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quarta-feira, 16 de abril de 2025

Por que pássaros são um pesadelo para os pilotos de avião. Entenda

Colisões com pássaros podem danificar motores e controle de aviões, causando riscos graves. Especialista explica as consequências.


Um voo da Latam precisou retornar ao Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, após colidir com um pássaro nessa quinta-feira (20/2). Os passageiros e a tripulação não se feriram, mas o avião ficou com o bico danificado. Colisões entre aeronaves e pássaros, conhecidas em inglês pelo termo “bird strikes”, representam um risco real e potencialmente grave para a aviação mundial.

De acordo com Daniel Calanzans, especialista em aviação, o impacto pode comprometer desde o funcionamento dos motores até o controle total da aeronave, dependendo da parte atingida.

“Se a colisão for com os motores, pode apagar os dois simultaneamente. Já no para-brisa, há o risco de incapacitar os pilotos”, alerta.

Segundo o especialista, a situação se agrava quando as aves atingem superfícies de controle cruciais, como lemes, ailerons ou trens de pouso, o que pode deixar a aeronave incontrolável e levar até mesmo à queda.

Esses riscos são monitorados por comitês e administrações de aeroportos, que buscam identificar a origem dos pássaros. “Em alguns casos, o problema vem de fontes próximas ao aeroporto, como áreas de matadouros, que atraem aves de grande porte”, explica Calanzans.

Minimização dos riscos


Para minimizar os riscos, os aeroportos adotam diversas estratégias, como a remoção de áreas gramadas, o uso de sons repelentes e até o treinamento de aves predadoras, como gaviões. A tecnologia também desempenha um papel importante, com sistemas de detecção de movimentos de aves nas imediações.

No Brasil, algumas espécies de aves se destacam pelo risco elevado, como o urubu, comum em áreas próximas a aeroportos.

“O urubu pode voar em altitudes elevadas e causar impactos equivalentes a toneladas de força em uma aeronave”, diz o especialista.

Ainda segundo Calanzans, em aeroportos como Congonhas, em São Paulo, aves como o quero-quero são frequentemente avistadas devido às áreas gramadas, aumentando o risco de incidentes.

Casos famosos de colisão com aves


Um dos casos mais emblemáticos de colisão com pássaros ocorreu em janeiro de 2009, quando um Airbus A320 da US Airways, com 155 pessoas a bordo, perdeu potência em ambos os motores após a colisão com um bando de gansos canadenses.

O piloto Chesley “Sully” Sullenberger realizou um pouso de emergência no Rio Hudson, em Nova York (EUA), salvando todos os ocupantes. A história ganhou as telas do cinema, no filme Sully: O Herói do Rio Hudson.

Incidentes semelhantes também são registrados com frequência no Brasil, especialmente em regiões próximas a lixões ou áreas de alimentação natural para aves de grande porte.

domingo, 13 de abril de 2025

Pássaro colide com avião da Gol durante decolagem em aeroporto de SC

Aeronave tinha como destino o Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo.


O avião Boeing 737-8 MAX, prefixo PS-GPG, da Gol, colidiu contra um pássaro nesta quinta-feira (9), no Aeroporto de Navegantes, em Santa Catarina. Conforme apurado pela CNN, o incidente ocorreu no momento da decolagem do voo G3 1269, que tinha como destino o Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo.

O canal do YouTube “Chumbinho Aviação nas Nuvens” registrou o momento que o piloto relata a colisão. Assista:


Entretanto, mesmo com o incidente, o voo seguiu normalmente para o destino e ninguém ficou ferido.

Em nota enviada à reportagem, a Gol afirmou que a colisão com pássaros é um “evento muito comum na aviação comercial”.

A aeronave pousou em Guarulhos às 12h56, onde foi solicitada inspeção ao time de manutenção.

Via CNN e flightradar24

quinta-feira, 27 de março de 2025

Caixa de transporte, regras e preparo: guia explica como viajar de avião com cães e gatos

Associações do setor aéreo divulgaram orientações para garantir bem-estar do pet antes, durante e depois do voo.

Cachorro e caixa transportadora (Foto: Freepik)
Viajar de avião com animais requer planejamento, desde a compra da caixa de transporte adequada até os cuidados com os pets antes e depois do voo.

Pensando em ajudar nessa tarefa, associações ligadas ao setor aéreo (veja abaixo) divulgaram um guia com dicas para o transporte de cães e gatos, em meados de dezembro de 2024.

Vale destacar que o serviço de transporte de animais é facultativo, podendo ou não ser oferecido pelas companhias aéreas.

Além disso, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) permite que as empresas estipulem condições específicas para fornecer essa opção, como: limite de peso e tamanho do animal, tipo de caixa transportadora, local da viagem (na cabine ou no porão da aeronave), entre outros.


Isso vale para animais domésticos e de suporte emocional (que ajudam seus tutores a lidar com condições de saúde mental).

Para cães-guia, as empresas são obrigadas a oferecer o serviço para passageiros com deficiência visual de forma gratuita, mediante apresentação de identificação do animal e comprovação de treinamento.

De forma geral, é importante que o tutor sempre cheque as regras de cada companhia aérea para transporte de animais e fique de olho em aspectos gerais para garantir o bem-estar do pet durante a viagem.

