sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

10 tragédias da aviação que nunca foram explicadas


Desde a invenção dos primeiros aviões, os seres humanos praticamente já não conhecem mais limites no que diz respeito a mobilidade. Hoje em dia você pode tranquilamente acordar em um país e ir dormir do outro lado do planeta, desde que você possa pagar por isso, é claro. Mesmo assim, algumas pessoas possuem um grande temor quando o assunto é voar de avião, e não podemos deixar de entendê-las até certo ponto. Ainda que os acidentes terrestres sejam mais comuns que os aéreos, quando um avião se envolve em acidente a tragédia quase sempre é inevitável.

E nessa lista, você vai conhecer alguns dos eventos mais misteriosos e estranhos que já foram registrados envolvendo a aviação. Confira:

1. O sumiço de Frederick Valentich


(Imagem: WikiCommons)
Frederick Valentich, que em outubro de 1978 tinha apenas 20 anos de idade, foi um entusiasta da aviação que entrou para a história de forma misteriosa naquele ano.

Mais especificamente no dia 21 de outubro de 1978, Valentich pilotava um monomotor sobre o Estreito de Bass, em direção a Ilha King, na Austrália, quando algo muito estranho aconteceu. Via rádio, o jovem piloto comunicou à torre que havia percebido uma aeronave movimentando-se de forma extremamente veloz nas suas proximidades.

Em contato com os controladores, o homem afirmou que não fazia ideia do que se tratava, mas que a aeronave apresentava aspecto metálico, e tinha diversas luzes brilhantes. A torre não conseguiu identificar nenhuma aeronave no campo de voo onde Valentich estava, e durante alguns minutos permaneceu em contato com o piloto, tentando entender do que se tratava o misterioso objeto voador.

Infelizmente, pouco tempo depois do primeiro contato, a comunicação foi cortada, e Frederick Valentich nunca mais fora encontrado. Apesar de vastas buscas na região, nenhum vestígio do piloto ou de seu monomotor foi encontrado até hoje.

2. Desaparecimento do C-124 no Atlântico


(Imagem: WikiCommons)
Em 23 de março de 1951, uma avião cargueiro Douglas C-124 partiu do Novo México em direção a Suffolk, na Inglaterra, em uma missão militar. Entretanto, a aeronave nunca chegou no seu destino. Durante o percurso, o Comandante do voo reportou uma emergência para a torre, dizendo que por conta de um incêndio precisaria aterrissar na água. E foi exatamente o que ele fez.

Depois de informar as coordenadas exatas do ponto onde iria descer, o Comandante realizou o pouso forçado e colocou o avião na água em segurança. Todos os tripulantes do avião deixaram a aeronave em botes salva-vidas, utilizando coletes e carregando suprimentos de sobrevivência, como comida, roupas para o frio e rádios de emergência.

A torre enviou um Boeing B-50 Superfortress para o local, para averiguar como estava a situação. Ao chegar até o ponto afastado onde foi realizado o pouso, a tripulação do Boeing atestou que tudo estava sob controle, e precisou retornar para a base para reabastecer. Ao mesmo tempo, um navio fora encaminhado ao local.

Entretanto, ao chegar lá, os homens a bordo do navio não encontraram absolutamente nenhum sinal da aeronave ou dos tripulantes. Tudo o que fora encontrado no local foi um pedaço de madeira carbonizada. Até hoje não se sabe o que de fato aconteceu naquele dia, e onde foram parar todos os tripulantes, cujos corpos jamais foram encontrados.

3. Amelia Earhart


(Imagem: Domínio Público)
Amelia Earhart foi uma pioneira da aviação nos Estados Unidos, detentora de vários recordes, como o de primeira mulher a voar sozinha pelo Oceano Atlântico. No entanto, ela acabou entrando para a história de maneira trágica em 2 de julho de 1937, quando desapareceu durante um voo no Oceano Pacífico, nas proximidades da ilha Howland.

Pelo rádio, Amelia comunicou ao navio mais próximo do ponto onde ela estava, a embarcação de nome Itasca, que ela acreditava ter chegado na ilha. Entretanto, na verdade ela ainda estava 8km longe do seu destino.

O comandante do navio ainda tentou utilizar sinais de fumaça para alertar Amelia, mas de nada adiantou. Depois dessa rápida comunicação, a aeronave de Amelia desapareceu junto com ela, para nunca mais ser encontrada.

Muitas teorias conspiratórias surgiram desde então, inclusive uma que afirma que tropas japonesas podem ter atacado o avião. No entanto, nada jamais foi confirmado.

4. Voo ‘Flying Tiger’


(Imagem: WikiCommons)
O Voo 739 ‘Flying Tiger’ desapareceu dos radares no dia 16 de março de 1962, enquanto carregava 93 soldados americanos e três soldados do Vietnã. O voo saiu da Califórnia, e tinha como destino a cidade vietnamita de Saigon.

O avião desapareceu em determinado momento da viagem, e tudo o que os investigadores encontraram foi o relato de uma suposta testemunha ocular. De acordo com ela, no dia do desaparecimento foi possível ver “uma grande luz brilhante no céu, seguida por dois pontos vermelhos sendo arremessados ao oceano em diferentes velocidades”.

