sábado, 16 de agosto de 2014

Colapso no trem de pouso faz avião sair da pista na Inglaterra




O avião British Aerospace Jetstream JS-3102, prefixo G-GAVA, que realizava o voo LNQ-2307 entre Belfast, na Irlanda do Norte, e Doncaster, na Inglaterra, levando a bordo apenas dois tripulantes e um passageiro, sofreu um colapso no trem de pouso esquerdo ao aterrissar na pista 20 do Aeroporto de Doncaster, indo parar fora da pista. 

O passageiro foi levado para o hospital para exames após o incidente na sexta-feira (15) à noite. Ele disse que a aeronave Jetstream 31 foi "deslocada para fora da pista".

Essa mesma aeronave esteve envolvida em outro acidente semelhante, quando o trem de pouso direito colapsou na aterrissagem na Ilha de Man, no Reino Unido, em 8 de março de 2012.

Fontes: BBC / Aviation Herald - Fotos: Alex Roebuck

Avião com 280 pessoas "cai" por 1,5 km enquanto piloto dormia e copiloto usava iPad


Um avião da Jet Airways, que ia de Mumbai a Bruxelas com 280 pessoas, "caiu" por 1,5 km enquanto o piloto dormia e a copiloto checava informações do voo no iPad. 

Apesar do susto, o controle do avião foi retomado a tempo de evitar um acidente. 

 O voo 9W-228 estava a uma altitude de 34 mil pés quando subitamente diminuiu para 29 mil pés, no último dia 8 de agosto. Isso fez com que uma mensagem de alerta fosse emitida pelo controle de tráfego aéreo de Ancara, na Turquia, por onde o Boeing 777 passava naquele momento.

O piloto do avião tirava o chamado "descanso controlado" (cochilo de até 40 minutos, previsto pela Organização de Aviação Civil Internacional para evitar a fadiga dos comandantes). Enquanto isso, a copiloto checava dados no iPad de trabalho e não notou a perda de altitude, informou o "Times of India". 

O alerta do mergulho do Boeing 777 fez a co-piloto acordar seu comandante, que imediatamente retornou ao posto e corrigiu a trajetória do voo. Eles não fizeram o relatório obrigatório de segurança previsto em casos como esse e acabaram suspensos pela Jet Airways, que recebeu uma denúncia anônima.

A Direção Geral de Aviação Civil da Índia considerou o incidente "grave" e vai analisar dados da caixa-preta do avião para apurar a responsabilidade dos pilotos. Uma investigação interna da Jet Airways também está em curso, segundo a companhia.

Fonte: UOL (com Times of India e BBC) - Foto: Reprodução

Perguntas e respostas sobre o acidente que matou Eduardo Campos

Veja o que se sabe e o que ainda é dúvida sobre o acidente.


A Aeronáutica começou a investigar as causas do acidente aéreo que matou o presidenciável Eduardo Campos (PSB) e mais seis pessoas na quarta-feira (13) em Santos.

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) é responsável por analisar o material recolhido pelos peritos, mas ainda não deu nenhuma versão sobre o ocorrido.

A Polícia Civil de São Paulo instaurou inquérito para investigar hipótese de homicídio culposo (sem intenção).

Clique AQUI e confira a cronologia do acidente, mapas, depoimentos e uma animação que mostra como pode ter sido a queda.

Abaixo, leia o que se sabe a respeito do acidente e dúvidas ainda não esclarecidas sobre o caso.

Quais eram as condições meteorológicas do voo?


As condições meteorológicas, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), permitiam o pouso. Chovia no momento do acidente. A visibilidade era de 3.000 metros e as nuvens estavam a 300 metros do solo, condições mínimas para pouso. Essas situações são instáveis e podem ser alteradas conforme o piloto se aproxima da pista, segundo especialistas. Cabe ao piloto decidir se a opção mais segura é pousar ou arremeter.

Mau tempo, chuva, vento e baixa visibilidade dificultam as condições de voo e demandam maior atenção do piloto, mas isso não significa que foram a causa. 

A tripulação estava cansada?


O Sindicato Nacional do Aeronautas (SNA) quer que o Cenipa apure se o cansaço relatado pelo piloto Marcos Martins na internet pode ter sido uma das causas do acidente. Em uma rede social, ele disse estar “cansadaço” cinco dias antes da queda. Familiares também serão ouvidos para saber se o piloto e copiloto passavam por problemas pessoais.

O avião era seguro?


