
A bordo da aeronave estavam o piloto e o copiloto, que haviam acabado de decolar do aeroporto Wilson por volta das 19:20 (hora local). Um dos ocupantes morreu e outro ficou gravemente ferido.
Fonte: Capital News (Quênia) / G1 (corrigido) - Foto: AP
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Em nota divulgada, o Ministério da Defesa informou que a negociação com os três finalistas prossegue com a possibilidade de aprofundamento e redefinição das propostas apresentadas.
Na etapa seguinte, a Comissão Gerencial do Projeto F-X2 completará a fase de avaliação técnica final e elaboração do relatório, o qual será apresentado ao Alto Comando da Aeronáutica e, posteriormente, ao Ministério da Defesa.
“Nós faremos a análise técnica. O governo irá analisar a parte política e estratégica”, disse o Tenente-Brigadeiro-do-Ar Juniti Saito, Comandante da Aeronáutica.
O governo francês já assumiu o compromisso de fazer ofertar caças Rafale (Dassault) a preços competitivos, razoáveis e comparáveis aos pagos pelas Forças Armadas da França, além de transferência de tecnologia, entre outros pontos. Nesta semana, os outros dois concorrentes também divulgaram o interesse de aprofundar as ofertas.
Segundo o Major-Brigadeiro-do-Ar Dirceu Nôro, presidente da Comissão Gerencial do Projeto F-X2, os participantes estão sendo avaliados em cinco áreas prioritárias: transferência de tecnologia, domínio do sistema de armas [pelo Brasil], acordos de compensação e participação da indústria nacional (offset), técnico-operacional e comercial.
Os participantes do Projeto F-X2 serão avaliados por um critério de pontuação, conforme os quesitos elaborados, como exemplo, o nível de transferência tecnológica oferecido. A metodologia desse trabalho vem sendo aperfeiçoada e aplicada pela Aeronáutica desde o início dos anos 80, quando o país participou do desenvolvimento de um caça com a Itália (Projeto AMX).
O resultado da parceria com os italianos, além do desenvolvimento de um caça tático de ataque estratégico, empregado inclusive em combate (Kosovo), foi a capacitação da indústria brasileira. A linha de jatos 145 e 190 da EMBRAER decorre da tecnologia absorvida nesse período.
Para entender os quesitos, vale observar que o domínio do sistema de armas, por exemplo, garantirá ao Brasil utilizar armamentos próprios, os já existentes e outros a serem desenvolvidos, sem nenhum tipo de restrição.
Até o momento, o processo de seleção reúne mais de 26 mil páginas de documentos, entre ofertas e contra-ofertas, documentos que servirão como base para elaboração e gerenciamento do contrato a ser firmado. O Comando da Aeronáutica planeja concluir a etapa técnica do processo até outubro.
O Projeto FX-2 difere do primeiro processo de seleção, que previa a compra de 12 caças para um esquadrão de defesa aérea. No processo atual, o modelo a ser escolhido será a plataforma a substituir, gradativamente, a frota de caças da FAB (F-2000, F-5 e A-1). Será um investimento para as próximas três décadas.
ENTENDA O PROCESSO
Maio - 2008
O Comando da Aeronáutica, atento às necessidades operacionais para as próximas décadas e obedecendo ao cronograma de desativação de aeronaves de combate da Força Aérea Brasileira, instituiu (15 de maio) a Comissão Gerencial do Projeto F-X2, com o objetivo de conduzir os processos de aquisição de aeronaves de caça a serem incorporadas ao acervo da Força.
O intuito é dotar a FAB de uma frota padronizada de aeronaves de caça de múltiplo emprego, com o início das operações no Brasil previsto para o ano de 2015 e para serem utilizadas por aproximadamente 30 anos. O planejamento prevê a substituição gradual das frotas de Mirage-2000, F-5M e A-1M.
Para tanto, seis empresas foram pré-selecionadas e receberam solicitação para apresentarem informações (request for information – RFI): as norte-americanas Boeing (F/A-18 E/F Super Hornet) e Lockheed Martin (F-35 Lightning II), a francesa Dassault (Rafale), a russa Rosoboronexport (Sukhoi SU-35), a sueca Saab (Gripen) e o consórcio europeu Eurofighter (Typhoon).
O processo de escolha da aeronave vencedora leva em conta, principalmente, o atendimento aos requisitos operacionais estipulados pela FAB. Outros critérios utilizados na avaliação dizem respeito à logística, aos custos, às condições das ofertas de compensação comercial e o grau de transferência de tecnologia para a indústria aeronáutica brasileira.
