As principais notícias sobre aviação e espaço você acompanha aqui. Acidentes, incidentes, negócios, tecnologia, novidades, curiosidades, fotos, vídeos e assuntos relacionados.
Visite o site Desastres Aéreos, o maior banco de dados de acidentes e incidentes aéreos do Brasil.
Mito ou Realidade? O caso do voo 914 da Pan Am serviu de inspiração para a Netflix.
A viagem no tempo é recorrente em filmes de ficção científica, mas há uma história muito pouco conhecida e que envolve um mistério muito grande. Um avião, que partiu de Nova Iorque com destino a Miami, pousou 37 anos depois em Caracas, na Venezuela. A viagem, que deveria durar 3 horas, nunca chegou ao destino.
O início do mistério
Essa história começou em 1955, quando o voo 914 da Pan American World Airways, que se dirigia à cidade do sol, desapareceu misteriosamente sem deixar rastros. Para surpresa de todos, 37 anos depois de desaparecer da face da terra, segundo a agência AFP, foi capturado em 1992 na Venezuela por um controlador de voo chamado Juan de la Corte, quando o homem iniciou uma breve conversa com o piloto e depois ele, junto com a aeronave, desapareceu novamente.
A lenda do voo Pan American 914 deu a volta ao mundo e tornou-se visível com a série Manifesto da Netflix. A ficção, em parte, foi inspirada no desaparecimento do referido avião. Mito ou Realidade?
A lenda do voo 914
2 de junho de 1955
O voo 914 da Pan Am decolou do aeroporto John F. Kennedy com destino a Miami. Com 57 passageiros e 4 tripulantes a bordo, o avião não teve problemas e, com bom tempo no ar, estava previsto para chegar ao destino em aproximadamente 3 horas. Tudo estava indo relativamente bem, mas depois de um tempo o sinal da aeronave desapareceu. Parecia apenas mais um acidente de avião, e o lógico era pensar que ele havia caído em algum lugar do Oceano Atlântico.
As buscas
As autoridades dos Estados Unidos procuraram durante meses os restos mortais ou qualquer vestígio do avião, sem sorte. As famílias das 61 pessoas a bordo foram notificadas da pior notícia e receberam uma compensação financeira da companhia aérea, segundo o Medio Daily Dot.
Avião avistado
Mas em Setembro de 1992, um controlador de tráfego aéreo venezuelano chamado Juan de la Corte notou que um avião tinha aparecido no radar do nada, sem qualquer explicação. O homem achou que era um erro. Depois de um tempo, ele avistou o navio de perto e à medida que ficou mais visível percebeu que se tratava de um McDonnell Douglas DS4 com hélices. Tudo parecia muito estranho, já que se tratava de um sistema de voo muito antigo.
As diferentes versões do controlador Juan de la Corte
Acharam que foi um erro do capitão e – imediatamente – a torre de controle liberou a pista para o avião pousar, o avião que não teve problemas em tocar solo venezuelano.
Segundo o Weekly World News, Juan disse ao piloto: "Você sabe que hoje é 21 de maio de 1992", mas o capitão da aeronave reagiu muito mal e sem esperar autorização conduziu o avião até a pista, pousou e minutos depois decolou. .e desapareceu do radar, nunca foram encontrados vestígios daquele avião e até hoje ninguém consegue explicar o que aconteceu naquela manhã no aeroporto de Caracas.
O Weekly World News republicou esta história pelo menos mais duas vezes, uma vez em 1993 e novamente em 1999. Curiosamente, a publicação usou duas fotografias diferentes de dois homens diferentes, como se mostrassem a “testemunha ocular” do controlador de tráfego aéreo Juan de la Corte
Inspiração para séries de ficção
Os fãs da série de TV de ficção científica "Twilight Zone" podem ter experimentado algum déjà vu ao ler esta história. Embora a história fictícia do voo 914 da Pan Am tenha se originado no tablóide Weekly World News, ela lembra um episódio de 1961 do programa de ficção científica intitulado "The Odyssey Of Flight 33" (veja trecho abaixo).
A ficção "Manifesto" é centrada na história de alguns passageiros e uma tripulação do voo 828 da Montero Air, num voo da Jamaica para Nova Iorque, que depois de passarem pouco mais de três horas viajando no avião, descobrem ao aterrissar que estão desaparecidos há mais de cinco anos. O mundo havia desistido de procurá-los depois de muito tempo desaparecidos.
Os personagens desta história terão uma segunda chance e tentarão reconstruir suas vidas enquanto são vigiados pelo Governo. No entanto, à medida que esclarecem as suas novas realidades, um mistério mais profundo se desenrola, o que pode significar algo maior do que podem imaginar (veja trailer abaixo).
Desde então até hoje, a fuga continua sendo um enigma, cheio de teorias. A verdade é que a lenda do voo 914 voltou à tona graças à série e é, sem dúvida, um dos maiores mistérios não resolvidos. Ou uma grande farsa?
Você sabia que helicópteros podem alcançar altitudes surpreendentes, mas enfrentam desafios para chegar tão alto quanto os aviões? Neste vídeo, explico em detalhes por que os helicópteros voam mais baixo, abordando fatores como limitações aerodinâmicas, peso e potência dos motores.
Além disso, trazemos histórias incríveis dos recordes mundiais de altitude que marcaram a aviação, incluindo o icônico Cessna Skyhook, o Aérospatiale Lama e o pouso histórico no topo do Monte Everest.
Descubra como a engenharia e a habilidade de pilotos ousados desafiaram os limites para fazer história no mundo das asas rotativas!
Uma falha mecânica pode ser a causa mais provável da queda de um avião de pequeno porte em uma avenida de São Paulo , disse o perito aeronáutico e o forense Daniel Kalazans em entrevista ao UOL News nesta sexta (7).
O avião caiu por volta das 7h20 na avenida Marquês de São Vicente, na zona oeste de São Paulo. A aeronave caiu pouco depois de decolar do aeroporto do Campo de Marte. Na queda, ela bateu na traseira de um ônibus. Duas pessoas morreram e seis sofreram ferimentos leves.
"Falarei como motorista e piloto. Operei muito no Campo de Marte, que tem uma área muito complicada após a decolagem. Tudo indica que foi uma falha técnica, mecânica. Entendendo que ele [o piloto] tenha buscado o retorno. A melhor opção seria voltar para o próprio Campo de Marte e provavelmente isso não foi possível."
"O local de pouso naquela região é muito difícil. Entendemos que o piloto buscou a melhor opção, que foi tentar um pouso forçado na avenida [Marquês de São Vicente]. Mesmo assim, temos complicações. Em uma avenida, há postes, árvores, fios de alta tensão... Dificilmente ele lograria êxito.", disse Daniel Kalazans, perito aeronáutico e forense.
