domingo, 28 de junho de 2009

Boeing da US Airways faz aterrissagem "dura" na Flórida e assusta passageiros

Um avião da US Airways deixou seus passageiros bastante assustados ao fazer uma aterrissagem "dura" ao tocar a pista do Aeroporto Internacional de Tampa (TPA/KTPA), na Flórida, EUA, no sábado (27) às 14:30 (hora local).

O Boeing 737-4B7, prefixo N443US, aterrissou na pista 18R do aeroporto e houve uma explosão nos pneus dianteiros em razão do forte impacto contra a pista, causando um colapso no trem de pouso.

A tripulação conseguiu manter o avião na pista, enquanto a estrutura do trem de pouso era moída para baixo até o avião parar com o nariz a poucos centímetros do chão, apoiado no que sobrou do trem dianteiro. Os passageiros foram retirados pela parte traseira da aeronave 30 minutos após o incidente.

O voo 1241 decolou do Aeroporto Internacional de Filadélfia (PHL/KPHL) pouco antes do meio dia.

"Ouvimos uma explosão e vimos faíscas pela janela", disse o passageiro Ken Jacobson.

O porta-voz da US Airways disse que o avião levava 138 pessoas a bordo, além de cinco membros da tripulação e que ninguém se feriu.

O avião permaneceu na pista por oito horas até ser rebocado e ser realizada a limpeza da pista.

O tráfego aéreo foi desviado para a pista leste do aeroporto, mas não ocasionou atraso a qualquer voo, embora residentes do sul de Tampa Sul tiveram que aturar o aumento dos ruídos dos aviões devido à mudança na rota aérea.

Fontes: Chad Cookler e Carson Chambers (ABC Action News) / avherald.com - Tradução: Jorge Tadeu - Fotos: reprodução da TV ABC

Entenda o que limita queda de preços de passagem ao exterior

Valores sofreram queda leve depois que Anac iniciou eliminação gradual das tarifas mínimas

Cobrança mínima será extinta definitivamente a partir de 2010

Concentração de mercado, baixo grau de atratividade do Brasil, encargos tributários e gastos com combustível são apontados por especialistas como justificativas para a tímida redução dos valores das passagens internacionais ocorrida após a eliminação dos preços mínimos pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Em abril, a agência passou a reduzir de forma gradual o preço mínimo das tarifas. Desde então, todas as passagens internacionais partindo do Brasil podem ser vendidas com desconto de até 20% em relação à base. A partir de julho, o desconto pode ser de até 50%, e em outubro, de 80%. Seis meses depois, não haverá mais piso.

Mercado

“A desregulamentação é vital, mas não é suficiente”, afirma Carlos Ari Sundfeld, professor de direito administrativo da escola de direito da Fundação Getúlio Vargas. Para ele, a desregulamentação rompe apenas uma das barreiras para o crescimento do mercado, que ainda precisa ser menos concentrado e mais atraente para empresas e passageiros estrangeiros. Atualmente, apenas a TAM voa para destinos além da América do Sul.

“O Brasil está na ponta do mundo, não está no centro dele. Não é passagem necessária. Fazer um grande investimento aqui dependeria de ter um grande mercado e o Brasil ainda não é um grande mercado”, diz Sundfeld.

O número de cidades atendidas no Brasil é reduzido e isso prejudica a atratividade do país, detalha Respício do Espírito Santo, presidente geral Instituto Brasileiro de Estudos Estratégicos e de Políticas Públicas em Transporte Aéreo (CEPTA). “Os Estados Unidos são um país muito mais atrativo para o brasileiro do que o Brasil é um país atrativo para o americano”, afirma Respício, citando o maior número de empresas e destinos no mercado doméstico americano.

Jorge Honório, assessor de imprensa do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias, reforça a tese de Respício e afirma que o peso do mercado brasileiro para as companhias estrangeiras também é limitado. “A American Airlines, que é uma das maiores empresas do mundo, é a que mais voa entre Brasil e Estados Unidos. No faturamento global dela no mundo todo, o Brasil não representa 1%.”

Honório diz ainda que a carga tributária e o custo do combustível travam o fortalecimento do mercado brasileiro e a competitividade das companhias nacionais. “Se tivesse havido uma queda brutal de preços”, diz ele, “realmente ia haver um problema nas finanças e na economia das empresas, principalmente da TAM”. O assessor complementa: “lá no exterior, eles têm uma taxa tributária muito mais barata do que a nossa. Combustível e encargos tributários. É muito mais barato”.

Diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Ronaldo Ceroa da Mota argumenta, no entanto, que as companhias não podem reclamar de carga tributária direta. Segundo Mota, o setor “não paga ICMS, não paga imposto de importação e o imposto que paga sobre leasing é o menor que tem para todos os serviços”.

Segundo ele, o custo de capital das empresas é mais alto no Brasil que no exterior, mas o custo da mão-de-obra é mais barato. “Se você comparar um com o outro, a vantagem da redução do custo da mão de obra é muito maior do que o custo de capital”. Mota diz ainda que o custo do querosene pago pelas companhias brasileiras e estrangeiras é o mesmo no país.

Ele afirma, no entanto, que o governo federal devia estar empenhado em uma “política industrial para o setor do mercado doméstico, onde a riqueza dos serviços aéreos do Brasil é gerada”. Na avaliação de Mota, “as empresas brasileiras ainda não têm um programa de governo especifico. São coisas pontuais que a gente consegue fazer, na mudança da precificação do querosene de aviação, na redução de alguns impostos”.

A queda de preços, embora pequena, é um sinal positivo, na avaliação do professor Sundfeld. “Mostra que a regulamentação estava aumentando o preço. A queda que mostra que a regulamentação estava sendo negativa. É uma queda limitada pela situação de mercado concentrado.”

Fonte: Clarice Sá (Abril.com)

Apesar de recomendação de ministério, empresa anuncia viagem para o Chile

Propaganda bem-humorada circulou pela orla do Rio no sábado (27).

Governo quer que brasileiros evitem o país por causa da nova gripe.

Apesar da recomendação do Ministério da Saúde para que os brasileiros evitem viajar ao Chile, esta bem-humorada propaganda de uma empresa de aviação chilena (LAN) circulou pela orla do Rio de Janeiro na manhã deste sábado (27).

Fonte: G1 - Foto: Marcelo Piu (Ag. O Globo)

Lançado novo satélite de observação meteorológica, o GOES-O

O satélite GOES-O partiu do Complexo de Lançamento 37 da Estação da Força Aérea do Cabo Canaveral, na Flórida às 6:51 (EDT) deste domingo (28) a bordo do foguete Delta IV, após ter o primeiro lançamento adiado na sexta-feira devido às condições meteorológicas desfavoráveis.

A partir de uma posição de aproximadamente 22.300 milhas acima da Terra, o avançado satélite meteorológico irá observar as condições atmosféricas da área leste dos Estados Unidos e do Oceano Atlântico.

Fonte: NASA - Tradução: Jorge Tadeu

Famílias de vítimas de voo da TAM cobram Ministério da Defesa

Acidente aconteceu em 2007 no Aeroporto de Congonhas e deixou 199 mortos; familiares querem respostas

Parentes das vítimas do voo TAM 3054 distribuíram hoje (28) um manifesto cobrando respostas do Ministério da Defesa sobre segurança no transporte aéreo brasileiro. Eles também reivindicam a divulgação do relatório final do Centro Nacional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos (Cenipa), já concluído.

O acidente ocorreu em julho de 2007, no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e deixou 199 mortos, entre os ocupantes do avião (todos morreram) e pessoas que estavam em terra, quando o aparelho se chocou com um hangar da empresa, durante a aterrissagem.

"Desde fevereiro de 2008 aguardamos respostas a várias questões apresentadas ao Ministério da Defesa: Por que alguns aeroportos não seguem as normas internacionais de segurança propostas pela OACI (Organização da Aviação Civil Internacional), entre eles, Congonhas?", diz o texto do manifesto da Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do voo TAM JJ 3054 (Afavitam).

"Por que os investimentos feitos no setor deram prioridade às lojas de conveniência, aos estacionamentos e ao embelezamento das salas de espera, ao invés de priorizar os investimentos em segurança e modernização dos equipamentos que garantem um eficiente controle do tráfego aéreo?", questiona o manifesto.

A reportagem não conseguiu contato hoje com a assessoria de imprensa do Ministério da Defesa para falar sobre o assunto.

Fonte: Agência Brasil via Estadão.com.br

Novo avião comemora os 75 anos da Continental Airlines

O Boeing 737-900 ER, prefixo N75436, com o esquema de pintura usado pela Continental em 1947 comemora os 75 anos da Continental Airlines.

Foram os colaboradores da Continental que escolheram a pintura do novo avião, que foi o centro das comemorações nos três “hubs” da companhia. O Boeing passou por Houston, Nova Iorque, e Cleveland, no final da semana passada.

Fundada em 1934 com o nome de Varney Speed Lines, companhia dedicada ao transporte postal, foi a partir de 1937 que a Continental adotou o atual nome. Hoje a empresa conta com 43 mil colaboradores e voa para mais de 260 destinos, realizando mais de 2.750 voos por dia. É a quinta maior companhia aérea do mundo.

Fonte: Turisver - Fotos: p.csizmadia

Sem Gol e TAM, Embraer quer crescer com aéreas menores

Dezessete companhias aéreas operam no mercado doméstico, mas apenas duas (TAM e Gol) são responsáveis por cerca de 87% dos passageiros transportados, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). E nenhuma delas é cliente da única fabricante nacional de aviões, a Embraer. Para ganhar espaço com um cenário como este, o presidente da empresa, Frederico Fleury Curado, quer crescer junto à aviação regional.