Junho a Novembro - 2008
- O Comando da Aeronáutica completou mais uma etapa do processo de seleção dos novos caças multi-emprego a ser incorporados ao seu acervo.
A Comissão Gerencial do Projeto F-X2 (CGPF-X2) conduziu os estudos de avaliação das aeronaves pré-selecionadas (Boeing F-18E/F Super Hornet, Dassault Rafale, Eurofighter Typhoon, Lockheed Martin F-16 Adv, Saab Gripen NG e Sukhoi SU-35), de forma a elaborar uma lista reduzida (short list).
A concretização da short list visou garantir o atendimento aos requisitos operacionais para aeronave de caça e permitir o aprofundamento das avaliações dos sistemas de armas candidatos que foram selecionados.
Os estudos tiveram por base as informações fornecidas pelas empresas em resposta aos pedidos de informações (do inglês Request For Information - RFI), emitidos em Junho de 2008. Os dados provenientes das empresas participantes foram avaliados de forma sistêmica, considerando aspectos referentes às áreas operacional, logística, técnica, Compensação Comercial (offset) e transferência de tecnologia para a indústria nacional de defesa.
Com isso, as avaliações foram concentradas nas seguintes aeronaves finalistas: BOEING (F-18 E/F SUPER HORNET), DASSAULT (RAFALE) e SAAB (GRIPEN NG).
As 36 aeronaves, que integrarão o 1º lote, deverão ser entregues a partir de 2014, com expectativa de vida útil de, no mínimo, 30 anos. Assim, ao longo dos próximos anos, haverá a substituição, gradativamente, dos atuais caças Mirage 2000, F-5M e A-1M. O conjunto de conhecimentos e capacitação tecnológica adquiridos nesta aquisição irá contribuir para que o Brasil tenha condições de produzir ou participar da produção de caças de 5ª geração em um futuro de médio e longo prazo.
- A Comissão do Projeto F-X2 procedeu à entrega (30 de outubro) do Pedido de Oferta às empresas participantes selecionadas na short list: BOEING (F-18 E/F SUPERHORNET), DASSAULT (RAFALE) e SAAB (GRIPEN NG).
A partir do recebimento do pedido de oferta (Request For Proposal – RFP, em inglês), as empresas tiveram até 2 de fevereiro para apresentar propostas com detalhamento nos aspectos comerciais, técnicos, operacionais, logísticos, industriais, de compensação comercial (Off set) e de transferência de tecnologia.
Fevereiro - 2009
O Comando da Aeronáutica recebeu em 2 de fevereiro as propostas das empresas participantes selecionadas na short list: BOEING (F-18 E/F SUPER HORNET), DASSAULT (RAFALE) e SAAB (GRIPEN NG).
A partir disso, a Comissão do Projeto F-X2 iniciou os trabalhos de análise técnica dos aspectos comerciais, técnicos, operacionais, logísticos, de compensação comercial, industrial e tecnológica (Offset), e de transferência de tecnologia, informados pelos participantes em resposta ao RFP.
Março - 2009
- O Comando da Aeronáutica iniciou as reuniões de esclarecimentos com as empresas participantes do Projeto F-X2, com o objetivo de obter um maior detalhamento das ofertas apresentadas pelas empresas BOEING (F-18 E/F SUPER HORNET), DASSAULT (RAFALE) e SAAB (GRIPEN NG).
A Comissão do Projeto F-X2, por meio da sua equipe técnica, realizou uma completa análise, de acordo com metodologia apropriada, mantendo o foco nos aspectos comerciais, técnicos, operacionais, logísticos, de compensação comercial, industrial e tecnológica (Offset), e de transferência de tecnologia.
Em 30 de março, a Comissão deu início às visitas técnicas às empresas ofertantes e aos voos de avaliação das respectivas aeronaves concorrentes do Projeto F-X2, para verificar aspectos técnicos, operacionais, logísticos e industriais das propostas. Nesse período, foram avaliadas e visitadas as instalações industriais e logísticas, as oficinas de manutenção, os laboratórios de desenvolvimento de sistemas e esquadrões operacionais.
Maio - 2009
Mantendo a política de transparência do processo de seleção das novas aeronaves de caça, o Comando da Aeronáutica recebeu (4 de maio) das empresas participantes as ofertas revisadas para análise pelos integrantes da Comissão do Projeto F-X2.