O Cessna Citation 560XL, prefixo PR-AFA, era um jato executivo com duas turbinas e 16 metros de comprimento com capacidade para 9 passageiros. Vale cerca de US$ 9 milhões. Segundo a Anac, a documentação da aeronave estava em dia e o jato tinha total condições de operar e era nova, de 2010. Tinha certificado de aeronavegabilidade válido até fevereiro de 2017 e inspeção anual de manutenção que venceria em fevereiro de 2015. Especialistas ouvidos pelo G1 afirmam garantir que a aeronave era segura. 

Mas de acordo com o deputado estadual Wilson Quinteiro (PSB), líder do partido na Assembleia Legislativa do Paraná, o mesmo jato que caiu em Santos havia apresentado problemas durante decolagem em Londrina, no Paraná, em 16 de junho. Na ocasião, houve um problema de ignição na aeronave.


Um vídeo cedido (clique AQUI) pela RPS Produtora mostra o momento em que o próprio Eduardo Campos brinca com o fato de ter se atrasado a um compromisso em Maringá, no norte do Paraná, por causa de um problema na aeronave.

O que aconteceu na hora do pouso?


O piloto seguiu o procedimento correto? Segundo a Aeronáutica, quando se preparava para pouso, o avião arremeteu (voltou a subir antes do pouso) devido ao mau tempo. Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato.


Especialistas afirmam que o chamado "procedimento de aproximação perdida", conhecido como arremeter, é normal em pousos por instrumentos e uma questão de segurança. A carta de aproximação por instrumentos da Base Aérea de Santos indica que, para arremeter, o piloto deve seguir para a esquerda em curva ascendente, sentido seguido pelo piloto de Campos (veja mais no vídeo AQUI).

Se continuasse reto, iria de encontro à serra, mas ainda não se sabe se houve uma falha humana colaborou com a queda. A Anac informou que os pilotos que conduziam a aeronave, Marcos Martins (comandante) e Geraldo Magela Barbosa da Cunha (copiloto) estavam com a licença e com as habilitações válida.

O que os pilotos disseram antes da queda?



Gravação de áudio obtida pelo Jornal Nacional mostra uma conversa entre o piloto Marcos Martins com controladores de voo, aparentando tranquilidade, sobre o procedimento de pouso. 

O que dizem as caixas-pretas?


O conteúdo do Voice Recorder, o gravador de voz da aeronave, não tinha o áudio do voo que culminou na queda da aeronave, segundo o Cenipa. No jato não havia o Data Recorder, que grava dados do voo. A falta dessas informações dificulta as investigações.

O avião estava em chamas antes da queda?


Testemunhas afirmaram ter visto uma “bola de fogo” caindo do céu, mas somente a investigação da Aeronáutica irá determinar se houve um problema no ar. Segundo especialistas, o depoimento de testemunhas de quedas de avião quase sempre é impreciso.

Em qual posição a aeronave caiu? 


Pelo impacto, a aeronave despencou, levando de 15 a 20 segundos para atingir o solo. Um termo que tem sido mencionado é o “estol de asa”, ou seja, a queda pela perda de sustentação ligada ao ângulo do avião, provavelmente com as asas na vertical, mas também existe a versão de especialista de queda de nariz. Apenas as investigações devem concluir qual foi a posição da queda.

Pode ter havido desorientação espacial dos pilotos?


Todas as hipóteses ainda estão sendo investigadas. A desorientação espacial ocorre em condições sem visibilidade, em que o piloto é levado a crer que a aeronave está em uma direção pelos instrumentos, mas está em outra. Nesse caso, poderia tomar uma decisão baseada nessa condição psicológica, que poderia ser corrigida pelo segundo piloto.

Uma possibilidade seria o piloto, dentro da nuvem, não acreditar que o avião estava indo para a esquerda, e forçar ainda mais a curva, colocando a aeronave em posição de "faca", com as asas na vertical, provocando uma queda brusca.

O piloto pode ter escolhido o local de colisão?


Pelo que restou da aeronave, especialistas creem que ela “bateu voando”, no jargão aeronáutico. Ou seja, teria havido um impacto muito forte, que não indica o padrão de quem tenta um pouso forçado, gradual, que teria arrasado várias casas no entorno do acidente. O avião atingiu apenas uma casa e abriu uma cratera de cerca de três metros no solo.

A fuselagem pode dar pistas?


Apesar de o impacto ter destruído o jato, ainda é possível analisar as peças do avião com perícia especializada, para saber se explodiu no solo, no ar, entre outros.

Pode ter havido pane no motor?


Somente as investigações podem determinar se houve esse tipo de falha. Segundo especialistas, o Cessna Citation pode arremeter com um motor apenas, se o outro falhar.