Nesta semana, a Embraer entregou mais um jato à brasileira Trip e anunciou um novo avião para a Azul, na semana que vem. Enquanto Gol e TAM optaram por Airbus e Boeing, a fabricante brasileira abastece as aéreas menores com esperança que o modelo de negócios destas empresas prospere.

"O Brasil tem uma concentração muito grande de transporte nessas rotas (maiores). Qualquer coisa como 80% do tráfego passa pelos dez aeroportos principais. O Brasil tem mais de 200 aeroportos. Cerca de 100, 150, nem são utilizados no transporte regular. O Brasil precisa muito disso, de capilaridade", defende Curado. "E você não consegue fazer isso com avião grande".

Para ele, a melhor forma de o mercado doméstico crescer é com aviões menores voando para aeroportos menores que ainda não são atendidos comercialmente. Curado cita como como exemplo países onde a aviação já está consolidado para justificar seu discurso. "Nos Estados Unidos e Europa, um terço da frota é de aviões regionais. No Brasil, é 8%, 10%. Tem muito espaço".

A Embraer vê o mercado de aviação regional como oportunidade para deixar de ser majoritariamente exportadora e ter mais força no fornecimento às companhias brasileiras. Atualmente, no Brasil, apenas Trip e Azul são clientes da fabricante em aviação comercial - segmento que representa 75,3% da receita da empresa.

Queda na atividade

No mesmo momento que a Embraer vê suas vendas a companhias aéreas brasileiras aumentarem, sofre com a crise financeira internacional e a queda da demanda como um todo.

Curado projeta que a empresa venda cerca de 240 aviões em 2009. Ele afirmou que a Embraer deve ter perdas nesse ano e estabilidade em 2010.

"Estamos... tendo uma redução (de crescimento). Apesar de a quantidade de aviões (vendidos) este ano ser maior que no ano passado, são aviões de pequeno porte. Nós efetivamente temos uma redução de cerca de 30% da atividade industrial da empresa. 2010 deve ser um ano relativamente estável em relação a 2009. Nós não vemos crescimento antes de 2011 de nenhuma forma", disse.

As consequências da crise na empresa já são conhecidas. Em fevereiro, a empresa anunciou a demissão de 4,2 mil funcionários, ou 20% do quadro de empregados. As despesas relacionadas aos cortes de pessoal foram de US$ 50 milhões, com impacto no resultado do primeiro trimestre.

O caso chegou à Justiça, mas as demissões foram mantidas, diante de um acordo em que a empresa se comprometeu a indenizar os demitidos, garantia assistência médica até março de 2010 e dar prioridade aos ex-empregados que se apresentem para a participação em eventuais futuros processos de seleção.

Para Curado, ainda é cedo para falar no retorno dos trabalhadores. "É muito cedo (para falar em recontratar), porque enquanto não houver crescimento, a gente não pode pensar nisso", explica.

Fonte: Daniel Ottaiano (Invertia) via Terra

Em atividade nos anos 50, fábrica de Botucatu foi comprada pela Embraer

A indústria aeronáutica em Botucatu é muito anterior à Embraer, informa o historiador João Carlos Figueiroa, atualmente secretário de Descentralização e Participação Comunitária do município. Em meados da década de 1950, já existia na cidade a Indústria Aeronáutica Omareal, que começou como oficina para manutenção de aeronaves.

Seu proprietário, Antonio Azevedo, era um empreiteiro ligado à construção de túneis em estradas, conta o historiador. Como tinha concessões em vários trechos paulistas e em Minas Gerais, precisava da oficina para manter um conjunto de aviões. “Montou aqui uma oficina para resolver o problema dele e passou a produzir algumas aeronaves”, comenta Figueiroa.

Ele relata que Azevedo tentou várias homologações, em vão. “Comissões do Ministério da Aeronáutica estiveram em Botucatu testando o primeiro modelo dele. Ele juntou vários profissionais da aeronáutica. Um deles era um engenheiro alemão que tinha uma planta para produzir um pequeno avião de quatro lugares. Parece que foram produzidos dois aviões, mas não foram homologados. Não conseguiram uma produção em série”, comenta.

Depois, Azevedo decidiu dedicar-se exclusivamente à empreiteira e os galpões foram ocupados por José Carlos Neiva, seu sócio. “Quando a Omareal quebrou, o Neiva usou as instalações em Botucatu”, acrescenta Paulo Urbanavicius, atual secretário adjunto da indústria de Botucatu e ex-diretor da Neiva e da Embraer. Ele conta que, desde a década de 40, Neiva já fabricava planadores para a Força Aérea Brasileira (FAB), usados no treinamento de pilotos.

O governo, então, pediu a regulamentação da empresa para evitar compras particulares. “Aí, foi fundada a Neiva, em Manguinhos, no Rio de Janeiro. Não sei de que maneira se associou a Omareal e veio para Botucatu. Depois, pegou um contrato da FAB para fabricar o Paulistinha. Até que, com a fundação da Embraer, o ministério passou a direcionar os contratos. Ele acabou vendendo a própria empresa em março de 1980”, conta Urbanavicius.

Por sua vez, a Embraer destinou à unidade de Botucatu a fabricação dos aviões de pequeno porte.

Idéia de indústria aeronáutica nasce na Segunda Guerra

Os princípios político-militares do Estado Novo e as exigências de ampliação da defesa nacional decorrentes da Segunda Guerra Mundial nutriram o ambiente no qual a Aeronáutica começou a planejar seu futuro, já prevendo a criação de uma indústria aeronáutica brasileira.

Segundo artigo publicado pela revista “Tempo Social”, da USP, a Embraer foi a concretização de um antigo projeto de militares da Aeronáutica. A questão estava ligada à problemática da segurança nacional e relacionava-se com o amplo engajamento dos militares no processo político brasileiro.

Nesse sentido, em sua origem, a Embraer assemelha-se às indústrias petrolífera e siderúrgica, que também contaram com ativa participação dos militares em sua instalação. Segundo o artigo a que o JC teve acesso via Internet, desde 1932 lideranças militares associadas a Vargas intuíam os vínculos entre potência industrial e militar. Perceberam que a segurança nacional, em grande medida, dependia de um projeto mais amplo de industrialização conduzido pelo Estado.

Deste modo, entre 1940 e 1950, foram criados a Força Aérea Brasileira (FAB), o Ministério da Aeronáutica, o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e o Centro Tecnológico de Aeronáutica (CTA). As instituições se tornaram o embrião da Embraer e demonstram o elo entre indústria aeronáutica e projeto político.

Empresa recupera segundo protótipo do Bandeirante

O segundo protótipo da aeronave Bandeirante foi recuperado pela Embraer e entregue, na última semana, ao Memorial Aeroespacial Brasileiro, em São José dos Campos. O gesto integra as comemorações de 40 anos da função da empresa. O avião, desenvolvido pelo CTA antes da criação da empresa, teve três protótipos. O número um está recuperado e exposto no Museu Aeroespacial, no Rio de Janeiro.

O terceiro também está exposto, mas no Parque Santos Dumont, em São José dos Campos, informa Pedro Ferraz, diretor-superintendente da Fundação Embraer. Ele relata que o protótipo número 2 não pertence à Embraer, mas à Fundação Santos Dumont. A comemoração dos 40 anos ainda contemplará uma exposição itinerante, que mostrará a história da aviação brasileira.

“A mostra vai rodar vários aeroportos do Brasil, inclusive Botucatu e Gavião Peixoto. Em agosto, no aniversário da Embraer, faremos o que a gente chama de ‘portões abertos’. Convidamos os empregados e seus familiares para conhecer a fábrica. Só que também vamos fazer uma exposição estática de aviões antigos, todos os que a gente já produziu”, acrescenta Ferraz.

O diretor-superintendente do Instituto Embraer adianta ainda que a programação festiva contará com um concurso de miniplanadores entre escolas de ensino fundamental de municípios como São José dos Campos, Botucatu e Gavião Peixoto. Cada equipe terá de desenvolver um planador com material reciclável. O vencedor será o que voar mais longe e ficar mais tempo no ar.

Fonte: Luciana La Fortezza (Jornal da Cidade de Bauru)

40 anos de EMB-110 Bandeirante. Voo em 1968 precede indústria aeronáutica do País

O bimotor Bandeirante precede a criação da Embraer. Apenas após o primeiro voo do avião, em 1968, é que o governo brasileiro decide fundar a empresa, ao antever as possibilidades de comercialização da aeronave. Porém, até a indústria aeronáutica brasileira tornar-se competitiva em termos globais, foi um longo período, informa a própria Embraer por meio de material histórico já publicado.

E conseguiu por conta do esforço anterior e determinante do setor aeronáutico. Um dos passos decisivos para a criação da Embraer foi a instituição do Centro Técnico de Aeronáutica (CTA), posteriormente rebatizado como Centro Técnico Aeroespacial - núcleo de excelência em conhecimentos na área. Oriundo do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), foi responsável por formar profissionais capazes de levar adiante o projeto de indústria aeronáutica no País.

Foi justamente um grupo do CTA que propôs a elaboração de um projeto de bimotor turboélice capaz de transportar cerca de 20 passageiros e operar nas condições vigentes na grande maioria das cidades brasileiras, na ocasião. O grupo, segundo a própria Embraer, era formado, essencialmente, por técnicos do ITA, sob a liderança de Ozires Silva, na oportunidade major da FAB. O Ministério da Aeronáutica, então, encomendou um estudo sobre a viabilidade de ser criada no Brasil uma linha de produção de bimotores turboélice de transporte.