Junho - 2009
O Comando da Aeronáutica encerrou a primeira bateria de coleta de informações das empresas participantes do processo.
Julho – Setembro - 2009
A Comissão realiza análise e coleta de informações adicionais das propostas dos concorrentes finalistas.
Fonte: CECOMSAER via Farol Comunitário
Avião foi adquirido pelo Núcleo de Estudo de Planejamento do Uso da Terra da UFV
Professor João Luiz Lani apresentou aeronave a Eufran Amaral e Cleísa Cartaxo
O Acre dispõe agora de uma importante ferramenta para produção de fotografias aéreas de precisão a preços menores que os praticados no mercado. Convênio com a Universidade Federal de Viçosa (UFV), de Minas Gerais, possibilita o uso do dispositivo denominado Aerofotos Verticais de Baixo Custo, criado pelo pesquisador Sérvulo Batista de Rezende e aperfeiçoado por outros estudiosos, como o professor João Luiz Lani, que fez a apresentação do mecanismo instalado no avião Cessna SkyLine prefixo JDC 172, adquirido pelo Núcleo de Estudo de Planejamento do Uso da Terra (Neput) da UFV.
"O sistema possui estereoscopia, que permite fazer fotos e georreferenciamento", explicou Eufran Amaral, secretário de Estado do Meio Ambiente. Com isso, um único técnico consegue realizar o trabalho que nos sistemas antigos exigia pelo menos um outro profissional para fotografar ou operar o GPS. Em cálculos e estudos que levaram anos para chegar ao atual estágio, Sérvulo Rezende adaptou a câmera no avião em medida que permite fazer fotos com abertura e enquadramento perfeitos.
Através do computador, a câmera trabalha no espaçamento e tempo configurados pelo operador, adequando a ação às necessidades do projeto. "Os custos são até vinte vezes menores que os dos sistemas convencionais", afirmou Lani, doutor em meio ambiente. O mecanismo é usado no planejamento do uso da terra nas zonas rural e urbana.
O SkyLine sobrevoou a BR-364 desde Rio Branco até Cruzeiro do Sul produzindo levantamento para o trabalho de ordenamento territorial e fiscalização de queima e desmate com ênfase na Zona de Atendimento Prioritário da BR-364 (ZAP BR), entre Manuel Urbano e Feijó. Convênio que será celebrado entre Governo do Estado, UFV e Universidade Federal do Acre (Ufac) em breve ampliará esse trabalho.
Operação Harpia
O Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac) deflagra a partir da próxima sexta-feira a Operação Harpia. O dispositivo AVBC está sendo testado como localizador de queimadas e desmatamentos ao longo da BR-364 como parte da operação que utilizará dois helicópteros - o Força 01, da Força Nacional de Segurança, e o Comandante João Donato, do Governo do Acre. Fiscais ambientais percorrerão as rodovias Transacreana e BR-317 pelas vias aéreas e terrestre para localizar e reprimir ações não autorizadas.
Fonte: Agência de Notícias do Acre - Fotos: Sérgio Vale/Secom
Introdução necessária 1
Nem tudo que vemos é realmente aquilo que vemos. Esta máxima vale muito hoje com o advento das mídias digitais. No You Tube, profissionais e amadores anônimos tem se revelado famosos gênios da edição de imagens expondo os chamados "virais", vídeos que correm o mundo pelo seu potencial de incredibilidade. A Globo até criou um quadro no "Fantástico" para investigar a veracidade de alguns. Lembra do Ronaldinho chutando a bola no travessão quatro vezes sem deixá-la cair? O "detetive virtual" atestou que era falso. Um maluco escorrega num enorme tobogã, é lançado a metros de distância e precisamente amortecido por uma minúscula piscina de plástico. Bons matemáticos? Não. Computação gráfica.
Introdução necessária 2
Na psicanálise, existe um fenômeno chamado catarse. Em rápidas palavras, uma "descarga emocional" como forma de "purificação da alma". É possível que, após a vivência de um evento traumático, nem tudo o que testemunhas relatam é verdade. Fragmentos de realidade podem ser confundidos por uma mente confusa ou por uma deliberada hipnose. Em massa, é um passo para a histeria coletiva.
"- Mas eu vi o avião batendo!"