Confira abaixo as principais dicas do Guia para Transporte Aéreo de Cães e Gatos:

Cachorro em caixa transportadora (Foto: Freepik)
Para viajar de avião, o animal deve estar em uma caixa de transporte que precisa:
  • ser à prova de fuga;
  • ser grande o suficiente para o animal sentar, ficar ereto, girar completamente e deitar. Deve caber embaixo do assento à frente do tutor (se o pet viajar na cabine);
  • estar limpa, sem fezes ou urina, no momento do embarque, e ter uma manta ou tapete absorvente durante a viagem;
  • ter ventilação pelo menos em seus 4 lados verticais, sendo que, um dos lados (que pode ser a porta) deve ser completamente ventilado;
  • não deve ter objetos com os quais o pet possa se machucar, como brinquedos. Antes de colocar o animal na caixa, é recomendado tirar acessórios, como coleiras e peitorais, para evitar acidentes.
Se o pet viajar no porão do avião, a caixa transportadora também deve:
  • ter recipientes fixos para água e comida;
  • ter aberturas que não permitam que o animal coloque as patas ou focinho para fora;
  • ter um interior liso, sem saliências;
  • ser feita de materiais como: fibra de vidro, metal e plástico rígido (pode variar de acordo com a companhia aérea); revestidos — mas nunca exclusivamente — por telas de arame, madeira sólida ou compensada (camadas finas de madeira prensadas).

Como preparar o pet para ficar na caixa transportadora


Vale a pena passear com o seu pet na caixa transportadora antes de ele realizar
uma viagem dentro dela (Foto: Freepik)
  • apresente o item ao animal pelo menos três semanas antes da viagem;
  • coloque a caixa em um local onde ele passe bastante tempo e deixe ele explorar;
  • deixe a porta aberta e coloque brinquedos ou petiscos dentro para incentivar que ele entre e associe a caixa a situações positivas;
  • gradualmente, comece a fechar a porta por curtos períodos enquanto o animal está dentro;
  • leve o pet para passear na caixa.

Saúde e documentação


Gato no veterinário (Foto: Unsplash/Judy Beth Morris)
  • leve o animal ao veterinário para certificar-se que ele está saudável para viajar;
  • veja se as vacinas estão em dia e leve a carteira de vacinação;
  • no embarque, será necessário apresentar um atestado de um veterinário emitido há no máximo 10 dias falando que o pet está apto para a viagem.
⚠️Atenção: fêmeas até sete dias após o parto, que estejam amamentando ou no cio, e filhotes não desmamados não devem viajar de avião.

O que fazer antes do voo


Gato com brinquedo (Foto: Unsplash/ Piotr Musioł)
  • alimente com comidas leves e hidrate o pet cerca de duas horas antes do embarque;
  • brinque e pratique exercícios com ele para reduzir a ansiedade e o excesso de energia.
⚠️Atenção: não é recomendado sedar o seu animal durante o voo, a menos que isso seja indicado por um veterinário. A combinação de altitude e drogas é potencialmente fatal em animais idosos, cronicamente doentes ou estressados.

Depois da viagem


Cachorro brincando (Foto: Unsplash/Andy Powell)
  • verifique a saúde do pet: veja se ele tem sinais de estresse, lesões ou comportamento anormal;
  • deixe ele espairecer: procure áreas designadas para animais onde ele possa se exercitar e fazer suas necessidades.
Responsáveis pelo guia: Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Associação Latino Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (Alta), Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) e Junta de Representantes das Companhias Aéreas Internacionais do Brasil (Jurcaib).

Via Lara Castelo (g1)

sexta-feira, 21 de março de 2025

Hoje na História: 21 de março de 1962 - Um urso chamado “Yogi” foi ejetado de um supersônico em voo teste

O urso Yogi e a capsula que ele usou durante o voo e a ejeção
Em 21 de março de 1962, um urso negro do sexo feminino de 2 anos chamado “Yogi” foi ejetado de um Convair B-58A Hustler supersônico pela Força Aérea dos Estados Unidos para testar a cápsula de escape da aeronave. 

Ejetado a 35.000 pés (10.668 metros) de um B-58 voando a Mach 1,3 (aproximadamente 870 milhas por hora / 1.400 quilômetros por hora), o urso pousou ileso 7 minutos e 49 segundos depois, no deserto do Texas. O pessoal técnico da Força Aérea correu para o local de pouso e abriu a tampa do casulo.

Testes anteriores com seres humanos resultaram em fatalidades, então foi decidido continuar com assuntos animais enquanto os problemas eram resolvidos. Os ursos negros ('Ursus americanus') foram usados ​​para esses testes porque seus órgãos internos são organizados de forma semelhante aos humanos.

Uma cápsula de fuga é lançada da posição de Oficial de Sistemas de Defesa
de um Convair B-58 Hustler (Foto: Força aérea dos Estados Unidos)
O foguete impulsionador carregou a cápsula 225 pés (69 metros) acima do B-58 antes de começar sua descida.

Infelizmente, embora os ursos tenham sobrevivido aos testes de ejeção, eles foram mortos para que seus órgãos pudessem ser examinados. Isso não seria aceitável hoje.

Por Jorge Tadeu (Site Desastres Aéreos) com This Day in History

quinta-feira, 13 de março de 2025

Qual o risco de choque com pássaros causar acidente aéreo?

Quão comuns são as colisões com pássaros?


Conforme explica a Organização de Aviação Civil Internacional, colisões com aves são um fenômeno frequente e representam uma séria ameaça à segurança das aeronaves.

Em modelos menores, esses incidentes podem provocar danos significativos à estrutura, enquanto todas as aeronaves, especialmente as equipadas com motores a jato, estão sujeitas à perda de potência causada pela ingestão de aves nas entradas de ar dos motores. Esse tipo de ocorrência já resultou em diversos acidentes fatais.

Embora possam acontecer em qualquer fase do voo, as colisões ocorrem com maior frequência durante a decolagem, subida inicial, aproximação e pouso, momentos em que a concentração de aves em altitudes mais baixas é maior.