Para os especialistas, o relato da testemunha pode indicar que a aeronave explodiu no céu, posteriormente sendo partida ao meio, com as duas metades caindo no oceano. E mesmo com extensas buscas, nada foi encontrado até hoje.

5. Voo 19


(Imagem: WikiCommons)
O incidente envolvendo o Voo 19 é um dos eventos mais famosos do Triângulo das Bermudas, conhecido por supostamente “engolir” aeronaves e embarcações.

Na tarde de 5 de dezembro de 1945, cinco aviões Grumman TBF Avenger deixaram a base de Fort Lauderdale, nos EUA, em uma missão de treinamento, que envolvia uma simulação de ataque com torpedos, seguido do retorno para a base.

Mas cerca de 90 minutos depois de decolarem, os pilotos se perderam. O capitão Charles Carroll Taylor, instrutor da missão, chegou a se comunicar com a base. Durante a conversa, a base de Fort Lauderdale ordenou que a equipe abandonasse a área, mas infelizmente as aeronaves não foram mais localizadas.

Após a constatação do desaparecimento, um hidroavião PBM Mariner foi enviado ao último local de contato com a equipe. No entanto, a aeronave, junto com seus 13 tripulantes, também desapareceu após avisar a torre de que estava se aproximando do último local registrado pelos cinco aviões.

Numerosas buscas foram realizadas na área até hoje, mas nenhum vestígio das aeronaves foi encontrado.

6. Star Ariel


(Imagem: WikiCommons)
Star Ariel foi uma aeronave da British South American Airlines que desapareceu em 17 de janeiro de 1949 em circunstâncias misteriosas. Com 20 pessoas a bordo, a aeronave decolou em um dia de temperatura favorável e boa visibilidade. Os pilotos envolvidos no voo também eram experientes, o que significa que tudo parecia que seria um voo bastante tranquilo entre Bermuda e Kingston, na Jamaica.

No entanto, o avião se perdeu no meio trajeto, sem fazer nenhum tipo de contato antes de simplesmente sumir do radar. Mesmo com vastas buscas na região, nenhum tipo de rastro que pudesse levar até o paradeiro final do avião foi encontrado. Até hoje, as circunstâncias do desaparecimento do Star Ariel são totalmente desconhecidas.

7. Star Tiger


(Imagem: Reprodução)
O Star Tiger, outro avião da British South American Airlines, desapareceu nas primeiras horas do dia 30 de janeiro de 1948, entre a Ilha de Santa Maria e Bermuda.

Os dois experientes pilotos que estavam a bordo enfrentaram uma forte chuva, com grandes rajadas de vento durante o trajeto. Por isso, grande parte dos especialistas envolvidos nas investigações sugere que o avião tenha sido atingido por uma forte rajada, que supostamente derrubou a aeronave no oceano.

Entretanto, as buscas não retornaram nenhum resultado. Além disso, nenhum contato foi feito com a torre por parte da equipe durante o trajeto.

8. Desaparecimento do An-32 da Força Aérea Indiana


(Imagem: Reprodução)
Em 22 de julho de 2016, uma aeronave pertencente à Força Aérea Indiana desapareceu dos radares enquanto sobrevoava a Baía com 23 passageiros e seis membros da tripulação.

As buscas referentes a este incidente foram as maiores de toda a história da aviação indiana, envolvendo 16 navios, um submarino e seis aeronaves. As vítimas foram procuradas de forma exaustiva até o dia 15 de setembro de 2016, quando a missão de resgate foi encerrada e todos que estavam no avião foram declarados presumidamente mortos.

9. N844AA


(Imagem: WikiCommons)
No dia 25 de maio, dois homens roubaram um Boeing 727, registrado como N844AA, do aeroporto Quatro de Fevereiro, na cidade Luanda, Angola. Reconhecidos como Ben Padilla, piloto americano, e John Mutantu, mecânico, os homens invadiram o aeroporto antes do nascer do sol, levaram o avião até a pista sem se comunicar com a torre de controle, e decolaram depois de algumas manobras mal feitas, com as luzes totalmente desligadas.

No entanto, desde o momento em que decolaram, os dois homens nunca mais foram avistados, bem como nunca foi encontrado qualquer vestígio da aeronave.

10. Boeing 707 da Varig


(Imagem: Reprodução)
Em 30 de janeiro de 1979, o Boeing 707, cargueiro da Varig, realizava um voo, registrado como RG 967, entre Tóquio e Rio de Janeiro, quando desapareceu completamente. O sumiço ocorreu pouco mais de 30 minutos após a decolagem, e somente um contato foi feito com a torre de controle.

Nesta comunicação com os controladores, o comandante Gilberto Araújo da Silva passou suas coordenadas, como de praxe. A torre desconfiou que havia algo errado quando não recebeu o segundo contato da aeronave, que era esperado no momento em que a viagem já fechava uma hora.