Em 12 de junho de 1965, o então ministro da Aeronáutica, brigadeiro Eduardo Gomes, assinou documento básico de aprovação do projeto do que viria a ser conhecido posteriormente como o Bandeirante. Para a construção do primeiro protótipo, decorreram três anos e quatro meses - entre os estudos preliminares e o vôo do dia 22 outubro de 1968.

Para isso, foram gastos 110 mil horas de projeto, tendo sido executados 12 mil desenhos de fabricação; 22 mil horas de cálculo estrutural e aerodinâmico e 282 mil horas de fabricação do avião e do seu ferramental.

Demanda nacional

Embora o Bandeirante preceda a criação da Embraer, ele ainda é a aeronave adequada ao perfil da demanda do Brasil, onde o volume de passageiros é pequeno. No entanto, os poucos com disponibilidade para gastar com passagens aéreas no País exigem o conforto que o bimotor não tem. A difícil equação foi confirmada pelo próprio Ozires Silva, ex-presidente da Embraer.

“O grande problema do avião muito pequeno é que tem poucos passageiros. Não cobre todos os custos para operar”, explica. Pior quando a aeronave é grande. Nesse caso, nem linhas são oferecidas. “Nos Estados Unidos, em particular, muitas dessas linhas pequenas chegaram a ser subsidiadas pelo governo. Não só pelo governo federal”, comenta Silva. Mas ainda que os vôos regionais fossem estimulados, o passageiro aceitaria viajar um avião não pressurizado, mais barulhento e diversas vezes comparado a uma Kombi?

“O passageiro brasileiro tem mais posses. Voa nos aviões mais modernos do mundo. Não se sujeita. Os Estados Unidos transportaram, no ano passado, 900 milhões de passageiros. Ou seja, um pouco mais de três vezes a população americana. No ano passado, no Brasil, voaram 50 milhões. Eu me arriscaria a dizer que grande parte deles viaja, pelo menos, de cinco a dez vezes por ano, cada um. Então, se dividir, são só 10 milhões que voam. É pouquíssimo”, avalia

Não por acaso, o mercado nacional tem pouca significância para a Embraer ainda hoje. “No ano passado, a Embraer vendeu 3% da produção aqui no Brasil. O resto é tudo no Exterior”, finaliza Silva.

Primeiro voo do Bandeirante

Projeto de avião econômico

Com baixo padrão de vida e pobre em combustíveis na época, o Brasil teria de desenvolver tipos de avião cuja principal característica fosse a economia. Os aviões norte-americanos e ingleses eram dispendiosos, consta em artigo publicado pela revista “Tempo Social”, da Universidade de São Paulo (USP), e disponibilizada via Internet.

De acordo com o texto, o Brasil não deveria receber, mesmo que gratuitamente, material aeronáutico de guerra, a não ser para atender necessidades imediatas. Caso contrário, ficaria com material antiquado, caro para manter, além de tornar-se dependente de país estrangeiro para solicitar peças sobressalentes. Tal situação ainda acarretaria atraso no desenvolvimento da indústria aeronáutica brasileira. O CTA desenvolve, então, o protótipo da aeronave Bandeirante.

No entanto, informa o artigo publicado na “Tempo Social”, o modo de viabilizar sua produção em série e sua comercialização ainda era incerto. Dúvidas à parte, a Embraer já estava sendo gestada.

Ainda de acordo com o artigo, no final do anos 1960, o parque industrial brasileiro já havia amadurecido. A indústria automobilística propiciava ampla e complexa rede de apoio, que removia parcialmente o obstáculo da produção doméstica de materiais e componentes requerida para a manufatura de aeronaves.

“Nesse momento, o novo salto no projeto da indústria aeronáutica brasileira passou a ser apoiado pelo regime militar de 1964, possibilitando as condições para a criação da Embraer”, conclui o texto disponibilizado na rede. O autor do artigo pediu para não ter o nome divulgado.

O primeiro Bandeirante hoje no Museu do CTA

Fonte: Luciana La Fortezza (Jornal da Cidade de Bauru) / TV Vanguarda / aereo.jor.br

PF volta a apurar acidente com avião da TAM em Congonhas

A Polícia Federal (PF) informou nesta sexta-feira que retomará as investigações sobre o acidente com o Airbus da TAM que não conseguiu frear na pista do Aeroporto de Congonhas, Zona Sul da capital, em julho de 2007, e explodiu no prédio da TAM Express, matando 199 pessoas. A apuração ficou parada porque o inquérito estava na 1ª Vara Criminal Federal de São Paulo havia seis meses.

A retomada da investigação ocorre dois dias depois de o jornal "Diário de S.Paulo" conclusões do relatório sobre o acidente elaborado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão da Aeronáutica que apura as causas da tragédia.

Segundo a PF, os documentos deixaram o órgão em 29 de janeiro, quando foram remetidos à Justiça para serem anexados ao inquérito da Polícia Civil sobre o caso, concluído em novembro de 2008. O caso foi remetido à PF devido à decisão do Ministério Público de que o crime em questão é de atentado contra a segurança do transporte aéreo, cuja apuração é de competência federal.

No período em que a investigação ficou parada, o delegado da PF responsável pelo caso, Pedro Serzi Junior, foi destituído da apuração. A PF não informou qual foi o motivo da mudança, dizendo apenas que o processo número 1-062/2007, sobre a tragédia, está no cartório aguardando distribuição a novo delegado. O caso está sob responsabilidade da Delegacia de Defesa Institucional (Delinst).

- Vamos à PF hoje pedir explicação sobre a mudança. Queremos que o doutor Pedro (Serzi Junior) fique no caso. Um novo delegado vai demorar um tempo para conhecer a investigação - diz Dario Scott, presidente da Associação dos Familiares de Vítimas do Acidente da TAM.

O procurador da República Rodrigo de Grandis diz que a investigação da PF está bem avançada.

- A perspectiva é que se encerre ainda neste ano toda a apuração - afirma.

Fonte: Tahiane Stochero (Diário de S.Paulo) via O Globo

Parentes pedem corpos de vítimas do acidente com avião da TAM em Congonhas

Dois anos depois do acidente aéreo que deixou 199 vítimas em 2007, no Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, fragmentos de 30 pessoas que morreram no voo 3054 da TAM ainda não foram entregues aos seus parentes. A informação é do presidente da associação dos familiares das vítimas da tragédia, Dario Scott, que perdeu a filha Taís, de 14 anos, na tragédia, a maior da aviação brasileira. O Airbus da TAM explodiu e se incendiou. O fogo consumiu a aeronave durante horas e os corpos foram carbonizados.

- O Instituto de Criminalística falou que tínhamos que realizar um procedimento jurídico pedindo a liberação do que foi encontrado e entrei em contato com os advogados da TAM pedindo isso. Queremos fazer uma cremação coletiva com os restos. Temos direito a isso. A minha filha está lá entre os fragmentos - , diz Scott

Segundo ele, cada família de passageiro deveria individualmente pedir a liberação.

- É triste, mas essa é a realidade. Queremos fazer um enterro digno para eles - explica.

Por meio da Secretaria de Estado de Segurança Pública, o superintendente da Polícia Técnica Científica, Celso Perioli, informou que os fragmentos de corpos já identificados de algumas vítimas estão à disposição dos familiares no Instituto Médico Legal (IML). O órgão não diz se é ou não necessário um procedimento jurídico para a retirada.

- São fragmentos pequenos de vítimas que já haviam sido reconhecidas e liberadas e que foram identificadas depois. O trâmite é mais complicado - diz.


O diretor do Instituto de Criminalística, Oswaldo Negrini, afirma que o órgão guarda pequenas partes de todas as vítimas identificadas como uma espécie de "contra-prova", caso seja necessária a realização de uma nova perícia. "É uma obrigação legal guardarmos isso", explica.

- O que pode ter acontecido é que muitos corpos foram liberados na época, a pedido das famílias, enquanto as buscas continuavam. Podem ter achado uma parte de um corpo identificado posteriormente e que depois foi liberado - completa Negrini.

Segundo o diretor, o instituto buscou reconstruir corpos das vítimas da tragédia em Congonhas. E isso ia sendo feito à medida que fragmentos e partes eram encontradas, "para tentar entregar à família o corpo inteiro".

Ele ressalta, porém, que os caixões foram entregues aos familiares lacrados, e que, apenas alguns poucos casos, foi possível a reconstituição do rosto, devido ao fato dos corpos terem sido carbonizados.

Fonte: Tahiane Stochero (Diário de S.Paulo) via O Globo

Airbus da Scandinavian Airlines faz pouso de emergência nos EUA

Voo seguia dos Estados Unidos para a Dinamarca.

Correspondente da TV Globo relata que cheiro de fumaça invadiu o avião.




O Airbus A330-300, prefixo LN-RKH, da companhia Scandinavian Airlines fez um pouso de emergência neste sábado (27) em Bangor, Maine, nos Estados Unidos. O voo SK-910 seguia de Newark, Nova Jersey, nos EUA, para Copenhagen, na Dinamarca.

Segundo a correspondente da TV Globo, Giuliana Morrone, que era uma das passageiras da aeronave, o voo saiu com mais de duas horas de atraso. Dez minutos após a decolagem, um cheiro forte de fumaça invadiu a cabine de passageiros. Os comissários, então, retiraram as pessoas que estavam dentro dos banheiros. “Eles procuravam sinais de fogo, talvez provocado por fumo dentro do banheiro. Também abriram os bagageiros, mas nada encontraram”, relata.