Além disso, como a maioria das aves voa principalmente durante o dia, esses eventos se dão, em sua maioria, sob luz natural. Dados da organização indicam que aproximadamente 90% das colisões ocorrem nas proximidades de aeroportos.

Um levantamento do Australian Aviation Wildlife Hazard Group aponta que, desde 1988, foram registradas 262 fatalidades devido a colisões com aves em todo o mundo e 250 aeronaves destruídas.

Como as colisões podem prejudicar as aeronaves



Segundo as autoridades da Organização de Aviação Civil Internacional, colisões com aves podem resultar em incidentes graves durante o voo.

Em alguns casos, uma aeronave pode sofrer danos significativos em seus motores ao atingir um grupo de aves logo após a decolagem, obrigando o piloto a retornar para um pouso de emergência. Também é possível que, ao tentar abortar a decolagem, a aeronave ultrapasse os limites da pista, causando danos consideráveis.

Em situações mais críticas, uma ave pode quebrar o para-brisa de uma aeronave leve, atingindo o piloto e fazendo com que ele perca temporariamente o controle, o que obriga a realizar um pouso forçado.

Em outros casos, o impacto de aves maiores, como abutres, pode causar danos estruturais graves à aeronave, levando à perda de controle e, em última instância, ao acidente.

É possível evitar acidentes?


Não há uma medida única que garanta a proteção das aeronaves, mas algumas medidas podem aumentar a segurança.

Como a maioria das colisões com aves ocorre nas primeiras horas da manhã ou ao entardecer, quando as aves estão mais ativas, os pilotos são treinados para ficar atentos nesses períodos críticos.

Radares podem ser usados para detectar grupos de aves, embora essa tecnologia seja baseada em solo e não esteja disponível globalmente, limitando sua utilização em algumas regiões.

De acordo com um artigo do site The Conversation, fabricantes de motores de aeronaves testam sua resistência a colisões com aves, já que um impacto pode causar danos severos às lâminas da turbina, resultando na falha do motor. Para esses testes, é disparada uma galinha morta a alta velocidade contra o motor, enquanto ele opera a plena potência.

Circular da Autoridade de Segurança da Aviação Civil da Austrália sobre o gerenciamento de riscos com animais selvagens orienta os aeroportos sobre as medidas para manter aves e outros animais afastados das áreas próximas às pistas.

Uma técnica utilizada é o uso de pequenas explosões de gás, que imitam o som de uma espingarda para afastar as aves. Em locais com alta concentração de aves, os aeroportos também podem cultivar espécies de grama e plantas que não atraem esses animais.

Via BBC - Imagens: Getty Imagens

segunda-feira, 3 de março de 2025

Como aeroportos no Brasil atuam para evitar colisões entre aviões e aves

Gaviões, cachorros e até cabritos são criados para espantar pássaros potencialmente perigosos. Saiba mais abaixo.


Canhão de gás e animais treinados


O Aeroporto Internacional do Rio, onde o acidente desta semana aconteceu, tem um arsenal para afugentar as aves na região. Uma das técnicas de defesa é treinar outros animais para manter limpa a pista de pouso e decolagem.

Um canhão a gás e falcões treinados ajudam a espantar aves como urubus. Já os cães identificam ninhos, e as cabras ajudam no controle da vegetação, reduzindo o número de fauna.

"A gente conseguiu uma redução de 30% na quantidade de eventos e 70% na severidade desses eventos. Ou seja, a gente reduziu em 70% o índice de colisão com o dano", contou Milena Martorelli - gerente de sustentabilidade do RIOGaleão.

Os animais treinados para manter segura a pista do Galeão — Foto: Reprodução/TV Globo
A falcoaria é uma das principais técnicas utilizadas nos aeroportos para afastar aves indesejadas dos aviões. Qualquer ave de rapina pode ser treinada para essa tarefa, incluindo corujas. O treinamento é baseado em recompensas e ensina as aves duas formas principais de marcar território: saltar diretamente da luva para o alvo ou alçar voo a partir de uma caminhonete.

Os animais treinados para manter segura a pista do Galeão (Foto: Reprodução/TV Globo)

Canhão de galinhas


No Brasil, os animais que mais trombam com aviões são quero-quero, o carcará e o morcego.

Turbinas de aeronaves passam por testes de resistência, incluindo disparos de frangos mortos contra as hélices. Ainda assim, colisões com aves de maior porte, como garças e urubus, podem causar danos graves, levando até à pane total do motor.

Turbina de aeronave (Foto: Reprodução/TV Globo)

Investimentos em soluções tecnológicas


O perigo aviário causa pousos forçados, atrasos e cancelamentos – uma perda de quase 1,5 bilhão de dólares por ano. O prejuízo justifica investimentos como o falcão robô de uma empresa holandesa. A tecnologia já demonstra eficácia em limpar áreas de risco, mas a bateria dura apenas 15 minutos.

"A gente botou uma câmera na cabeça do robô para enxergar na visão dele enquanto pilota. Mas já está em estudo um sistema completamente autônomo de voo", destaca Wessel Straatman - engenheiro da Clear Flight Solutions.

No entanto, métodos tradicionais, como o uso de estátuas de predadores, nem sempre têm o efeito desejado.

Falcão robô (Foto: Reprodução/TV Globo)

Segurança no transporte aéreo


Quase todas as colisões desse tipo ocorrem durante o pouso e a decolagem, pois o avião está em baixa altitude. No entanto, apenas uma pequena fração desses incidentes resulta em acidentes.

"Se um desses eventos altamente improváveis não tivesse acontecido, provavelmente todo mundo estaria vivo e a manchete não seria tão dolorosa. Então ele continua sendo o segundo meio de transporte mais seguro do mundo – ele só perde para o elevador", destaca o engenheiro aeronáutico.

