segunda-feira, 14 de julho de 2008

Um ano após tragédia da TAM, problemas em Congonhas persistem

Um ano após o acidente com o vôo 3054 da TAM, o Aeroporto de Congonhas ainda vive o risco de operar aviões grandes, como o airbus A320 e o Boeing 737-800, em uma pista pequena, de 1.941 metros, numa área cercada de prédios. Para o diretor de segurança de vôo do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Carlos Camacho, no aeroporto é difícil lidar com falhas simples. Segundo ele, a cada mil pousos de aviões grandes com problemas, em Congonhas, um pode acabar em acidente. Em Guarulhos, esse risco cai para uma possibilidade a cada um milhão de descidas, porque a pista é maior - tem 3.700 metros. As falhas simples nos aviões geralmente estão ligadas aos sistemas de freio.

Ações prometidas pelo governo federal, como encerrar as conexões e limitar o destino das viagens a 1.500 quilômetros, também foram deixadas de lado. E estas práticas voltaram a fazer parte da rotina do aeroporto.

Outro problema é a inexistência da área de escape nas duas pistas - a principal e a auxiliar. O que foi feito em Congonhas é a chamada "área de segurança de final de pista", ou seja, a faixa de pouso foi encurtada, e o trecho excedente fica reservado para uma emergência. A área de segurança obriga o piloto a calcular o pouso numa pista menor, e a diminuir o peso no avião. Mas uma área de escape verdadeira tem um piso de areia, grama ou poroso.

As mudanças em Congonhas foram a diminuição dos pousos e decolagens de 48 para 34 por hora, e a proibição da descida com o reverso (sistema que ajuda a frear) travado. Segundo o Ministério da Defesa, o movimento do aeroporto caiu 18% no primeiro semestre.

A construção de uma terceira pista no Aeroporto de Guarulhos foi descartada, porque ficaria com 1.500 metros - menor que a de Congonhas. O terceiro aeroporto de São Paulo está previsto para depois de 2020, em local ainda indefinido. O Ministério da Defesa diz que o Aeroporto de Viracopos, em Campinas, será expandido até 2015, com uma segunda pista.

- A desvantagem é a distância até lá - ressalta o consultor em aeroportos Oswaldo Sansone.

Fonte: Gabriel Batista (Diário de S. Paulo)

Avião de pequeno porte cai na Bolívia

Um avião Cessna, prefixo CP-2452 caiu no sábado (12) ao realizar uma aterrissagem forçada em Zaragoza, na Bolívia.

A aeronave partiu de Villamontes com destino ao Aeroporto El Trompillo, em Santa Cruz e sofreu o acidente às 19:00 (hora local), de acordo com os informes preliminares da polícia.

O piloto Franz Rubín de Celis, 33 anos, de Cochabamba, licencia de aviador nº 003773, viajava em companhia de Lucía Aguirre Castedo, de 21 anos, com quem não tem parentesco. Ambos saíram ilesos do acidente.

Fontes extra-oficiais revelaram que o piloto é capitão da Força Aérea.

O Cessna, que caiu no Parque Industrial da cidade, foi levado para o Aeroporto El Trompillo para que se realizem os reparos necessários. A aeronave teve a estrutura de suas asas partida.

Fontes: El Mundo / El Nuevo Día

Sobreviventes de acidente da TAM preparam livro

A idéia da obra surgiu ao se notar a mudança na forma de ver a vida dos dois sobreviventes

Eu Sobrevivi. Esse deverá ser o título do livro que está sendo escrito por quatro sobreviventes do vôo 3054 da TAM, entre eles um frentista que trabalhava nas imediações no Aeroporto de Congonhas e um caminhoneiro que passava pelo local no momento do acidente, e que será lançado este ano. A maior tragédia da aviação civil brasileira completa um ano na quinta-feira. O Airbus A320 varou a pista principal e atingiu um prédio próximo do aeroporto, matando 199 pessoas. Foram 187 vítimas a bordo e 12 em solo.