Uma grande equipe de resgate foi enviada para a localização informada pelo piloto, posteriormente até mesmo ampliando a zona de buscas, mas absolutamente nada foi encontrado. Na época, em relatório sobre o caso, a companhia brasileira Varig admitiu que não conseguiu encontrar nenhum vestígio que pudesse lançar qualquer luz sobre o que pode ter acontecido com o avião.

História: Projeto FICON - Os "porta-aviões voadores"

Em 1952, a Força Aérea dos Estados Unidos testou o primeiro protótipo do projeto FICON (Fighter Conveyor – Caça Transportado), um B-36 com um caça-parasita Republic F-84 Thunderjet.

Um B-36 lançando um caça F-84
O lançamento e recuperação do avião seguia os mesmo procedimentos utilizados no B-29 e o Goblin, com uma torre de engate no porão de bombas. Além dessa técnica, a USAF também adaptou os modelos B-29 e B-36 para carregar os caças F-84 nas pontas das asas, nos projetos” Tom-Tom” e “Tip-Tow”, também realizados na década de 1950.


As aeronaves do projeto FICON entraram em operação em 1955 e 10 bombardeiro B-36 foram adaptados (GRB-36D) e 25 caças F-84 (RF-84K) foram preparados para a nova função “parasita”. A dupla era um meio de observação de longo alcance e até mesmo o caça podia ser equipado com aparelhos de espionagem. 

Outra possibilidade ainda previa o lançamentos de bombas nucleares táticas na URSS a partir do caça-parasita, que depois poderia voltar a “nave-mãe”. Após um ano, com os primeiros testes do eficiente avião espião Lockheed U-2, a combinação perdeu o sentido e o esquadrão foi desativado.

A USAF também testou carregar os caças na ponta das asas de bombardeiros
O projeto FICON foi a última experiência com o que se pode chamar de “porta-aviões voadores”. Com os recursos avançados de reabastecimento em voo, aeronaves podem estender seu alcance sem a necessidade de ser literalmente carregado por outro avião, como aconteceu no passado. 

Além disso, muitos desses aviões militares atualmente também têm condições de se defenderem sozinhos. Portanto, os porta-aviões ainda devem permanecer durante um bom tempo somente no mar.

Empresa usa tokens para compensar 600 toneladas de carbono emitidas por voos na Copa

Startup brasileira Greener trabalhou com compensação de emissões ligadas a voos para o torneio, realizado no Catar.

Jogador Ronaldinho Gaúcho foi anunciado recentemente como embaixador da startup Greener
A startup brasileira Greener anunciou na segunda-feira, 19, que realizou a compensação de 600 toneladas de gás carbônico emitidas durante viagens de avião para o Qatar, onde foi realizada a Copa do Mundo de 2022 entre os meses de novembro e dezembro.

Segundo a empresa, foram compensadas 260 viagens áreas realizadas para o país a partir de parcerias com empresas e nomes ligados ao agronegócio brasileiro, que enviaram representantes para o torneio de futebol.

A ação envolve a emissão de um Greener Preservation Token (GPT) a partir da plataforma de tokenização da startup. Ele está ligado à negociação de créditos de carbonos e outras atividades sustentáveis, incluindo geração de energia renovável.

Com isso, empresas que buscam realizar a compensação podem comprar o token equivalente à quantidade de gases poluentes que emitiu em uma de suas atividades, ajudando na neutralização do impacto ambiental dela.


O GPT é comercializado pela própria startup, e é criado dentro do blockchain da Polygon, permitindo a conexão com outros blockchains que também tenham como base a rede Ethereum.

Para o presidente executivo da Greener, Gustavo Ene, o mercado de créditos de carbono surgiu como uma solução para neutralizar emissões de poluentes ligados às viagens áreas.

A estimativa atual da tokenizadora é que mais de 530 mil hectares de florestas nativas nos estados do Mato Grosso, Pará, Amazonas e Rondônia serão preservados com as iniciativas da startup, representando 74,2 milhões de toneladas de carbono.

O jogador Ronaldinho Gaúcho foi anunciado recentemente como embaixador da Greener. Ele também viajou para o Qatar, com as emissões da viagem compensadas por meio do lançamento de uma coleção de tokens não fungíveis (NFTs, na sigla em inglês).


Via João Pedro Malar (Exame)

Aconteceu em 30 de dezembro de 2007: Voo 3107 da Tarom - Colisão contra veículo de manutenção durante a decolagem


Em 30 de dezembro de 2007, o voo ROT3107, operado pelo Boeing 737-38J, prefixo YR-BGC, da Tarom (foto abaixo), estava programado para o voo entre Bucareste, na Romênia, e o Aeroporto Sharm el Sheik, no Egito. O voo 3107 era um voo fretado e levava a bordo 117 passageiros e seis tripulantes.

A aeronave envolvida do acidente
Pouco antes das 11h00 da manhã, uma equipe de manutenção entrou na pista 08R da OTP para fazer trabalhos de manutenção nas luzes centrais da pista. A equipe de manutenção era composta por quatro trabalhadores e duas viaturas. Dois dos trabalhadores trabalhavam a cerca de 600 metros da soleira e os outros dois trabalhavam a cerca de 1500 metros da soleira. A visibilidade na época era ruim devido ao nevoeiro espesso.