Logo depois, o comandante anunciou o pouso de emergência, que ocorreu sem problemas. Um bombeiro entrou no avião, mas não achou indícios de incêndio. A jornalista relata que após três horas, o comandante anunciou que tinha recebido o novo plano de voo e iniciou a decolagem quando o cheiro de queimado voltou. “Os comissários ficaram muito nervosos e se negaram a seguir viagem”, diz.

Às 2h de Brasília (1h horário local), os passageiros aguardavam no aeroporto sobre uma nova decisão da companhia sobre a viagem.

O Airbus envolvido no incidente, fotografado em Estocolmo, na Suécia em 2008 - Foto: Stefan Sjogren (Airliners)

Fontes: G1 / Aviation Herald

Há 50 anos: Acidente aéreo na Europa provoca 68 mortes

Aconteceu em 26.06.1959

Imagem: Newspaper Archive

A notícia na "Folha da Manhã" (27/6/1959)

Um avião Constellation Jetstream, da Trans World Airlines, caiu em chamas ontem perto de Milão, na Itália.

A caminho de Chicago (EUA), o avião desintegrou-se no ar em meio a uma tormenta. Os 59 passageiros e os 9 tripulantes morreram carbonizados.

Resumo

O voo da 891 da TWA partiu de Milão, na Itália às 16:20 (GMT) em condições atmosféricas com trovoadas dispersas. Cerca de 12 minutos depois, a tripulação relatou estar a 10.000 pés. Às 16:35 ocorreu uma falha estrutural, iniciada pela ruptura de uma asa. O avião fazia a rota Atenas (Grécia)/Chicago (EUA).

Dados do voo

Data: 26.Jun.1959
Aeronave: Lockheed L-1649A Starliner
Operadora: Trans World Airlines - TWA
Prefixo: N7313C
C/n / msn: 1015
Primeiro voo: 1957
Tripulação: Ocupantes: 9 / Mortos: 9
Passangeiros: Ocupantes: 59 / Mortos: 59
Total: Ocupantes: 68 / Mortos: 68
Local: a 32 km (20 milhas) a noroeste de Milão (Itália)
Fase do voo: em rota (ENR)
Natureza do voo: transporte internacional de passageiros
Aeroporto de Partida: Milano-Malpensa (MXP/LIMC), Itália
Aerporto de Destino: Paris-Orly (ORY/LFPO), França
Flightnumber: 891

Causa provável do acidente

"O falha estrutural em voo foi provocada devido à uma explosão de vapores de combustível contidos no reservatório no.7, seguida imediatamente por uma explosão ou de pressão ou uma nova explosão no tanque no.6. Na ausência de outras provas concretas, tendo em conta as condições meteorológicas de muita tempestade, com frequentes descargas elétricas existentes na área, no momento do acidente, pode-se supor que a explosão dos vapores de combustível contido no reservatório No.7 foi objeto de compensação, através do escoamento tubos, por inflamar os vapores do combustível a partir de emissão desses condutores como conseqüência das descargas de eletricidade estática (streamer corona), que desenvolveu sobre as saidas de ventilação."

Fonte: ASN

Avião similar ao acidentado em 1959 - Foto: RM Pettersen

Bolívia comprará avião presidencial após incidente com Morales

O Governo da Bolívia disse na quinta-feira (25) que é necessária a compra de um novo avião para o presidente Evo Morales, depois de uma avaria ter impedido o líder de viajar da Venezuela à sede da ONU, onde deveria discursar hoje sobre a crise econômica global.

O porta-voz presidencial, Ivan Canelas, disse em coletiva de imprensa em La Paz que uma nova aeronave deve ser comprada para substituir a atual (foto acima), que tem 30 anos de serviço.

"O que é preciso ser feito é adquirir um avião para a Presidência da República. Já faz tempo que o país precisa contar com um avião que garanta as viagens a serem realizadas pelo presidente não só ao interior do país, como também ao exterior", disse Canelas.

Morales se viu obrigado hoje a suspender sua participação na cúpula sobre crise global na ONU porque seu avião sofreu uma avaria que depois foi reparada, apesar de já ser tarde para retomar a viagem a Nova York.

Segundo Canelas, o incidente foi causado por "um problema técnico em um dos motores", solucionado depois para que Morales retornasse a La Paz no mesmo aparelho a partir da Venezuela.

Em abril último, Morales decidiu que os US$ 17 milhões que tinha orçado para a compra de um novo avião fossem investidos pela Corte Nacional Eleitoral na construção de um censo biométrico para modernizar o registro de eleitores.

Fonte: EFE via G1 - Foto: momento24.com

Voo 447: Tempo, o vilão na luta para achar caixas-pretas

A partir de terça-feira, quando o acidente com o voo 447 da Air France completar 30 dias, os sinais transmitidos pelas balizas de localização da caixa-preta do avião começarão a perder força, calando completamente em no máximo 60 dias, informa a edição deste domingo do Globo.

Nesse momento, um outro alerta será disparado para as autoridades francesas que investigam as causas da tragédia que matou 228 pessoas: o risco de as principais provas e pistas do que ocorreu se perderem para sempre no fundo do mar, deixando à superfície uma quantidade enorme de interrogações sobre o que levou um dos aviões mais modernos da aviação mundial a despencar 11 mil metros e a se rasgar feito papel no ar, no momento considerado mais seguro durante o percurso de um voo.

Até a última sexta-feira, quando foram encerradas oficialmente as buscas por corpos de vítimas e pedaços da aeronave , a Marinha e a Aeronáutica brasileiras recolheram do mar cerca de 400 destroços, o que ainda é muito pouco para se tentar remontar o avião para uma perícia aprofundada do acidente.

Mas mesmo que o comitê francês de investigação não consiga definir o que realmente ocorreu, especialistas já começam a tirar lições da tragédia. A primeira, inclusive, já mudou a aviação antes mesmo que algum destroço do voo 447 fosse avistado no Atlântico. Grandes companhias aéreas, como a própria Air France, fizeram a troca dos sensores de velocidade de seus Airbus A 330 e A 340. Especialistas suspeitam que o acidente possa estar relacionado a um defeito na peça.

Para o diretor de segurança de voo do Sindicato Nacional dos Aeronautas, comandante Carlos Camacho, está na hora de as empresas encararem como mandatórias as recomendações para peças que possam influenciar na segurança de voos:

- Quando, na aviação, você tem que fazer um recall, isto significa manter a frota aérea em terra até a substituição da peça, o que gera um prejuízo de milhões. Quando é apenas recomendação, o setor jurídico convence o setor técnico a criar protocolos de procedimentos para aumentar a segurança, enquanto essas substituições são feitas a médio ou longo prazos.

Fonte: O Globo

Setor de aviação responde por 5% do aquecimento global

Cada vez mais pessoas usam o transporte aéreo no mundo e, hoje, grandes distâncias podem ser vencidas mais facilmente. A popularização dos aviões, porém, tem um efeito colateral para o clima: as emissões de gás carbônico - principal gás de efeito estufa - da aviação cresceram 42% entre 1990 e 2005.

De acordo com pesquisadores europeus, a contribuição atual da aviação para a mudança climática é comparável à de uma grande economia, como o Reino Unido. Porém, ao contrário daquele país, o setor aeronáutico está aumentando sua participação no problema em vez de reduzi-la.

As informações são de cientistas do Instituto de Pesquisa em Mudança Climática de Potsdam, na Alemanha, e do Centro para Transporte Aéreo e Ambiente, no Reino Unido.

Segundo os pesquisadores Malte Meinshausen e Sarah Raper, em 2005 a aviação foi responsável por 2,8% das emissões de CO2. E, levando em conta o efeito da fuligem, de outros gases e das nuvens produzidas pelos aviões, os cientistas concluíram que o setor foi responsável por 4,7% da mudança climática provocada pelo homem entre 1940 e 2005. Isso representou um aumento na temperatura global de 0,028ºC.

Para o IPCC (painel do clima da ONU), uma elevação de mais do que 2ºC na temperatura é perigosa - serão mais frequentes as secas graves, tormentas e inundações.

Em vista dos dados alarmantes, a aviação não deverá escapar de obrigações no próximo acordo climático, que deve ser fechado em dezembro em Copenhague. O pacto definirá as metas de redução de emissão dos gases de efeito estufa.

Para não serem apanhadas de calças na mão, ainda mais em meio à crise econômica que afeta gravemente o setor, algumas empresas aéreas decidiram criar um grupo para pôr na mesa as propostas de redução de emissões do setor. O AGD (Acordo Global da Aviação, na sigla em inglês) inclui Air France/KLM e British Airways.

Elas apresentaram suas propostas em Bonn, na Alemanha, durante negociações prévias para a conferência de Copenhague. E deram sugestões de metas até 2020 e 2050.

Perto do que os cientistas consideram necessário, as metas são fracas. Além disso, eles colocam como condição para o corte a existência de um comércio de emissões - ou seja, querem pagar pela redução das emissões em outros setores, onde é mais barato fazê-lo, e ganhar créditos para emitir na aviação. E, por fim, dizem que, dependendo de como ficar o acordo político, é improvável atingir qualquer meta.

Isso porque, segundo o grupo, não é possível contar somente com uma gestão mais eficiente dos aeroportos e a melhoria da tecnologia para reduzir as emissões.