Para Kalazans, a prevenção de acidentes deixou de ser uma questão fundamental na aeronáutica. O especialista cobrou uma mudança urgente e punições para quem conivente com a irresponsabilidade.
"Não tenho a menor dúvida de que estamos vendendo hoje as consequências de um gatilho armado lá atrás. Existe uma mentalidade de irresponsabilidade na aviação na formação, manutenção e operação. Isso precisa ser revisado o mais urgente possível."
"Está tendo muita irresponsabilidade na comunidade aeronáutica. A prevenção de acidentes saiu dela e passou para a Justiça e para o Ministério Público. Um dos princípios da filosofia da segurança de voo é não haver proteção, mas isso já ultrapassou os limites."
"Enquanto tivermos essa mentalidade, continuaremos tendo acidente. Não teremos mudanças de resultado se não houver mudança de conduta.", declarou Daniel Kalazans, perito aeronáutico e forense.
"Para nós, constam duas vítimas. Uma com certeza é o piloto. Estamos no aguardo da confirmação [da identidade] da segunda vítima pela perícia, já que envolve familiares e amigos. Com certeza passaremos essa informação assim que houver a confirmação total por parte da perícia no local."
"Inicialmente, quando o Corpo de Bombeiros chegou ao local, rapidamente se recebeu que havia dois corpos carbonizados. Após esse primeiro momento, em contato com pessoas no local, o princípio foram identificados mais duas vítimas: um motoqueiro que estava passando pelo local e foi atingido e uma senhora que estava no interior do ônibus."
"Com o decorrer da ocorrência, foram identificadas as mais quatro vítimas, todos os níveis, inclusive o motorista do ônibus, que foi atendido pelas equipes. No total, foram oito pessoas: dois óbitos e mais seis vítimas, que foram socorridas tanto pelo Corpo de Bombeiros como pelo Samu para hospitais da região.", disse Olívia Perrone, tenente do Corpo de Bombeiros.
Aeronave de pequeno porte caiu na zona Oeste de São Paulo; ao menos duas mortes foram confirmadas.
Um acidente aéreo ocorreu na manhã desta sexta-feira (7) na zona Oeste de São Paulo, resultando em dois mortos e seis feridos. O avião de pequeno porte caiu na Avenida Marques de São Vicente, na Barra Funda, e atingiu um ônibus e causando uma explosão.
O King Air bimotor decolou do Aeroporto Campo de Marte pela manhã e a torre de controle perdeu contato com ela às 7h16, minutos após a decolagem.
Segundo informações preliminares, ao menos dois corpos carbonizados foram encontrados nos destroços da aeronave.
As equipes de resgate trabalham no local para retirar as vítimas e investigar as circunstâncias do acidente.
PM: Cinco vítimas foram socorridas no ponto de ônibus após queda de avião
De acordo com informações fornecidas pelo tenente Jefferson de Souza, da Polícia Militar, à CNN, as vítimas foram socorridas em um ponto de ônibus após a queda de uma aeronave na região.
O acidente, cujas circunstâncias ainda estão sendo investigadas, resultou em uma série de eventos que afetaram não apenas os ocupantes da aeronave, mas também veículos nas proximidades.
O impacto da queda não se limitou apenas à aeronave. Um ônibus que estava parado no ponto, aguardando a entrada de passageiros, também foi atingido por destroços. Como consequência, um incêndio se iniciou, consumindo aproximadamente metade do veículo.
As autoridades ainda não divulgaram informações sobre o estado de saúde das vítimas socorridas no ponto de ônibus, mas o tenente Jefferson de Souza indicou que, até o momento, os ferimentos eram considerados leves.
Dois corpos foram encontrados carbonizados dentro do avião. Testemunhas disseram que aeronave tentou pousar na avenida e atingiu um ônibus.
O avião de pequeno porte Beechcraft F90 King Air, prefixo PS-FEM, da empesa Maxima Inteligência Operações Estruturadas e Emp., caiu por volta das 7h20 desta sexta-feira (7) em uma das mais movimentadas avenidas da Barra Funda, na Zona Oeste de São Paulo. Ao tentar pousar no local, ele atingiu um ônibus e houve uma explosão. Um empresário gaúcho e o piloto do avião morreram. Outras sete foram socorridas em solo.
O acidente aconteceu na Avenida Marquês de São Vicente, na altura do número 1.874, que está interditada. A CET reforça a necessidade de as pessoas evitarem circular pela região.
Segundo o Corpo de Bombeiros, foram encontrados dois corpos carbonizados dentro da aeronave.
Entre os feridos, há um motociclista que passava na via foi atingido por um destroço do avião e uma senhora que estava no ônibus. Outras cinco pessoas foram socorridas e levadas para hospitais da região, incluindo o motorista do ônibus, que foi atendido com uma crise de ansiedade.
O modelo do avião é um King Air F90, que tem capacidade para oito pessoas. Os bombeiros informaram que apenas duas pessoas estavam na aeronave.
Explosão na hora do acidente
A aeronave saiu do Campo de Marte por volta das 7h15 e tinha como destino a cidade Porto Alegre. Segundo testemunhas, o avião tentou fazer um pouso de emergência na pista da avenida, mas não conseguiu.
A aeronave momentos antes do acidente
Na queda, a aeronave atingiu um ônibus e foi ouvida uma explosão. Uma grande nuvem de fumaça preta pôde ser vista à distância pela cidade. (Veja vídeo aqui).
Aeronave caiu por volta das 7h20, na altura do condomínio Jardim das Perdizes, depois de sair do Campo de Marte, na esquina com a av, Pompeia. Ela arrancou árvores, placas de trânsito e bateu na traseira de um ônibus, que estava parado para embarque e desembarque de passageiros, na Praça José Vieira de Carvalho Mesquita. O veículo da linha 8500 Terminal Pirituba-Barra Funda estava a 5 km do aeroporto.
Ônibus atingido por aeronave pega fogo na Av. Marquês de São Vicente, em SP
Uma testemunha que estava no local na hora contou que, antes da queda, viu o avião bater no que encontrou pela frente. "Ele pegou na árvore, pegou na placa e começou a despejar querosene", afirmou o engenheiro João Lucas da Silva Amaral. "Na hora que bateu no chão, ele explodiu e corremos".
Na hora da batida, formou-se uma bola de fogo, segundo Genival Dantas Arraes, que também passava na região.