Às 10h49, a equipe de manutenção entrou em contato com a torre de controle para obter a aprovação para iniciar as operações de limpeza das luzes centrais. Pouco menos de dez minutos depois, a torre aprovou o início da obra. A certa altura, os trabalhadores foram obrigados a deixar a pista para permitir a decolagem de uma aeronave, mas foram liberados para retomar o trabalho logo em seguida.

Então, às 11h25m13s, o voo 3107 foi liberado para entrar na pista 08R para decolagem, e pouco mais de um minuto depois eles foram liberados para decolagem. 

Entre 11h26m40s e 11h26m50s a torre de controle perguntou aos funcionários da manutenção se a pista estava livre, mas não obteve resposta. 

Às 11h27min04s, acelerando para a decolagem, a uma velocidade de cerca de 90 nós, o Boeing 737 atingiu um carro a 600 metros da cabeceira da pista com o motor número 1 e com o trem de pouso esquerdo. 


A aeronave saiu do lado esquerdo da pista e parou 137 metros à esquerda da linha central e 950 metros da cabeceira. Os passageiros foram evacuados pelas rampas de emergência.


Nicolae Ghinescu, o piloto no comando do voo 3107, que tinha mais de vinte e dois anos de experiência de voo, disse aos jornalistas que "durante o procedimento de decolagem, após 400 ou 500 metros, encontramos um carro-obstáculo e não pudemos evitá-lo. Ele disse. “O carro estava sem sinalização nem com os faróis acesos, e duas pessoas tentaram mover o carro para desobstruir a pista, mas já era tarde”.


O Boeing 737 usado para o voo 3107 foi cancelado, sendo danificado além do reparo após colisão com o carro de manutenção e saindo da pista. O acidente foi a 17ª perda de um Boeing 737-300.

O erro para liberar a decolagem do voo ROT 3107, foi possível no contexto de uma longa interrupção da atividade do CTA EXE TWR, percepção incorreta do estado de liberação da pista juntamente com a falta de coordenação entre o CTA EXE TWR e o CTA GND/TAXI para liberar a pista. 


Os requisitos dos procedimentos RCASTA e LVO não foram totalmente aplicados pelos controladores de tráfego envolvidos. O responsável pela equipa, que tinha o dever de observar diretamente a aplicação deste procedimento, não reconheceu este facto e não tomou medidas corretivas .

As tiras de registro progressivo não estavam de acordo com os procedimentos e regulamentos válidos. As conclusões anteriores sublinham lacunas no processo de formação do pessoal ATC, ou seja, conhecimento e seguimento completo e correto dos procedimentos aplicáveis.


Gestão deficiente de recursos humanos na TWR OTP, que resultou em número insuficiente de ATCs na equipe de turno, bem como a ausência do supervisor da equipe da sala de operações na hora da ocorrência do acidente nas condições em que ele aceitou uma equipe com 4 ATCs.

O “Regulamento de Circulação de Veículos e Pessoas”, R – SIG 001, e do “Regulamento de Organização e Realização de Radiocomunicações em Sistemas Rádio de Acesso Múltiplo”, R – SIG – 007, e os “Procedimentos de Operações Locais de Baixa Visibilidade (LVO)” não foram rigorosamente observadas. Esses regulamentos incluem disposições não correlacionadas ou pouco claras que podem ser mal compreendidas e dificultar sua aplicação rigorosa.



Por Jorge Tadeu (com Wikipedia, ASN, baaa-acro e aviation-accidents.net)

Aconteceu em 30 de dezembro de 1958: Queda do Saab Scandia da VASP na Baia da Guanabara (RJ)

Em 30 de dezembro de 1958, uma terça-feira, Rose Rondeli, atriz de teatro e televisão, chegou tarde ao Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, e quase perdeu a ponte aérea das 12 horas, que a levaria a São Paulo para compromissos profissionais, tendo ocupando um dos últimos lugares ainda vagos no SAAB Scandia 90A-2, prefixo PP-SQE, da VASP (Viação Aérea São Paulo).

O Scandia PP-SQE no início da década de 1950
Pouco depois, os motores foram acionados e o avião taxiou para a cabeceira da pista 20. A bordo - incluindo Rose - estavam 33 passageiros e quatro tripulantes.

Em seguida, o avião decolou e, logo depois, o motor esquerdo perdeu potência e parou, materializando o pesadelo de todo o aviador: uma falha de motor no primeiro segmento da decolagem, quando o trem de pouso ainda estava sendo recolhido.

O Scandia guinou bruscamente à esquerda devido a súbita assimetria de potência. A grande hélice Hartzell girava por ação do vento reativo, adicionando elevada carga de arrasto e drenando energia do avião.

A situação era dramática. O Pão de Açúcar aproximava-se rapidamente, obrigando o Comandante Bortoletto a efetuar curva à esquerda, para cima do motor em pane, o que aumentava o fator de carga e, consequentemente, a velocidade de estol. 