Com informações do Fantástico/TV Globo e Band Jornalismo

domingo, 2 de março de 2025

Brasil registra 2.100 colisões de aviões com aves por ano

“Bird strikes” podem danificar aeronaves e em casos raros provocar acidentes; empresas aéreas reclamam de falta de proteção.

Na imagem, dianteira de avião da Latam depois de uma colisão com pássaros
O Brasil registra uma média de 2.100 bird strikes –termo técnico para colisões de aviões com pássaros– por ano desde 2021. Esse número representa cerca de 6 episódios do tipo por dia. Embora seja uma situação que raramente resulta em acidentes ou até mesmo danos às aeronaves, existem registros no Brasil de bird strikes que adiaram voos e tiraram aviões de operação. 

Na semana passada, houve ao menos 2 casos que ganharam notoriedade nacional por terem influenciado a operação de voo. O 1º envolveu um avião da Latam que ficou com a parte dianteira danificada e precisou voltar ao aeroporto. No 2º, um avião da GOL também teve que retornar ao aeroporto de origem depois de atingir pássaros. Em nenhum dos casos houve feridos, mas os voos foram cancelados e os passageiros precisaram ser realocados.

Leia mais no texto original AQUI no site poder360

Colisão com pássaro faz motor de avião pegar fogo, e piloto faz pouso de emergência nos EUA; veja vídeo

Aeronave Boeing 767 de carga da FedEx decolou do aeroporto de Newark, em Nova Jérsei, e retornou cerca de 7 minutos depois devido ao problema. Ninguém ficou ferido.


O avião de carga Boeing 767-3S2F, prefixo N178FE, da companhia FedEx realizou um pouso de emergência no aeroporto de Newark, em Nova Jérsei, EUA, após um de seus dois motores apresentar um princípio de incêndio. De acordo com a empresa, o incidente foi provocado por uma colisão com pássaro.

A aeronave decolou do mesmo aeroporto por volta das 8h no horário local (10h em Brasília) deste sábado (1º) com destino a Indianapolis. Vídeos feitos por celular, no entanto, mostram o motor direito do avião em chamas ainda na região de Nova Jérsei.

De acordo com o site de monitoramento aéreo FlightRadar24, o voo durou cerca de 7 minutos antes de retornar ao solo, pousando na mesma pista.

Segundo a rede de TV NBC news, ninguém ficou ferido. Não há informação sobre quantos ocupantes estavam a bordo da aeronave.

O Boeing 767 é um avião bimotor de fuselagem larga lançado pela fabricante americana nos anos 1980. Ele é considerado um sucesso de vendas e ainda realiza voos de passageiros com frequência por diversas companhias aéreas, inclusive no Brasil. A versão 300 começou a voar em 1986.

O modelo, no entanto, é considerado ultrapassado pelo mercado, por conta de seu desempenho e tecnologia embarcada, e foi sucedido pelo 787 Dreamliner, desenvolvido pela Boeing para atender o mesmo mercado.

Boeing 767-300 da FedEx faz pouso de emergência em Newark com 
princípio de incêndio em motor (Vídeo: Reprodução/Redes Sociais)

Ele é bastante usado como cargueiro, no entanto. O modelo cujo motor pegou fogo neste sábado foi entregue em agosto de 2019, tendo pouco mais de 5 anos e 6 meses de uso.

Para um modelo receber certificação e ser autorizado a voar, ele precisa passar por testes rígidos de segurança. Um avião bimotor, por exemplo, deve ser capaz de decolar com apenas um de seus motores funcionando.

Via g1, CNN e ASN

domingo, 23 de fevereiro de 2025

Avião colide com pássaro e retorna ao Aeroporto de Brasília

Voo tinha como destino Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Pouso aconteceu cerca de 40 minutos após decolagem, em 'total segurança', diz Gol.


O avião Boeing 737-8EH, prefixo PR-GUJ, da Gol, colidiu com um pássaro e teve que retornar ao Aeroporto de Brasília, na manhã deste domingo (23). O voo tinha como destino o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Segundo a companhia aérea, o pouso aconteceu cerca de 40 minutos após a decolagem, em "total segurança".


A decolagem ocorreu às 9h10. Após a tripulação identificar um bird strike (colisão com pássaro), o avião retornou ao aeroporto da capital, às 09h53, e foi para a inspeção. Segundo a Gol, nenhuma intercorrência sobre pessoa ferida foi registrada.

Enquanto as colisões com aves são comuns, o trajeto do voo após o incidente foi incomum. Isso porque, conforme os dados de radar, o jato subiu até 28 mil pés (8.400m) de altitude antes de dar meia-volta.

Em nota, a Inframerica - empresa que administra o Aeroporto de Brasília - diz que não houve nenhum impacto na operação do terminal (veja íntegra mais abaixo).

De acordo com a Gol, os clientes receberam a possibilidade de reacomodação em outra aeronave, com previsão para decolagem às 11h55 deste domingo, ou nos próximos voos disponíveis da Gol.

O que diz a Gol

"A GOL informa que a aeronave que realizava o voo G3 1445 (BSB-CGH), com decolagem às 09h10 deste domingo (23/02), precisou retornar ao aeroporto de Brasília após a tripulação identificar um bird strike (colisão com pássaro). O pouso ocorreu em total segurança às 09h53 e a aeronave foi para a inspeção.

Os Clientes receberam as tratativas de acordo com a resolução 400 da ANAC, com possibilidade de reacomodação em outra aeronave, com previsão para decolagem às 11h55 deste domingo, ou nos próximos voos disponíveis da GOL.

