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quarta-feira, 30 de setembro de 2020
Som de explosão em Paris: um avião cruza a barreira do som e assusta a população
ITA Transportes Aéreos reserva matrículas de seus primeiros aviões
ANAC extingue permissão da Avianca Brasil para operar como empresa aérea
GOL Linhas Aéreas coloca novo robô para atender passageiros em Guarulhos
Um 737 MAX da GOL deu “sinal de vida” no radar usando código da Boeing
Florianópolis volta a ter voos diretos para Congonhas e Confins
Banco é condenado solidariamente por atraso de voo e extravio de bagagem
GE Aviation abre vaga de estágio em engenharia ou meteorologia, para o Rio de Janeiro
Aeroporto Santa Maria, em Campo Grande (MS), começa a receber sistema de iluminação nas pistas
38 empresas aéreas ainda fazem voos para o Brasil
Menor volume de voos piora cenário para combustível de aviação
Aéreas brasileiras se unem para esclarecer que é seguro voar
Governo do Acre compra helicóptero com seguro da aeronave danificada
Marinha usa helicóptero para lançar alimentos a animais afetados com as queimadas no Pantanal em MT
Pandemia põe em risco 46 milhões de empregos no setor de aviação
American Airlines inicia testes de covid-19 para viagens internacionais
"TAP é do povo português para o bem e para o mal", alerta ministro
Aerolíneas Argentinas fará 65 voos internacionais em outubro
Singapore Airlines cancela “voos para lugar nenhum”
EUA: sem novo apoio fiscal, aéreas ameaçam demitir mais de 30 mil
Companhias aéreas sofrem nos EUA e na América Latina
Iata espera recuperação do mercado aéreo doméstico da América Latina até 2023
Aeromoça é presa por tráfico de drogas após perder emprego na pandemia
Milhões viajam de avião na China enquanto pandemia abala setor
Boeing decidiu tirar produção do 787 da sua terra natal
Caça francês é autorizado a romper barreira de som para restabelecer contato de dois aviões
Armênia denuncia queda de um Su-25 por um caça turco
Arábia Saudita suspende entrada de passageiros do Brasil
Bombardeiros estratégicos Tu-160 estabelecem recorde mundial de alcance e duração de voo
Tailândia compra 12 Beechcraft T-6C Texan II
Mirando o recorde de velocidade, Rolls-Royce testa seu avião elétrico
Vídeo: Helicóptero não tripulado chinês completa com sucesso voo a altitude elevada
Força Aérea Brasileira celebra 25 anos dos esquadrões Escorpião e Grifo
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Aconteceu em 30 de setembro de 1975: A misteriosa queda do voo Malev 240 próximo a Beirute
Na terça-feira, 30 de setembro de 1975, o Tupolev Tu-154A, prefixo HA-LCI, da Malev Hungarian Airlines (foto acima), realizava o voo 240 do Aeroporto Internacional Ferihegy de Budapeste, na Hungria, em direção ao Aeroporto Internacional de Beirute, no Líbano.
A bordo da aeronave estavam 10 tripulantes e 50 passageiros.
A aeronave, um Tupolev Tu-154, decolou com grande atraso. Autoridades disseram que o avião estava esperando passageiros, mas decolou com apenas 60 passageiros a bordo. (Para referência, o Tu-154 poderia transportar 160 passageiros).
O Controle de Tráfego Aéreo em Beirute nunca recebeu uma chamada de emergência da aeronave da Malev. O avião desceu a 6.000 pés antes de desaparecer do radar. A aeronave caiu no mar enquanto se aproximava de Beirute. O localizador ILS estava inutilizável no momento do acidente.
Um piloto da Real Força Aérea Britânica - que estava de serviço em Chipre - viu as luzes das aeronaves enquanto caíam rapidamente. O piloto então viu uma bola de fogo e observou as peças em chamas caírem no oceano.
Todas as 60 pessoas a bordo morreram no acidente.
O governo húngaro encobriu o acidente. O acidente não foi revelado por dias, e os detalhes foram mantidos em segredo por décadas.
Testemunhas relatam que os controladores ordenaram que o MA240 desse a volta durante a aproximação final, mas que o avião não se moveu a tempo. A Royal Air Force confirmou que o avião foi atingido por dois mísseis.