Um problema na ignição poderia ter derrubado o avião?


Segundo especialistas, a ignição não é necessária uma vez que o avião já esteja no ar, por isso, não pode ter sido a causa do acidente.

Um pássaro pode ter atingido as turbinas?


Há urubus na região, mas, mesmo com pássaros na turbina, seria possível o piloto manter a sustentação da aeronave. Como o caso do piloto da US Airways, que realizou um pouso forçado no rio Hudson, em Nova York, após o avião ter se chocado com um bando de gansos, enfraquecem a hipótese.

Quem investiga o caso?


A Aeronáutica apura as causas do acidente, e a Polícia Civil de São Paulo instaurou inquérito para investigar hipótese de homicídio culposo (sem intenção).

Fonte: Rosanne D'Agostino e Isabela Leite (G1)

Gravações de chamados para o 190 mostram pânico após queda de avião

Munícipe afirmou em ligação que jato teria passado a metros de sua casa.

Gravações feitas nesta quarta-feira (13) foram liberadas pela Polícia Militar.


Ligações recebidas pela Polícia Militar por meio do telefone 190 registraram os momentos de pânico pelos quais moradores de Santos, no litoral de São Paulo, passaram minutos após o jato particular que levava o presidenciável Eduardo Campos (PSB) ter caído, resultando na morte dele e de outras seis pessoas.

Clique AQUI e leia a matéria completa e ouça o áudio da Polícia Militar.

Especialistas dos EUA vão investigar acidente com jato que matou Campos

Equipe do NTSB está a caminho do Brasil.

Caixa-preta não gravou áudio do voo, diz FAB.


Uma equipe dos Estados Unidos está a caminho do Brasil para participar da investigação da queda do jato executivo que matou o candidato à Presidência da República pelo PSB, Eduardo Campos, e mais seis pessoas. O grupo é formado por especialistas do National Transportation Safety Board (NTSB), a principal autoridade norte-americana de investigação de acidentes, e da Cessna Aircraft Company, o fabricante do avião.

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão investigador da Força Aérea Brasileira (FAB), comunicou nesta sexta-feira (15) que o gravador de voz do avião acidentado não registrou o áudio da cabine do voo que transportava Eduardo Campos.

As causas técnicas da falha do gravador ainda não foram esclarecidas pela FAB.

O conteúdo que ficou gravado se refere a uma conversa durante abastecimento no solo, com os motores desligados, em local e data não identificados.

O gravador tem capacidade para registrar duas horas seguidas de sons, e começa a trabalhar toda vez que o avião é energizado, isto é, assim que os sistemas elétricos são ligados.

Às vezes, na manutenção, os técnicos costumam desligar o gravador, justamente para impedir que ao ligarem as baterias, conversas anteriores sejam apagadas.

Nota Anac


A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que regulamenta a aviação civil, disse que esse tipo de avião não pode decolar se o gravador de voz não estiver funcionando. O equipamento, apesar de não ser um item de segurança, deve ser checado pelo comandante antes do início do taxiamento da aeronave.

Mas essa regra não se aplica para voos não remunerados. Mesmo que o piloto identifique que o gravador não está funcionando ele pode voar.

Com as gravações da cabine, os peritos esperavam ajuda para entender o que aconteceu com o avião. Os investigadores têm à disposição agora apenas as gravações dos contatos dos pilotos com os diversos órgãos de controle do tráfego aéreo.

O brigadeiro Jorge Kersul Filho, que já foi chefe do Cenipa, explicou quais serão os próximos passos da investigação. “Os investigadores agora vão levantar como estavam operando os motores. Com a análise dos motores pelo fabricante, vão levantar as condições meteorológicas do momento ou até desde a decolagem do Rio de Janeiro”.

Nesta sexta, peritos da Polícia Federal (PF), da Aeronáutica e da Polícia Civil de São Paulo continuaram vasculhando a área onde o jatinho caiu. Retiraram vários pedaços do avião e começaram uma nova etapa da investigação.

Eles usaram um drone e, ainda, scaners que tiram fotos em três dimensões para criar um ambiente virtual do local do acidente. Leia também: IML deve liberar neste sábado corpos de vítimas de jato que caiu em Santos.

Clique AQUI e assista a reportagem. 

Fonte: G1 - Foto: Reprodução

Piloto não reportou qualquer problema técnico, diz Saito

A última comunicação gravada do piloto Marcos Martins com o operador de rádio da Base Aérea do Guarujá não indica preocupação nem se refere a qualquer problema técnico no Cessna 560 XL.