A Companhia reforça que todas as ações referentes a esse voo foram tomadas com foco na Segurança, valor número 1 da GOL."

O que diz a Inframerica

"A Inframerica informa que um voo que partiu nesta manhã do Aeroporto de Brasília com destino a Congonhas em São Paulo, retornou ao terminal aéreo cerca de 30 minutos após a decolagem. A aeronave pousou em total segurança. Não houve nenhum impacto na operação do aeroporto."

Via Marcella Rodrigues, g1 DF e Aeroin

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

Avião da Latam retorna ao Galeão após colisão com pássaro; bico da aeronave ficou destruído

Incidente é conhecido como 'bird strike' na aviação. Ninguém ficou ferido. Voo foi cancelado.


O avião Airbus A321-231, prefixo PT-MXO, da Latam, que decolou do Galeão, às 10h35 desta quinta-feira (20), em direção a Guarulhos (SP), precisou retornar ao aeroporto do Rio de Janeiro após uma colisão com um pássaro. O bico da aeronave, um Airbus A321, ficou destruído.

Avião colide com pássaro no Galeão (Foto: Reprodução)
Duzentos passageiros estavam no avião. Ninguém ficou ferido. O incidente é conhecido como “bird strike” na aviação.

Trajeto que o Airbus A321 percorreu (Foto: Reprodução/Site oficial)
Em um post nas redes sociais, Jerome Cadier, CEO da Latam, disse que a aeronave retornou em segurança, mas o voo precisou ser cancelado.

“Posso apostar que a primeira ação na Justiça contra a companhia aérea, pedindo indenização por dano moral por cancelamento deste voo, vai chegar amanhã mesmo. E assim segue a aviação brasileira. A pergunta é: quem paga a conta?", questionou o CEO.

(Imagem: Redes sociais)
Por meio de nota, a companhia aérea lamentou o incidente e informou que os passageiros estão sendo reacomodados em outros voos nesta quinta e na sexta-feira (21).

Nota da Latam

"A Latam informa que a aeronave que realizava o voo LA3367 (Rio de Janeiro/Galeão-São Paulo/Guarulhos), com decolagem às 10h35 desta quinta-feira (20/02), retornou para o aeroporto de origem após um bird strike (colisão com pássaro). O pouso ocorreu em completa segurança às 11h04 e o voo foi cancelado.

A Latam lamenta os transtornos causados e informa que está oferecendo a assistência necessária para todos os clientes impactados, que serão reacomodados em voos da companhia previstos para hoje e amanhã (20 e 21/02). Por fim, a Latam reitera que adota todas as medidas de segurança técnicas e operacionais para garantir uma viagem segura para todos."

Nota do RIOgaleão

"O RIOgaleão informa que, por volta das 10h50 desta quinta-feira, recebeu da Torre de Controle um aviso sobre a colisão de uma aeronave com um pássaro. A aeronave retornou ao aeroporto, pousou normalmente e todos os passageiros desembarcaram em segurança. A operação do aeroporto não foi impactada.

De acordo com a apuração do RIOgaleão, a colisão foi registrada a uma altitude classificada como colisão fora do sítio aeroportuário de acordo com o Plano de Gerenciamento do Risco da Fauna da concessionária, aprovado pela Anac. Os dados serão encaminhados à Anac e ao Cenipa.

O RIOgaleão reitera seu compromisso com a segurança operacional do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro. A concessionária realiza diariamente ações de manejo de fauna para reduzir os riscos de colisões entre aeronaves e aves dentro do sítio aeroportuário, como monitoramento e dispersão de aves, incluindo atividades de falcoaria."

Via Marcus Vincax (TV Globo/g1) e CNN

Já ouviu falar em birdstrike?


As dimensões territoriais do Brasil tornam inevitável o uso de aviões para os mais diversos fins, e mesmo com uma grande circulação de cargas/passageiros, o país ostenta um baixíssimo índice de acidentes. Uma das razões para isso é a real preocupação das companhias aéreas com a segurança, e o consequente investimento em manutenção preventiva e programada como principal linha de atuação no dia-a-dia.

A engenharia, no entanto, não é o único alicerce da segurança aeronáutica, pois a presença de aves no entorno dos aeroportos configuram um risco pela possibilidade de colisão contra as aeronaves.

O que é birdstrike?


O termo birdstrike retrata o choque de um avião contra uma ave, seja no momento do pouso ou da decolagem, e isso tem como consequência:
  • Possibilidade de acidentes;
  • Prejuízos materiais;
  • Impactos sobre a fauna;
  • Perda de confiança no ativo mais importante dessa indústria: a certeza de viagens seguras.
Na maioria das vezes essas colisões causam incidentes de pequena monta, mas existem registros de acidentes tanto na aviação civil quanto na militar. Diante disso, a responsabilidade pelo gerenciamento desse perigo fica à cargo dos aeroportos – e não das empresas aéreas.

O Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) é um órgão ligado à FAB (Força Aérea Brasileira) que é o responsável por essa temática no Brasil e, recentemente, informou que o número de colisões já ultrapassou os 2 mil registros na última medição.

Como acontece o birdstrike?


A velocidade de uma aeronave na aproximação, decolagem ou pouso pode chegar a cerca de 300km/h, e o choque contra uma ave com 1 ou 2 kg de massa acaba sendo convertido em um impacto de toneladas. Por isso uma ave tão pequena e/ou leve pode causar tanto estrago.

Quanto maior for a velocidade do avião e o peso da ave, maior será a gravidade do choque. E, quanto mais animais próximos aos locais de operação (fluxo), maior a probabilidade de acidentes.