Local de queda de avião na Avenida Marques de São Vicente, Zona Oeste de São Paulo (Foto: Reprodução/Redes Sociais)
"Eu ia pegar o acesso para a avenida Sumaré e pegar o retorno. De repente, desceu pela avenida o avião e só vi tudo voando e a bola de fogo. Explodiu na hora. Todo mundo ficou paralisado. O avião foi arrancando palmeiras e placas. Passou muito rápido", contou.
O personal trainer Adriano Rolim disse que chegou a ver a aeronave perdendo altitude. "O piloto tentou pousar na Marques de São Vicente, foram muitos carros desviando, felizmente. Mas o avião bateu na traseira do ônibus e acabou explodindo. O impacto foi muito grande, muito assustador", afirmou.
O motorista do ônibus passa bem, mas foi socorrido porque está em estado de choque. Um motociclista foi atendido após ter se assustado e atingido uma placa de trânsito. Uma idosa bateu a cabeça dentro do ônibus e fez um corte. Outras três pessoas no ponto ou dentro do ônibus também ficaram feridas, disse Kléber Vitor Santos, médico do corpo de Bombeiros.
"O ônibus foi para frente e brecou [quando o avião bateu], então esse foi o impacto. Não foram as peças do avião que atingiram [essas vítimas]. Elas tiveram ferimentos leves, que não causam risco à vida neste momento".
Uma mulher que estava no ônibus disse só percebeu a queda após a batida. A auxiliar operacional Yasmin Dias, 20, estava sentada. "Quando o avião estava caindo, ninguém viu nada", relatou. "Quando caiu no chão, exatamente atrás do nosso ônibus, o impacto foi muito forte, então o ônibus foi para frente com tudo. O motorista ainda freou para entender o que estava acontecendo, porque ninguém sabia até então que era um avião."
(Imagem: Oslaim Brito/Thenews2/Folhapress)
"O motorista achou que era uma placa que tinha caído ou um carro que tivesse batido, mas só quando saímos que vimos que era um avião. A gente só começou a se desesperar quando teve o impacto e o ônibus parou, a gente olhou para trás e viu o fogo do avião. Aí foi que começou mesmo o desespero das pessoas, achando que o ônibus estava pegando fogo. Todo mundo começou a gritar 'abre a porta', só que que tinha uma grade do lado e não dava para abrir a porta", disse Yasmin Dias.
Piloto Gustavo Medeiros e o dono da aeronave, Márcio Carpena (Foto: Reprodução/Redes sociais)
O advogado gaúcho Márcio Louzada Carpena morreu na queda de um avião de pequeno porte na zona oeste de São Paulo, na manhã desta sexta-feira (7). A segunda vítima é o piloto da aeronave, Gustavo Medeiros.
Sócio de um escritório de advocacia e professor de direito. Márcio Louzada Carpena era professor da Escola de Direito da PUC-RS (Pontifícia Católica do Rio Grande do Sul) e sócio do Carpena Advogados Associados, escritório de advocacia fundado em 1980 na capital gaúcha. O empresário é bacharel em ciências jurídicas e sociais e mestre em direito processual civil pela PUC-RS.
Aeronave que caiu era do advogado. O avião está registrado em nome da empresa Máxima Inteligência Operações Estruturadas e Empreendimentos Ltda. Um dos sócios da empresa era Carpena. O avião tinha capacidade para transportar até oito pessoas, incluindo o piloto, e não tinha autorização para fazer táxi aéreo, segundo o sistema da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). A aeronavegabilidade (estado de segurança da aeronave), porém, estava em situação normal.
Avião que caiu na Barra Funda foi fabricado em 1981 e tinha capacidade para 8 pessoas
O avião de pequeno porte que caiu em uma avenida na Barra Funda, em São Paulo, foi fabricado em 1981 e tinha capacidade para 8 pessoas. Há ao menos dois mortos e dois feridos.
A queda aconteceu por volta das 7h20 desta sexta-feira (7) na Avenida Marquês de São Vicente, na altura do número 1.874, que está interditada. A via é uma das mais movimentadas do bairro, que fica na Zona Oeste de São Paulo.
Ao tentar pousar no local, o avião atingiu um ônibus e houve uma explosão. Duas pessoas que estavam no avião morreram. Outras pessoas ficaram feridas e foram socorridas em solo.
A aeronave é um modelo King Air F90 que tem 4,6 metros de altura e 12,1 metros comprimento. O peso máximo de decolagem é de 4.967 kg e a velocidade máxima a que a F90 pode checar é de 463 km/h.
Causa da queda será investigada
(Imagem: FlightRadar24 via Aeroin)
A polícia vai investigar as causas e eventuais responsabilidades pela queda da aeronave. A Aeronáutica também vai apurar as causas do acidente.
O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, postou em uma rede social que várias equipes foram atender a ocorrência da queda do avião: "Nossas equipes estão empenhadas na ocorrência da queda de um avião bimotor na Av. Marquês de São Vicente, em São Paulo. O Corpo de Bombeiros fez o controle das chamas. Equipes da Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Técnico-Científica também apoiam a ocorrência."
Aeronave que caiu em São Paulo partiu do Campo de Marte (identificado no mapa como RTE) e caiu na avenida Marquês de São Vicente, na zona oeste (identificado no mapa com SJDD) (Imagem: Reprodução/FlightAware)
O acidente da Manaus Aerotáxi ocorreu no estado do Amazonas, em 7 de fevereiro de 2009, quando um turboélice Embraer EMB-110P1 Bandeirante, operando como um voo de táxi aéreo de Coari a Manaus, caiu no Rio Manacapuru, cerca de 80 quilômetros a sudoeste de seu destino, matando os dois tripulantes e 22 dos 26 passageiros a bordo.
Acidente
O bimotor Embraer EMB-110P1 Bandeirante, prefixo PT-SEA, da Manaus Aerotáxi (foto acima), com número de série 110352, transportava vinte e oito pessoas, embora fosse certificado para apenas vinte e uma. Estavam a bordo 26 passageiros e dois tripulantes.
A aeronave decolou do Aeroporto Municipal Danilson Cirino Aires da Silva, em Coari, município amazonense localizado a 363 Km da capital, em direção ao Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus.
Pouco antes do acidente, o piloto teria tentado voltar para Coari devido a fortes chuvas, mas teve que fazer um pouso de emergência no rio Manacapuru, um afluente do Rio Amazonas, localizado entre Santo Antonio e Montecristo.
O avião, então, mergulhou no rio em um ponto a cerca de 500 metros de uma pista abandonada, e a 20 minutos de seu destino pretendido, Manaus, e submergiu a uma profundidade de cinco a sete metros.
