quinta-feira, 20 de maio de 2010

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O Fairchild A-10A Thunderbolt II, prefixo 80-0223, da Força Aérea dos EUA, voando logo atrás do North American F-86F Sabre, prefixo NX86FR, pilotado por Dale Snodgrass, em demostração no Tico Air Show 2010, realizado no Aeroporto de Titusville/Cocoa Beach - Space Coast Regional (Space Center Executive/Tico) (TIX/KTIX), na Flórida, nos EUA, em março de 2010.


Foto: Jeff Thornton (Airliners.net)

Nova empresa aérea é lançada no Recife

Chega ao Nordeste uma nova companhia que pretende ampliar a malha aérea da região. O lançamento aconteceu na manhã desta quinta-feira (20) no Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes - Gilberto Freyre, na Zona Sul do Recife.

Com o slogan "Unindo o Nordeste", a empresa Noar Linhas Aéreas começa a operar no próximo dia 7 de junho. A companhia ainda não estabeleceu quais serão os detinos oferecidos, uma vez que ainda aguarda uma liberação da Agência Nacional de Aviação (Anac). Mas, já se sabe que serão linhas de curta e média distância, como: Recife-Caruaru, Recife-Maceió e Maceió-Aracaju.

Fabricado na República Tcheca, o avião tem capacidadde para 19 passageiros e dois tripulantes, além da bagagem. A aeronave é pequena, porém confortável.

O preço das passagens deve ficar acessível. A empresa pretende cobrar cerca de R$ 70 pelo trecho Recife-Caruaru. O valor só poderá ser definido após a aprovação dos destinos.

De acordo com o presidente da empresa, Vicente Jorge Espíndola, o maior desafio do novo projeto é fazer com que as pessoas se habituem a usar o transporte aéreo. "Estamos oferendo linhas que vão agilizar caminhos que hoje as pessoas perdem muito tempo para realizar. Essa é uma forma de viajar com rapidez e conforto", declarou.

Fonte: JC Online - Fotos: Divulgação / Reprodução/TV Globo

Avião sai da pista durante pouso de emergência em Jundiaí (SP)

Um avião bimotor que decolou da cidade de Porto Alegre, no Estado de Santa Catarina, fez um pouso de emergência, na tarde desta quinta-feira (20), no Aeroporto Estadual Comandante Rolim Adolfo Amaro, em Jundiaí.

Segundo informações do DAESP - Departamento Aeroviário de São Paulo - a aeronave modelo Cheyenne PA42 e com matrícula americana, apresentou problemas ainda em voo, quando seu piloto solicitou autorização para pouso às 16 horas.

Durante o processo de aterrizagem o avião se descontrolou, saiu da pista e ficou pendurado em um barranco com cerca de 5 metros de altura.

Quatro unidades do Corpo de Bombeiros de Jundiaí foram acionadas e compareceram ao local. Na aeronave estava apenas a tripulação. A equipe de bombeiros do aeroporto foi mobilizada durante o acidente e teria auxiliado no atendimento a um dos tripulantes, que foi conduzido ao setor de emergência local, onde foi atendido e liberado.

Segundo DAESP, as causas do acidente serão investigadas pelo SERIPA 4 - Serviços Regionais de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos.

A aeronave Cheyenne é equipada com motores 715hp e tem capacidade para até 8 passageiros ou 2.000 kg de carga, mais tripulantes.

Fonte: Luiz Carlos Izzo e Anderson (Breu) (Jornal de Itupeva Online)

Avião da Seleção sai pronto de São Carlos, em SP

O avião que será usado pela Seleção Brasileira na Copa do Mundo da África do Sul saiu do Centro Tecnológico da TAM, em São Carlos (SP), às 12h desta quinta-feira (20).

A aeronave, um Airbus A330, já conta com o desenho personalizado para a equipe nacional e inscrições de frases enviadas pelo público à companhia aérea como modo de incentivo à Seleção.

Do interior paulista, o avião foi para Guarulhos (SP) e, de lá, para Salvador (BA), voltando em seguida para o aeroporto de Cumbica. Às 21h40, a aeronave partirá para o Rio de Janeiro e depois para Paris, na França.

A estreia brasileira na Copa do Mundo acontece no dia 15 de junho, contra a Coreia do Norte, em Johannesburgo. Portugal e Costa do Marfim são os outros adversários brasileiros na primeira fase.