Colisões por birdstrike


O birdstrike pode comprometer a parte frontal (fuselagem, vidro dianteiro), as asas ou as turbinas de um avião. No que se refere aos vidros, eles podem estilhaçar (mais comum) ou até mesmo quebrar com o impacto; e isso não só dificulta a visibilidade, como permite a entrada de um intenso fluxo de ar na cabine de comando.

Já com relação às turbinas, a ingestão das aves pode causar um comprometimento mecânico que obriga o piloto a interromper a viagem, e seguir para o aeroporto mais próximo.

Portanto, é o dano estrutural ou a perda de um motor que irá determinar tecnicamente o retorno do avião, e não a colisão em si. Caso os computadores de bordo não identifiquem falhas mecânicas ou problemas decorrentes desse impacto (vibração, por exemplo), o voo segue adiante.

A equipe de manutenção é quem investiga a extensão dos problemas nas turbinas, no pós-birdstrike, com um equipamento chamado boroscópio. Este permite visualizar internamente essa estrutura (inspeção visual).

Principais espécies envolvidas


O quero-quero, carcará e o urubu são as principais espécies de aves envolvidas com o birdstrike, e as duas primeiras são as grandes responsáveis por incidentes no Aeroporto de Guarulhos (SP), por exemplo.

Geralmente, a presença desses animais dentro dos aeroportos está associada a possibilidades de abrigo, alimento, água, descanso e nidificação, mas a pressão do entorno não pode ser desconsiderada (depósito irregular de lixo, perda de habitat).

Como prevenir o birdstrike?


Para responder essa pergunta, o Greentimes recorreu ao GRU Airport, a concessionária do Aeroporto Internacional de São Paulo em Guarulhos, para entender como é o dia-a-dia de quem trabalha na prevenção ao birdstrike.

Esse serviço existe há 12 anos, e atualmente os departamentos de Meio Ambiente e Segurança Operacional são os responsáveis por essa gestão. Do ponto de vista técnico, a instituição adota as seguintes rotinas:
  • Controle da vegetação;
  • Remoção de poleiros e abrigos;
  • Modificação do ambiente evitando áreas propícias para a nidificação e dessedentação;
  • Manejo direto de ovos e ninhos;
  • Afugentamento com lasers (à noite ou em dias nublados) e buzinas, bem como utilização de outras aves para provocar a dispersão das espécies mais associadas ao birdstrike.
Para o GRU, “esse trabalho contínuo e preventivo de gerenciamento [do risco aviário] colabora com a redução do birdstrike, pois permite que os casos sejam identificados e mitigados previamente”, declara a instituição que apresenta uma média de 25 colisões por ano e nenhum acidente.

Dica de cinema


Em 2016, foi lançado o filme “Sully: o herói do Rio Hudson” que conta a história real de um voo que saiu de Nova Iorque com destino à Charlotte, nos Estados Unidos. Pouco tempo depois da decolagem, aconteceu o birdstrike. Confira o trailer abaixo!


sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

Tripulantes escutam miados em voo e descobrem gato dentro de compartimento elétrico de avião

Gatinho preto e branco saiu espontaneamente de aeronave após 'caçada' de equipe de manutenção.

Gato se escondeu em compartimento elétrico de avião (Foto: Reprodução/Jam Press)
Um voo da Ryanair precisou ser cancelado após um gato ser encontrado dentro do compartimento elétrico do avião. O Boeing 737 sairia de Roma, na Itália, com destino à Alemanha, mas pouco antes de decolar, tripulantes escutaram miados, o que impossibilitou a viagem.

De acordo com a agência de notícias Jam Press, o felino clandestino mobilizou trabalhadores da manutenção para remover os painéis do avião para tentar tirá-lo de lá. As fotos mostram o gatinho preto e branco espiando de seu esconderijo na aeronave, como se nada estivesse acontecendo.

Após a retirada dos painéis, o animal recuou para dentro do compartimento onde ficam as fiações, forçando o cancelamento do voo por questões de segurança. A ‘perseguição’ continuou, já que o gato continuou se movendo para diferentes partes do Boeing.

Felino saiu espontaneamente após 'caçada' da equipe de manutenção (Foto: Reprodução/Jam Press)
Por fim, o passageiro clandestino saiu voluntariamente, passando por uma parte aberta e descendo as escadas, invadindo a pista e desfilando para o aeroporto. O voo só saiu dois dias depois para seu destino.

Fontes ouvidas pela agência apontam que o felino poderia ter causado grandes problemas a 30 mil pés, além de custar milhares de dólares à empresa de aviação.

Via Terra

terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

Cadela de suporte emocional poderá viajar em cabine de avião sem focinheira

Cachorra Nala fez viagem de ida sem o acessório, e tutora foi surpreendida com exigência na volta.

Cadela de suporte emocional poderá viajar em cabine sem focinheira.(Imagem: Freepik)
Uma passageira conseguiu na Justiça o direito de embarcar em avião da Latam com a Nala, sua cadela de suporte emocional, sem que a cachorra precisasse utilizar focinheira. A decisão é do juiz de Direito Luciano Persiano de Castro, da 1ª vara do JEC de Jabaquara/SP.

O animal havia feito o voo de ida sem o acessório. A controvérsia surgiu após a companhia aérea alterar sua postura no voo de retorno, exigindo o uso da focinheira.

O princípio do "venire contra factum proprium", baseado na boa-fé objetiva, foi decisivo no caso, uma vez que coíbe comportamentos contraditórios que possam frustrar expectativas legítimas.

O juiz apontou que a companhia aérea, ao não exigir o acessório na viagem de ida, gerou uma expectativa legítima que não deveria ser alterada arbitrariamente.

"Essa mudança abrupta de postura pela ré caracteriza aparente contrariedade ao princípio da boa-fé objetiva e gera potencial prejuízo à parte autora, que confiou no comportamento inicial."