"As projeções mostram que as taxas de crescimento do tráfego aéreo em nível mundial irão ultrapassar esses eventuais ganhos da eficiência de combustível ou da melhoria das infraestruturas", afirma Damian Ryan, da ONG Grupo do Clima que integra o AGD.

"Daí a importância de estabelecer um mecanismo de comércio de emissões para o setor de modo que as companhias aéreas possam adquirir licenças de outras indústrias que têm excedentes", afirmou.

Para o climatologista Carlos Nobre, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), o setor deve buscar alternativas - como aviões movidos a biocombustível - e adotar metas audaciosas. "Não se pode pensar em metas mesquinhas em qualquer setor rico como é o da aviação."

Fonte: Afra Balazina (Folha de S.Paulo) via Folha Online - Imagem: vivaterra.org.br

Quatro novos helicópteros Águia serão adquiridos pelo Governo de SP

Um dos atuais helicópteros Águia da Polícia Militar de São Paulo em Ubatuba

O governador José Serra e o secretário da Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, anunciaram, no início da tarde desta sexta-feira (26), que o Governo do Estado irá adquirir quatro novos helicópteros Águia, que serão incorporados à atual frota de 15 helicópteros da Polícia Militar. As aeronaves devem chegar até maio de 2010 e serão destinadas às quatro regiões do interior paulista que ainda não são atendidas integralmente pelo radiopatrulhamento aéreo. Com isso, todas as sedes de Comando de Policiamento do Interior – nove, no total – possuirão pelo menos um helicóptero Águia. De acordo com Serra, "essas unidades serão entregues gradualmente, entre novembro e maio do ano que vem, ampliando a cobertura da radiopatrulha aérea para todo o Estado".

Serão construídas Bases de Radiopatrulha Aérea (BRPAe) nas cidades de Piracicaba, Presidente Prudente, São José do Rio Preto e Sorocaba. Esta medida atende à reivindicação não só dessas cidades, mas das centenas de municípios vizinhos, que agora terão um atendimento mais rápido e eficiente. A presença do Águia nos céus dessas regiões representa um importante reforço em missões de policiamento, resgate de feridos, combate a incêndios, transporte de órgãos, entre outras atribuições.

O processo de compra já está tramitando e as quatro aeronaves custarão cerca de R$ 23,8 milhões. Se somados à construção das bases e às despesas adicionais, como equipamentos, materiais, seguro e outros, os investimentos alcançam R$ 35,9 milhões.

No ano passado, a polícia paulista recebeu três helicópteros – dois para a Polícia Militar e um para a Polícia Civil. Assim como as últimas aquisições, as novas aeronaves, modelo Esquilo AS-350-B2, terão capacidade para seis pessoas e serão equipadas com rádios digitalizados - que permitem a comunicação sem o risco de interceptação; Moving Map - um pequeno computador a bordo da aeronave que pode fornecer mapas e cartas de rotas de um município; farol de busca para localização de pessoas durante o período da noite; guincho para resgate de pessoas e objetos; equipamentos médicos de resgate; maca para remoção; equipamentos de ressuscitação; aparelhos para oxigênio; cordas e ganchos para resgate; esqui com degrau estendido; uma plataforma com degrau para embarque e desembarque de tripulantes com maior segurança; e GPS Garmin - identificador de coordenadas de alta definição, que possui uma interface de melhor qualidade e de fácil acesso.

Conheça as missões atendidas pelos helicópteros Águia

Resgate aeromédico - Suportes avançados de vida, transportando o médico, enfermeiro, equipamentos e materiais necessários até o local da ocorrência no menor tempo possível, para o atendimento pré-hospitalar à vítima.

Remoção aeromédica - Trata-se da remoção de um paciente de um hospital para outro.

Policiamento ostensivo - Um estudo realizado na cidade de Los Angeles (EUA) na década de 60, concluiu que um helicóptero na missão preventiva equivale a 15 viaturas policiais, ou seja, seria necessário esse número de viaturas para que o mesmo número de pessoas sentisse a presença da polícia. Uma única aeronave pode dar suporte a até 37 viaturas.

Policiamento de Choque - É usado nas ações de controle de distúrbios civis (passeatas, rebeliões em presídios, protestos, reintegrações de posse e outras). Além de servir como plataforma de observação, o helicóptero ajuda a manter controle sobre extensas áreas, recebendo e transmitindo informações, dando aos comandantes envolvidos as condições e melhor embasamento para as suas decisões. As aeronaves ainda são empregadas no transporte de equipes especializadas, como o Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE), o Comando de Operações Especiais (COE), entre outras.

Policiamento de Trânsito - Atua como plataforma de observação. Por não ter limitações quanto ao seu deslocamento, respeitando-se as condições meteorológicas e operacionais, o helicóptero, trabalhando conjuntamente com o Policiamento de Trânsito e com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), realiza voos sobre a região metropolitana de São Paulo observando o fluxo de veículos e detectando pontos de congestionamento, suas causas e orientando as equipes em terra.

Policiamento Ambiental - Os voos com as aeronaves permitem que as equipes de fiscalização acessem, pelo ar, pontos que dificilmente seriam detectados por vias terrestres. Esta ação dinamiza o trabalho das equipes de terra para a autuação dos infratores. Para essa missão também são empregados os aviões do Grupamento.

Combate a incêndios - Em incêndios de grandes proporções, os helicópteros tem múltiplas aplicações: avaliação global da situação para permitir um bom planejamento do combate; resgate de vítimas ou equipes técnicas cercadas pelo fogo, transporte de material e lançamento de água sobre os focos.

Defesa Civil - Nos últimos anos, em grandes desastres ocorridos em São Paulo e até em outros Estados, como em Santa Catarina, os helicópteros mostraram versatilidade socorrendo vítimas, prestando ajuda à população flagelada, resgatando pessoas isoladas, transportando alimentos, remédios, equipes médicas e mesmo sangue humano para cirurgias emergenciais.

Transporte de órgãos - É também um serviço relevante prestado pelo Grupamento, com utilização dos aviões ou helicópteros.

Fonte e foto: Canal de Rio Claro - Foto: Assessoria de Comunicação Social/PMU

Região de Sorocaba (SP) terá helicóptero exclusivo da PM

O Comando de Policiamento do Interior (CPI) 7, sediado em Sorocaba, terá um helicóptero Águia exclusivo para operações policiais e de salvamento até maio do ano que vem. O anúncio foi feito ontem pelo governador José Serra (PSDB) e pelo secretário da Segurança Pública, Antônio Ferreira Pinto. O helicóptero modelo Esquilo AS 350 B2 terá base, com hangar, no aeroporto de Sorocaba. Para o comandante do CPI-7, coronel Silvério Leme Filho, a aeronave atenderá necessidades da PM em Sorocaba e mais 78 municípios da região. Um engenheiro já foi designado para projetar a base. Com um helicóptero exclusivo para o CPI-7 não será mais preciso vir aeronave da capital ou de outras regiões do Estado para as operações, como as realizadas quinta-feira e ontem.

O governo estadual adquiriu quatro novos helicópteros para o interior que serão destinados às regiões que ainda não eram atendidas integralmente pelo radiopatrulhamento aéreo: Piracicaba, Presidente Prudente, São José do Rio Preto e Sorocaba. Com isso, todas as sedes de Comando de Policiamento do Interior - nove, no total - possuirão pelo menos um helicóptero Águia, informa a assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública (SSP).

O processo de compra foi iniciado e as quatro aeronaves custarão R$ 23,8 milhões - R$ 5,9 milhões cada uma. Contando com a construção das bases e despesas adicionais, como equipamentos, materiais e seguro, o investimento total será em torno de R$ 36 milhões. O helicóptero tem capacidade para seis pessoas e inclui uma série de equipamentos: rádio digital, computador de bordo que fornece mapas e rotas, holofote, guincho para resgate de pessoas e objetos, aparelhos médicos de emergência e GPS de alta definição.

A Base de Radiopatrulha Aérea (BRPA) de Sorocaba será construída em área do aeroporto Bertram Luiz Leupolz. Segundo o comandante do CPI-7, o lugar está sendo definido com o Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp). A base terá hangar para proteger o helicóptero e oficina de manutenção. Os pilotos virão da capital. Leme Filho explica que a permanência da aeronave em Sorocaba demanda uma equipe especializada e logística, que estamos providenciando.

O prazo final para entrega é maio do ano que vem, mas os helicópteros podem chegar antes. As quatro unidades serão incorporadas à atual frota de 15 da PM de São Paulo. O comandante do CPI-7 cita usos específicos do serviço de radiopatrulhamento aéreo: policiamento ostensivo, policiamento ambiental, localização de desmanches clandestinos de veículos, controle de trânsito, socorro médico, transporte de órgãos para transplantes, combate a rebeliões em presídios e atendimento a vítimas de enchentes e de acidentes de grande proporção.

Fonte: Marcelo Roma (Jornal Cruzeiro do Sul) - Foto: Adival B. Pinto

Trip anuncia investimento de R$ 400 milhões em novos aviões

O presidente da Trip Linhas Aéreas, José Mário Caprioli, estabeleceu como meta superar a marca de 100 cidades atendidas nos próximos dois anos. Para isso, a empresa pretende investir R$ 400 milhões na ampliação de sua frota de aviões.

"Serão de oito a 10 novos aviões por ano, metade deles turboélices ATR e a outra metade, jatos da Embraer , que serão fundamentais para o nosso crescimento em rotas de longa distância", afirmou Caprioli, na noite da última quarta-feira, durante cerimônia de entrega do terceiro jato Embraer 175, em São José dos Campos.