Das 28 pessoas a bordo, 24 morreram no acidente. Os quatro sobreviventes (três adultos e uma criança de nove anos), estavam sentados na parte traseira do avião e conseguiram abrir uma saída de emergência e chegar à superfície, sem ferimentos graves, e nadar com segurança até a costa.
Brenda Dias Morais, 21, Eric Evangelista da Costa Pessoa, 23, Yan da Costa Liberal, 9, e Ana Lúcia Reis Láurea, 43, foram encaminhados para o hospital Lázaro Reis, em Manacapuru.
Segundo Marcelo Alves Cabral, diretor do Hospital Regional de Manacapuru, onde os sobreviventes foram atendidos, todos passam bem. "Eles tiveram apenas escoriações e estavam muito nervosos, mas conversando bem, não estavam em estado de choque. O Érick teve um corte mais profundo nas costas, mas todos foram medicados e já liberados", afirmou Cabral.
"Eles me contaram que ouviram quando um dos motores parou e a aeronave perdeu altitude, teria batido em alguma coisa e depois entrou de bico na água. Como eles estariam no fundo do avião, conseguiram se salvar saindo pela porta de emergência", contou Cabral.
Programada para ser uma grande festa, com a presença de toda família e amigos, o aniversário do empresário Omar de Melo Júnior, o "Omarzinho", acabou em tragédia com a morte de 20 familiares que estavam entre os 28 passageiros do avião da Manaus Aerotaxi, que caiu na tarde de sábado, no rio Manacapuru, na localidade denominada Boca de Santo Antônio (a 20 quilômetros acima de Manacapuru).
De uma família de 11 irmãos, cinco morreram no acidente - Mercicleide Oliveira Melo conhecida como "Cristina", Hosana, Jonas, Daniel, Merciclei, todos de souza Melo, além de Janete Melo dos Santos a "Neca".
Mas a tragédia estendeu-se sobre a família central: os Melo, como se seguisse seus descendentes. Mercicleide morreu junto das filhas menores: Camile e Maria Eduarda; Hosana com o filho Anads Júnior, Daniel estava com a mulher Thamara e o filho Daniel Júnior, Janete com o marido Adalto Santos, os filhos Emanuel e Júlia, além do neto Laio; Merciclei estava com o marido Evandro Costa e o filho Emanuel, de apenas sete meses de idade. O cunhado de Evandro, João Liberal, também estava no vôo e morreu com as filhas Stephanie e Natália. Yan e Erick, conseguiram sobreviver. Jonas Melo, outro irmão de Omarzinho, também morreu no acidente.
Resgate
Quase quarenta equipes de resgate, incluindo nove mergulhadores e oficiais da defesa civil, passaram a noite procurando sobreviventes na selva.
As equipes de resgate foram capazes de recuperar todos os vinte e quatro corpos; todas as mortes foram atribuídas a afogamento. As vítimas foram quinze passageiros adultos, sete crianças e os dois tripulantes.
O avião estava lotado com membros de uma família a caminho de Manaus para comemorar o aniversário de um parente. Quinze das vítimas fatais e dois sobreviventes pertenciam a esta família.
Paulo Roberto Pereira, porta-voz da companhia charter envolvida, inicialmente relatou erroneamente o número de pessoas a bordo, dizendo que havia vinte e dois passageiros e dois tripulantes a bordo, mas posteriormente aumentou esse número para vinte e seis passageiros e dois membros da tripulação. Mais tarde, ele confirmou o envolvimento de oito crianças pequenas, das quais uma sobreviveu.
Cerca de 20 mil pessoas acompanharam o enterro de 22 das 24 vítimas do acidente, 18 delas pertenciam à mesma família. A multidão se reuniu no ginásio Geraldo Grangeiro e Natanael Brasil e seguiu em cortejo para o Cemitério Santa Terezinha, em Coari, onde foram enterradas as vítimas.
A empresa Manaus Aerotaxi, proprietária da aeronave, divulgou no início da tarde a lista com os nomes das pessoas que estavam a bordo. Confira abaixo a lista de passageiros (o grau de parentesco entre as vítimas foi passado pelo secretário da Casa Civil). A família iria participar de uma festa de aniversário de um empresário identificado apenas como Omar.
1 - Julia Caiane Melo Duarte (sobrinha de Omar)
2 - Laio Neto Melo Pinheiro (filho de Julia)
3 - Adalto Santos dos Santos (cunhado de Omar)
4 - Luis Eduardo Melo Santos (filho de Adalto)
5 - Tamara Maria da Silva (sobrinha de Omar)
6 - Hosana de Souza Melo (irmã de Omar)
7 - Anads Junior (filho de Hosana)
8 - Daniel de Souza Melo (sobrinho de Omar)
9 - Daniel de Melo (filho de Daniel)
10 - Janete Melo dos Santos (irmã de Omar)
11 - Merciclei de Souza Melo (irmã de Omar)
12 - Evandro da Costa (marido de Merciclei)
13 - Emanuel de Melo (filho de Merciclei e Evandro)
14 - Jonas de Souza Melo (irmão de Omar)
15 - Micicleide de Oliveira (irmã de Omar)
16 - Maria Eduarda Melo (filha de Micicleide)
17 - Camile Almeida Melo (filha de Micicleide)
18 - Mateus Dantas da Silva (convidado da festa)
19 - João Liberal Neto (parente distante de Omar)
20 - Erick da Costa Liberal (filho de João) - sobrevivente
21 - Natalia da Costa Liberal (filha de João)
22 - Yan da Costa Liberal (filho de João) - sobrevivente
28 - Copiloto - Danilson Cirino Ayres da Silva, 23 anos, amazonense
Investigação
Os sobreviventes relataram que viram uma das hélices do avião parar de girar antes do acidente.
O motor e os componentes do avião foram retirados do fundo do rio e levados de balsa a Manaus para averiguações dos peritos do Cenipa. A empresa proprietária do avião transportou a carcaça da aeronave para um hangar na capital amazonense, para averiguação pelo Cenipa. Após a liberação do órgão de investigação, o que restou da aeronave foi desmontado e, posteriormente mandado para reciclagem.
O Centro de Prevenção e Investigação de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) do Brasil investigou o acidente e divulgou seu relatório final em 30 de julho de 2010.
O CENIPA concluiu que a aeronave bimotor turboélice decolou com excesso de peso e seu motor esquerdo falhou durante a rota. Incapaz de manter o voo nivelado em um único motor em sua condição de excesso de peso, a aeronave caiu ao tentar executar um pouso de emergência.