E destacou que o citado risco aos demais passageiros, se realmente existisse, teria impedido a requerida de permitir o acesso do animal em diversos trechos registrados anteriormente.

A decisão determinou o embarque imediato da autora com seu cão, e impôs multa no caso de descumprimento, de R$ 200,00 por hora de atraso no cumprimento.


Veja a decisão.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

Avião interrompe decolagem após cobra atravessar pista em aeroporto de MT

Voo tinha como destino o Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.

Um avião teve a decolagem interrompida após uma cobra atravessar a pista do Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, nesta segunda-feira (13).

Nas imagens, é possível ver uma equipe de resgate capturando o animal e o retirando da pista de decolagem, enquanto os passageiros gravam e comentam sobre o episódio inusitado.

O voo tinha como destino o Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Em nota, a Centro-Oeste Airports (COA), concessionária do Aeroporto Internacional de Cuiabá, informou que a equipe de bombeiros atuou imediatamente, e realizou o manejo adequado do animal. A pista foi liberada às 19h21 e a aeronave decolou normalmente em seguida sem impactos aos voos programados.

Ainda não há informações sobre a espécie da cobra.

Avião interrompe decolagem após cobra atravessar pista em aeroporto de MT (Foto: Reprodução)
Via g1 MT e UOL

terça-feira, 7 de janeiro de 2025

Penas de pássaro são encontradas em turbina de avião que explodiu na Coreia do Sul; ministro dos Transportes anuncia renúncia

Achado é mais uma evidência de colisão com pássaros, investigada como uma das causas do incidente que deixou 179 mortos em dezembro. Ministro Park Sang-woo afirmou querer assumir a responsabilidade pelo acidente fatal.

Avião explodiu na Coreia do Sul (Foto: Yonhap)
Penas de pássaro foram encontradas em uma das turbinas do Boeing 737-800 da Jeju Air recuperadas da explosão que deixou 179 mortos na Coreia do Sul no final de dezembro, revelou nesta terça-feira (7) o chefe dos investigadores do incidente.

O principal investigador do caso, Lee Seung-yeol, afirmou que as penas foram encontradas em um dos motores recuperados do local do acidente, acrescentando que imagens de vídeo mostraram que houve uma colisão com pássaros em um dos motores.

A atualização aponta novamente para a colisão com pássaros, mas esse fator não é considerado pelas autoridades como única causa do acidente. O piloto da aeronave relatou a colisão três minutos antes do pouso e declarou emergência. A polícia realiza investigações sobre o incidente, tanto em busca das causas da falha no trem de pouso do avião quanto pela existência de um muro de concreto próximo do final da pista.

A aeronave da Jeju Air levava 181 pessoas; 179 morreram e as outras duas saíram com vida. A aeronave partiu de Bangkok, na Tailândia, e sofreu o acidente por volta das 9h no horário local (21h de sábado, no Brasil) ao pousar em Muan, na Coreia do Sul. 

O ministro dos Transportes da Coreia do Sul, Park Sang-woo, disse nesta terça que pretende renunciar para assumir a responsabilidade pelo acidente fatal de um jato Boeing operado pela Jeju Air em 29 de dezembro.

"Como ministro responsável pela segurança da aviação, sinto uma grande responsabilidade por este desastre. Como autoridade responsável, tomarei as medidas apropriadas e estou discutindo a melhor forma e o momento certo para renunciar", afirmou Sang-woo.

O ministro disse ainda que a extração de dados e a transcrição do gravador de voz da aeronave foram concluídas, e o gravador de dados de voo danificado foi transportado para os Estados Unidos na segunda-feira, onde está passando por análise.

O Ministério dos Transportes sul-coreano anunciou nesta terça que irá melhorar rapidamente a segurança dos sistemas de pouso nos aeroportos, que, segundo especialistas, contribuíram para o acidente catastrófico que matou 179 pessoas a bordo.

Especialistas em segurança aérea disseram que o barranco, projetado para sustentar a antena "localizer" usada para guiar pousos em condições de baixa visibilidade, era muito rígido e estava muito próximo ao final da pista.

O vice-ministro dos Transportes para aviação civil, Joo Jong-wan, reconheceu que as medidas de segurança não foram suficientes ao construir o barranco, mas afirmou que foram realizadas de acordo com regulamentações na Coreia e no exterior.

A polícia está investigando como o barranco foi construído, disse ele. Na semana passada, a polícia realizou buscas na Jeju Air e na operadora do Aeroporto Internacional de Muan como parte da investigação sobre o acidente.

Ainda não se sabe por que a aeronave não ativou seu trem de pouso e o que levou o piloto a aparentemente apressar uma segunda tentativa de pouso após informar ao controle de tráfego aéreo que o avião havia sofrido uma colisão com pássaros e que iria arremeter.

No sábado, os investigadores concluíram a transcrição completa do gravador de voz do cockpit recuperado dos destroços do avião da Jeju Air e discutirão se irão divulgá-la ou não.

Via g1

quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

Já ouviu falar em birdstrike?


As dimensões territoriais do Brasil tornam inevitável o uso de aviões para os mais diversos fins, e mesmo com uma grande circulação de cargas/passageiros, o país ostenta um baixíssimo índice de acidentes. Uma das razões para isso é a real preocupação das companhias aéreas com a segurança, e o consequente investimento em manutenção preventiva e programada como principal linha de atuação no dia-a-dia.

A engenharia, no entanto, não é o único alicerce da segurança aeronáutica, pois a presença de aves no entorno dos aeroportos configuram um risco pela possibilidade de colisão contra as aeronaves.

O que é birdstrike?