Fonte e foto: David C. Fugazza (de São Carlos (SP), para o vc repórter, canal do site Terra)

58 anos: Esquadrilha da Fumaça reúne mais de 300 fumaceiros

Mais de trezentos integrantes da família fumaceira estiveram presentes no aniversário de 58 anos da Esquadrilha da Fumaça. Antigos integrantes, fumaças honorários e amigos desfrutaram de eventos especialmente programados para relembrar os “velhos tempos”.

No dia 15 de maio, o Comandante do Esquadrão de Demonstração Aérea, no período de 2000 a 2002, Cel Av R/1 Otto Uwe Voget, relatou um pouco dos desafios do seu comando. Foi justamente nesse período que as aeronaves da Esquadrilha da Fumaça sofreram alterações das suas cores de vermelho para azul, amarelo e verde.

Olhares saudosos, ouvidos atentos, sorrisos e até algumas lágrimas. Esse foi o cenário encontrado no Cinema da Academia da Força Aérea, enquanto o ex-comandante recordava detalhes que nenhum um livro histórico é capaz de registrar com tanta vivacidade.

Logo após, pontualmente às 16h45min, dentre os fumaceiros misturaram-se uma infinidade de admiradores que se deslocaram de toda a região próxima à Pirassununga/SP para presenciar a tradicional demonstração da Esquadrilha da Fumaça.

“Ao ver os Pilotos se dirigirem aos aviões com seus Anjos da Guarda não pude conter as lágrimas, porque vi o brilho no olhar de minha filha e sua empolgante voz dizer: Olha mãe, um dia eu vou pilotar um avião desses e vou escrever junto com eles um coração no céu pra você!”, confidenciou a esposa do ex-integrante Cabo Luis Antonio Rodrigues, a senhora Nair Rodrigues.

À noite, num Jantar Comemorativo, foram anunciados os “Fumaças Honorários” de 2010. O título tem a finalidade de tornar público o reconhecimento do EDA a cidadãos que, de forma desinteressada e amiga, não medem esforços para garantir o respeito e a admiração que o povo brasileiro tem pela Esquadrilha da Fumaça. Foram eleitos para receber o título, o Major Brigadeiro do Ar Marco Antonio Carballo Perez, o Sanfoneiro Waldonys José Torres de Menezes e o Fotógrafo Fábio Ricardo de Lara.

Além dessa formalidade, foi prestada uma especial homenagem ao Capitão Anderson Amaro Fernandes, falecido durante uma demonstração na cidade de Lages, em 02 de abril de 2010. Foi projetado um vídeo que evidenciou suas características marcantes, como a humildade, o constante sorriso estampado no rosto e a atenção que oferecia a qualquer cidadão que quisesse conhecer um pouco mais sobre a Esquadrilha da Fumaça.

MAIS

Esquadrão de Demonstração Aérea
Seção de Comunicação Social

http://www.esquadrilhadafumaca.com.br

http://www.eda.aer.mil.br

Clique aqui e veja mais fotos do evento.

Fonte: www.esquadrilhadafumaca.com.br - Foto: Esquadrão de Demonstração Aérea

Chefe de espionagem do governo dos EUA anuncia renúncia

Diretor nacional de Inteligência Dennis Blair deixar cargo nesta sexta (21).

Sua atuação era questionada depois de duas tentativas de ataque ao país.


O diretor nacional de Inteligência dos EUA, Dennis Blair, anunciou nesta quinta-feira (20) que vai deixar o cargo.

"É com profundo pesar que informei ao presidente hoje que vou renunciar ao cargo de Diretor Nacional de Inteligência nesta sexta, 28 de maio", disse ele em comunicado.

A saída de Blair ocorre após supostas falhas da inteligência na tentativa de ataque a bomba a um avião nos EUA no Natal e depois de dúvidas sobre sua atuação no atentado fracassado com carro-bomba na Times Square no início deste mês.

Fontes do Congresso e do governo informaram que ainda não havia uma decisão sobre quem vai substituí-lo.

É a primeira grande mudança no setor de Inteligência do governo do democrata Barack Obama.

Fonte: G1 (com agências internacionais) - Foto: AP

Pedidos da Embraer têm tendência de queda

Nos últimos dois anos, número de encomendas cai e chega a US$ 16 bilhões

O sucesso da família de E-Jets da Embraer, lançados no início desta década, permitiram a companhia atingir uma carteira de pedidos de quase US$ 21 bilhões em 2008. Mas a crise econômica mundial tolheu boa parte da demanda por aviões comerciais, e os executivos da companhia brasileira só esperam uma recuperação em 2011.