Segundo o CENIPA, a aeronave decolou de Coari com 549,7 kg acima de seu peso máximo de decolagem certificado, com 28 pessoas a bordo, incluindo dois tripulantes e 26 passageiros, enquanto a aeronave foi certificada para no máximo dois tripulantes e 19 passageiros.
Havia apenas 18 assentos de passageiros instalados na aeronave, portanto, oito passageiros viajaram como “crianças de colo”, situação que o CENIPA chamou de “inconsistente com a realidade” (situação que não condizia com a realidade).
O CENIPA observou que quando o piloto em comando contatou o controle de tráfego aéreo do Centro Amazônico por rádio, ele relatou 20 pessoas a bordo, em vez das 28.
Em 7 de fevereiro de 1981, o jato Tupolev Tu-104A, prefixo CCCP-42332, da Marinha da URSS (foto abaixo), tinha programado um voo do aeroporto Pushkin, perto de Leningrado, para o aeroporto Khabarovsk Novy, um aeroporto localizado na parte oriental de Khabarovskna, em Vladivostok, ambos na antiga União Soviética.
Às 18h, horário local, o Tu-104A alinhou-se na pista 21 e iniciou sua corrida de decolagem sob a neve. A bordo estavam 44 passageiros e seis tripulantes. O voo deveria durar 8 horas e 35 minutos.
Após a rotação, a aeronave subiu além da atitude normal de decolagem e, oito segundos após a decolagem, a uma altitude acima do nível do solo de 50 m (160 pés), o Tupolev estagnou e começou a descer a direita.
A aeronave continuou a rolar para a direita até atingir o solo a 20 m (66 pés) do final da pista de partida, caindo quase invertida e pegando fogo, matando 49 das 50 pessoas a bordo, incluindo 28 militares soviéticos de alto escalão.
O tenente Valentin Zubarev, que estava na cabine, foi ejetado pelo nariz da aeronave e encontrado vivo na neve, não muito longe do local do acidente. Suas pernas, braços e coluna estavam quebrados. No caminho para o hospital, ele repetiu horrorizado a mesma frase: “Eles gritaram, gritaram tanto!”. No entanto, na entrada do hospital, o coração de Zubarev parou.
Assim, 50 pessoas morreram no desastre: 44 passageiros e 6 tripulantes. As autoridades decidiram não divulgar o incidente e proibiram os jornalistas de escrever ou falar sobre o assunto.
O acidente foi classificado como sigiloso porque, segundo uma das primeiras versões, a causa do desastre foi a sabotagem. Os oficiais de inteligência presumiram que alguém queria eliminar a Frota do Pacífico imediatamente - e foi isso que aconteceu. A bordo do Tu-104 estavam 13 almirantes, 3 generais e 12 capitães de primeira linha e coronéis da Frota do Pacífico. Entre os mortos estavam o comandante da Frota do Pacífico, almirante Emil Spiridonov, e sua esposa.
No entanto, com o tempo, esta versão teve que ser descartada: o campo de aviação militar em Pushkin era uma instalação especialmente protegida, por isso não era apenas extremamente difícil para pessoas não autorizadas chegarem lá, mas até mesmo impossível. Além disso, surgiram informações adicionais que apontaram para a verdadeira causa do acidente.
Vários erros levaram à queda do avião. Suas esposas e até filhos voaram em um avião militar sob o comando da Frota do Pacífico - isso era estritamente proibido.
Depois de analisar o peso da carga transportada, a trajetória de voo e a queda, e examinar o local do acidente, os especialistas descobriram que o motivo da inclinação acentuada do Tu-104 foi a sobrecarga. O avião estava carregado com pesados rolos de papel, móveis e televisores.
Naquela época, havia escassez na URSS, então os passageiros empreendedores queriam trazer para suas casas móveis de qualidade da capital cultural da Rússia. A comissão de inquérito sugeriu que a carga solta se deslocou para trás durante a aceleração do transatlântico, fazendo com que o navio caísse de cauda.
Além disso, os próprios passageiros não seguiram as regras básicas: vagaram pela cabine. Provavelmente, no momento da decolagem, eles se acumularam em um só lugar - na cauda, o que inclinou ainda mais o navio.
E por último, uma das circunstâncias decisivas - o Tu-104 ia para Vladivostok, a distância era longa, então os tanques de combustível estavam cheios. Ao atingir o solo, o avião pegou fogo instantaneamente, como um fósforo. Mesmo que alguém sobrevivesse à queda, praticamente não havia chance de sair da cabana em chamas.
O almirante Emil Spiridonov e sua esposa foram enterrados com a maioria das outras vítimas do acidente no Cemitério Serafimovskoe, em Leningrado, onde um memorial aos mortos foi erguido por ordem do comandante-em-chefe da Marinha, Sergey Gorshkov.
Memorial no Cemitério Serafimovskoe, São Petersburgo, aos que morreram no acidente de 1981
Um serviço memorial é realizado anualmente em 7 de fevereiro na Catedral Naval de São Nicolau, em São Petersburgo, e no 20º aniversário do acidente, a linha: "Aqueles que morreram no cumprimento do dever em 7 de fevereiro de 1981", e uma cruz ortodoxa foi adicionada à estela memorial em homenagem aos marinheiros da Marinha do Pacífico.
O Tu-104 foi o primeiro avião de passageiros a jato soviético. Vários anos antes do acidente em Pushkin, este avião já havia caído mais de uma vez. No total, 37 unidades Tu-104 foram perdidas como resultado dos desastres.
Em 7 de fevereiro de 1966, às 11h27, horário local, o Fokker F-27 Friendship 200, prefixo PH-SAB, alugado da Schreiner Airways e operado pela Indian Airlines (foto acima),decolou do Aeroporto de Srinagar para uma viagem de volta ao Aeroporto Delhi-Palam, com paradas em Amritsar e Jammu, na Índia, levando a bordo 33 passageiros e quatro tripulantes.
O voo foi liberado para escalar VMC. Poucos segundos depois, o comandante relatou que havia subido para 7.500 pés e estava virando para estibordo. O controle de Srinagar solicitou uma chamada enquanto passava por 8.000 pés e a solicitação foi atendida.
O controlador então solicitou uma chamada ao passar 15 milhas. Nenhuma mensagem, entretanto, foi recebida e às 11h40 o controlador perguntou a posição da aeronave. A tripulação respondeu: "Estarei cruzando Banihal entre 2 a 3 minutos."
A navegação errônea levou o capitão a um ponto 12 milhas a oeste de sua rota normal. Neste local, a configuração da cordilheira tem uma semelhança enganosa com o Passo do Banihal, e por causa dessa semelhança veio a ser conhecida como "Falso Banihal".
