidade. No entanto, um acordo estabelecido anteriormente com os aliados ocidentais manteve aberta a ligação aérea com a cidade.
A possibilidade de comunicação por via aérea não era considerada importante pois a cidade de 2.400.000 habitantes não poderia ser abastecida dessa forma.
O resultado, seria que em vez de um ponto para onde se dirigiam os refugiados europeus, Berlim passaria a ser uma cidade sitiada, que acabaria por ser vencida pela fome e pela doença. Berlim estava para Estaline, destinada a ser um símbolo da decadência do Ocidente. Em 24 de Junho de 1948 todas as ligações com Berlim Ocidental foram interrompidas pelos soviéticos e a cidade ficou tecnicamente cercada.
Logo à meia-noite começaram a ser fechadas as fronteiras.
Às 06:00 da manhã foi cortado o abastecimento de energia elétrica.
No principio da noite, o Marechal Sokolovsky declarou extinto o comando conjunto de Berlim. O Bloqueio tinha começado.
A divisão da Alemanha após a II guerra. A tracejado as áreas de ocupação. As restantes áreas foram incorporadas na Polónia e na Rússia
Para muitos estrategistas ocidentais, generais e políticos, a possibilidade de garantir a segurança de Berlim era mínima. A Alemanha estava arrasada e não tinha meios para se sustentar a si própria, muito menos suportar uma cidade com mais de 2 milhões de habitantes, o que tinha se transformado numa tarefa impossível de realizar.
Os aviões eram ansiosamente esperados em Berlim
As forças militares dos países ocidentais tinham visto os seus efetivos ser dramaticamente reduzidos a partir de 1945, enquanto que ao contrário a União Soviética mantinha grande parte dos seus militares em armas e em condições de combater.
A ocidente, os Estados Unidos tinham 275 aeronaves operacionais, na maior parte bombardeiros médios e ligeiros e aviões de caça.
Ao contrário, a força aérea soviética dispunha de 4.000 aeronaves e destas 2.500 estavam na Alemanha.
Decisão do presidente Truman
É o presidente norte-americano que vai de forma enérgica decidir em favor de enfrentar os soviéticos e não deixar cair Berlim.
A sua primeira ordem consiste em enviar de emergência para a Alemanha sessenta bombardeiros de longo alcance B-29.
Esta movimentação foi claramente um aviso, pois os B-29 eram os bombardeiros que os Estados Unidos utilizavam para transportar bombas atômicas, as quais a União Soviética ainda não tinha desenvolvido.
No entanto, os B-29 enviados nem sequer tinham sido adaptados para utilizar a bomba e o numero de bombas era muito inferior ao que se pensava.
Inicialmente, e dado que Berlim Ocidental estava dividida em três setores, foi considerada a possibilidade de França, Grã Bretanha e Estados Unidos organizarem separadamente as operações de assistência à cidade. A França porém, estava envolvida em operações na Indochina, pelo que não podia de forma eficaz apoiar Berlim.
Os franceses, no entanto, apoiaram a ponte aérea, embora as suas aeronaves não efetuassem voos.
Abastecimento difícil
Alimentar uma população de mais de dois milhões de habitantes e garantir o fornecimento de combustível através de transporte aéreo é uma tarefa que de inicio parecia completamente impossível.
O cerco de Stalingrado, foi a referência dos soviéticos para a operação de bloqueio a Berlim. Em 1942/1943 em Stalingrado, a Luftwaffe não tinha sido capaz de alimentar e enviar reforços para uma força militar que precisava de receber de 500 a 750 toneladas de provisões por dia. O máximo que tinha sido possível transportar na altura atingira as 90 toneladas.
Em Berlim, embora não fosse necessário transportar armamento, calculava-se que as necessidades totais ultrapassassem as 14.000 toneladas por dia.
Do ponto de vista soviético isto tornava a operação de apoio por via aérea impossível.