Martins avisou ao rádio que estava arremetendo, ou seja, abortando a aterrissagem, quando o operador lhe perguntou sobre "suas próximas intenções". Ele respondeu: "Vou aguardar a melhoria de condições do tempo".

Até agora, a única frase divulgada de Martins havia sido gravada pela Torre de Controle de São Paulo, não pelo rádio de Santos, e foi antes da arremetida.

O comandante-geral da Aeronáutica, Juniti Saito, chega à base aérea de Anápolis (GO)
Foto: Alan Marques - 20.dez.2013/Folhapress

A informação é do comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, que fez um relato nesta sexta-feira (15) para a presidente Dilma Rousseff sobre o estágio das investigações. Leia trechos da entrevista dele à Folha.

Folha - O que houve com a gravação da caixa-preta?


Juniti Saito - As conversas entre os pilotos não foram gravadas e as últimas vozes são de mecânicos no solo, mas são conversas sobre sistemas, nada relevante para a investigação.

Por que não gravou?

Estamos fazendo consultas ao fabricante e à empresa de manutenção, porque isso não é usual.

O quanto prejudica as investigações?

Nós temos outros fatos e fatores para analisar, como as condições das turbinas e dos flaps e as gravações dos radares. Mesmo as turbinas estando danificadas, há boas condições de análise.

A FAB trabalha com a hipótese de "desorientação espacial"?

Todo acidente, mesmo quando o fator principal é falha mecânica, tem a mão humana, seja dos pilotos, seja dos mecânicos. Mais de 80% dos acidentes ocorrem por falha humana.

Foi detectada alguma falha mecânica até agora?

Só temos certeza de que o trem de pouso e os flaps estavam recolhidos, funcionaram. Mas nada pode ser descartado, tudo entra na investigação.

Inclusive a hipótese de choque com drones?

Isso é coisa de quem quer tumultuar a investigação. Existe, sim, uma Notam (nota da Aeronáutica para pilotos) citando drones, mas a 20 km da pista, e esses drones pequenininhos só voam por instrumento a 300, 400 metros. E com chuva, vento forte, se o dono puser para voar, vai perder o drone dele.

E com pássaros?

É a mesma coisa. Sabe aquele jargão dos pilotos? "Com o tempo ruim, até urubu fica no chão". Urubu e drones não voam naquelas condições [do dia do acidente, de chuva e vento].

O avião realmente apresentou fogo e fumaça ainda voando?

Isso, sinceramente, é coisa de quem não conhece bem... É muito difícil achar que tinha fogo e fumaça no ar, até porque o piloto não comunicou ao rádio hora nenhuma. Então, como as pessoas conseguiam ver fogo, fumaça, se o tempo estava ruim, fechado, chovendo muito?

O sr. sabe qual foi a última comunicação do piloto?

Ele comunicou ao rádio [da Base do Guarujá] que estava arremetendo. O operador falou: "Suas próximas intenções". Então, ele disse: "Vou aguardar a melhoria de condições do tempo". Foram suas últimas palavras. Depois, o operador do rádio chamou uma, duas, três, quatro vezes, sem retorno.

Como foi sua conversa com a presidente?

Ela é muito perguntadora. Fiz um relato do que temos até agora, com a simulação do voo e o andamento das investigações. Não é muita coisa, mas é o que temos.

O avião passou mesmo entre dois prédios?

Vi um delegado falando isso na televisão, mas nossa simulação não inclui isso. O importante é que foi muita sorte não matar ninguém no solo. Não teve vítimas e seguramente era para ter [no solo].

O sr. está otimista quanto aos resultados da investigação, só com destroços e sem a gravação da caixa-preta?

Nosso sistema de investigação é reconhecido internacionalmente como um dos melhores do mundo. Só ficamos atrás do Canadá e empatamos com a União Europeia, com 96 a 97% de aprovação. Peço que confiem na Força Aérea, não vamos entrar no jogo político.

Militar da Aeronáutica retira peças da aeronave em Santos
Foto: Davi Ribeiro/Folhapress

Fonte: Eliane Cantanhede (Folha de S.Paulo)

Veja possíveis razões para gravador não registrar áudio de avião de Campos


O áudio do gravador de voz do avião que caiu em Santos (SP) e matou Eduardo Campos e mais seis não corresponde às comunicações do voo que resultou no acidente na última quarta-feira (13). Por alguma falha no equipamento, que pode ter sido elétrica ou de software, entre outros motivos, o gravador não estava funcionando e não pode revelar o que foi conversado na cabine na hora do desastre.

Clique AQUI para ler a matéria completa.