Os coordenadores do trabalho são os advogados José Carlos Elias e Roberto Elias. "A idéia é que os leitores possam entender o que eles passaram e a maneira como mudaram a forma de lidar com a vida. É uma reflexão para a paz, para se reduzir a violência", afirma o advogado José Carlos Elias.

Segundo ele, esse texto será publicado em vários idiomas. "É uma história que não interessa apenas aos brasileiros, mas tem caráter universal." A idéia da obra surgiu justamente ao se notar a mudança na forma de ver a vida dos sobreviventes do maior acidente aéreo da história do País. Depois de uma experiência de vida tão complexa, os que sobreviveram contam como aquela noite chuvosa e fria na capital paulista mudou para sempre a maneira de encarar a vida e a morte.

Fonte: Marici Capitelli (Jornal da Tarde)

Respeito a norma da Anac evitaria acidente da TAM, diz delegado

Norma proibia pouso com reverso inoperante em pista molhada em Congonhas.

Para perito criminal, faltou plano de segurança para liberar pista sem ranhuras.

O delegado Antonio Carlos Barbosa, responsável pelas investigações que apuram as causas do acidente do Airbus A320 da TAM que matou 199 pessoas e feriu 15 em julho do ano passado, acredita que se uma norma da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) tivesse sido obedecida o acidente poderia ter sido evitado.



A norma, que segundo o delegado foi usada pela Anac para liberar o uso da pista do Aeroporto de Congonhas perante a Justiça, proibia o pouso com reverso inoperante em pista molhada no aeroporto. Entretanto, a agência informa que a norma passou a valer juridicamente somente em março deste ano.

O policial diz, entretanto, que foi realizada uma reunião para discutir a norma, que também foi publicada no site da Anac antes da tragédia. "(Antes do acidente), a Anac já alertava que uma aeronave poderia varar a pista de Congonhas." Barbosa afirma ainda que a companhia aérea tinha conhecimento de que não poderia operar com o reverso travado.

Balanço do caso

As declarações foram dadas nesta segunda-feira (14) quando a polícia reuniu a imprensa para fazer um balanço sobre as investigações do caso. Em linha com a Promotoria, Barbosa afirma, sem citar nomes, que deve responsabilizar ao final das investigações entre sete e dez pessoas por lesão corporal e homicídio culposo (sem intenção). O policial vê indícios de negligência e imprudência no caso. De acordo com o promotor Mario Sarrubo, podem ser denunciados servidores da Anac e da Infraero, que administra aeroportos brasileiros, além de funcionários da TAM.

Conforme o G1 havia adiantado, o delegado reiterou que um fator determinante para o acidente foi o fato de um dos manetes ter permanecido na posição de aceleração na hora da aterrissagem. Ele preferiu não apontar, contudo, se foi erro humano ou falha mecânica.

Por sua vez, o perito Antônio Nogueira, responsável pelo laudo, reforçou que não foi detectada falha mecânica no sistema de manetes da aeronave, que determina a potência dos motores. "O procedimento adotado pelo piloto naquele dia tem a ver até com a parte psicológica dele", sugeriu o perito.

Apesar de a gravação do áudio da cabine de comando da aeronave revelar a fala "desacelera, desacelera", dados da caixa preta mostram que o comando para desaceleração não foi acionado. Após o acidente a Airbus, fabricante da aeronave, passou a instalar um dispositivo sonoro nos aviões para alertar os pilotos quanto à posição das manetes, afirmou o delegado. "Por que não fez isso antes?", questionou Barbosa.

Condições da pista

O pouso no Aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo, também poderia ter evitado o acidente nas proporções do que houve em Congonhas, porque em Cumbica a pista é mais longa – a menor tem 3 km.

O delegado apontou ainda que dois funcionários da Infraero inspecionaram a pista, interditada às 17h01 no dia do acidente, em apenas 12 minutos. Ele ressaltou que os funcionários não possuíam equipamentos para medir o coeficiente de atrito da pista, que foi liberada às 17h20. "A pista contribuiu para o acidente", reiterou.