E quem não viu? Desde 11 de setembro de 2001, essas são as imagens que mais se repetem na TV. Entre conspirações e teorias das mais malucas sobre o ataque às torres gêmeas, um vídeo-documentário publicado em 2008 na internet, e reproduzido no You Tube desde abril de 2009, tenta provar uma grande mentira contada a partir da manipulação dos meios de comunicação.
Em September Clues (em inglês, ainda sem tradução), o autor, durante 90 minutos divididos em nove partes, analisa, de forma especificadamente técnica, a cobertura televisiva daquele fatídico dia. Com 20 anos de experiência em vídeo, ele se propõe a pesquisar arquivos oficiais de emissoras norte-americanas, confrontando-as com material audiovisual de fitas VHS caseiras e de outras fontes de referência cruzada.
- Minha motivação é tão somente uma busca pessoal por justiça em função da fraude mais horrível e assassina dos tempos modernos – afirma, em comunicado anexo ao vídeo.
Para ele, não restam dúvidas de que os aviões mostrados na TV e em "filmagens amadoras" (classificadas de "grampos" pelo autor) não eram reais. No caso das imagens dos canais de reconhecimento internacional, ele deixa claro: foram suficientes apenas 6 segundos para enganar o mundo.
- Esta é a última peça de um quebra-cabeça frustrante que levou muito tempo para montar. Também entendo o choque que isso é para muitas pessoas. Para perceber a extensão da maldade humana e do engano, nunca é um processo indolor – frisa.
Em resumo, o argumento usado por "September Clues" é de que nenhum avião foi jogado contra o coração de Nova York. Em vez disso, mísseis, camuflados por técnicas de persuasão e de edição de imagem e som encenadas ao vivo pela TV. Antes de julgá-lo, vale antes assistir, você mesmo, cada "tira teima" exposto pelo documentário, impossível de descrever todos aqui em palavras.
Num dos mais impressionantes, são apresentadas imagens da FOX filmadas por um helicóptero em movimento. Primeiro, em plano aberto, com visão de boa parte da cidade. Dois segundos após, um rápido zoom em Manhattan. Mais um instante se passa e outro zoom, desta vez no WTC, com uma das torres já em chamas. A aproximação da câmera continua, quando, do nada, surge um avião atingindo a outra torre. O documentário então "volta a fita" deste ponto, retornando ao plano aberto, ou seja, apenas seis segundos antes do impacto. E a surpresa: seguindo seu provável percurso anterior, nenhuma aeronave aparece, nem mesmo a quilômetros de distância no horizonte.
Sobre o mesmo trecho, o autor ainda expõe outra indagação ao telespectador:
- Você há de concordar que nenhum avião bateria numa estrutura de aço e emergiria do outro lado com o seu nariz intacto – ressalta, sobrepondo imagens da aeronave antes e depois de se chocar com um dos prédios, sob a explicação de uma animação gráfica programada para surgir e desaparecer na tela de acordo com marcações digitais.
Diante disso, ele revela um gradual "fade-to-black" com 15 "frames" de escuridão (muito rápido para ser percebido explicitamente) e um "fade-in" de volta à cena, uma "reação humana diante do erro", porém com 0,28 segundo de atraso para obscurecer o nariz do avião fora. E o mais curioso: o "blackout" não foi exclusividade da FOX. Pode ser notado também na CNN. Um mesmo efeito em duas emissoras distintas no preciso momento do ataque.
Outro "tira teima" surpreendente do documentário diz respeito a um objeto não-identificado em movimento no céu vindo em direção ao World Trade Center encontrado apenas nos arquivos da NBC. Comparando, entretanto, as mesmas imagens deste canal entre a cobertura ao vivo e a mostrada à noite, mais uma impressionante surpresa: o fundo por detrás do prédio foi apagado! Seguindo esta linha, o documentário aponta filtros de contraste e outros efeitos visuais como responsáveis pelas falsificações.
Incontáveis dúvidas ainda nos restam mesmo após suas ponderações. Como, por exemplo: Se nenhum avião atingiu as torres, o que dizer da afirmação de milhares de testemunhas que estavam próximas ao local? Para esta resposta, o documentário faz uso de entrevistas com transeuntes divulgadas pela TV e de pesquisas independentes que atestam que a maioria dos espectadores relatou ter visto um avião pequeno ou algo que não puderam identificar.
A conclusão do autor tem nome e modelo: "Jassm Cruise Missile", uma arma de longo alcance e excelente precisão que possui silhueta semelhante a de um Boeing 767, porém em menor escala, programado para explodir após atingir o alvo.