Bortoletto tinha que embandeirar logo a hélice que girava em cata-vento, inviabilizando o voo monomotor, sem descuidar da pilotagem do Scandia capenga. Não conseguiu.

O PP-SQE tremeu ao perder sustentação, arrancando um "Oh!" uníssono dos passageiros enquanto se precipitava na Baia da Guanabara de uma altura aproximada de 50 metros (150 pés).

Ao se ver dentro d'água, Rose, decidida, nadou para terra firme. Só mais tarde, a salvo, tomou conhecimento da extensão do desastre.

Os quatro tripulantes do avião

Das 37 pessoas a bordo, 21 haviam morrido, inclusive os quatro membros da tripulação: o comandante Geraldo Bortoletto, o copiloto Carlos Machado Campoy, o radiotelegrafista Marino Quinado de Brito e a comissária de bordo Ida Novak.

O Scandia PP-SQC, similar ao que se acidentou na Baia da Guanabara

Este foi o primeiro acidente fatal com um Scandia da Vasp, mas infelizmente não seria o último.

Por Jorge Tadeu (com ASN e Livro 'O Rastro da Bruxa')

Aconteceu em 30 de dezembro de 1933 - O acidente da Imperial Airways na Bélgica

O acidente da Imperial Airways Ruysselede em 1933 ocorreu em 30 de dezembro de 1933, quando um Avro Ten da Imperial Airways colidiu com um dos mastros de rádio do Belradio em Ruysselede, West Flanders, na Bélgica e caiu matando todas as dez pessoas a bordo. A aeronave operava um voo regular internacional de passageiros de Colônia, na Alemanha, para Londres, na Inglaterra, via Bruxelas, na Bélgica.


A aeronave acidentada era o Avro 618 Ten (Fokker F.VIIb/3m), prefixo G-ABLU, c/n 528, da Imperial Airways (foto acima). A aeronave havia entrado em serviço na Imperial Airways em maio de 1931 e, tendo servido por um tempo na Iraq Petroleum Transport Co., e havia retornado à Imperial Airways. A aeronave foi batizada de 'Apollo'.

Operando um voo de Colônia, na Alemanha, para o Aeroporto de Croydon, no Reino Unido via Aeroporto de Haren, em Bruxelas, na Bélgica, a aeronave partiu às 12h20, horário local (11h20 GMT), 20 minutos depois do previsto. Em consequência do nevoeiro, a aeronave voava numa rota a norte da sua rota normal. 

Às 13h15, enquanto voava a uma altitude de 250 pés (76 m), colidiu com um cabo de sustentação do mastro de rádio de 870 pés (270 m) de altura em Ruysselede, na Bélgica, que estava iluminado na época. 

A seção superior do mastro foi demolida. A aeronave perdeu uma asa e caiu. Quatro trabalhadores da estação de rádio correram para ajudar os que estavam a bordo da aeronave, assim como doze moradores de Ruysselede. Pelo menos um passageiro sobreviveu ao acidente. Houve uma explosão e os destroços da aeronave foram queimados. Todos os socorristas sofreram queimaduras.

Todos os dez passageiros e tripulantes da aeronave morreram. Quatro socorristas sofreram queimaduras.

O acidente foi investigado pelas autoridades belgas. O British Accidents Investigation Branch enviou um representante para auxiliar na investigação.

Os familiares de uma das vítimas elogiaram a bravura de um dos socorristas e pressionaram para que ele fosse recompensado por sua coragem. O Rei Albert I concedeu a Camille van Hove a Civic Cross (1ª Classe) por seus esforços na tentativa de resgatar as vítimas do acidente. O Sr. van Hove sofreu queimaduras graves e ainda estava no hospital em Bruges no momento em que o prêmio foi notificado. Nove outros socorristas receberam recompensas em dinheiro.


Por Jorge Tadeu (com Wikipedia, ASN e baaa-acro)

Hoje na História: 30 de dezembro de 1947 - Primeiro voo do protótipo do MiG-15

Em 30 de dezembro de 1947, o piloto de testes do OKB Mikoyan, Capitão Viktor Nikolaevich Yuganov, fez o primeiro voo do protótipo Mikoyan e Gurevich I-310. Esse protótipo se tornaria o lendário caça MiG-15.

O protótipo S01 de Mikoyan e Gurevich I-310
O S01 era um protótipo monomotor e monomotor para um interceptador de caça projetado para atacar bombardeiros pesados. A intenção era atingir a faixa de alta velocidade subsônica. As bordas de ataque das asas e superfícies da cauda foram varridas para 35°. As asas receberam 2° anédrico.

O protótipo foi armado com um canhão Nudelman N-37 37 mm e dois canhões Nudelman-Rikhter NR-23 23 mm.

O primeiro MiG 15 de produção (foto acima) voou em 31 de dezembro de 1948, um ano e um dia após o protótipo. Mais de 18.000 foram construídos.

O Mikoyan-Gurevich MiG-15 (em russo: Микоян и Гуревич МиГ-15) (código NATO "Fagot") é um avião de caça desenvolvido pela antiga União Soviética por Artem Mikoyan e Mikhail Gurevich. 