A resposta
A operação de abastecimento de Berlim, foi levada a cabo principalmente pela força aérea norte-americana, pela britânica, e igualmente por operadores privados. Trata-se da maior operação de reabastecimento aéreo da História e até aos dias de hoje continua a deter esse recorde, em termos de carga transportada.
Quando começou o bloqueio, a força aérea dos Estados Unidos teria capacidade para transportar 700 toneladas por dia, mas a situação não estava completamente fora de controle. Exemplo disso foi o fato de alguns dias depois do inicio do bloqueio as autoridades soviéticas terem oferecido leite à população de Berlim, numa tentativa de ganhar apoios, tendo recebido uma resposta negativa. Os soviéticos não sabiam que tinham sido criados estoques de leite em pó e leite condensado que permitiam responder às necessidades imediatas da população juvenil.
As operações dependiam das pistas de aviação da capital alemã, as quais tinham sido construídas antes da guerra e não tinham condições adequadas para uma operação de transporte aéreo maciça.
A cidade de Berlim, também foi dividida entre os vencedores. A leste, as regiões mais agricolas como Marzan e, a ocidente, as áreas mais industriais como Spandau. Era a Ocidente que se encontravam as principais pistas de Berlim
O principal aeroporto de Berlim estava localizado em Tempelhof, com três pistas (1.620m 1.706m e 1.613m). Era o aeroporto internacional da cidade, e encontrava-se na zona americana.
As três pistas não eram pavimentadas, e a pavimentação teve que ser efetuada pelos americanos. Embora não tivesse pistas pavimentadas, Tempelhof tinha uma enorme área de parqueamento e um gigantesco terminal. Essas edificações anteriores à guerra demonstraram ser de grande utilidade durante o bloqueio.
Na zona britânica encontrava-se o aeródromo militar de Gatow, construído em 1936 pela Luftwaffe, o qual também foi utilizado para a ponte aérea, tendo também que ser pavimentado para permitir a sua utilização pelos aviões de transporte. Gatow foi o aeroporto com mais tráfego comercial, durante a operação.
O vital tráfego comercial é normalmente esquecido, mas as aeronaves que voavam para Berlim também eram utilizadas para transportar produtos fabricados dentro da cidade para o resto da Alemanha.
Além destas pistas, na zona francesa foi construído um terceiro aeroporto com uma pista em Tegel com 1.680 metros. Tegel era um aeródromo de treinamento e precisou ser construído praticamente de raiz já depois do inicio do bloqueio. Para a sua construção foram utilizados os destroços dos bombardeamentos de Berlim.
O acesso a Berlim foi feito através de três corredores que continuaram abertos. Tendo como referência o caso de Stalingrado, menos de seis anos antes, as autoridades soviéticas não consideravam possível abastecer a cidade por via aérea.
Os meios
Em 1948, a aeronave que existia em maior numero era o DC-3 "Dakota", conhecido como C-47 na Força Aérea norte-americana. Os britânicos também utilizavam essa aeronave, juntamente com outras de fabricação própria. Depois do C-47, que tinha capacidade para transportar 3.5 toneladas, outras aeronaves começaram a ser utilizadas. Do lado americano O C-47 foi rapidamente substituído pelo mais recente e maior C-54 "Skymaster", capaz de transportar mais de 8 toneladas e que praticamente entrou em serviço em Berlim. O numero de aeronaves foi aumentando progressivamente.
Foi estabelecida uma organização de comando compartimentada em que as aeronaves eram divididas conforme o tipo de produto a ser transportado.
Os norte-americanos foram responsáveis pelo transporte do produto mais vital, o carvão. Os americanos tentaram efetuar as operações recorrendo ao maior numero de aeronaves possível, mas de um único tipo, pelo que passaram do DC-3/C-47 para o C-54, que quando a operação chegou ao fim era o principal avião norte-americano em utilização.
Já os britânicos, que tinham sob sua responsabilidade 40% da ponte aérea, transportaram muito mais alimentos e tráfego mais convencional. Sem os mesmos recursos dos norte-americanos, os britânicos foram forçados a utilizar vários tipos de aeronaves, o que complicava as coisas do ponto de vista da logística.