E as pessoas que estavam nos aviões? As vítimas do WTC seriam impossíveis de negá-las, porém aquelas que estavam nos voos são colocadas em xeque por "September Clues". De acordo com o vídeo-documentário, três dos quatro aviões sequestrados estavam indo para Los Angeles. Também se baseando em imagens televisivas, o autor mostra um repórter em link ao vivo do aeroporto daquela cidade e o fato de nenhum familiar das vítimas ter ido para lá buscar informações três horas após o ocorrido.
- Totalizando 221 passageiros, isso faria com que milhares de parentes e amigos estivessem naquele momento no aeroporto. Estariam todos em casa vendo TV? – questiona.
Consideráveis provas baseadas em destroços dos aviões também nunca foram encontradas, nem mesmo próximo ao Pentágono, onde, supostamente, outro avião teria se deslocado em ataque terrorista na mesma data. Onde, aliás, a única câmera de segurança no local que filmou o impacto não mostra nenhuma aeronave.
É difícil crer na assustadora verdade que revela o documentário. Este artigo também não pede para que você, leitor, acredite. Presta apenas para que considere hipóteses de um controverso fato histórico. Com dois outros objetivos: o de proporcionar aos brasileiros uma teoria pensada por estudiosos estrangeiros, ainda inédita no país, e o de chocar contra verdades absolutas e qualquer tipo de alienação.
Fonte: Luís Alberto Caldeira (site Bem na Net)
MAIS
Assista ao documentário completo:
Trata-se de um programa especial, promovido pelo operador australiano especializado em voos de observação da Antártida Antarctica Sightseeing Flights.
A Qantas, a companhia aérea australiana, vai realizar um voo charter especial.
O voo partirá de Sidney com escala em Melbourne. À meia-noite de 31 de dezembro estará sobre a imensa área de gelo, com várias passagens para observação da paisagem durante cerca de quatro horas, regressando depois a Melbourne e Sidney. No total, o voo irá durar cerca de onze horas.
Os preços começam em 999 dólares australianos e vão até 6.299, dependendo da classe escolhida. Em euros, entre 590 e 3.726.
Esta ação celebrará também o primeiro do maior avião comercial do mundo sobre a região.
Como curiosidade, os passageiros e tripulação do A380 serão as primeiras pessoas no planeta a ver os raios solares iniciais do ano de 2010.
Os preços para esta experiência inédita situam-se entre os 999 dólares australianos e vão até 6299, dependendo da classe escolhida.
Mas, quem não for no Ano Novo terá outras oportunidades, uma vez que já existem charters programados para janeiro com o Airbus, e no mês de fevereiro com o outro gigante dos ares, o Boeing 747.
Fotos: Florian Conrad (Spiegel Online) / DPA
Fontes: EFE / Associated Press / G1 / Terra / ASN
Dick Cheney (foto acima) comprou uma casa em McLean, uma comunidade de classe alta na Virgínia, Estado em grande parte rural. Apesar de estar convenientemente localizada perto de Washington, DC, parece de certa forma isolada da movimentada capital dos EUA. Oito presidentes norte-americanos nasceram nesse Estado, e pode ser, simplesmente, que Cheney veja a si mesmo como um igual, uma vez que, afinal de contas, ele também serviu como presidente - por três anos e meio. Ou talvez seja mais acurado dizer que George W. Bush serviu como presidente no governo de Cheney, cuidando de assuntos menores enquanto Cheney tomava conta do mais importante. Dick foi responsável pela estratégia dos EUA no século 21.
Cheney está ocupado escrevendo suas memórias. Levando em conta que ele é um homem reservado, conhecido por manter as coisas em segredo, a notícia deixou muitas pessoas espantadas nos EUA. Ele é alguém que costumava fazer perguntas ou apenas ouvir em silêncio e fazer anotações para uso pessoal depois de muitas reuniões na Casa Branca, no Pentágono e nos escritórios da CIA. Ele é o informante máximo - e alguém que não dá muito valor ao reconhecimento por parte do público em geral.
Ao escrever suas memórias, um homem como este é motivado por mais do que uma boa opinião sobre si mesmo. O pouco que sabemos sobre as memórias vêm de alguns de seus seguidores fieis que receberam o sinal verde para deixar vazar que Cheney está usando a oportunidade para esclarecer várias coisas que ele acha que foram deturpadas. Ele atribui a culpa pela infeliz mudança de rumo dos últimos anos ao governo de George W. Bush, o homem que o desapontou enormemente durante seu segundo mandato ao ignorar seus conselhos. Na visão de Cheney, Bush mostrou fraqueza moral e não percebeu que o foco de todas as considerações precisava continuar na "guerra contra o terror". Isso foi um erro imperdoável de proporções históricas, que - como Cheney vem dizendo publicamente há meses - Barack Obama está prolongado por ignorância.