O MiG-15 foi um dos primeiros caças a jato com asas em ângulo (flecha) bem sucedido, alcançando fama nos céus da península Coreana, onde o seu desempenho ultrapassou todos os caças norte-americanos antes da chegada do F-86 Sabre.

Um MiG-15 da Força Aérea da Polônia
O MiG-15 também serviu como ponto de partida para o desenvolvimento do MiG-17, mais avançado, que se oporia aos caças norte-americanos na Guerra do Vietnam na década seguinte.

Pode-se afirmar que o MiG-15 foi o caça a jato construído em maior número, com cerca de 12.000 unidades fabricadas, sem contar as unidades construídas sob licença, fora da União Soviética, as quais poderão aumentar os valores para 18.000 unidades.

O MiG-15 continuou seu serviço até meados dos anos 1990 nos países aliados à Rússia. Atualmente é usado como avião de treinamento de pilotos.

Avião presidencial foi visto decolando de Brasília nesta quinta, mas voltou após 48 minutos de voo


O Airbus A319 ACJ de matrícula FAB-2101, da Força Aérea Brasileira, foi visto em voo nesta quinta-feira, 29 de dezembro. A aeronave decolou no início da tarde e seguiu no rumo sudoeste. Após duas órbitas sobre a região de Palmital de Minas e Unaí, na divisa entre Goiás e Minas Gerais, os pilotos retornaram ao aeroporto de origem, onde pousaram 48 minutos depois de haverem partido.

Ainda não há informações sobre o motivo do voo, mas o padrão da operação se assemelha aos voos de testes, normalmente realizados após manutenções de rotina ou como parte da preparação para viagens oficiais. Lembrando que esta aeronave, que tem configuração VIP, é normalmente usada pelo Presidente da República em suas viagens oficiais.

Existe a expectativa, levantada pela imprensa brasileira, de que o presidente Jair Bolsonaro embarcará antes do final do ano rumo aos Estados Unidos, onde passaria a virada do ano e, portanto, não participaria da posse do presidente eleito Luís Inácio Lula da Silva, marcada para o dia 1 de janeiro de 2023.


Segundo dados da plataforma de rastreamento de voos Radarbox, a aeronave decolou às 12h10 desta quinta-feira, pousando novamente em Brasília por volta das 13h. Vide acima todo o roteiro do voo.

Após duas tentativas de pouso mal sucedidas, na terceira avião sai da pista na Coreia do Sul

 O aplicativo 'Flight Radar 24' mostra que a aeronave da Hi Air pousou na pista do
Aeroporto Internacional de Jeju no dia 22, saiu da pista e depois voltou
O avião ATR-72-212A, prefixo HL5244, da empresa Hi Air, realizando o voo 4H-1333 de Ulsan para Jeju, na Coréia do Sul, com 26 passageiros e 4 tripulantes, havia dado duas voltas em Jeju devido às condições climáticas (ventos fortes) e realizou uma terceira aproximação para pousar na pista 25 às 11:22L (02:22Z), no entanto, desviou temporariamente da pista e passou por solo macio antes que a tripulação pudesse dirigir a aeronave para o eixo da pista e taxiar o aeronave para o pátio.

Em 26 de dezembro de 2022, o Ministério dos Transportes da Coreia do Sul informou que a aeronave partiu de Ulsan às 09h30, programada para chegar às 10h30. Devido às duas aproximações perdidas devido a ventos fortes, a aeronave pousou às 11:22L, passou por cima da grama, mas conseguiu retornar à pista. A ARAIB da Coreia do Sul abriu uma investigação sobre a ocorrência.

A aeronave conseguiu regressar a Seul Gimpo por volta das 20h20. O Ministério também informou que a aeronave voou para Jeju no dia seguinte (23 de dezembro) novamente pousando na pista secundária 19/01 vindo do Aeroporto Gimpo de Seul.

A Hi Air opera atualmente três ATR-72-212A: HL5243 (esquema de pintura azul), HL5244 (esquema de pintura rosa) e HL5245 (esquema de pintura verde).

Via The Aviation Herald e oheadline.com

Avião sai da pista no Aeroporto Regional de Southwest Wyoming (EUA)


Um avião transportando 47 passageiros quase deslizou para fora da pista no Southwest Wyoming Regional Airport na noite de terça-feira (27) depois de encontrar condições de gelo.

O Departamento de Polícia de Rock Springs relata que por volta das 21h40 os policiais foram ao aeroporto para ajudar no quase deslizamento.

Um voo da SkyWest Airlines que estava com capacidade total de passageiros junto com sua tripulação estava no avião no momento do incidente.


O avião comercial de passageiros Canadair CRJ-200, prefixo N958SW, da Skywest Canadair, operado para a United Airlines, vindo de Denver, estava tentando pousar no Aeroporto Regional de Southwest Wyoming, quando acabou deslizando e saindo da pista.
 
