sábado, 5 de setembro de 2020

Vídeos: Queda de Super Constellation da KLM na Irlanda deixa 28 mortos

Aconteceu em 5 de setembro de 1954 - Acidente com Super Constellation da KLM na Irlanda


No domingo, 5 de setembro de 1954, o 
Lockheed L-1049C-55-81 Super Constellation, prefixo PH-LKY, da KLM - Royal Dutch Airlinesdenominado "Triton" (foto acima), operava na rota Amsterdã-Nova York, pilotado por Adriaan Viruly, um dos pilotos mais experientes da companhia aérea. com 10 tripulantes e 46 passageiros. 

Uma parada programada para reabastecimento foi feita em Shannon, na República da Irlanda. O voo saiu do Shannon Terminal Building às 02:30 horas da noite e taxiou para a pista 14 (5.643 pés de comprimento). A corrida antes da decolagem foi concluída na posição de decolagem.

A decolagem foi feita às 02:38. A velocidade V1 foi alcançada a 3500 pés e a decolagem a 125 nós foi feita logo acima da velocidade V2, a aproximadamente 4000 pés do limite.

O voo então passou sobre os 1600 pés restantes da pista em uma subida rasa, retraindo seu trem de pouso. 

Em seguida, o Constellation entrou em uma descida rasa sobre o rio Shannon. A duração do voo foi de cerca de 31 segundos a partir do momento em que passou pelo final da pista até que a aeronave entrou em contato com a água em uma atitude de cauda para baixo ligeiramente de direita. Ele parou no Middle Ground, um banco de lama raso a 8.170 pés do final da pista, após perder os motores no. 3 e 4.

Ele se virou com o impacto e se dividiu em duas seções.

A aeronave ficou parcialmente submersa e pelo menos um dos tanques de combustível rompeu durante o acidente. A fumaça do combustível deixou muitos passageiros e tripulantes inconscientes, que se afogaram na maré alta. 

No final, três membros da tripulação e 25 passageiros morreram.

Mesmo o acidente tendo ocorrido menos de um minuto depois que o avião decolou do Aeroporto de Shannon, as autoridades do aeroporto permaneceram alheias ao desastre até que o terceiro piloto (navegador) da aeronave, coberto de lama, Johan Tieman, entrou no aeroporto e relatou: "Nós caímos!". Isso foi 2 horas e meia após a queda do avião.

O Sr. Tieman havia nadado até a praia e cambaleado dolorosamente pelos pântanos até o aeroporto, cujas luzes estavam claramente visíveis a partir da cena do acidente. Foi só às 7 horas da manhã - 4 horas e meia após o acidente - que a primeira lancha alcançou os sobreviventes, que estavam amontoados em uma planície lamacenta do rio.

A investigação oficial concluiu que o acidente foi causado por uma re-extensão inesperada do trem de pouso e pelo comportamento incorreto do capitão nesta situação. Viruly, que estava há apenas um ano da aposentadoria, rejeitou a responsabilidade pelo acidente e ficou ressentido com o tratamento subsequente pela KLM. Em uma entrevista, ele afirmou posteriormente que simplesmente não houve tempo suficiente para reagir.

Fontes: ASN / Wikipedia - Fotos: baaa-acro.com / aviacrash.nl / dutch-aviation.nl

O menino que caiu do 'céu': a tragédia de Keith Sapsford

Sapsford pensava que estava prestes a embarcar em uma aventura, mas seus atos imprudentes acabaram resultando em sua própria morte.

Fotografia de Keith Sapsford no exato momento em que caía do avião - Crédito: John Gilpin

Keith Sapsford era um apaixonado por aventuras. Ele não parecia ter sido feito para uma ‘vida normal’: mesmo com os pais o levando para feriados no exterior, o menino sempre acabava fugindo de casa para ter um pouco mais do gostinho de liberdade. Ele queria viajar o mundo, e nada seria capaz de impedi-lo de tentar. 

Em 1970, o ano fatídico de sua morte, Keith realizou mais uma fuga. Na época, ele estudava em um colégio interno para garotos, e tinha apenas 14 anos de idade. Seu plano para realizar uma viagem envolvia pegar carona clandestinamente em um avião.