Explicando porque você não precisa explicar
A guerra contra o terror foi ideia de Cheney. Desde 11 de setembro, ela guiou as relações dos EUA com o resto do mundo, e ela se tornou uma guerra real, no mundo real, duas vezes. Começar a guerra no Afeganistão foi algo politicamente óbvio; visto como uma guerra boa e justa que infelizmente não levou aos resultados desejados, conforme os EUA estão lentamente começando a perceber. Cheney pressionou incansavelmente pela guerra no Iraque e manipulou as justificativas para a intervenção militar. Desde o início, esta tem sido uma guerra ruim - e uma guerra errada. E, apesar de ele ter feito muita pressão para que ela acontecesse, a guerra contra os alvos nucleares do Irã nunca se materializou.
Agora ele está ocupado defendendo sua criação. Desde o 11 de setembro, ele também foi um homem particularmente entusiasmado. Em sua própria imaginação, ele foi escolhido para educar seu país, para assegurar que os EUA de fato compreendam o perigo mortal que virá à tona se os terroristas colocarem as mãos sobre as armas nucleares. Desde os ataques assassinos nos Estados Unidos há oito anos, ele desenvolveu uma teoria de "1%", que diz o seguinte: se houver apenas uma possibilidade remota de que países ou grupos possam representar perigo, os EUA precisam agir como se essa ameaça já estivesse firmemente estabelecida.
Hoje, agora que o mundo sabe tudo isso sobre ele, Cheney é um leproso político. Eles sabem de sua vontade de expandir os poderes presidenciais, da alegria que ele tem em manipular as agências de inteligência e de seu apoio a métodos de tortura como a tábua de água.
Eles sabem que Cheney está convencido de que pessoas como ele nunca devem admitir erros ou falhas e acredita que não seria inteligente para esse tipo de gente dar explicações sobre suas ações. "Nunca peça desculpas", diz ele. "Nunca explique". Então parece muito estranho que Cheney esteja escrevendo suas memórias.
"Você nunca sabe onde vai parar"
Ainda assim, é compreensível que a doutrina de Cheney tenha ganho um amplo apoio e parecido cada vez mais plausível, pelo menos por um tempo. Os responsáveis pelos ataques de 11 de setembro haviam se preparado para sequestrar quatro aviões e colidir com as Torres Gêmeas, o Pentágono e o Capitólio - ou seja, bem no coração dos Estados Unidos. Três dos aviões encontraram seus alvos; o quarto caiu na zona rural da Pennsylvania depois que passageiros heroicos invadiram a cabine e derrotaram os sequestradores.
Cerca de 3.000 pessoas morreram em Nova York, Pennsylvania e Washington. Mas os ataques também serviram como um toque de despertar repentino e horrível para o mundo e, acima de tudo, para os Estados Unidos. Não haveria nenhum "fim da história", como o escritor Francis Fukuyama havia previsto depois do colapso comunista. Agora, a solitária superpotência do mundo estava vulnerável e forçada a lidar com mais confusão e diferentes ameaças do que tinha durante a Guerra Fria.
Quando a Casa Branca se recuperou do estado de choque pós-11 de setembro, o presidente e seu vice convocaram os conselheiros para incontáveis reuniões com o objetivo de produzir uma estratégia contra o terrorismo. Mesmo que fosse apenas para acalmar o público, eles precisavam urgentemente transmitir a mensagem de que estavam agindo com prudência e determinação. Em momentos históricos como este, respostas formuladas às pressas são tão arriscadas quanto inevitáveis.
A situação talvez tenha sido mais bem expressa num discurso lacônico atribuído a George Kennan, um diplomata norte-americano, cientista político e historiador, que surgiu com a estratégia de contenção durante uma era de intensa rivalidade entre os EUA e a União Soviética. "Você sabe onde você começa", teria dito Kennan. "Mas você nunca sabe onde vai terminar."
Descobrindo o "Delta do Terrorismo"
Hoje, o mundo sabe que muito mais poderia ter começado depois do 11 de setembro.