A carteira de pedidos da Embraer totalizou US$ 16 bilhões no primeiro trimestre de 2010 - um nível que não acontecia desde 2006. Isso correspondeu a 3,2 anos da receita anual atual projetada da empresa.

No primeiro trimestre de 2010, a aviação comercial representou mais de 50% da receita líquida da Embraer, que foi de R$ 1,78 bilhão no período. O lucro foi de R$ 44 milhões.

Fonte: André Vieira (iG)

Esquadrão aéreo atacará mercado da Embraer

Três novos concorrentes além da Bombarbier, eterna rival da fabricante brasileira, vão lançar novos aviões de médio porte até 2014

A Embraer teve um reino quase absoluto na última década ao lado da canadense Bombardier. A fabricante brasileira conquistou com a introdução dos E-Jets a liderança no segmento de aviões comerciais de porte médio.

A partir do fim deste ano, as duas empresas vão enfrentar um esquadrão nos céus. Fabricantes de aviões da China, Rússia e Japão desenvolveram ao longo dos anos 2000 novas aeronaves, mais modernas, para capturar parte do segmento de aviões que vão de 60 a 120 assentos.

Além disso, a Bombardier colocará outra aeronave no mercado para rivalizar com a Embraer e um outra ainda maior, esta para concorrer com as gigantes Boeing e Airbus.

Conheça os novos aviões:

ARJ-21
Fabricante: Comac (China)
Lançamento previsto: fim de 2010
Motor: General Electric
Número de assentos: 70 a 100 em duas versões


A Comac, formada por um consórcio de empresas e controlada pelo governo chinês, contou com a ajuda de 19 grandes fornecedores de componentes europeus e americanos - como General Electric que fornecerá o motor - para construir um avião comercial na tentativa de reduzir a dependência da China pelas aeronaves da americana Boeing e europeia Airbus.

Mas o primeiro modelo a sair da linha de montagem é o jato de médio porte, o ARJ-21. A primeira fase do programa foi o desenvolvimento de um avião de 70 e 80 lugares, podendo ser estendido para 90 a 100 assentos. Concluída sua montagem em 2007, o ARJ-21, que vem fazendo voos testes, deve começar a voar comercialmente no fim deste ano. Até agora, a fabricante já garantiu quase 250 pedidos e 20 opções - praticamente tudo para o mercado chinês, um dos que mais cresce no mundo.

Os chineses dizem que o modelo foi desenvolvido de forma independente, mas os críticos dizem que foi inspirado no MD90, da McDonnell Douglas, quando a antiga fabricante, que se fundiu à Boeing, operava por meio de uma joint venture na China. Com esse jato, a Comac já pensa no futuro. Ela deseja concluir a tempo o desenvolvimento do modelo C919 - um jato maior que espera colocar no mercado em 2016 para bater de frente o Airbus A320 e o Boeing 737.

Superjet 100
Fabricante: Sukhoi (Rússia)
Lançamento previsto: fim de 2010
Motor: Joint venture entre Snecma (França) e NPO Saturn (Rússia)
Número de assentos: 75 a 100 em três versões

Lançado em 2001 e tratado como o maior avanço da indústria aeronáutica russa, a família de três jatos regionais da Sukhoi, de 75 a 100 assentos, foi colocada como uma das prioridades do governo para substituir os antigos Tupolev-134 e Yakovlev-42, aviões de grande uso na era soviética, que ainda equipam a frota da companhia aérea russa Aeroflot.

O programa envolveu 30 fornecedores, em sua maioria europeus. Mas contou também com a participação da americana Boeing no desenvolvimento de mercado. O primeiro avião, um modelo para 95 lugares, foi montado em setembro de 2007, na fábrica da empresa na Sibéria.

Se fosse cumprido o cronograma, o Superjet 100 já estaria voando desde 2008. Mas a joint venture entre a francesa Snecma e a russa NPO Saturn, responsáveis pela entrega dos motores, enfrentou dificuldades para concluir seu trabalho e atrasou o programa. Agora, a Sukhoi trabalha com a previsão de colocar o avião no mercado comercialmente até o fim do ano. A empresa já garantiu 145 pedidos e 80 opções - em sua maioria na própria Rússia e no leste europeu.

MRJ
Fabricante: Mitsubishi (Japão)
Lançamento previsto: fim de 2014
Motor: Pratt & Whitney, unidade da americana UTC
Número de assentos: 70 a 90 em quatro versões

A Mitsubishi Heavy Industries deu início ao seu programa de construção de um jato regional em março de 2008, com apoio do governo japonês. O jato em desenvolvimento, que terá quatro versões diferentes de 70 a 90 lugares, é esperado para chegar ao mercado em 2014.