As buscas atrás do garoto foram infrutíferas, e três dias depois, o jovem realizou a façanha de burlar a segurança do aeroporto de Sydney, na Austrália, e se infiltrou em um avião com destino a Tóquio, no Japão. 

A aventura, no entanto, acabou sendo não só muito breve, mas também sua última: isso porque o esconderijo escolhido pelo menino tinha sido o trem de pouso do avião, uma porção do veículo que é aberta no momento da decolagem, quando as rodas são recolhidas. Assim, quando aquele avião abriu a porta de seu trem de pouso, o adolescente foi lançado em uma queda de 46 metros, cujo impacto o matou de forma instantânea. 

Registro acidental 

Enquanto Keith vivia seus últimos momentos - embora ainda não soubesse disso -  um fotógrafo amador tirava fotos em outro ponto do aeroporto de Sydney. Esses dois fatos a princípio não tinham absolutamente nada a ver um com o outro, no entanto, uma ironia do destino os conectou. 

John Gilpin estava testando as lentes de sua câmera, quando acidentalmente capturou o garoto de 14 anos no exato momento de sua queda fatal do avião. Mais impressionante que essa coincidência, é que o fotógrafo sequer percebeu o que havia acontecido. Só viria a descobrir o que tinha capturado quando foi revelar as fotos. 

Outros cenários onde a aventura de Keith poderia ter terminado, caso ele tivesse conseguido se manter dentro do avião, oferecem destinos igualmente dramáticos: Um deles seria o esmagamento pelas rodas do avião, outro a falta de oxigênio e um terceiro o congelamento devido à grande altitude do voo. 

Segundo estatísticas, apenas uma entre quatro pessoas que se esgueiram para dentro de voos de forma clandestina conseguem sobreviver à viagem. Os sortudos costumam se infiltrar em viagens de curta duração e baixa altitude, mas mesmo assim enfrentam grande perigo: alguns chegam ao destino em estado grave de hipotermia, por exemplo, e podem morrer mesmo depois de fazer o pouso com vida. 

Em uma ironia dramática, Keith Sapsford já inclusive tinha ouvido falar sobre casos de pessoas que faleceram tentando fazer exatamente o que ele tentou. Meses antes de sua fatídica fuga, o pai do garoto, que era professor universitário de engenharia mecânica e industrial, contou a ele a história de um menino espanhol que morreu tentando voar escondido no chassi de um avião. Infelizmente, o adolescente não deu ouvidos ao pai, ou talvez só tivesse decidido tentar sua sorte mesmo assim. 

Outros casos

Segundo Deborah Harris, ex-chefe de operações do Conselho de Refugiados, que deu uma entrevista à BBC no ano de 2012, moradores de regiões em conflito “são frequentemente forçadas a tomar medidas extremas para fugir de seus países”. 

Ela complementa ainda que essas situações geralmente envolvem um prazo de tempo muito curto para escapar, e por vezes sem tanto acesso a dinheiro e outros bens, de forma que métodos de fuga pouco seguros são motivados pelo desespero dessas pessoas. 

Situações extremas como essa seriam, portanto, a regra para quem costuma tentar viagens clandestinas em aviões, enquanto um caso como o de Keith Sapsford seria uma exceção.

Fonte: Ingredi Brunato (aventurasnahistoria.uol.com.br)

Thomas E. Selfridge: a primeira pessoa a morrer em um acidente de avião

Thomas Etholen Selfridge entrou para a história da aviação de forma trágica. Em 17 de setembro de 1908, Selfridge tornou-se a primeira pessoa a morrer em um acidente de avião. 

Thomas Etholen Selfridge foi a primeira pessoa a morrer em um acidente de avião a motor - Imagem: Wikimedia

Militar e piloto de dirigível, Selfridge sofreu o acidente quando voava como passageiro no avião dos irmãos Wright, reconhecidos em muitas partes do mundo como os verdadeiros inventores do avião. Na ocasião, o avião era pilotado por Orville Wright. 

Os dois faziam um voo de apresentação em Fort Myer, no estado da Virgínia (EUA). A aeronave já havia dado quatro voltas no campo quando começaram os problemas.

"Na quarta volta, tudo estava aparentemente funcionando muito melhor e mais suave do que em qualquer voo anterior. Comecei em um circuito maior com curvas menos abruptas. 