A maioria das reuniões de estratégia depois do 11 de setembro foram assunto para oficiais de alto escalão, mas algumas não. Só depois de alguns anos vazou a informação sobre um grupo de intelectuais e professores que tinham o nome otimista de "Bletcheley II". Esse apelido foi cunhado em referência a Bletchley Park, uma propriedade rural na Inglaterra que ficou famosa durante a Segunda Guerra Mundial porque abrigava uma equipe de matemáticos e criptógrafos responsável por decifrar o código da máquina de guerra alemã.
Christopher DeMuth tinha algo semelhante em mente quando reuniu o grupo depois do 11 de setembro. Na época, DeMuth era presidente do American Enterprise Institute, um centro de estudos conservador que abriga a elite do Partido Republicano. Foi lá que Cheney fez (e continua fazendo) seus raros discursos que estabelecem o tom da reunião, que atraiam muita atenção. No que diz respeito à política, DeMuth e Cheney estão definitivamente do mesmo lado.
Bletchley II tinha o objetivo de descobrir o código dos terroristas aliados a Osama bin Laden. Os resultados foram resumidos num documento intitulado "Delta do Terrorismo". A palavra delta se refere a uma tríade que inclui a Arábia Saudita e o Egito, os dois países de onde vieram a maioria dos 19 sequestradores; o terceiro é o Irã.
O grupo pensou muito sobre as perspectivas para uma mudança de regime nesses países-chave, dois dos quais - a Arábia Saudita e o Egito - estavam entre os principais aliados dos Estados Unidos no Oriente Médio há vários anos. De acordo com a conclusão final do grupo, um objetivo como este seria desejável, mas impraticável, e o mesmo valia para o Irã. Cheney, entretanto, sentiu que decidir contra a intervenção era um erro. Da mesma forma, na época, ninguém sabia com que ambição os mulás perseguiam as armas nucleares.
Mas o grupo pensava diferente no que dizia respeito ao Iraque.
Conforme DeMuth disse ao historiador Bob Woodward em seu livro "State of Denial", de 2006: "Concluímos que um confronto com Saddam era inevitável. Ele era uma grande ameaça - a mais perigosa, ativa e inevitável ameaça." Uma conclusão como esta deve ter soado como música para os ouvidos da Casa Branca.
E então os Estados Unidos entraram na "guerra contra o terror".
Zbigniew Brzezinski, que serviu como conselheiro de segurança nacional sob o governo do presidente Jimmy Carter, comentou ironicamente que isso era equivalente aos Aliados declararem guerra contra a blitzkrieg - a forma revolucionária de guerra motorizada dos nazistas - e não contra a Alemanha nazista propriamente dita. Na sua visão, o terror era uma tática - e não um indivíduo que podia ser combatido.
Mas Saddam Hussein era um indivíduo, um ditador que o mundo acreditava ser capaz de fazer praticamente tudo, incluindo produzir armas de destruição de massa e passá-las a grupos terroristas. E Osama bin Laden era um indivíduo, também, que poderia ser caçado no Afeganistão.
As lições do fracasso
Hoje, os Estados Unidos estão reduzindo seu envolvimento no Iraque, um movimento que é visto como um passo adiante. Ainda assim, uma nova onda de ataques está varrendo o país, apesar de ser difícil dizer se é o início de uma guerra civil entre sunitas e xiitas ou se a Al Qaeda se tornou mais ativa novamente. O passo adiante - pelo menos no que diz respeito a Washington - é que raramente há soldados norte-americanos entre as vítimas dos ataques.
As coisas também mudaram para pior no Afeganistão. Enquanto o país promoveu eleições que foram destruídas pela corrupção e compra de votos, um grande número de soldados da Otan morreu - e a aliança sofreu mais de 300 baixas apenas este ano. O Taleban está mostrando sua força ao lançar ataques no coração de Cabul. Depois de quase oito anos de guerra, há poucos sinais de estabilidade e reconstrução.
Se a missão toda continuar a estagnar durante os próximos meses, o governo Obama pode ter de considerar retirar as tropas do país. O que se provaria pelo menos tão difícil quanto foi no Iraque, pois a guerra e o terrorismo já se tornaram parte da vida diária nessa parte da Ásia e deixaram a região muito menos segura do que antes.
Na análise final, o fracasso na guerra serve como um ótimo aprendizado para as democracias. O fracasso foi a principal razão pela qual Bush virou as costas para o conselho de Cheney - e por que os Estados Unidos viraram as costas para os dois.