A pista foi liberada no dia 29 de junho, após reforma, sem o chamado grooving, ranhuras que aumentam a aderência da pista. A autorização foi da área jurídica da Anac, sob a anuência da antiga diretoria da agência, acrescenta o delegado. Questionado, o perito do IC disse acreditar que faltou um plano de segurança em Congonhas em razão da liberação da pista sem as ranhuras.

Procurada, a TAM informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não iria se manifestar sobre o caso até que ele esteja totalmente concluído pelas autoridades responsáveis. Com relação ao possível oferecimento de denúncia contra funcionários da Anac por parte do MP, a agência respondeu que não comentaria a informação porque não havia sido oficialmente notificada.

Fontes: G1 / SPTV (TV Globo)

Embraer anuncia venda de 22 aviões em feira britânica

A brasileira Embraer, quarta maior fabricante mundial de aviões, anunciou hoje a venda de 22 aeronaves do modelo 190 às companhias aéreas Aeroméxico, NIKI e NAS por um total de US$ 825 milhões.

A Embraer fez o anúncio na Feira Aeronáutica de Farnborough, um salão bienal inaugurado hoje e aberto até o próximo domingo nesse aeroporto situado cerca de 50 quilômetros ao sul de Londres, e que neste ano chega a sua 46ª edição, comemorando seus 60 anos de realização.

A fabricante brasileira, líder no mercado de aeronaves para vôos regionais, anunciou ter assinado um contrato com a Aeroméxico para a venda de 12 Embraer 190 (aviões de curto alcance com capacidade máxima para mais de 100 passageiros).

"A Embraer e a Aeroméxico compartilham uma história de aliança comercial bem-sucedida, e temos certeza que este novo acordo fortalecerá ainda mais nossas boas relações", afirmou Mauro Kern, vice-presidente executivo da empresa brasileira.

As 12 aeronaves, que pretendem modernizar a frota da linha aérea mexicana, estão avaliadas em US$ 450 milhões.

A Embraer também chegou a um acordo com a companhia aérea austríaca NIKI, do ex-tricampeão mundial de Formula 1 Niki Lauda, para a venda de cinco aeronaves 190, por US$ 187,5 milhões, cada uma com 112 poltronas.

O valor poderá dobrar caso a Lauda faça a opção de compra para adquirir outras cinco aeronaves do mesmo modelo, enquanto que as primeiras entregas estão previstas para a primeira metade do próximo ano.

"Operar uma companhia aérea em um contexto tão desafiador como o que temos hoje em dia requer escolher os melhores aviões para cumprir sua missão", comentou Lauda.

Além disso, Mauro Kern disse que a companhia aérea saudita NAS (National Air Service) confirmou sua opção de compra de cinco Embraer 190 em virtude de um contrato divulgado em novembro de 2007 na feira aeronáutica de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

Além disso, a NAS, cuja compra tem valor de US$ 187,5 milhões, tem o direito de adquirir futuramente outras 12 aeronaves do mesmo modelo.

A Embraer lembrou que foram entregues mais de 97 aviões no primeiro semestre de 2008, 59% a mais que no mesmo período do ano anterior (61), batendo seu recorde semestral de vendas.

Apesar da hegemonia de Boeing e Airbus no mercado de grandes aviões, a Embraer conseguiu chamar a atenção do evento com seus anúncios de novas vendas, assim como sua principal concorrente, a canadense Bombardier, que neste domingo apresentou um projeto para a construção de um novo avião, o CSeries.

O salão, uma das grandes mostras da indústria da aviação, recebe até o dia 20 de julho cerca de 1.500 expositores representando 35 países.

Fonte: EFE

Helicóptero cai na Hungria

Um helicóptero Mil Mi-34, prefixo YR-XFC, com quatro ocupantes se acidentou durante o vôo ao chocar-se contra uma linha de energia elétrica e cair no rio Danúbio, em Magyarkimle, na Hungria, no sábado (12).

Os quatro ocupantes escaparam com vida.

Fonte: ASN - Foto: MTI

Emprego: a importância do técnico em mecânica de aeronaves

Com o mercado da aviação em alta, as empresas investem em novos equipamentos. A procura pelo profissional capacitado para cuidar da manutenção dos aviões é cada vez maior.



