Homem que queria ir à sede de Olimpíadas na Rússia está preso após ter sido convencido a se render, afirma TV.
Um passageiro ucraniano a bordo do
Boeing 737-800, prefixo
TC-CCP, da
Pegasus Airlines, que realizava na última sexta-feira (7) o voo PC-751 que ia para Istambul alegou que tinha uma bomba a bordo e tentou sequestrar o avião para Sochi, na Rússia, onde ocorrem as Olimpíadas de Inverno, disse uma autoridade.
Reprodução de TV da Turquia mostra homem (D) que tentou sequestrar
avião que pousou em Istambul (E)
De acordo com a emissora NTV, um caça F-16 foi acionado assim que o piloto indicou que havia uma tentativa de sequestro, escoltando a aeronave para o aeroporto de Sabiha Gokcen, em Istambul. Segundo a televisão estatal TRT, as autoridades convenceram o homem a se entregar e ele então foi levado sob custódia policial, mas ainda não há confirmação oficial do Ministério dos Transportes.
A aeronave proveniente de Kharkiv, Ucrânia, tinha 110 passageiros, mas ainda não está claro se elas foram retiradas da aeronave, que está sendo vasculhada pelas autoridades.
O subsecretário do Ministério dos Transportes, Habib Soluk, disse à televisão privada NTV nesta sexta-feira que o homem levantou de seu assento, gritou que havia uma bomba a bordo e tentou entrar na cabine trancada do piloto. O aeroporto foi posto em alerta depois que o piloto sinalizou que havia uma tentativa de sequestro. A Companhia Aérea Pegasus confirmou em uma breve nota que havia uma "ameaça de bomba" a bordo do voo de Kharkiv.
"Fizeram o homem acreditar que o avião ia em direção a Sochi", disse Soluk. "Esperamos que os passageiros possam sair sem nenhum arranhão." O capitão do avião, Ilyas Karagulle, indicou que a tripulação está bem, de acordo com a televisão TRT.
A agência de notícias Interfax citou o Serviço de Segurança da Ucrânia, a principal agência de segurança do país, dizendo que o passageiro que tentou sequestrar o avião estava muito embriagado. Ele também teria sido rendido e nenhuma arma ou explosivos teriam sido encontrados com ele, mas não está claro quais são as fontes dessas informações.
Com cerca de 100 mil policiais, agentes de segurança e militares inundando Sochi, a Rússia prometeu garantir "os Jogos Olímpicos mais seguros da história". Mas temores de terrorismo alimentados por recentes ataques suicidas deixaram atletas, espectadores e autoridades em todo o mundo em alerta para ameaças em potencial.
Avião que pousou na Turquia após ameaça de bomba e tentativa de sequestro
é visto na pista do aeroporto de Sabiha Gokcen, em Istambul
Alguns especialistas em segurança alertam que militantes no Cáucaso, que ameaçaram atrapalhar os Jogos de Inverno que vão de 7 a 23 de fevereiro, podiam atingir seu objetivo ao escolher alvos menos visados longe de locais olímpicos ou mesmo fora de Sochi.
Os ataques de dezembro contra uma estação de trem e um ônibus em Volgograd, a cerca de 640 km a leste de Sochi, deixaram 34 mortos e mostraram a habilidade dos militantes de lançar ataques com facilidade chocante. Um grupo jihadista no Dagestão, epicentro da rebelião islâmica contra a Rússia que engoliu o Cáucaso, reivindicou responsabilidade pelos ataques de Volgograd e ameaçou atacar Sochi.
Fontes: iG (com AP) / Aviation Herald - Fotos: Reprodução Twitter / Ihlas News Agency/Handout via Reuters