Como inovação, a avião traz o motor da Pratt & Whitney, que cuja caixa de redução permite diminuir o consumo de combustíveis e baixar os níveis de poluentes e ruídos. Além disso, uma parcela significativa da fuselagem é de fibra de carbono, material mais leve e resistente. Na comparação com os E-Jets da Embraer, o MRJ tem maior autonomia.

Os primeiros pedidos - 15 firmes e 10 opções - vieram da All Nippon Airways (ANA), empresa aérea japonesa. A Trans States Airlines, empresa de porte médio dos EUA, encomendou 50 unidades firmes e outras 50 opções. Como parte do processo de recuperação judicial da Japan Airlines (JAL), o governo japonês negocia a substituição da frota de cerca de 50 aviões da companhia por jatos MRJ.

CS Series
Fabricante: Bombardier (Canadá)
Lançamento previsto: 2013-2014
Motor: Pratt & Whitney
Número de assentos: 110 e 15

A ideia de uma nova família de aviões começou a ser estudada em 2004 pela Bombardier. Entre idas e vindas, a empresa bateu o martelo em 2007 – o avião será financiado com boa parte de recursos do governo do Canadá.

O CS 100, modelo para 110 lugares, fará a Bombardier competir na seara do Embraer 195 no fim de 2013. Mas a aposta mais ousada da eterna rival da empresa brasileira é o CS 300, o modelo de 130 a 150 lugares. Com ele, a Bombardier tentará captar uma fatia do mercado das gigantes Boeing e Airbus a partir de 2014, quando o jato estiver operando comercialmente.

Para compensar a acirrada competição, a empresa pretende seguir a receita utilizada pela japonesa Mitsubishi: o uso de motores da Pratt & Whitney e materiais mais leves de forma a reduzir o consumo de combustível.

A alemã Lufthansa fez uma encomenda de 60 aviões (incluindo 30 opções) - um terço de todos os pedidos já feitos à fabricante canadense.

Fonte: André Vieira, iG - Imagens: Divulgação

Nova geração de motor ameaça aviões da Embraer

Se decidir por construir nova família de jatos, fabricante brasileira terá de optar por motores mais econômicos e menos barulhento

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A Embraer corre contra o tempo para não perder seu lugar ao sol. A terceira maior fabricante de aviões espera decidir até o fim do ano o movimento estratégico que fará contra a concorrência dos novos jatos de porte médio que vão entrar no mercado de aviação civil - um nicho entre os jatos regionais e os aviões de grande porte da americana Boeing e a europeia da Airbus.

A Embraer não tomou sua decisão, mas uma das possibilidades é o lançamento de uma nova família de jatos para suceder os E-Jets, a série de aviões de maior sucesso da companhia, produzido desde 2002 e que trazem os nomes de E-170/175 e E-190/195. Dois dos seus quatros concorrentes vão colocar no mercado novos aviões até o fim deste ano, mas a verdadeira concorrência acontecerá pouco antes de 2015 quando os jatos mais modernos chegarão ao mercado equipados com uma geração de novos motores.

O motor é o coração do avião e sua escolha é considerada de vital importância para o sucesso de um projeto de avião. “A decisão é superimportante”, diz Mauro Kern, o vice-presidente da Embraer para novos projetos de aviação comercial. “Diria que tem um peso maior do que 50% na decisão".

Mauro Kern já ouviu até comparações de que a escolha de um motor é muito similar ao que um usuário de computador faz ao escolher um PC ou um Apple. Em abril, Kern deixou o cargo de vice-presidente de aviação comercial da Embraer para se dedicar exclusivamente na definição do novo programa, que deverá trazer novidades na aviação comercial.

Gaúcho do “asfalto”, como diz, por ter nascido na "urbana" cidade de Porto Alegre, filho de funcionário da Varig (o que o fez se aproximar da área de aviação), o engenheiro mecânico formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Mauro Kern, de 52 anos, dos quais quase 30 anos de Embraer, foi diretor do programa do Embraer 170-190.

Na fase do atual programa de aviação civil da Embraer, ele coordena a equipe de cerca de 40 pessoas dedicadas ao projeto, entre engenheiros, especialistas em inteligência de mercado e gestão de produtos. A equipe deverá crescer para uma centenas de pessoas, caso a opção seja pela construção de um novo avião.