No entanto, os britânicos utilizaram meios mais sofisticados que os norte-americanos para guiar as aeronaves através dos corredores de acesso a Berlim. Esta seria a razão que explicaria por que tenham sofrido menos acidentes aéreos.
A 30 de Junho, já tinham sido colocados cerca de 100 transportes C-47 a serviço da ponte aérea.
Em Julho, a Lockeed começou a entregar o cargueiro C-54 "Skymaster", que foi de imediato colocado ao serviço. Em Outubro, o DC-3/C-47 foi retirado de serviço em Berlim e em Janeiro de 1949, 224 aeronaves C-54 estavam a serviço da ponte aérea do lado norte-americano. Os britânicos utilizaram um total de 101 aeronaves.
Nos dias finais do bloqueio, os norte-americanos introduziram mesmo o novo C-97 "Stratofreighter" a título experimental. Tratava-se de uma aeronave com capacidade para transportar 20 toneladas. Embora a cidade de Berlim nunca tivesse sido abastecida de tudo o que necessitava, era evidente que as necessidades básicas da população estavam sendo garantidas. O bloqueio tinha fracassado.
Consequências e o fim do bloqueio
Com o bloqueio de Berlim, ficou evidente que as potências ocidentais teriam que se unir para garantir uma capacidade efetiva de resistência perante o poder da União Soviética, que continuava a manter fortíssimos efetivos na Europa Ocidental.
O bloqueio foi - provavelmente - a principal razão que leva à criação da OTAN nesse mesmo ano de 1949.
Os resultados esperados pelas autoridades soviéticas nunca foram atingidos. Tendo tentado no inicio da operação aparecer como força salvadora que estava disponível para salvar os berlinenses (se estes aceitassem o controle comunista), a União Soviética era vista cada vez mais como um regime que tinha como objetivo vencer os berlinenses pela fome.
Internacionalmente, a ponte aérea para Berlim transformou-se num símbolo de resistência e de luta pela Liberdade. Berlim, transformou-se com o tempo numa dor de cabeça que as autoridades soviéticas não tinham como resolver.
Os contatos para renegociar a situação começaram em Fevereiro de 1949 e, perante o fracasso, o fim do bloqueio foi anunciado em 4 de Maio desse ano, e marcado para o dia 12 de Maio.
Às 06:30 da manhã desse dia, o primeiro veículo britânico vindo da Alemanha Ocidental entrava na cidade de Berlim.
A operação de transporte aéreo no entanto, continuou por mais alguns meses, pois havia o receio de que a União Soviética pudesse voltar a bloquear a cidade e também porque era impossível terminar uma operação com a envergadura da que tinha sido montada.
O bloqueio de Berlim e o seu fracasso, constituíram o primeiro claro revés da União Soviética, numa guerra fria que terminaria com a sua derrota.
Aviação Comercial
A Lufthansa, fundada em 6 de janeiro de 1926 em Berlim, numa fusão entre a Deutsche Aero Lloyd (DAL) e Junkers Luftverkehr, teve suas atividades encerradas em 1945.
A Lufthansa foi recriada em 6 de janeiro de 1953 como "Aktiengesellschaft für Luftverkehrsbedarf", "Luftag", e foi renomeada em 6 de agosto de 1954 como "Deutsche Lufthansa Aktiengesellschaft". A "nova Lufthansa" de 1953 não é sucessora legal da Lufthansa fundada em 1926 que existiu durante a Segunda Guerra Mundial.
Em 1° de abril de 1955 a Lufthansa retoma suas operações na Alemanha. As operações internacionais também foram retomadas no dia 15 de maio de 1955, com vôos para diversos locais da Europa, seguido pelo seviço para a cidade estadunidense de Nova Iorque em 8 junho de mesmo ano, usando aviões da Lockheed, do modelo Super Contellation. As rotas pelo o Oceano Atlântico foram retomadas em agosto de 1956.