Foi na primeira curva lenta que o problema começou", relatou Orville, em uma carta escrita ao seu irmão, Wilbur Wright.

Na carta, Orville conta que chegou a olhar para trás rapidamente, mas não viu nenhum problema estrutural no avião. 

Mesmo assim, decidiu tirar a potência do motor e iniciar o procedimento para o pouso. Não houve tempo para isso. "Suponho que não se passaram mais de dois ou três segundos desde o momento em que as primeiras batidas foram ouvidas, até que duas grandes pancadas, que deram um tremor terrível na máquina, mostraram que algo havia quebrado", relatou Orville. 

O barulho foi causado pela quebra de uma das hélices do avião, o que fez com que a aeronave perdesse totalmente o controle de voo. O avião fez uma curva brusca para a direita e mergulhou em direção ao solo. Naquele momento, a aeronave voava a cerca de 15 metros de altura, segundo o próprio Orville. 

Até então, Selfridge permanecia quieto. Quando as coisas começaram a se agravar, ele olhou uma ou duas vezes para Orville. "Evidentemente, para ver o que eu achava da situação. Mas, quando a máquina virou de cabeça para o chão, ele exclamou 'Oh! Oh!' com uma voz quase inaudível", descreveu Orville. 

Thomas Etholen Selfridge e Orville Wright a bordo do avião momentos antes da decolagem Imagem: Reprodução

Na queda, Selfridge bateu com a cabeça e sofreu uma fratura de crânio. Foi atendido por médicos ainda no local do acidente e chegou a passar por uma cirurgia neurológica, mas não resistiu. Entrava, assim, tragicamente para a história como a primeira pessoa a morrer em um acidente de avião. 

O piloto Orville Wright sofreu diversos ferimentos, mas conseguiu se recuperar totalmente e voltou a voar com seus aviões experimentais.

A morte de Selfridge deixou um legado para evitar novas fatalidades. Depois do acidente, as Forças Armadas dos Estados Unidos passaram a exigir que os pilotos usassem capacete durante os voos. 

Fotografias do dia da queda do avião mostram que nem Selfridge nem Orville usavam proteção na cabeça. Se estivesse com capacete, talvez a primeira morte em um acidente de avião tivesse sido adiada.

Quem era Thomas Etholen Selfridge Nascido em San Francisco, Califórnia (EUA), em 8 de fevereiro de 1882, formou-se na Academia Militar dos Estados Unidos em 1903. Em 1907, foi alocado na divisão aeronáutica em Fort Myer, onde se tornou piloto de dirigível. 

Selfridge foi nomeado representante da Aerial Experiment Association (Associação de Experimento Aéreo), uma organização voltada a pesquisas aeronáuticas que era comandada por Alexander Graham Bell, o inventor do telefone. 

Como primeiro-secretário da Aerial Experiment Association, Selfridge teve a oportunidade de testar alguns modelos que estavam sendo desenvolvidos. 

Seu primeiro voo foi em uma pipa tetraédrica criada por Graham Bell, em 6 de dezembro de 1907. Selfridge chegou até mesmo a projetar um avião, o Red Wing, que foi o primeiro avião a motor da Aerial Experiment Association. 

A aeronave, no entanto, foi destruída em um acidente ocorrido em seu segundo voo. Na ocasião, o modelo era pilotado por Frederick W. Baldwin, que saiu ileso do acidente. 

Thomas Etholen Selfridge recebe atendimento médico logo após a queda em Fort Myer Imagem: Reprodução 

Em 19 de maio de 1908, Selfridge tornou-se o primeiro oficial militar dos Estados Unidos a pilotar uma aeronave sozinho. 

Com o avião White Wing, alcançou 30,5 metros em sua primeira tentativa e 61 metros em sua segunda tentativa. Entre 19 de maio e 3 de agosto, fez vários voos em Hammondsport, culminando em um voo de um minuto e 30 segundos a uma altura de 23 metros. 

No dia seguinte, seu último voo solo de 50 segundos percorreu uma distância de 800 metros. Em agosto de 1908, foi um dos três militares escolhidos para serem pilotos do Army Dirigible Number One (Dirigível Número Um do Exército). 

Selfridge parecia ter um futuro promissor pela frente, até sofrer o acidente fatal, em 17 de setembro de 1908.

Fonte: Vinícius Casagrande (UOL)

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