As colinas próximas ao "Falso Banihal" são vários milhares de pés mais altas que o verdadeiro Banihal. O piloto deve ter percebido seu erro e sua posição errada muito tarde, quando viu a alta montanha à sua frente emergindo das nuvens.
Ele tentou subir, mas a aeronave atingiu a colina cerca de 300 pés abaixo do cume, a 12.364 pés de altitude. O avião se partiu em duas partes principais que caíram de cada lado de uma grande rocha, enquanto várias peças menores foram quebradas e espalhadas por uma área considerável na encosta. Todas as 37 pessoas a bordo morreram no acidente.
A causa do acidente foi, sem dúvida, um erro de navegação. O Tribunal foi inicialmente tentado a aceitar a hipótese de que o erro foi cometido deliberadamente pelo Capitão Duggal porque ele queria tomar um atalho pelo morro até Udampur, em vez disso de ir primeiro para Banihal e, em seguida, virar ligeiramente à direita para a rota prescrita para Udampur.
Algum apoio foi dado a esta hipótese pela avaliação geral do caráter do Capitão Duggal como sendo precipitado e casual e não inclinado a prestar atenção aos detalhes. Mas depois de dar mais atenção consideração, parece ao Tribunal que esta hipótese não pode ser aceite e que o erro de navegação não foi intencional.
A configuração da colina em um ponto 12 milhas a oeste do Passo Banihal não mostra que a aeronave teria uma passagem livre a uma altitude de 12.000 pés, porque há colinas com 14.000 pés de altura, conforme mostrado pelas linhas de contorno no mapa.
Além disso, Duggal respondeu ao telefonema 0610 horas GMT quando disse que cruzaria o Banihal em duas ou três cunhadas. Parece à Corte, portanto, que ao voar através das nuvens a uma altitude insuficiente para garantir a segurança, Duggal se viu em um local que lembrava em sua aparência o Passo Banihal.
Ele deve ter guiado um rumo incorreto ao deixar o campo de aviação. Mudanças na formação de nuvens e diminuição da visibilidade não permitiram uma visão completa e clara da cordilheira que se estendia ao longo da rota.
Então, quando ele estava perto do ponto em que caiu, ele pensou que iria cruzar o Banihal e mandou esta mensagem para o aeroporto. Na verdade, ele estava a 12 milhas de seu caminho e caiu em um ponto 12.364 pés acima do nível do mar.
Um piloto mais cuidadoso e cauteloso teria, nas circunstâncias, garantido sua direção e posição por uma referência ao Aeroporto de Srinagar, onde, além do VOR, um recurso de Localização Automática de Direção está disponível.
Em 7 de fevereiro de 1948, a paulista Ada Rogato se tornou a segunda mulher no mundo e a primeira brasileira a pilotar em uma operação aeroagrícola O último dia 7 de fevereiro marcou os 74 anos do primeiro voo agrícola pilotado por uma mulher no Brasil. O feito da paulista Ada Rogato, no sábado de carnaval de 1948, ocorreu no centro-oeste de seu Estado natal.
A região marcou a estreia da aviação agrícola no trato de lavouras de café, a partir de uma experiência do Instituto Brasileiro do Café (IBC) para combater a broca-do-café entre os Municípios de Gália, Garça, Marília e Cafelândia.
Ada foi também a segunda mulher piloto agrícola no mundo, atrás apenas da uruguaia Mirta Vanni, que estreou em 1946, combatendo gafanhotos em seu País. Aliás, o primeiro voo da piloto paulista em lavouras foi com um avião CAP-4 Paulistinha, de 65 hps. E ocorreu menos de seis meses (172 dias) do primeiro voo agrícola do Brasil, realizado no Município gaúcho de Pelotas e também para combater gafanhotos. Neste caso, a cargo do piloto Clóvis Gularte Candiota, com um biplano Muniz M-9 e tendo o engenheiro agrônomo Leôncio Fontelles operando o aparelho de pulverização embarcado.
Do escritório para a lavoura
Quando técnicos do IBC começaram a cogitar a pulverização aérea como estratégia eficaz contra a praga dos cafezais, Ada Rogato trabalhava como escriturária no Departamento de Defesa Sanitária do Estado, que funcionava no mesmo prédio. A essa altura, ela já tinha sido a primeira mulher na América do Sul a se tornar piloto de planador (1935), primeira mulher piloto de avião brevetada pelo aeroclube de São Paulo (1936) e primeira paraquedista mulher do Brasil. Além de ter feito 213 missões de patrulha contra submarinos alemães no litoral paulista entre 1942 e 1945. Ou seja, foi uma escolha óbvia.
Porém, nem tudo foram flores no novo desafio. Tendo começado as operações no dia 7 de fevereiro, Ada seguiu voando baixo sobre lavouras em relevo acidentado (uma novidade ainda um tanto desprovida de técnica) até a terça-feira de carnaval. Na Quarta-Feira de Cinzas, dia 11, ela acabou se chocando contra um cabo telefônico e caiu na plantação. Passou alguns meses afastada, recuperando-se de algumas fraturas. Mas ainda retornou à atividade aeroagrícola, antes de outros feitos que a tornaram inspiração para gerações de pilotos. Ela cruzou a Cordilheira dos Andes em um pequeno avião, foi a primeira piloto (homem ou mulher) a cruzar Amazônia em um pequeno avião e ainda voou da Patagônia ao Alaska, entre outras proezas.
Mas seu trabalho na lavoura de café deu tão certo tão certo que nos anos 1950 o Ministério da Agricultura criou a Junta Executiva do Combate à Broca do Café. E foi dentro desse programa que o IBC importou 30 aviões Piper PA-18 e cinco helicópteros Bell adaptados para o trato de lavouras.
Memória
Ada Rogato era diretora do Museu da Aeronáutica em São Paulo quando faleceu, em 1986, aos 76 anos de idade. Seu enterro foi acompanhado até pela Esquadrilha da Fumaça e ela foi sepultada no Cemitério de Santana. Em um local de onde seu corpo foi exumado em 1993, para ser colocado no ossuário, em um jazigo anônimo identificado apenas pelo nº 368, no Bloco E.
As informações sobre a data do primeiro voo agrícola de Ada Rogato e seus outros feitos podem ser conferidos no livro Ada Rogato, Um Pássaro Solitário, da escritora Lucita Briza e publicado em 2018 pelo Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica. Os dados da aquisição de aeronaves pela Junta Executiva da Broca do Café estão no trabalho Histórico e perfil da aviação agrícola brasileira, do ex-diretor do Sindag e consultor Eduardo Cordeiro de Araújo.