A Alemanha Oriental tentou estabelecer sua própria companhia aérea na década de 1950 usando o nome Lufthansa, mas isto resultou em uma disputa com a Alemanha Alemanha Ocidental, onde a companhia já estava operando. A Alemanha Oriental renomeou o nome de sua companhia para Interflug, que cessou suas operações em 1991. A Lufthansa foi proibida de sobrevoar no lado ocidental de Berlim até o fim do regime do Sozialistische Einheitspartei Deutschlands, abreviado em potuguês com a sigla PSUA, e em alemão pela sigla SED.
Fontes: Wikipédia / areamilitar.net / dw-world.de
Aviões garantiram suprimento de Berlim Ocidental
Ninguém imaginava que, três anos depois, estas ligações garantiriam a sobrevivência de Berlim Ocidental, durante o bloqueio, pelos soviéticos, do acesso terrestre. Os corredores decidiram a primeira batalha da Guerra Fria em favor dos Aliados.
Imagine a dificuldade de abastecer uma metrópole apenas pelo ar, com a resistência dos soviéticos. E isto no final dos anos 1940. A façanha, entre 1948 e 1949, entrou para a história da aviação e ainda hoje serve como exemplo de solidariedade humana. O feito só se tornou possível graças a uma decisão das quatro potências vencedoras da Segunda Guerra Mundial, em novembro de 1945.
Os Estados Unidos, França, Grã-Bretanha e União Soviética criaram três corredores aéreos de 32 quilômetros de largura ligando Berlim e Frankfurt, Munique e Hamburgo, sem lhes dar uma função específica.
Em represália à adoção de uma moeda própria no setor ocidental da Alemanha, em junho de 1948, os soviéticos fecharam os caminhos de acesso terrestre, cortando o abastecimento de Berlim Ocidental, que era uma ilha dentro da Alemanha Oriental. Iniciou-se aí a operação de abastecimento aéreo que durou 462 dias e que reforçou a disposição alemã ocidental de cooperar com as potências capitalistas.
Aviões de todo o mundo para a Alemanha
De todos os cantos do mundo, foram mobilizados aviões norte-americanos em direção à Alemanha. Os dois milhões de berlinenses ocidentais necessitavam de 13 mil toneladas de alimentos e combustível por dia. Os britânicos começaram a participar desta ponte aérea no terceiro dia. No início da operação, a 26 de junho de 1948, foram transportadas apenas 500 toneladas, o que levou os soviéticos a não a entenderem como ameaça e não a levaram muito a sério.
Ao final da ponte aérea, em 1949, um total de 280 aeronaves chegava a transportar diariamente 15 mil toneladas de produtos. Era avião partindo a cada minuto. Em certos momentos, havia até cinco grupos de 12 a 15 aviões voando uns sobre os outros num dos corredores aéreos. A logística tinha que funcionar perfeitamente. Começaram aí os primeiros controles de tráfego aéreo. Nos quase 300 mil vôos da operação, aconteceram relativamente poucos acidentes: 126, com 76 mortos.
Berlim não parou, a cidade não se curvou ao bloqueio. A produção da indústria era levada pelos aviões, que traziam os objetos de consumo de fora. Dois empreendimentos sensacionais da ponte aérea a Berlim Ocidental foram o fornecimento de 1500 toneladas de material para a construção do aeroporto de Tegel e o envio de milhares de pinheiros para as tradicionais árvores de Natal, naquele dezembro de 1949.
Chocolate em pára-quedas feitos de lenços
Alguns pilotos criaram a Operação Papai Noel, em que os alemães ocidentais enviavam caixas de presentes a amigos e parentes em Berlim Ocidental. Um gesto muito especial foi iniciado pelo piloto norte-americano Gail Halvorsen, que as crianças apelidaram carinhosamente de "Rosinenbomber" (bombardeiro de passas). Ele jogava barras de chocolate em pára-quedas em miniatura feitos com lenços. Quando seu superior tomou conhecimento da operação, resolveu ampliá-la.