Como os destroços da aeronave foram encontrados em uma pequena área, é improvável que a aeronave tenha sido abatida por mísseis, mas seria possível caso o míssil atingisse apenas a parte de trás do avião, como relatou a Royal Air Force.
Embora ainda não haja uma confirmação oficial disso, presumivelmente, armas de guerra (Kalashnikovs entre outras) estavam sendo transportadas ilegalmente a bordo da aeronave e se destinam a uma (ou mais) partes da guerra civil no Líbano, provavelmente para a OLP.
Isso também é corroborado pelo fato de que, de acordo com informantes dos círculos de aviação húngaros, o avião ficou estacionado em uma posição particularmente remota no aeroporto naquela noite. Os ex-funcionários da Malev confirmaram posteriormente aos jornalistas que esses transportes de armas em aviões civis eram normais na época.
Os parentes da tripulação e dos passageiros nunca souberam toda a verdade. Eles não tiveram a chance de ver ou enterrar a maioria dos corpos. Na verdade, apenas as vítimas muçulmanas foram devidamente sepultadas. As vítimas húngaras e finlandesas estão em enterradas em uma vala comum em Beirute, sob um conjunto habitacional. Os parentes não receberam indenização e não puderam organizar uma cerimônia no memorial em Budapeste.
Fontes: ASN / aeronauticsonline.com / austrianwings.info - Imagens: ASN / Reprodução
Caça F-35 colide no ar com avião de reabastecimento na Califórnia
Um caça stealth F-35B Lightning II caiu na tarde de terça-feira (29) após colidir com um reabastecedor aéreo na Califórnia, de acordo com a Estação Aérea dos Fuzileiros Navais de Yuma, Arizona (EUA).
O F-35B fez contato com um Lockheed KC-130J Hercules, matrícula 5565, da Marinha dos EUA, durante uma operação de reabastecimento ar-ar, resultando na queda do jato de combate por volta das 16h, anunciou a estação aérea em um comunicado à imprensa.
O piloto do F-35B se ejetou com segurança da aeronave, que caiu no Condado de Imperial (foto acima), de acordo com o comunicado.
O KC-130J fez uma aterrissagem forçada em um campo de cenouras perto de Thermal, na Califórnia (foto acima), com oito pessoas a bordo e estava vazando combustível.
Fotos da aeronave mostram danos substanciais aos motores 3 e 4; todas as pás da hélice se separaram. O pod de reabastecimento montado entre os motores nº 3 e 4, também havia se separado.
A causa do acidente está sob investigação.
Fontes: ASN / stripes.com - Fotos: Reprodução
História: 30 de setembro de 1968, o primeiro Boeing 747 é lançado na fábrica da Boeing em Everett, Washington
A série 747-100 foi a primeira versão do Boeing 747 a ser construída. Era operado por uma tripulação de três pessoas e projetado para transportar de 366 a 452 passageiros.
Tem 231 pés e 10,2 polegadas (70,668 metros) de comprimento com uma envergadura de 195 pés e 8 polegadas (59,639 metros) e altura total de 63 pés e 5 polegadas (19,329 metros).
A largura interna da cabine é de 6,096 metros (20 pés), o que dá a ela o nome de "corpo largo". O peso vazio do avião é 370.816 libras (168.199 quilos) e o Peso Máximo de Decolagem (MTOW) é 735.000 libras (333.390 quilogramas).
Avião sai de SP e faz pouso forçado em fazenda de MS
Piloto seria médico e teve ferimentos leves. Segundo uma testemunha, o avião saiu de Araçatuba (SP) e estava à caminho de Cáceres (MT). Ele estava ocupado somente pelo piloto.
O avião bimotor Beechcraft Bonanza A-36, prefixo PT-LST, que caiu na zona rural de Camapuã na por volta das 7h30 da manhã desta quarta-feira (30) era ocupado apenas pelo piloto, médico e fazendeiro Donato Lemos Beraldo, de 65 anos, de Araçatuba (SP) que viajava com destino a Cáceres, no Mato Grosso, segundo moradores da Fazenda Vale do Rio Verde.
Beraldo (foto acima) foi socorrido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) para o hospital da cidade. Ele estava consciente.
A aeronave de pequeno porte caiu na área de pasto localizada na região conhecida como dos Galdinos, também nas proximidades da Pontinha do Cocho, a cerca de 50 km do centro de Camapuã – cidade a 133 km de Campo Grande.