Nenhum ferimento foi relatado” e os ônibus do Distrito Escolar nº 1 do Condado de Sweetwater ajudaram no transporte de passageiros do avião para um local seguro.

O diretor do Southwest Wyoming Regional Airport, Devon Brubaker, disse que parece não haver danos à aeronave, que era um CRJ-200. A causa está sob investigação da Federal Aviation Administration e do National Transportation Safety Board.

Via Sweetwaternow e JADEC

Avião da Lufthansa faz pouso de emergência após incêndio em bateria de laptop

Dois comissários receberam cuidados médicos por inalação de fumaça. Voo que ia de Los Angeles para Frankfurt foi desviado para Chicago.


Um voo da Lufthansa de Los Angeles para Frankfurt, na Alemanha, fez um pouso não programado no Aeroporto Internacional O'Hare de Chicago depois que o laptop pegou fogo na cabine de passageiros, informou a companhia aérea.

Após o pouso, dois comissários foram hospitalizados, sem gravidade. O acidente foi causado pelo superaquecimento na bateria de lítio do dispositivo eletrônico. O fogo já estava extinto quando o avião fez um pouso seguro.

Nenhum dos passageiros ficou ferido, mas dois comissários de bordo foram tratados por inalação de fumaça após o “pouso não programado” na noite de segunda-feira (26), disse a Lufthansa por meio de um comunicado.

Ainda de acordo com a companhia aérea, sua equipe de terra auxiliou os passageiros a remarcar os voos para seus destinos finais e disse que “lamenta o inconveniente causado aos passageiros”.


O avião envolvido no acidente é um Boeing 747-8, matrícula D-ABYJ, da Lufthansa, que realizava o voo LH-457 de Los Angeles, na Califórnia, para Frankfurt, na Alemanha. A aeronave estava no nível FL350 quando a tripulação decidiu desviar para Chicago. O "Jumbo" pousou com segurança na pista 28C de O'Hare cerca de 55 minutos após a constatação da ocorrência.

A aeronave permaneceu no solo por cerca de 4 horas e depois partiu como voo LH-9925 para Frankfurt, segundo reporta o Aviation Herald.

É comum que funcionários do check-in perguntem aos passageiros no ato do embarque se estão de posse de dispositivos como laptops com baterias de litio justamente para evitar casos semelhantes. Ao realizar checkin eletrônico, o passageiro também tem a opção de comunicar à companhia o eventual trânsito desse tipo de dispositivo.

Via Luiz Fara Monteiro (R7) e ABC7

Avião que saiu de SP para Espanha pousa no Recife após passageiro misturar remédio controlado com bebida alcoólica

Policiais federais entraram na aeronave para retirar jovem de 21 anos, que saiu algemado do local. Avião saiu de Guarulhos com destino a Madri, mas teve a rota desviada por causa do ocorrido.

Aeroporto Internacional do Recife em foto de arquivo (Foto: Katherine Coutinho/g1)
Um avião que fazia um voo internacional pousou no Aeroporto do Recife para que um passageiro de 21 anos desembarcasse após ele ser imobilizado pela tripulação e colocado na área da aeronave onde são armazenadas comidas. O jovem confessou que misturou remédio controlado com bebida alcoólica, segundo a Polícia Federal (PF).

Ele foi retirado do avião que saiu do Aeroporto de Guarulhos (SP) com destino a Madri, na Espanha, depois de ser almejado por policiais federais. Ele estava "totalmente descontrolado e aparentava estar com algum tipo de problemas psicológicos, colocando em risco a integridade física dos passageiros", declarou a PF em nota.

Esse caso aconteceu na noite da quarta-feira (28) e foi divulgado pela PF na manhã desta quinta-feira (29). O rapaz é um estudante natural de Londrina, no Paraná, mas que mora na cidade de Assis, em São Paulo.

Ainda segundo a PF, os tripulantes da companhia aérea colocaram o jovem no galley da aeronave, compartimento do avião onde ficam armazenadas as comidas e bebidas que serão servidas durante o voo.

A Polícia Federal também informou que foi acionada pelo Centro de Gerenciamento Aeroportuário, após o avião alterar a rota para pousar no Recife. Por volta das 18h, os policiais entraram na aeronave para retirar o passageiro.

Na sala da PF no aeroporto, o rapaz recebeu atendimento de médicos de plantão do terminal aeroviário e de uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O nome do passageiro não foi divulgado.

"Passado algum tempo e mais calmo, [o passageiro] informou que havia tomado medicação controlada (Zolpidem) e ingerido pequena quantidade de bebida alcoólica ao mesmo tempo", afirmou a PF, em nota.

Como não tinha antecedentes criminais, o jovem foi liberado após receber alta médica e se comunicar com a família. Ele pode responder pelo artigo do Código Penal que condena quem expõe aeronave a perigo. A pena varia de dois a cinco anos de prisão.

Via g1

Assista às ações em Congonhas após passageiro passar mal no avião prestes a decolar

Cena do vídeo apresentado abaixo (Imagem: canal Golf Oscar Romeo)
As ações decorrentes de uma situação imprevista, quando um voo estava prestes a decolar do Aeroporto de Congonhas, na capital paulista, foram gravadas ao vivo nessa semana, conforme o vídeo abaixo, quando o canal “Golf Oscar Romeo” promovia uma live no YouTube.