O termo birdstrike retrata o choque de um avião contra uma ave, seja no momento do pouso ou da decolagem, e isso tem como consequência:
  • Possibilidade de acidentes;
  • Prejuízos materiais;
  • Impactos sobre a fauna;
  • Perda de confiança no ativo mais importante dessa indústria: a certeza de viagens seguras.
Na maioria das vezes essas colisões causam incidentes de pequena monta, mas existem registros de acidentes tanto na aviação civil quanto na militar. Diante disso, a responsabilidade pelo gerenciamento desse perigo fica à cargo dos aeroportos – e não das empresas aéreas.

O Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) é um órgão ligado à FAB (Força Aérea Brasileira) que é o responsável por essa temática no Brasil e, recentemente, informou que o número de colisões já ultrapassou os 2 mil registros na última medição.

Como acontece o birdstrike?


A velocidade de uma aeronave na aproximação, decolagem ou pouso pode chegar a cerca de 300km/h, e o choque contra uma ave com 1 ou 2 kg de massa acaba sendo convertido em um impacto de toneladas. Por isso uma ave tão pequena e/ou leve pode causar tanto estrago.

Quanto maior for a velocidade do avião e o peso da ave, maior será a gravidade do choque. E, quanto mais animais próximos aos locais de operação (fluxo), maior a probabilidade de acidentes.

Colisões por birdstrike


O birdstrike pode comprometer a parte frontal (fuselagem, vidro dianteiro), as asas ou as turbinas de um avião. No que se refere aos vidros, eles podem estilhaçar (mais comum) ou até mesmo quebrar com o impacto; e isso não só dificulta a visibilidade, como permite a entrada de um intenso fluxo de ar na cabine de comando.

Já com relação às turbinas, a ingestão das aves pode causar um comprometimento mecânico que obriga o piloto a interromper a viagem, e seguir para o aeroporto mais próximo.

Portanto, é o dano estrutural ou a perda de um motor que irá determinar tecnicamente o retorno do avião, e não a colisão em si. Caso os computadores de bordo não identifiquem falhas mecânicas ou problemas decorrentes desse impacto (vibração, por exemplo), o voo segue adiante.

A equipe de manutenção é quem investiga a extensão dos problemas nas turbinas, no pós-birdstrike, com um equipamento chamado boroscópio. Este permite visualizar internamente essa estrutura (inspeção visual).

Principais espécies envolvidas


O quero-quero, carcará e o urubu são as principais espécies de aves envolvidas com o birdstrike, e as duas primeiras são as grandes responsáveis por incidentes no Aeroporto de Guarulhos (SP), por exemplo.

Geralmente, a presença desses animais dentro dos aeroportos está associada a possibilidades de abrigo, alimento, água, descanso e nidificação, mas a pressão do entorno não pode ser desconsiderada (depósito irregular de lixo, perda de habitat).

Como prevenir o birdstrike?


Para responder essa pergunta, o Greentimes recorreu ao GRU Airport, a concessionária do Aeroporto Internacional de São Paulo em Guarulhos, para entender como é o dia-a-dia de quem trabalha na prevenção ao birdstrike.

Esse serviço existe há 12 anos, e atualmente os departamentos de Meio Ambiente e Segurança Operacional são os responsáveis por essa gestão. Do ponto de vista técnico, a instituição adota as seguintes rotinas:
  • Controle da vegetação;
  • Remoção de poleiros e abrigos;
  • Modificação do ambiente evitando áreas propícias para a nidificação e dessedentação;
  • Manejo direto de ovos e ninhos;
  • Afugentamento com lasers (à noite ou em dias nublados) e buzinas, bem como utilização de outras aves para provocar a dispersão das espécies mais associadas ao birdstrike.
Para o GRU, “esse trabalho contínuo e preventivo de gerenciamento [do risco aviário] colabora com a redução do birdstrike, pois permite que os casos sejam identificados e mitigados previamente”, declara a instituição que apresenta uma média de 25 colisões por ano e nenhum acidente.

Dica de cinema


Em 2016, foi lançado o filme “Sully: o herói do Rio Hudson” que conta a história real de um voo que saiu de Nova Iorque com destino à Charlotte, nos Estados Unidos. Pouco tempo depois da decolagem, aconteceu o birdstrike. Confira o trailer abaixo!


quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

Urubu fica pendurado em para-brisa de avião após colisão durante voo no AM

Vídeos feitos dentro da aeronave mostram o animal preso à estrutura de vidro que restou do para-brisa.


Um urubu colidiu com O avião bimotor Neiva EMB-720C Minuano, prefixo PT-EOS, da Aerotur Táxi Aéreo, durante um voo com destino à cidade de Eirunepé, no interior do Amazonas, na manhã desta quinta-feira (5). Apesar do susto, nenhum dos cinco passageiros a bordo ficou ferido. Vídeos feitos dentro da aeronave mostram o animal preso à estrutura de vidro que restou do para-brisa. Assista aqui.

Segundo informações obtidas pela Rede Amazônica junto ao Aeroporto de Envira, cidade de onde o avião decolou, e à empresa responsável pelo bimotor, a colisão com a ave ocorreu quando a aeronave se aproximava para pousar em Eirunepé. O impacto quebrou o para-brisa e a ave ficou presa à estrutura.


Apesar do susto, o piloto conseguiu pousar a aeronave com segurança. A ave morreu e foi retirada do local. Logo após a aterrissagem, os passageiros registraram os danos e divulgaram as imagens nas redes sociais, que rapidamente viralizaram.


A Rede Amazônica questionou a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) sobre a situação e se haverá alguma apuração para melhorar a segurança aérea na cidade, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.

Via g1, D24am e ANAC