O capataz da propriedade acionou a Polícia Militar. Além da equipe da PM, guarnições do Corpo de Bombeiros da Capital também foram deslocadas. Ainda não há informações sobre as causas do acidente.
Ana Lucia, esposa do capataz, conta que o marido viu o momento da queda do avião, a cerca de 2 km da casa deles na fazenda, e correu para prestar os primeiros socorros. “Graças a Deus não explodiu. O piloto estava com dores, mas estava bem”.
Fontes: jornaldoestadoms.com / campograndenews.com.br / 018news.com.br - Fotos: Redes Sociais / Divulgação (Atualizado às 17h46, com modelo da aeronave e o nome do piloto)
História: 30 de setembro de 1949 - Fim da Ponte Aérea de Berlim
Um episódio heroico da aviação: a Ponte Aérea de Berlim
Há 72 anos, aviões cortavam o céu da cidade levando mantimentos para abastecer o lado ocidental, que havia sido isolado pelos soviéticos, que decretaram o cerco de Berlim, privando-a de alimento e energia. A saída dos Aliados foi abastecer a cidade pelo ar, na operação "Luftbrücke". Era o início de uma grande amizade.
O Berlin Airlift terminou oficialmente em 30 de setembro de 1949, após quinze meses. No total, a Força Aérea dos Estados Unidos, a Marinha dos Estados Unidos, a Força Aérea Real e a Força Aérea Real Australiana entregaram 2.334.374 toneladas, quase dois terços das quais eram carvão, em 280.290 voos para Berlim.
Como foi
Era primavera de 1948, a Segunda Guerra Mundial acabara há três anos. O sonho de Adolf Hitler de um reino nazista milenar e sua ideologia racista custara milhões de vidas humanas. A Alemanha jazia em ruínas, e agora os sobreviventes tinham esperança de tempos melhores.
Entretanto a sombra da Guerra Fria ainda pesava sobre a reconstrução. Os Aliados ocidentais e a União Soviética (URSS) se observavam mutuamente, com desconfiança. As tensões eram especialmente sensíveis na Berlim dividida. O oeste da metrópole era administrado pelas potências vencedoras Estados Unidos, Reino Unido e França, e o leste, pela URSS.
No três setores das potências ocidentais em Berlim, viviam cerca de 2 milhões de pessoas, como numa ilha em meio ao império soviético. Tanto a Alemanha Oriental, que circundava a cidade, como o Leste Europeu estavam firmes na mão de Moscou. Berlim Ocidental só era abastecida por uma linha ferroviária, uma autoestrada e algumas vias fluviais, atravessando o território da zona comunista.
Em 20 de junho de 1948, se iniciou uma prova de força entre Leste e Oeste, quando os Aliados decidiram criar uma união monetária, introduzindo o D-Mark, o marco alemão.
Soviéticos contra o marco alemão
A intenção era estabilizar economicamente a Alemanha através de uma moeda forte. Mas a União Soviética se recusou a aceitar a introdução do marco também em Berlim Ocidental, temendo que ela consolidasse o status especial daquela parte da cidade em meio ao território soviético, como um flanco aberto para os Aliados. O conflito latente se transforma em briga declarada.
"Assim ocorreu um racha entre as três potências ocupadoras ocidentais e o lado soviético", conta Bernd von Kostka, do Museu do Aliados, na capital alemã. "Uma política conjunta para a Alemanha se tornou impossível com a união monetária."
Na madrugada de 24 de junho, os soviéticos barraram todos os acessos à parte oeste. Como 75% da eletricidade vinha das regiões circundantes, logo as luzes se apagaram. O Bloco Comunista planejava desmoralizar os habitantes, a fim de expulsar os Aliados da metrópole dividida.
"Ninguém sabia o que estava acontecendo, nem os americanos, nem nós", lembra o berlinense Gerhard Bürger, cujas recordações, assim como de outras testemunhas da época, estão disponíveis no website do projeto Memória da Nação, da Fundação Haus der Geschichte (Casa da História).
"O medo de que os americanos nos abandonassem, de que nós, por assim dizer, fôssemos cair nas mãos dos russos, era enorme", relata.