As cenas mostradas a seguir foram captadas no meio da tarde da terça-feira, 27 de dezembro, permitindo a interessante experiência de ouvir as comunicações entre piloto e controlador de tráfego aéreo e assistir à movimentação da aeronave no momento da situação.


Como visto na gravação apresentada no player acima, o voo era o LA-3164, da Latam, feito pelo Airbus A320 de matrícula PR-MHU, e as comunicações já são ouvidas logo nos primeiros segundos das cenas.

O jato estava ao lado da cabeceira por volta das 16h20, prestes a decolar, quando o piloto informou ao controlador de tráfego aéreo da Torre de Congonhas que precisaria retornar ao pátio, pois recebeu o aviso de que um passageiro estava passando mal e precisava de atendimento médico.

Diante da ocasião, o controlador orientou que os pilotos entrassem na pista para taxiar até a saída para a taxiway Índia, o que eles fizeram com agilidade, porém, acabaram passando reto dessa saída e livrando na próxima, para a taxiway Hotel.

O controlador logo solicitou que o Airbus A320 saísse da pista, pois outra aeronave já fazia a aproximação para pouso. Os pilotos pediram desculpas, informando que o engano ocorreu porque estavam tentando contato com o apoio da companhia para o atendimento ao passageiro, ao que o controlador respondeu que não havia problema.

Na sequência da gravação, a aeronave vai até o pátio e, logo depois, uma ambulância se aproxima para o atendimento ao passageiro, que é visto desembarcando e sendo levado até o veículo.

O Airbus A320 voltou à pista para a decolagem cerca de uma hora após ter retornado ao pátio e prosseguiu no voo LA-3164, com destino a Salvador.

Pelé, Rei do Futebol. Descanse em paz!

Pelé brincou de pilotar uma aeronave durante excursão do Santos Futebol Clube 
a países da África em 1969 (Fotos: Arquivo A Tribuna)

Homem reforma e mora em avião que comprou em sucata por $ 100 mil. “Não tenho arrependimentos”


No início dos anos 1970, Bruce Campbell, um engenheiro elétrico de Hillsboro, um subúrbio de Portland, Oregon, sonhava em morar em um avião. Esse sonho começou quando ele tinha apenas 15 anos e viu um cemitério de aviões na televisão.

Determinado a transformar seu sonho em realidade, Campbell decidiu encontrar uma aeronave adequada para converter em uma casa.

Após meses de busca, a empresa de salvamento finalmente encontrou um Boeing 727 de 200 passageiros para Campbell. Este avião em particular tinha uma história interessante, pois foi usado para transportar os restos mortais de Aristóteles Onassis, o falecido magnata greco-argentino da navegação, em 1975.

Onassis era casado com a ex-primeira-dama Jacqueline Kennedy Onassis na época de sua morte. Campbell pagou US$ 100.000 pelo avião, que voou da Grécia para o Oregon para que pudesse ser preparado para ele assumir a propriedade.


Assim que o avião ficou pronto, foi rebocado pelas ruas do centro de Hillsboro até as terras de Campbell, um processo que envolveu a remoção dos motores e outros elementos que impediriam o avião de voar novamente. No total, o processo custou a Campbell $ 120.000.

Depois que o avião estava em suas terras, o homem começou a trabalhar para convertê-lo em uma casa. Ele gastou cerca de US$ 15.000 e dois anos fazendo as reformas necessárias, que incluíram a adição de um chuveiro improvisado, uma pia temporária, uma máquina de lavar portátil, uma geladeira e um carrinho de serviço de alimentação de outro avião que servia como sua despensa. No lugar do fogão, Campbell tinha um micro-ondas e uma torradeira, que quase não usava por ser “nerd” e cozinhar pouco.

Além dessas comodidades básicas, Campbell também tinha um sofá que funcionava como área de dormir e uma bancada de trabalho. Suas despesas mensais para morar no avião eram de US$ 370, incluindo US$ 220 por mês em impostos sobre a propriedade e entre U$ 100 e US$ 250 por mês em eletricidade.


Agora, Campbell passa seu tempo restaurando sistemas de computador antigos e consertando diferentes sistemas elétricos no avião. Ele também gosta de receber visitantes que querem conhecer sua casa única.

Ele acredita que “a humanidade abraçará” a ideia de viver em um avião e acha que todo avião a jato que se aposentar do serviço deveria ser usado como um lar.

“Não me arrependo de perseguir essa visão. Em minha experiência com meus convidados, acredito que a humanidade abraçará essa visão de todo o coração na proporção suficiente para que possamos utilizar todos os aviões que se aposentarem do serviço”, diz ele.

Além de morar em seu avião em Hillsboro, Campbell também divide seu tempo entre os Estados Unidos e o Japão e espera um dia ter um avião como casa também naquele país.

Via Lucas (Mistérios do Mundo) - Imagens: Reprodução