Outra possibilidade em estudo pela fabricante é "esticar" a atual família de jatos, criando um novo avião com 150 assentos, o que colocaria a Embraer de frente à concorrência com a americana Boeing e a europeia Airbus, as donas deste mercado.

Fabricantes de motor

A escolha de um motor não é fácil. Como montadora de avião, a Embraer tem de fazer uma escolha técnica e certeira para saber quais são as novas tendências da aviação comercial para os próximos 10 anos a 15 anos. Na visão da Embraer, há três grandes fabricantes disputando o mercado de motores para aviões: a americana General Electric Aircraft, a britânica Rolls-Royce e a Pratt & Whitney, uma divisão da americana UTC.

O avião chinês que a estatal Comac colocará no mercado até o fim do ano terá o motor da General Electric, da atual geração de jatos - o que não parece ser um concorrente à altura na visão da Embraer, embora poderá tirar um pedaço do valioso mercado que mais cresce no mundo - o asiático - das mãos da companhia.

Além das três tradicionais fabricantes, a russa Sukhoi, que prevê o lançamento do Superjet 100, encomendou um motor à joint venture franco-russa Snecma e NPO Saturn.

Mas dificuldades técnicas no desenvolvimento do equipamento atrasaram o lançamento da aeronave. Ela não é citada como fornecedora para a empresa brasileira.

A preocupação maior da Embraer são com os demais fabricantes. A japonesa Mitsubishi e a canadense Bombardier, a eterna rival da Embraer, escolheram o motor da Pratt & Whitney para equipar seus aviões que devem começar a operar comercialmente até meados de 2014.

Conhecido como PW1000G, o motor tem sido apontado por alguns especialistas como uma inovação capaz de romper o cenário atual da aviação comercial – um panorama que convive sob pressão de custos das companhias aéreas, em busca de aviões mais econômicos (tanto no consumo de combustível como no custo de manutenção), menos barulhentos e menos poluentes. (veja no infrográfico o funcionamento da caixa de redução)

Na visão da Pratt & Whtiney, o grande diferencial é uma caixa de redução que permite o turbofan (o grande ventilador do coração do avião) a operar a uma velocidade menor do que a um dos compressores e de uma das turbinas, elevando a circulação interna de ar dentro do motor. Esses sistemas, considerado mais avançado do que os motores que equipam os aviões atuais, melhora a eficiência do avião, assegura a empresa fabricante.

A P&W diz que a queima de combustível é 12% a 15% menor do que os motores atuais - economia de US$ 1 milhão por ano. Além disso, o volume de emissões pode ser reduzido em 3 mil toneladas por ano – o equivalente a 700 mil árvores. E a diminuição de ruído é de 50% a 75%, ou seja, 15 decibéis a 20 decibéis a menos do que um avião normal, que fica ao redor de 130 decibéis. Tudo isso, afirma a P&W, proporciona mais conforto aos passageiros.

Mauro Kern, da Embraer: vice-presidente responsável por orientar a decisão estratégica da fabricante brasileira na aviação comercial

Desde que foram lançados no início da década, a Embraer entregou mais de 600 modelos do E-jets para quase 55 companhias aéreas em quase 40 países - todos equipados com motores da GE. Em março, em apresentação a investidores em Nova York, a Embraer apontou os riscos associados ao novo motor da P&W escolhidos pela Mitsubishi e Bombardier.

Na conversa com iG, Mauro Kern não deu nenhuma pistas sobre a decisão da empresa, deixando o suspense sobre a escolha no ar. "Os fabricantes de motores têm hoje uma concepção diferenciada, até antagônica", diz o vice-presidente da Embraer.

Enquanto a Pratt & Whitney decidiu colocar a caixa de redução, os demais passaram a desenvolver aprimoramento nos sistemas internos, explica Kern.

“Há fornecedores que defendem uma simplificação no número de componentes internos de modo a reduzir os custos e aumentar os intervalos para manutenção da aeronave.”

Entre as demais alternativas de reação à concorrência, a Embraer poderá até optar pela escolha de um turbohélice, diz Kern. Mas o executivo faz questão de dizer que os estudos internos não tornam a escolha como prioritária pela companhia.

O que está em jogo é um mercado de US$ 80 bilhões ao longo desta década, com a venda de 2,6 mil jatos, nas contas da Embraer. Para Mauro Kern, a empresa entende que a incorporação de uma tecnologia deverá ser avaliada rigorosamente. “Não se pode não trazer uma solução de valor para as companhias aéreas”, diz.

Fonte: André Vieira (iG) - Foto: Divulgação