Já a informação sobre o destino final dos restos mortais de nossa heroína consta na Wikipédia. E, infelizmente, foi confirmada pelo Sindag junto à direção do cemitério. A mulher que tanto fez para inspirar seu País hoje descansa esquecida em um ossuário.
A Japan Airlines anunciou nesta quarta-feira (5) a demissão de dois pilotos de avião por terem se apresentado bêbados para o trabalho momentos antes de assumirem o comando da aeronave, segundo informações do site The Japan Times, um dos principais do país.
As regras da companhia aérea asiática estabelecem que tanto os responsáveis pelo voo quanto os demais membros da tripulação são proibidos de consumir qualquer tipo de bebida alcoólica 12 horas antes de um voo programado, e que os pilotos demitidos tinham ciência das eventuais punições por descumprimento.
O caso ocorreu em dezembro de 2024, ocasião na qual um voo de Melbourne, na Austrália, com destino a Tóquio, no Japão, atrasou 3 horas por conta do estado etílico da dupla de profissionais. A demora foi causada pela recusa inicial em fazer exame toxicológico e por uma série de mentiras e artimanhas para tentar disfarçar o consumo excessivo de álcool.
Denunciados ao Ministério do Trabalho do país, os pilotos tiveram as licenças para voar suspensas por 7 meses. Eles, porém, não foram os únicos punidos pelo incidente. Segundo a mídia local, dois dos executivos mais graduados da Japan Airlines tiveram os salários cortados em 30% por “falhas no gerenciamento da companhia”.
Regras sobre álcool e aviação no Brasil
Regra no Brasil sobre consumo de álcool pelos pilotos é ainda mais rígida que no Japão (Imagem: Skwee/Envato/CC)
As regras sobre o consumo de álcool para quem trabalha na aviação são bastante rígidas em todos os lugares do mundo. Se um caso como o ocorrido na Japan Airlines acontecesse no Brasil, os responsáveis também seriam punidos.
As regras da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) são claras: de acordo com o item 91.17 do regulamento, “é vedado a qualquer pessoa atuar ou tentar atuar em atividades reguladas pela Anac enquanto estiver sob o efeito de álcool, fazendo uso de bebida alcoólica ou substância psicoativa”.
As regras da Anac também dão à agência liberdade para pedir a realização de exame toxicológico até 2 horas após a pessoa ter atuado ou tentado atuar em qualquer atividade para detectar o nível de álcool no sangue e de até 32 horas para descobrir se foi feito uso de substâncias psicoativas.
No que diz respeito ao consumo de bebidas alcoólicas antes dos voos programados, a Agência Nacional de Aviação Civil é ainda mais rigorosa que a companhia aérea japonesa que demitiu a dupla de pilotos. A exigência é que não haja ingestão de álcool “no mínimo 24 horas antes de pilotar ou executar outra atividade sensível”.
Deixar a saída de ar aberta e permitir que o ar circule pode trazer alguns benefícios que você talvez não conheça.
Ok, quando se fala em viagens de avião, um dos últimos tópicos que vêm à mente é o sistema de ventilação. Mas a qualidade do ar ainda é um tema importante quando se trata de prevenir a propagação de bactérias e vírus, sobretudo, após a Covid-19. Por isso, levantamos aqui uma discussão interessante: por que você não deve fechar a saída de ar do avião.
Ainda que muitos passageiros tenham esse hábito para evitar o ar frio, na próxima viagem, você pode querer mudar esse hábito. Só para exemplificar, permite que o ar circule pela aeronave. O que, a propósito, traz bastantes benefícios. Mas, vamos falar melhor sobre isso.
Pare de fechar a saída de ar do avião!
A princípio, deixar as saídas de ar abertas e permitir a circulação do ar ajuda a prevenir a propagação de bactérias e vírus. Ainda que, ok, fechá-las não seja necessariamente um problema porque o ar dentro do avião está constantemente sendo renovado.
Só para ilustrar, segundo o site da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), “o ar da cabine é renovado de 20 a 30 vezes por hora”. Isso é cerca de 10 vezes mais do que na maioria dos escritórios!
Mas, segundo especialista em entrevista à revista Travel + Leisure, o ar na cabine de uma aeronave mistura ar fresco de fora e ar recirculado. Este, aliás, passou por filtros HEPA (Filtros de Ar de Partículas de Alta Eficiência), capazes de capturar 99,97% das partículas. Por exemplo, bactérias e vírus.
É aí que entra a recomendação de não fechar a saída de ar do avião. Certamente, há propagação bacteriana e viral dentro da cabine antes de o ar passar pelo filtro HEPA e, depois, se misturar ao ar fresco.
Dito de outra maneira, de pessoa para pessoa, principalmente se seu companheiro de assento estiver tossindo ou espirrando. E essa é uma área onde as saídas de ar podem ser úteis.
Como é o fluxo de ar na cabine?
O fluxo de ar na cabine de um avião vai de cima para baixo, não da frente para trás ou vice-versa. Isso se dá, sobretudo, por meio de saídas de ar pessoais e dutos laterais que envolvem os compartimentos de bagagem.
Sendo assim, não fechar as saídas de ar ajuda a manter o ar circulando de cima para baixo rapidamente. Mas, essa não é a única coisa a fazer para reduzir o risco de transmissão.
Pelo contrário, essa ação, por si só, não é uma garantia contra a propagação de doenças transmitidas pelo ar. Por isso, vale a recomendação de viajar usando uma máscara para proteção adicional.
Proteção extra contra contaminações
Além disso, é importante lembrar que algumas áreas do avião não são, exatamente, limpinhas. Neste sentido, os filtros HEPA não removem os germes que ficam nas superfícies como braços e mesinhas.
Sendo assim, é uma boa ideia limpar as superfícies rígidas dentro e ao redor do seu assento. Embora haja a limpeza entre dois voos, quando o tempo em solo é curto, pode ser que não haja tempo hábil para uma limpeza completa.
Há também a questão do embarque e desembarque. Os sistemas de filtragem de ar nem sempre estão ligados enquanto o avião está no solo, pois a aeronave pode ficar bastante abafada enquanto está no portão.
Então, se estiver procurando por um nível extra de segurança, é interessante usar máscara durante o embarque e desembarque também. Após decolar, lembre-se de não fechar a saída de ar para aumentar o fluxo de ar ao seu redor.