Quando o ex-secretário de Estado Henry Kissinger - o mestre da política exterior realista e de sangue frio - foi questionado certa vez sobre o motivo por que apoiava a guerra contra Saddam Hussein, ele deu esta resposta elucidativa: "Porque o Afeganistão não foi suficiente."
"O Afeganistão não foi suficiente"
O Afeganistão não foi suficiente porque a primeira parte da guerra contra o Taleban foi fácil de ganhar. Talvez o Afeganistão fosse suficiente se Osama bin Laden e Ayman al-Zawahiri tivessem sido capturados. Mas, em vez disso, a ferida continua aberta. Para os Estados Unidos, a tragédia é que os dois líderes da Al Qaeda escaparam.
Mas o que teria acontecido se o rico saudita e seu assistente, o cirurgião egípcio, tivessem sido mortos ou capturados? Essas perguntas de "e se" são populares nos Estados Unidos; são voos de imaginação que têm a vantagem de facilmente transcender a lógica da realidade. E a história sempre poderia ter sido diferente. Mas como?
Ninguém argumenta que isso teria evitado a guerra no Iraque. Mas, ao mesmo tempo, não há dúvida de que a habilidade desses dois altos comandantes da Al Qaeda para fugir de seus perseguidores acelerou as preparações para a guerra em Bagdá.
No final, uma vez que a boa guerra no Afeganistão não era suficiente, os Estados Unidos entraram numa guerra ruim contra Saddam Hussein.
Visto sob essa perspectiva, toda essa conversa sobre armas de destruição em massa não é nada mais do que uma grande ilusão, apoiada pela manipulação do governo sobre informações de inteligência da CIA para justificar a guerra. A retórica ideológica do "fim da tirania" e "extinguir o mal no mundo" é vista sob uma nova luz, como uma simples lábia neoconservadora. Os Estados Unidos foram humilhados; agora outros têm de sê-lo, também.
O legado de Cheney
A humilhação pode ser um impulso irresistível quando 3.000 pessoas morrem. A humilhação pede vingança, retaliação. Mas, então, um país como os Estados Unidos se permitiu ter ilhas totalitárias dentro de seu sistema legal, como a base naval norte-americana na baía de Guantánamo, onde a tortura era praticada. Isso não pode ser simplesmente varrido para debaixo do tapete. Essa ferida, também, está sangrando.
Obama presumivelmente não será capaz de evitar que acusações criminais sejam feitas contra alguns dos responsáveis. E, com frequência, a rede de comando terminava em Dick Cheney.
A guerra contra o terrorismo foi consequência do 11 de setembro; ela moldou a política externa dos Estados Unidos a partir daquele ponto.
Ela foi baseada no medo de que a história se repetisse. Mas embora as ditaduras possam ser permanentemente governadas pelo medo, as democracias não podem. As democracias se baseiam no otimismo, na esperança de que - apesar de todas as crises - as coisas ficarão melhores. E elas também se baseiam na expectativa de que medidas para combater ameaças como o terrorismo possam ser tomadas, mesmo que um alto risco persista.
Verdadeiras democracias só podem ser governadas pelo medo e a humilhação temporariamente. E elas aprendem com seus erros. Mas é precisamente aí que Cheney errou. Sua teoria é baseada numa pergunta , "e se?", voltada para o futuro. E se, ele pergunta, os terroristas atacarem com a bomba?
Mas o fato é que qualquer governo em qualquer país precisa tomar medidas de precaução, e daí é papel das instituições - como a polícia, fiscais de alfândega, guardas de fronteira, guarda costeira e, acima de tudo, agências de inteligência - colocar essas medidas em prática.
Depois do estado geral de ignorância que imperava no país antes do 11 de setembro, teria feito sentido chacoalhar essas agências do governo, reorganizá-las e prepará-las para qualquer contingência.
As estruturas burocráticas de poder estão no lugar certo para tomar as medidas que os ataques de oito anos atrás fizeram necessárias. É aí que o medo de que a história se repita deve levar a uma melhora na eficiência - dentro do espectro da lei.
Em suas memórias, Cheney defende sua criação. Mas, no mundo real, ela ruiu. Nós sabemos o que começou depois de 11 de setembro. Mas a pergunta real é: onde isso vai acabar - para os Estados Unidos, para o mundo e para Dick Cheney?
Fonte: Gerhard Spörl (Der Spiegel) - via UOL Notícias - Tradução: Eloise De Vylder - Foto: seattleweekly.com