A companhia conta hoje com uma frota de 25 aeronaves e opera em 73 cidades, mas pretende encerrar 2009 com um total de 30 aeronaves e ampliar a sua cobertura para 80 cidades.

Os novos jatos 175 entram em operação este mês nas novas rotas que interligam o Rio de Janeiro, a partir do aeroporto Santos Dumont, a 42 municípios em todo o Brasil, sendo 13 destinos diretos. Segundo Caprioli, na próxima semana a Trip vai receber a quarta aeronave da Embraer e, em novembro, a última.

A Trip possui ainda opções de compra para mais 10 jatos da Embraer e direito para adquirir outros 15, em um contrato que pode chegar superar US$ 1 bilhão. A compra dos cinco aviões da Embraer está sendo financiada pelo BNDES e pelo Banco do Brasil. A companhia também comprou cinco ATR, dois quais dois já foram entregues e o restante está previsto para o segundo semestre deste ano.

Caprioli disse que ainda está negociando com a Sudene a expansão da companhia na malha aérea regional do Nordeste e que espera uma definição sobre esse tema até o começo de 2010.

"O nosso desafio é vencer no longo prazo. Não estamos preocupados com vitórias de curto prazo. A Trip já é hoje a maior empresa aérea regional do país, por servir o maior número de cidades", disse o executivo.

A expectativa da empresa, acrescenta, é que sua participação de mercado, que em maio foi de 1,32%, atinja 2,5% até o final deste ano. "Esperamos consolidar esse crescimento de participação de mercado durante o segundo semestre com o recebimento dos novos aviões", disse.

Em 2009, a previsão do presidente da Trip é que o faturamento da companhia seja de R$ 520 milhões, o que representa um crescimento de 62% em relação a 2008. Para 2011, Caprioli espera chegar a uma receita de R$ 800 milhões.

Fonte: Virgínia Silveira (Valor Econômico)

Concluídas mais duas etapas do aeroporto de Cacoal (RO)

O aeroporto de Cacoal (foto) teve mais duas etapas concluídas. Tratam-se do pátio de estacionamento de veículos na frente do terminal de passageiros e do acesso do prédio da Secção de Combate a Incêndio (Secinc) até a pista de pouso de decolagem. As obras foram encerradas esta semana e a empreiteira agora concentra os trabalhos na urbanização do local, informou o diretor executivo do Departamento de Estradas de Rodagem e Transportes (DER), Dilmar Golin. No local foram investidos mais de R$ 16 milhões, com a contrapartida do Governo do Estado.

No último dia 4 a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) homologou o aeroporto de Cacoal, deixando-o apto a receber vôos de aeronaves de pequeno porte. O Governo do Estado recebeu o comunicado da Anac por meio do DER, responsável pelo projeto do aeródromo e pela pavimentação do pátio de aeronave.

Golin ressaltou que, dentro de poucos meses o aeroporto estará apto a receber vôos de grande porte. Para que isso ocorra, a Anac exigiu a construção de Seção de Combate a Incêndio (Secinc), que está em fase de licitação.

Fonte: Rondonoticias - Foto: rondonia.ro.gov.br

Anac volta a discutir Pampulha e Congonhas

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) retomará, nas próximas semanas, duas polêmicas que estavam adormecidas e prometem despertar novas disputas: a reabertura do aeroporto da Pampulha (MG) para as grandes companhias aéreas e a redistribuição de espaços em Congonhas (SP).

Ambas estão na pauta da agência reguladora para o segundo semestre e devem esquentar os debates no setor, depois das controvérsias sobre o fim de restrições operacionais no Santos Dumont e a introdução de liberdade tarifária nos voos para Europa e Estados Unidos.

As duas novas ações começaram a ser preparadas na virada do ano, mas a Anac decidiu retirá-las de pauta por uma questão de estratégia. A agência avaliou que o ambiente havia ficado carregado demais após a batalha travada com o governador do Rio, Sérgio Cabral, pela revogação de portaria do extinto Departamento de Aviação Civil (DAC) que limitava o uso do Santos Dumont para além de voos da ponte aérea Rio-São Paulo. Logo depois, a derrubada de restrições para descontos nas tarifas de rotas internacionais de longo curso provocou fortes queixas da TAM.

Os diretores da Anac preferiram "dar um tempo" na adoção de novas medidas regulatórias para "desanuviar o ambiente". A pauta do segundo semestre começa agitada, com a entrega do modelo para a concessão de aeroportos à iniciativa privada até o fim de julho. Em seguida, a intenção da Anac é retomar a discussão sobre a Pampulha, o aeroporto central de Belo Horizonte, tema considerado de "alta sensibilidade" pela agência. O governador de Minas, Aécio Neves, é contra a ideia e teme o esvaziamento do aeroporto de Confins.

A Anac deverá propor a revogação de portaria do DAC, editada em março de 2005, que limitou o uso da Pampulha à aviação executiva ou a ligações comerciais feitas com turboélices para até 50 passageiros. Na prática, a medida expulsou as empresas de maior porte e desativou voos da Pampulha para outras capitais.

Se for confirmada, depois de consulta pública, a medida permitirá o retorno das grandes aéreas ao aeroporto central de BH e voos, por exemplo, para Congonhas ou Santos Dumont. Para a agência, o efeito da medida será muito menor que a liberação do aeroporto carioca: a Pampulha tem severas restrições no terminal de passageiros, que tem capacidade para a movimentação de não mais do que 400 pessoas por hora, em média. Isso significa duas operações - um pouso e uma decolagem - por hora. Ou seja, a agência descarta uma migração de voos de Confins para a Pampulha e prevê pouquíssimas novas rotas para cada empresa.

Outra questão bastante delicada envolverá o aeroporto de Congonhas, o mais cobiçado do país pelas companhias aéreas. Atualmente, é o único que tem toda a sua grade horária saturada - ou seja, mesmo querendo usá-lo, as empresas não conseguem abrir ou expandir suas operações ali.

Em outubro de 2008, a Anac apresentou regras para redistribuir os "slots" (faixas de horário para pousos e decolagens) de Congonhas. A cada dois anos, pela proposta da agência, até 20% dos slots seriam distribuídos de uma aérea para outra, com base no desempenho operacional das empresas - indicadores como regularidade e pontualidade dos voos realizados.

O assunto é prioritário para todas as grandes empresas. Basta lembrar que um dos motivos alegados pela Gol para comprar a Varig por US$ 320 milhões em 2007 foi a presença da companhia em Congonhas. O envio de contribuições pelas aéreas, durante a fase de consulta pública aberta pela agência reguladora, levou diretores da Anac a considerar algumas mudanças nas regras propostas inicialmente.

Uma provável alteração é o alongamento do tempo de redistribuição de "slots". O prazo de dois anos é considerado insuficiente para deslanchar novas operações - muitas vezes, elas são complexas e podem exigir até o leasing de novas aeronaves; por isso, dois anos seria apertado demais para sentir o retorno dessas investidas. Outra mudança em análise é o uso dos registros de incidentes - como derrapagens - como critério de exame do desempenho operacional.

A divulgação da proposta para redistribuir os "slots" de Congonhas coincidiu com o início das operações da Azul, o que levava muita gente no setor a especular sobre o benefício trazido pela Anac à empresa de David Neeleman. Os comentários acabaram porque, entre as regras sugeridas pela agência, estava a exigência de que companhias interessadas em operar em Congonhas tivessem pelo menos seis meses de atuação no mercado para candidatar-se a receber "slots". Na época, esperava-se que a conclusão das discussões na Anac impediria a Azul de acumular tempo suficiente para o pedido. Agora, a empresa já pode candidatar-se a entrar em Congonhas, mas deverá ter um número bastante limitado de operações. A agência rechaça insinuações de privilégio.

Fonte: Valor Econômico

Após 19 anos, missão da sonda Ulysses vai ser desligada

NASA e ESA anunciaram o desligamento do robô devido a problemas com energia, localização e antenas

O robô Ulysses foi lançado em 1990

A Nasa e a Agência Espacial Europeia (ESA) estão prestes a interromper a missão da sonda que simplesmente não desiste. O robô Ulysses foi lançado em 1990 pelo ônibus espacial Discovery. Ele deveria funcionar por cinco anos, mas está agora próximo dos 19 (com 9, 3 bilhões de quilômetros rodados) e continua funcionando.

Há 16 meses, as duas agências espaciais anunciaram que o Ulysses estava congelando e que deveria parar de funcionar em poucas semanas. De alguma maneira, ele continuou funcionando, mandando importantes informações científicas sobre um ano extraordinariamente calmo para os ventos solares.

Isso vai acabar na terça-feira, 30, quando as agências espaciais vão desligar o transmissor do Ulysses. Representantes afirmam que problemas com energia, localização e antenas fazem com que a sonda não seja mais útil.

Fonte: AP via Estadão.com.br - Imagem: ESA

Atolado, robô Spirit faz novas descobertas em Marte

Rodas girando em falso na areia revelam camadas do solo marciano até então desconhecidas

Os diferentes solos revelados pelo robô; as cores foram intensificadas para reforçar contraste

O robô Spirit, preso em um tipo de solo marciano que dificulta a tração de suas rodas, está tirando vantagem da situação para aprender mais sobre a história do clima do planeta vermelho.

Em abril, o Spirit entrou em uma área composta de pelo menos três camadas de solo, de diferentes cores, escondidas sob um manto de areia escura. Cientistas apelidaram o local de "Troia". Ao girar, as rodas do robô acabaram enterrando-se no local. A equipe responsável pelo robô está há semanas estudando meios de desatolá-lo.

Enquanto espera instruções detalhadas, o Spirit está examinando Troia, que fica a cerca de 3 km do local onde o robô desceu em Marte, em janeiro de 2004.

Segundo um dos cientistas envolvidos no controle do robô, Ray Arvidson, "por sorte, Troia é um dos lugares mais interessantes onde Spirit já esteve. Fomos capazes de estudar cada camada, cada coloração diferentes dos solos interessantes expostos pelas rodas".

"As camadas têm areia basáltica, areia rica em sulfatos e áreas com materiais ricos em sílica, possivelmente separados pelo vento e cimentados por finas camadas de água. Ainda estamos na fase de ter diversas hipóteses", disse Arvidson.

Fonte: Estadão.com.br - Imagem: NASA

Site da Anac abre espaço para avaliação do atendimento das companhias aéreas

Quem viaja de avião agora pode avaliar o serviço e ajudar os próximos passageiros na escolha da empresa aérea que melhor atenda às suas necessidades. Há cerca de um mês, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) criou, em seu site (www.anac.gov.br), espaço para que passageiros deem notas em 11 quesitos como serviço de bordo, conforto dos aviões e pontualidade. Os resultados formam o Ranking Popular da Aviação.

O levantamento baseia-se no modelo de sites de reserva de hotéis do exterior, que exibem notas e comentários dos usuários sobre os estabelecimentos. Segundo o chefe da assessoria de comunicação da Anac, Paulo Henrique de Noronha, são feitas cerca de 10 avaliações por dia. A agência só considera classificadas as companhias com mais de 100 avaliações, que, até ontem, eram apenas a Azul, com média 7,40 em 112 avaliações, TAM, com nota 6,10 e 292 avaliações, e Gol/Varig, com 5,85, em total de 312 notas

“Cada quesito pode ser mais importante para um perfil. Pessoas com deficiência física podem escolher a companhia por sua avaliação no atendimento a necessidades especiais”, afirma ele. “Quem vai fazer viagem mais longa pode valorizar mais o conforto da poltrona”.

A TAM, por meio de sua assessoria de imprensa, considera o ranking espaço democrático para a expressão do público, mas ressalta que a enquete pode levar a distorções. A Gol afirma que qualquer iniciativa de avaliação isenta é positiva. Para o diretor executivo da OceanAir, Renato Pascowitch, ele mostra o que a companhia tem a oferecer além do preço, e ressalta seu benefício para o mercado. “O passageiro pode perceber que as menores são bem avaliadas e passar a ter confiança.”

O ranking faz parte do “Espaço do Passageiro”, um projeto do site da Anac, que, segundo Noronha, deve abrigar, até o final do ano, um fórum onde os usuários poderão dar suas opiniões, páginas com informações sobre as companhias, os atrasos de cada uma e avaliação de aeroportos.

As empresas aéreas também podem tirar benefícios. “Elas fazem pesquisas, mas esta é mais uma ferramenta para diagnosticar onde elas precisam melhorar”, afirma Noronha, da Anac.

Dentre as cinco companhias com mais avaliações em voos domésticos, quatro vêm tendo no quesito ‘atendimento a reclamações’ seu pior desempenho. A Gol tem sua pior nota em ‘serviço de bordo’, e afirma que vem fazendo esforços para dar melhores opções aos passageiros.

Fonte: Jornal da Tarde

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Ryanair só permitirá mala de mão

A Ryanair, maior empresa aérea europeia de baixo custo, proibirá os passageiros de viajar com bagagens a despachar e permitirá apenas as de mão, dentro de seus esforços para reduzir despesas.

A companhia pretende, a partir da próxima primavera (outono no Hemisfério Sul), oferecer autorização "ilimitada" para bagagens de mão que cumpram as dimensões determinadas pelos governos locais e vetar as malas que precisem ser despachadas nos balcões dos aeroportos para os porões de carga dos aviões, segundo afirmou ontem o executivo-chefe da Ryanair, Michael O´Leary. A empresa aérea prevê economia de € 20 milhões por ano com a medida.

"Vamos passar de uma bagagem que precisa ser despachada para mais bagagens de mão", disse O´Leary. "Não é o fim do mundo [...], só soa como algo revolucionário. Posso assegurar que não é."

A Ryanair, com sede em Dublin, havia anunciado planos de deixar de usar os balcões de registro dos passageiros a partir de 1º de outubro, passando o check in para o site da empresa. De acordo com as novas regras de O´Leary, os passageiros terão de levar, eles mesmos, todos seus pertences a bordo do avião. As bagagens serão enviadas para os porões da aeronave só se os compartimentos destinados à bagagem de mão ficarem lotados.

"Colocará uma pressão significativa sobre a infraestrutura de segurança dos aeroportos, mas é mais uma opção de negociação de custos com os aeroportos e os responsáveis por cuidar da bagagem", observou o analista Andrew Lobbenberg, do Royal Bank of Scotland, em Londres, que recomenda a compra das ações da Ryanair.

A autoridade de aviação civil do Reino Unido informou que não estudará o caso até ser comunicada pela Ryanair sobre a promoção da mudança. A BAA, que opera aeroportos como o de Stansted, em Londres, maior centro de operações da Ryanair no Reino Unido, disse que avaliará a proposta mais detalhadamente.

"Hoje, cada aeroporto possui uma política diferente sobre a bagagem de mão, dependendo de suas condições particulares", afirmou o porta-voz da BAA, Stuart Butchers. "Essas políticas são negociadas de forma unilateral entre o operador do aeroporto, as empresas aéreas e o Departamento de Transporte."

O Departamento de Transporte informou ser responsável apenas pelas restrições de volume das bagagens de mão, que devem ter dimensões de 56 cm por 45 cm por 25 cm. O'Leary afirmou ontem que os passageiros poderiam não ter mais como transportar itens como esquis, embora tenha acrescentado que os detalhes ainda precisam ser definidos.

Cerca de 70% dos clientes da Ryanair já viajam sem despachar malas. Atualmente, os passageiros podem levar a bordo no compartimento superior um volume de até dez quilos. Para despachar malas de até 15 quilos, a empresa aérea cobra € 20. Além disso, há uma taxa de € 15 por quilo.

O'Leary também disse ontem que a Ryanair deixará de expandir seus nove centros de operações no Reino Unido como protesto contra os impostos locais sobre viagens. Para o executivo, a taxa de 10 libras esterlinas (US$ 16,5) por passageiro está tornando o Reino Unido "um destino não competitivo". O imposto custará empregos e prejudicará a receita com turismo, segundo O´Leary.

Fonte: Valor Econômico

Polícia explode bomba em aeroporto dos EUA, mas descobre que era uma lata com mangas

Incidente foi registrado no aeroporto de Columbus, em Ohio (EUA).

Esquadrão antibomba foi chamado após raio-x não detectar o produto.

As autoridades do aeroporto de Columbus, no estado de Ohio (EUA), chamaram o esquadrão antibomba depois que os equipamentos de raio-x não detectaram o que estava dentro de uma lata guardada na bagagem de uma passageira, segundo a emissora "10 TV".

Suposta bomba não passava de uma lata de conserva com mangas

Mas, quando explodiram o objeto, descobriram que a suposta bomba não passava de uma lata de conserva com mangas descascadas. De acordo com a reportagem da "10 TV", o incidente foi registrado na última terça-feira (23).

A bagagem estava identificada como comida para bebês, mas as autoridades de segurança do aeroporto ficaram desconfiadas quando a proprietária alegou que a lata continha produtos em conservas.

Fonte: G1 - Imagem: Foto: Reprodução/10 TV

O governo dos EUA autoriza a construção do Spaceport

Aeroporto espacial

A primeira base de lançamento de naves para turismo no cosmo


"O mundo passará a visitar o cosmo com pacotes turísticos que serão fechados como se fôssemos conhecer outros países." A frase é do americano Richard Branson, proprietário da Virgin Galactic, empresa que desenvolve espaçonaves exclusivamente destinadas ao turismo espacial. O seu entusiasmo se justifica: ele comemorou na semana passada a decisão das autoridades do setor da aviação civil dos EUA de dar sinal verde à construção do primeiro porto espacial comercial do planeta. Após dois anos de estudo sobre o impacto ambiental que uma obra dessa natureza acarretaria, a Administração de Aviação Federal (FAA) cedeu a licença. Começa assim a ser construído o Spaceport America, sob a única, mas inegociável exigência, de que os engenheiros envolvidos no projeto "ergam esse sonho da humanidade sobre os alicerces da sustentabilidade, criando uma arquitetura altamente tecnológica, porém verde".

Essa determinação, feita com certa dose de romantismo mas nem por isso pouco enfática, partiu do próprio diretor do Spaceport, o engenheiro Steven Landeene. Segundo ele, a autorização do governo é um passo necessário para se criar um porto espacial comercial totalmente operacional, uma vez que o anseio das pessoas em se lançar nessa jornada é um fato consumado: "Para que elas usem espaçonaves da mesma forma que utilizam aviões é preciso vencer a burocracia. O turismo espacial, até então, era visto como algo distante. Agora está perto porque em 2010 o Spaceport estará operando."