Boeing 737-200, PP-SMA, da VASP (Foto: Revista Flap Internacional)
Quando você pensa no Boeing 737, pode-se pensar no popular 737-800NG ou talvez na nova linha 737 MAX. No entanto, a linha de produtos 737 abrange 22 variantes, abrangendo mais de 55 anos. Do -100 ao MAX 10, aqui está um resumo de todas as variantes de passageiros do 737 que a Boeing vendeu.
A primeira geração
O Boeing 737-100 voou pela primeira vez em 9 de abril de 1967 e começaria a operar para a Lufthansa em 1968. Ele podia transportar 85 passageiros em duas classes (12 na primeira e 73 na econômica). Ele podia voar 1.540 milhas náuticas (2.850 km).
Isso foi seguido pelo maior Boeing 737-200 mais tarde naquele ano, que foi construído para companhias aéreas como a United, que configurou a aeronave maior com 102 assentos. Isso incluía 14 assentos de primeira classe com um espaçamento de 38" e 88 na classe econômica com 34" polegadas de espaçamento. Essa aeronave maior tinha tanques de combustível maiores e podia voar 2.600 milhas náuticas (4.800 km).
Havia mais duas versões do Boeing 737 original: o 737-200C e o 737-T43A. O primeiro era uma "versão conversível" que tinha uma porta de carga atrás do cockpit principal e podia transportar carga e também passageiros. O último era uma versão militar. A Boeing também ofereceu um kit de cascalho para a aeronave, permitindo que ela pousasse em aeroportos que nem tinham pista de concreto.
Boeing 737-100 daLufthansa (Foto: Altair78 via Wikimedia Commons)
Para todas as outras comparações de aeronaves aqui, o número de passageiros é para duas classes a bordo, em vez da capacidade total de assentos (todos os limites de classe econômica ou de saída).
A segunda geração ('Classic')
A Boeing despertou interesse com seu novo narrowbody, mas as companhias aéreas ainda estavam procurando mais capacidade e alcance para voar esses aviões mais longe. A fabricante de aviões seguiu com a segunda geração do 737, apropriadamente chamada de 737-300, -400 e -500. Mais tarde, eles passaram a ser conhecidos como Boeing 737 Classic. Cada aeronave tinha as seguintes especificações:
Boeing 737-300 - 126 passageiros para um alcance de 2.060 milhas náuticas
Boeing 737-400 - 147 passageiros para um alcance de 2.375 milhas náuticas
Boeing 737-500 - 110 passageiros para um alcance de cerca de 2100 milhas náuticas
Boeing 737-500 da VARIG (Foto: Revista Flap Internacional)
O Boeing 737-300 voou pela primeira vez em 24 de fevereiro de 1984. Devido ao tamanho dos novos motores e à proximidade da aeronave com o solo, a Boeing decidiu achatar a parte inferior do motor em um design de "bolsa de hamster" . Esse design permaneceu no 737 até hoje, com as últimas iterações do MAX tendo uma parte inferior plana. Como a fuselagem permanece praticamente intocada durante esse processo, sem ser esticada para acomodar mais passageiros, motores maiores foram adicionados usando esse layout exclusivo.
A terceira geração
Esta geração de aeronaves Boeing 737 provavelmente é conhecida pelos leitores, pois é a mais popular e amplamente utilizada no mundo todo atualmente.
Há seis versões, quatro aeronaves originais e duas variantes de 'alcance estendido'. Elas são:
Boeing 737-600 - 108 passageiros em um alcance de 3.235 milhas náuticas (5.991 km).
Boeing 737-700 - 128 passageiros em um alcance de 3.010 milhas náuticas (5.570 km).
Boeing 737-800 - O Boeing 737 mais famoso e vendido. Pode transportar 160 passageiros em um alcance de 2.935 milhas náuticas (5.436 km).
Boeing 737-900 - 177 passageiros em um alcance de 2.950 milhas náuticas (5.460 km).
Boeing 737-700ER - Esta aeronave tinha uma extensão de alcance para 5.775 milhas náuticas (10.695 km). Tinha a mesma capacidade de passageiros.
Boeing 737-900ER - Esta aeronave tinha uma extensão de alcance para 3.850 milhas náuticas (7.130 km). Tinha a mesma capacidade de passageiros.
Boeing 737-800, PR-GZW, da GOL (Foto via Aeroflap)
A terceira geração do Boeing 737 foi construída em resposta à maré crescente de aeronaves Airbus A320, que rapidamente passaram a ser vistas como uma ótima alternativa ao design da Boeing. A Boeing trabalhou com grandes clientes de companhias aéreas, como Southwest e United, para reformular o design original do Boeing 737 Classic (a geração anterior).
Também houve três versões militares, o Boeing 737 AEW&C, C-40 Clipper e o P-8 Poseidon. Também há várias variantes de carga do Boeing 737-800, algumas da Boeing e mais de empresas independentes e certificadas separadamente.
A quarta geração
A quarta geração, e provavelmente a última, é a linha Boeing 737 MAX . O tipo ficou conhecido por seus dois acidentes assim que entrou em serviço, resultando em um aterramento de quase dois anos por reguladores globais. Desde então, o MAX está de volta aos céus, com operadores em todo o mundo implantando suas variantes 737 mais eficientes para destinos globais, de domésticos a até mesmo de longa distância. Existem quatro versões do Boeing 737 MAX:
Boeing 737 MAX 7 - 153 passageiros em duas classes para um alcance de 3.850 milhas náuticas / 7.130 km.
Boeing 737 MAX 8 - Sucessor do Boeing 737-800. 178 passageiros em um alcance de 3.550 milhas náuticas / 6.570 km.
Boeing 737 MAX 9 - 193 passageiros em duas classes para um alcance de 3.550 milhas náuticas / 6.570 km.
Boeing 737 MAX 10 - O maior Boeing 737 já construído, pode transportar 204 passageiros em duas classes a um alcance de 3.300 milhas náuticas / 6.110 km.
Boeing 737 MAX 10 (Foto: Divulgação/Boeing)
As companhias aéreas também trabalharam com a Boeing para criar interiores personalizados para o MAX para acomodar o máximo de passageiros. Um exemplo é o popular 737 MAX 8-200, pilotado pela Ryanair e algumas outras, aumentando a capacidade do tipo para 200 passageiros. Atualmente, a Boeing está trabalhando para certificar o MAX 7 e o MAX 10, após o que eles serão introduzidos por clientes ansiosos.
55 anos após seu primeiro voo, a Boeing continua a produzir novas versões do 737, mostrando a popularidade e a resiliência do tipo. No entanto, com o design envelhecido tendo várias desvantagens, muitos querem ver o que a fabricante de aviões americana pode trazer no futuro para substituir a linha de aeronaves mais bem-sucedida de todos os tempos.