
- O Instituto de Criminalística falou que tínhamos que realizar um procedimento jurídico pedindo a liberação do que foi encontrado e entrei em contato com os advogados da TAM pedindo isso. Queremos fazer uma cremação coletiva com os restos. Temos direito a isso. A minha filha está lá entre os fragmentos - , diz Scott
Segundo ele, cada família de passageiro deveria individualmente pedir a liberação.
- É triste, mas essa é a realidade. Queremos fazer um enterro digno para eles - explica.
Por meio da Secretaria de Estado de Segurança Pública, o superintendente da Polícia Técnica Científica, Celso Perioli, informou que os fragmentos de corpos já identificados de algumas vítimas estão à disposição dos familiares no Instituto Médico Legal (IML). O órgão não diz se é ou não necessário um procedimento jurídico para a retirada.
- São fragmentos pequenos de vítimas que já haviam sido reconhecidas e liberadas e que foram identificadas depois. O trâmite é mais complicado - diz.
O diretor do Instituto de Criminalística, Oswaldo Negrini, afirma que o órgão guarda pequenas partes de todas as vítimas identificadas como uma espécie de "contra-prova", caso seja necessária a realização de uma nova perícia. "É uma obrigação legal guardarmos isso", explica.
- O que pode ter acontecido é que muitos corpos foram liberados na época, a pedido das famílias, enquanto as buscas continuavam. Podem ter achado uma parte de um corpo identificado posteriormente e que depois foi liberado - completa Negrini.
Segundo o diretor, o instituto buscou reconstruir corpos das vítimas da tragédia em Congonhas. E isso ia sendo feito à medida que fragmentos e partes eram encontradas, "para tentar entregar à família o corpo inteiro".
Ele ressalta, porém, que os caixões foram entregues aos familiares lacrados, e que, apenas alguns poucos casos, foi possível a reconstituição do rosto, devido ao fato dos corpos terem sido carbonizados.
Fonte: Tahiane Stochero (Diário de S.Paulo) via O Globo
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