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Entre as montanhas Organ, no deserto do Novo México, centenas de máquinas já começaram a remover a terra. Nem bem iniciaram o seu funcionamento, no entanto, 300 reservas para os voos foram confirmadas e pelo menos 85 mil pessoas estão na fila de espera. Um detalhe importante: existe passagem que custa US$ 200 mil (seis minutos fora da órbita da Terra) e há aquelas que saem por astronômicos US$ 20 milhões (uma semana na Estação Espacial Internacional). "Apesar da crise financeira que atinge todo o mundo, os milionários estão em busca de novas experiências de vida. Eles não encaram uma viagem dessas como artigo de luxo", disse à ISTOE Carolina Perez, dona de uma agência em São Paulo que já possui entre seus clientes pessoas interessadas em fazer o tour da gravidade zero. Enquanto o porto não fica pronto, uma base militar no deserto de Mojave, na Califórnia, funciona provisoriamente como plataforma - afinal, quem despende tanto dinheiro merece mesmo esperar até o ano 2010? Esse é o caso - e o sonho - do empresário e exartista Guy Laliberte, fundador do Cirque du Soleil. Vinte milhões de dólares é a quantia que ele desembolsou para conhecer a Estação Espacial Internacional, a cerca de 350 quilômetros da órbita da Terra. Isso se dará em setembro. Laliberte está contente?

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É claro que sim, mas isso não quer dizer que esteja satisfeito. Ou seja: ele já planeja a sua próxima excursão: "Com a inauguração do Spaceport America ficará mais fácil viajar com frequência para fora do planeta."

O que o empresário quer dizer, em palavras mais diretas, é que a base militar de Mojave pertence à Nasa e ela não está disposta a dividir o tempo todo o palco de lançamento de seus foguetes (em missões científicas) com amadores passeios turísticos. O investimento para se erguer o Spaceport, segundo o seu diretor, passará de US$ 500 milhões. Risco de prejuízo? Difícil. As 300 reservas feitas já montaram um caixa de US$ 60 milhões e ainda há a interminável fila de interessados. Esse aeroporto espacial ocupará uma área de 31 quilômetros quadrados e seu conceito foi desenvolvido por arquitetos americanos e ingleses que previram a utilização de painéis solares para climatização e geração de energia. Na parte exterior, um hangar de nove mil metros quadrados abrigará os veículos White Knight 2 e Space Ship 2, da Virgin Galactic. "Que tal sair em férias e olhar a Terra estando fora dela?", pergunta - e provoca - o empresário Branson.

Fonte: Luciana Sgarbi (IstoÉ) - Imagens: divulgação

Julgamento de ex-astronauta que agrediu rival começa em dezembro

A ex-astronauta da Nasa (agência espacial americana) Lisa Nowak começará a ser julgada em 7 de dezembro pela agressão a uma capitã da Força Aérea que era sua rival num triângulo amoroso.

As audiências do caso serão num tribunal de Orlando, no centro da Flórida. Antes, em 10 de novembro, os advogados de defesa e os promotores terão a chance de apresentar qualquer tipo de moção relacionada ao caso, segundo um documento judicial divulgado na quinta-feira (25).

Nowak, de 44 anos, esteve na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) em 2007. Durante a missão, operou um braço robótico durante atividades na plataforma.

Acusada de tentativa de sequestro, agressão física com uma arma e tentativa de roubo de veículo, a ex-astronauta teria espirrado spray de pimenta na capitã Colleen Shipman.

O ataque aconteceu no estacionamento do Aeroporto Internacional de Orlando, depois que Nowak dirigiu 1.800 horas sem parar nem ir ao banheiro para chegar a tempo de encontrar sua rival desembarcando de um voo procedente de Houston (Texas).

À época, Nowak foi detida pela Polícia de Orlando e submetida a um "intenso" interrogatório, que não será usado contra ela no julgamento pelo fato de os investigadores terem violado seus direitos constitucionais.

Segundo os autos do processo, Nowak descobriu o caso entre Shipman e seu ex-amante, o coronel William Oefelien, comandante do ônibus espacial "Discovery". Depois, num ataque de ciúmes, tentou seqüestrar a rival.

Por causa do escândalo, Oefelien e Nowak perderam o emprego na Nasa.

Numa gravação do interrogatório feito pela Polícia, Nowak disse que só queria "assustar" e falar com a concorrente.

Na época da agressão, a ex-astronauta estava deprimida e fora de si, segundo o advogado de defesa Donald Lykkebeck.

Fonte: EFE via G1 - Foto: NASA

Explosão de estrelas explica mistério do programa Apollo

Raios cósmicos gerados na Via Láctea são acelerados pela explosão de estrelas, mostra novo estudo

O remanescente de supernova RCW 86, que fica a 8.200 a anos-luz da Terra e permitiu a descoberta

Combinação de dados do Telescópio Muito Grande do Observatório Europeu Austral (ESO), baseado no Chile, e do observatório orbital Chandra, na Nasa, mostra que os raios cósmicos gerados no interior da Va Láctea são acelerados pelos restos deixados pela explosão de estrelas. O trabalho que descreve a descoberta está publicado no serviço online Science Express, da revista Science.

Durante os voos do Programa Apollo, astronautas informaram ver estranhos lampejos de luz, mesmo com os olhos fechados. De lá para cá, cientistas determinaram que a causa eram raios cósmicos, partículas extremamente energéticas de fora do Sistema Solar que bombardeiam constantemente a atmosfera terrestre.

Os chamados raios cósmicos galácticos, provenientes de fontes no interior da Via Láctea, são em sua maior parte prótons movendo-se perto da velocidade da luz. Esses prótons foram acelerados a energias que superam em muito, até mesmo, as que serão geradas no Grande Colisor de Hádrons (LHC) do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear, o Cern.

"Há tempos que se imaginava que os aceleradores que produzem esses raios cósmicos na Via Láctea são o invólucro em expansão de estrelas que explodiram, mas nossas observações são a prova final que conforma isso", disse a astrônoma Eveline Helder, da Universidade de Utrecht, na Holanda, em nota divulgada pelo ESO.

A equipe de Eveline é a primeira a apresentar uma medição que resolve a dúvida de se as explosões de estrelas geram partículas aceleradas em quantidade suficiente para explicar o número de raios cósmicos que atingem a atmosfera terrestre.

O estudo indica que a resposta é positiva, e mostra quanta energia é transferida, a partir da onda de choque gerada pela explosão, para as partículas que dão origem aos raios cósmicos.

"Quando a estrela explode no que chamamos de supernova, parte da energia é usada na aceleração de algumas partículas a velocidades extremamente altas", disse ela. "Essa energia é usada na aceleração não está disponível para aquecer o gás, que portanto é mais frio do que o esperado".

Os pesquisadores analisaram o remanescente de uma estrela que explodiu no ano 185, e que foi registrada por astrônomos chineses. O remanescente, chamado RCW 86, fica a 8.200 anos-luz.

Fonte: Estadão.com.br - Imagem: NASA

Crea ‘reprova’ estrutura do Aeroporto Marechal Rondon (MT)

Relatório da vistoria realizada pelo órgão aponta deficiências e questiona renovação de alvará de funcionamento por parte da prefeitura de Várzea Grande

Problemas vão desde a sinalização à instalação inadequada de ponto de ônibus na região, diz Crea

O Aeroporto Internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande, não permite a circulação com autonomia de deficientes físicos ou pessoas com mobilidade reduzida. É o que aponta o relatório das vistorias feitas no início do mês pelo Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea), e que agora confirma o que já era deduzido mesmo pela população local sem olhar técnico. Por falta da estrutura devida, o prédio nem poderia ter o alvará de funcionamento renovado, segundo o Crea. A documentação deve ser ainda investigada.

“Esse espaço público é inacessível, impedindo ou dificultando parcela da população de usufruí-lo”, diz o documento, referindo-se à falta de acessibilidade em espaços que vão desde a sinalização e a estrutura da Superintendência Regional da Infraero - que também compreende ruas e calçadas do entorno - até o inadequado ponto de ônibus instalado nas proximidades pela prefeitura de Várzea Grande.

Segundo o relatório, o aeroporto não atende à legislação que determina as regras de acessibilidade e, por conta disso, a Infraero “não poderia ter renovado seu alvará de funcionamento junto à prefeitura municipal de Várzea Grande, nem sua licença junto ao Corpo de Bombeiros”. O documento, que apresenta uma série de recomendações para melhorias no aeroporto, foi enviado pelo Crea à Infraero e ao procurador da República Gustavo Nogami. Ele ainda não anunciou que medidas adotará.

Coordenador de acessibilidade do Crea, Givaldo Dias Campos enfatiza que a pior carência do aeroporto é o sistema de embarque e desembarque de passageiros com necessidades especiais. O passageiro cadeirante tem de ser carregado, o que é um constrangimento, diz Campos.

O improviso por parte dos funcionários das empresas aéreas ocorre devido à falta de um sistema de embarque por meio de pontes ou aparelhos de elevação como o “ambulift”, mecanismo que ergue o passageiro especial até a entrada da aeronave.

Outro aspecto observado é o acesso à área do aeroporto. Segundo o coordenador de acessibilidade, as rotas de entrada não oferecem sinalização e suporte nem para o deficiente que chega de carro (as vagas especiais estão fora das normas técnicas), ônibus, táxi ou a pé. As calçadas do local não possuem rebaixo e o pavimento é ruim.

Dentro do aeroporto, foram reprovadas também as estruturas da praça de alimentação, banheiros (só há um banheiro unissex com acessibilidade), saguão, espaço da Vigilância Sanitária, Polícia Federal e a sala de embarque, que sequer possui bancos adequados. O Crea recomendará à Procuradoria da República que exija alterações estruturais à Infraero.

Fonte: Renê Dióz (Diário de Cuiabá)