Aliados defendem bastião contra comunismo
Os Aliados resolveram defender seus postos, ainda que se tratasse da antiga capital do inimigo recém derrotado, que levara morte e devastação a tantas partes do mundo. Os EUA viam Berlim Ocidental como posto avançado da liberdade, um bastião contra o comunismo a ser defendido.
Como os Aliados não haviam fechado nenhum contrato com a URSS sobre a utilização das vias de acesso, não dispunham de nenhum recurso jurídico contra o bloqueio. Uma opção militar não entrava seriamente em cogitação, devido ao alto risco envolvido.
Americanos e britânicos se uniram na missão de abastecer Berlim pelo ar. Franceses se juntaram mais tarde
Por outro lado, americanos, ingleses e franceses dispunham de três corredores aéreos garantidos. O tempo urgia, com os berlinenses ocidentais sob ameaça de morrer de fome.
"Logo começou a ser mais racionado ainda, além do racionamento normal. Era uma ingerência na vida que não podia ter um efeito mais dramático", recorda o cidadão Eberhard Schönknecht.
De comum acordo com seus aliados, o então presidente dos EUA, Harry S. Truman, decidiu realizar uma espetacular operação de salvamento: abastecer inteiramente por via aérea uma cidade daquelas proporções, com 2 milhões de habitantes, em meio à reconstrução sobre as ruínas de uma guerra mundial.
Plano mirabolante
O plano de estabelecer uma tão monumental Luftbrücke (ponte aérea) provisória foi apoiado "com ressalvas", relata Von Kostka. Mas não havia alternativa.
Em 26 de junho, os primeiros aviões da Força Aérea americana partiram de Frankfurt e Wiesbaden para Berlim. Os franceses, que acabavam de sofrer sob a ocupação alemã, precisaram de mais tempo para se decidir a favor da assistência aérea.
A parte sitiada de Berlim precisava diariamente, em média, de pelo menos 5 mil a 6 mil toneladas de gêneros alimentícios e carvão. A maior operação transcorreu entre 15 e 16 de abril de 1949, quando, no espaço de 24 horas, 1.400 aviões entregaram quase 13 mil toneladas de carga.
Os pilotos da ponte aérea estavam mobilizados constantemente, muitas vezes esgotados, arriscando a vida para aterrissar na cidade sitiada, independentemente das condições meteorológicas.
Algumas máquinas sofreram acidentes. As movidas a hélices, apelidadas pelos berlinenses de Rosinenbomber (bombardeiros de uvas-passas), sobrevoavam a cidade tão baixo ao aterrissar, que tripulação e cidadãos podiam trocar acenos.
Com paraquedas improvisados, os pilotos jogavam chocolates e chicletes para as crianças. "Na época, o sentimento em relação à Luftbrücke entre nós, jovens, era fantástico", recorda o berlinense Günter Schliepdiek. "A simpatia pelos americanos no nosso meio era, sem dúvida, muito, muito grande."
Berlinenses determinados
Não apenas a façanha logística dos Aliados foi decisiva, mas também a força de vontade dos sitiados. Na página multimídia do projeto Memória da Nação, o historiador suíço Walther Hofer descreve a situação no inverno, quando cada casa só tinha uma hora de eletricidade a cada 24 horas, pois era preciso trazer pelos ares o carvão para as usinas elétricas.
"O horário mudava de semana para semana, de forma que, dependendo do caso, só dava para cozinhar a única refeição quente do dia à 1h da manhã." Não se podia sequer falar de calefação. "Foram privações inacreditáveis que a população teve que aguentar", avalia Hofer, docente da Universidade Livre de Berlim nos anos 50.
Em 9 de setembro, num discurso histórico, o prefeito de Berlim Ocidental, Ernst Reuter, apelou às potências ocidentais para que não deixassem a cidade à sua sorte.
"Povos do mundo, povos da América, da Inglaterra, da França: olhem para esta cidade e reconheçam que vocês não devem, não podem entregar esta cidade e este povo", apelava o social-democrata ao microfone, diante das ruínas do parlamento, o Reichstag.
101 aviadores perderam a vida nesse ato de heroísmo.
Monumento em memória da Ponte Aérea, no aeroporto de Tempelhof. Dois equivalentes em Frankfurt e Celle
Fontes: deutschland.de / dw.com / thisdayinaviation.com - Fotos: Força Aérea dos EUA / Revista Life / DPA / Aviões e Músicas - Edição de texto e imagens: Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos)