sexta-feira, 14 de agosto de 2020

A curiosa história da primeira torre de controle para aviões erguida há 100 anos

Hoje, é impensável organizar o tráfego aéreo sem as emblemáticas torres de controle que estão presentes em todos os grandes aeroportos do planeta.

A partir delas, controladores coordenam os movimentos de milhares de aviões para que eles se mantenham a uma distância segura uns dos outros e de obstáculos.

Eles também direcionam rotas em caso de mau tempo e decidem quando as aeronaves devem pousar e decolar, tentando evitar atrasos - mas, acima de tudo, acidentes.

Mas foi só na década de 1920, quando os serviços de transporte aéreo de passageiros começaram a crescer junto ao fim da primeira Guerra Mundial, que a primeira torre de controle aéreo do mundo foi erguida (foto abaixo) no então principal aeroporto de Londres, que ficava em Croydon, cerca de 20 km ao sul da capital.

Em fevereiro de 2020, o edifício de 4,5 metros de altura com janelas em todos os lados completou 100 anos.

A torre havia sido encomendada pelo Ministério da Aeronáutica, um antigo departamento encarregado pela aviação civil e militar que deixou de existir em meados da década de 1960.

“Eram os primeiros anos das viagens aéreas e não havia nem sinal de um roteiro sobre como as coisas deveriam funcionar”, disse Ian Walker, diretor da Historic Croydon Airport Trust, à BBC.

“Em 1920, não se tinha ideia de como deveria atuar uma torre de controle e até mesmo um aeroporto. Então coube a pioneiros desenvolver, testar e implementar as ideias que permitiriam que as viagens aéreas crescessem com segurança”, diz Walker

O Aeroporto de Croydon (1925)

Naquela época, os aeródromos tinham sistemas de rádio e estruturas semelhantes a faróis aéreos, mas nenhuma dessas instalações tinha o propósito específico de prestar serviços de tráfego aéreo a aeronaves.

Foi a construção desta primeira torre que deu o pontapé inicial para o crescimento e desenvolvimento da aviação comercial.

Previsões do tempo

Inicialmente, os primeiros pilotos comerciais voaram em aviões militares convertidos, e só podiam fazê-lo quando as condições meteorológicas fossem adequadas.

Mas, quando o número de voos comerciais começou a aumentar, obedecendo datas e horários rígidos, surgiu a necessidade de poder-se voar em diferentes condições.

Área preservada do aeroporto

A partir desse momento, quando não era mais suficiente que os pilotos se guiassem por seus próprios olhos e por mapas, a recém-formada Comissão de Navegação Aérea Internacional estabeleceu que os principais aeroportos deveriam enviar e receber boletins meteorológicos.

“O que esses pioneiros fizeram foi usar a tecnologia mais avançada que tinham na época, o rádio, para desenvolver o controle do tráfego aéreo”, explica Walker.

Simplesmente, acrescenta, "eles experimentavam para ver o que funcionava e o que não funcionava".

Os primeiros controladores trabalharam ao lado de operadores de rádio, dando aos pilotos informações meteorológicas por rádio ou por meio de sistemas de bandeiras ou luzes.

Posição

No aeroporto de Croydon, também foi usado um serviço que permitia determinar a posição do avião no ar.

"Quando uma aeronave faz uma transmissão de rádio, podemos rastrear a origem desse sinal. Se o sinal for captado por estações em solo, é possível triangular a posição da aeronave”, diz Walker.

Essas informações, captadas por três estações diferentes, eram repassadas para Croydon, de onde a posição do avião era calculada manualmente em um mapa, com ajuda de barbante e tachinhas, e então repassadas ao piloto.

Com essas informações, os controladores também puderam calcular os horários das chegadas e partidas dos aviões.

Duas novas torres foram erguidas após a construção da primeira, em Croydon

Emergência

Outro dos grandes momentos da aviação que remonta a esta época do aeroporto de Croydon foi a invenção do sinal de socorro para alertar situações de emergência.

A palavra Mayday (pronuncia-se "meidei"), repetida três vezes, foi cunhada por Fred Stanley Mockford, um dos primeiros controladores da Torre de Croydon, que se inspirou na expressão francesa m'aider, que significa "ajudar-me".

"É uma palavra que não se confunde com mais nada na aviação: não é altura, nem velocidade, nem visibilidade, nem vento. É uma palavra diferente das outras, e a indústria a aceitou em 1927 como o padrão internacional."

A primeira placa de embarque de aeroporto. Era  muito confusa e não durou muito

Em 1923, uma segunda torre foi adicionada em Croydon e a última foi erguida em 1928.

O aeroporto continuou a funcionar até 1959 e em 2000 foi transformado em museu.

Clique AQUI e AQUI e veja mais fotos históricas do Aeroporto de Croydon.

Fonte: BBC News - Fotos: Getty Images via BBC News Brasil

História: Aconteceu em 14 de agosto de 2005 - Tragédia na Grécia

No dia 14 de agosto de 2005, o Boeing 737-300, prefixo 5B-DBY, da companhia cipriota Helios Airways, vindo de Lárnaca, no Chipre, sobrevoava a cidade de Atenas em círculos, esperando disponibilidade na pista de pouso. 

Uma falha, causou a pressurização da aeronave e a consequente inconsciência dos tripulantes, fazendo com que o piloto automático assumiu o controle do Boeing 737-300.

Para ver o que se passava foram enviados dois F-16 gregos. Os dois caças viram uma pessoa no cockpit,  que não respondeu às mensagens dos pilotos.

Mapa do voo Helios 522, com indicação do local da queda

Por falta de combustível, o voo 522 bateu nas montanhas gregas, a nordeste de Atenas, depois de quase três horas de voo, matando os 115 passageiros e seis tripulantes.

A causa foi o avião não ter sido pressurizado e, ainda no ar, 120 dos 121 passageiros e tripulantes ficaram inconscientes devido à falta de ar (hipóxia). 

A autópsia nos corpos comprovou que a causa da morte foi o impacto da queda e não a despressurização. 

Andreas Prodromou, comissário de bordo, foi o único a manter-se consciente e ainda tentou salvar o Boeing. Acredita-se que se tenha mantido vivo por mais tempo por ter utilizado cilindros extras de oxigénio à disposição no avião.

Foi uma falha humana que causou a despressurização do avião. Os engenheiros de manutenção, quando de uma inspeção no solo, deixaram o sistema de pressurização (botão) na posição "manual", onde o correto seria "automático" (foto acima).  

Isso levou o avião a despressurizar rapidamente à medida que atingia elevada altitude, e, a cerca de 3.000 metros, a tripulação e a maioria dos passageiros já estavam em anoxia total (coma profundo devido à falta de oxigénio). 

Apenas Andreas, por utilizar máscaras extras pelo corredor do avião e os cilindros de emergência do avião, conseguiu chegar ao cockpit do jato e tentou assumir o controlo do Boeing 737, em vão. O mesmo tinha acabado de receber a sua licença de pilotagem e era o seu sonho ser piloto da Helios Airways.

Clique AQUI para ver mais fotos do local do acidente.

Fontes: Wikipedia / ASN - Fotos: Reprodução

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