Ex-piloto da missão Rosinenbomber, Gail Halvorsen, no fechamento da base aérea dos EUA em Frankfurt, em outubro e 2005
Toda a Força Aérea e a população norte-americana começaram a juntar chocolates e gomas de mascar em pequenos pára-quedas de papel, arremessados às crianças pouco antes da aterrissagem no aeroporto. O alemão Hans-Peter Fahrun lembra da alegria que sentiu quando conseguiu apanhar um dos pacotinhos, em 1949, enquanto brincava com amigos num campo de futebol.
Kenneth Slaker, um dos pilotos que participaram da operação, confessa que, em certos momentos, sentia-se um anjo: "Eu respeitava os alemães por eles terem sobrevivido à guerra. Naquele momento, eram nossos amigos e ajudá-los foi a principal tarefa da minha vida."
Ursula Alker ajudava a abrir e distribuir os pacotes de mantimentos no aeroporto de Berlim-Gatow: "Cerca de seis aviões eram desembarcados ao mesmo tempo. Havia duas pistas em uso e uma terceira estava sendo construída. Nunca esquecerei do cheiro das cenouras e batatas desidratadas."
Construído na madrugada de 13 de Agosto de 1961, dele faziam parte 66,5 km de gradeamento metálico, 302 torres de observação, 127 redes metálicas electrificadas com alarme e 255 pistas de corrida para ferozes cães de guarda. Este muro provocou a morte a 80 pessoas identificadas, 112 ficaram feridas e milhares aprisionadas nas diversas tentativas de o atravessar.
Posição e traçado do Muro de Berlim e seus postos de fronteira (1989)
A distinta e muito mais longa fronteira interna alemã demarcava a fronteira entre a Alemanha Oriental e a Alemanha Ocidental. Ambas as fronteiras passaram a simbolizar a chamada "cortina de ferro" entre a Europa Ocidental e o Bloco de Leste.
QUEDA DO MURO
Alemães em pé em cima do muro, em 1989, ele começaria a ser destruído no dia seguinte
O Muro de Berlim começou a ser derrubado na noite de 9 de Novembro de 1989 depois de 28 anos de existência. O evento é conhecido como a queda do muro. Antes da sua queda, houve grandes manifestações em que, entre outras coisas, se pedia a liberdade de viajar. Além disto, houve um enorme fluxo de refugiados ao Ocidente, pelas embaixadas da RFA, principalmente em Praga e Varsóvia, e pela fronteira recém-aberta entre a Hungria e a Áustria, perto do lago de Neusiedl.
O impulso decisivo para a queda do muro foi um mal-entendido entre o governo da RDA. Na tarde do dia 9 de Novembro houve uma conferência de imprensa, transmitida ao vivo na televisão alemã-oriental. Günter Schabowski, membro do Politburo do SED, anunciou uma decisão do conselho dos ministros de abolir imediatamente e completamente as restrições de viagens ao Oeste. Esta decisão deveria ser publicada só no dia seguinte, para anteriormente informar todas as agências governamentais.
O muro de Berlim e o Portão de brandeburgo ao fundo em 9 de novembro de 1989
Pouco depois deste anúncio houve notícias sobre a abertura do Muro na rádio e televisão ocidental. Milhares de pessoas marcharam aos postos fronteiriços e pediram a abertura da fronteira. Nesta altura, nem as unidades militares, nem as unidades de controle de passaportes haviam sido instruídas. Por causa da força da multidão, e porque os guardas da fronteira não sabiam o que fazer, a fronteira abriu-se no posto de Bornholmer Strabe, às 23 h, mais tarde em outras partes do centro de Berlim, e na fronteira ocidental. Muitas pessoas viram a abertura da fronteira na televisão e pouco depois marcharam à fronteira. Como muitas pessoas já dormiam quando a fronteira se abriu, na manhã do dia 10 de Novembro havia grandes multidões de pessoas querendo passar pela fronteira.