Fonte: MGTV 1ª Edição (TV Globo)

Companhia aérea de Abu Dhabi Etihad Airways encomenda 45 aviões da Boeing

A companhia de Abu Dhabi, Etihad Airways, anunciou nesta segunda-feira que fez uma encomenda com a americana Boeing, de 45 aviões de longa distância 787 Dreamliner e 10 aeronaves 777, no valor de US$ 9,4 bilhões no preço do catálogo, no Salão de Farnborough.

Os primeiros aviões modelo 787-9 devem ser entregues em 2015, e os 777-300ER a partir de 2011, destacaram os dirigentes da Etihad, em entrevista à imprensa.

A companhia Etihad Airways, propriedade do governo de Abu Dhabi, lançada em 2003, transportou mais de 4,6 milhões de passageiros em 2007.

"O diretor da Etihad James Hogan indicou que seu grupo deve registrar lucro em 2010", apesar de estar sofrendo com os altos preços do petróleo, como outras companhias.

O primeiro 787, longa distância mais econômico em combustível, deve ser entregue no próximo ano, depois de vários atrasos no programa da Boeing.

Esta encomenda já estava incluída na contagem do site da Boeing, mas o construtor ainda não tinha revelado o nome da companhia, destacou o grupo americano em um comunicado.

Fonte: France Press

Boeing anuncia venda de 50 aviões 737-800 para empresa de Dubai

Valor do negócio é estimado em US$ 3,74 bilhões.

Operação foi fechada no início de feira aérea no Reino Unido.


A Boeing fechou nesta segunda-feira (14) a venda de 50 aeronaves 737-800 NG à FlyDubai. A preços de tabela, o contrato tem valor de US$ 3,74 bilhões. Além disso, a companhia de Dubai terá o direito de, no futuro, substituir o pedido por modelos 737-900ER, caso seja de seu interesse.

Esse é o primeiro grande contrato firmado no Airshow de Farnborough, no Reino Unido, uma das principais feiras aéreas do mundo, iniciada nesta segunda.

Adaptação

"O 737 NG é idealmente adaptado à nossa missão de trazer opções de viagem acessível, eficiente e flexível para e a partir de Dubai para os cerca de 2 bilhões de habitantes de nossa região", disse o presidente do conselho da FlyDubai, xeque Ahmed bin Saeed Al-Maktoum.

A FlyDubai será o primeiro passo para um novo grupo de passageiros que buscam destinos turísticos de alta demanda nos estados do Golfo (Pérsico) e países vizinhos, ao mesmo tempo que oferecem conexões com todas as partes do globo, afirmou o executivo da recém-criada companhia de baixo custo.

Criada em março pelo governo do Dubai, a companhia tem construído sua operação em uma malha de vôos flexível, com alto grau de interação com clientes, especialmente no momento de reserva de vôos e configuração do serviço a ser prestado. A FlyDubai será operada como uma companhia totalmente independente da Emirates Airlines.

Fonte: Valor OnLine

Maior cargueiro 2 turbinas do mundo faz vôo inaugural

A Boeing realizou o primeiro vôo de seu novo avião, que, quando em operação, será o maior cargueiro com duas turbinas do mundo. O 777 Freighter levantou vôo a partir da sede da fabricante, em Everett, nos Estados Unidos.

O plano era que o avião pousasse nas dependências da Boeing no Estado de Seattle, mas problemas de telemetria impediram que isto acontecesse.

O 777 Freighter é baseado no projeto do 777-200LR Worldliner. A Boeing promete que o novo modelo terá maior autonomia de vôo e será o maior avião cargueiro com duas turbinas do mundo. Ele terá capacidade para decolar com até 347,4 toneladas de peso total e autonomia de vôo de 9.045 km.

Segundo a empresa, o avião fará sua estréia no último bimestre deste ano, em vôo da Air France.

Fonte: Invertia - Fotos: Reuteus

MPF manda parar obras no Aeroporto de Fortaleza

O Ministério Público Federal no Ceará (MPF-CE) ajuizou ação cautelar de improbidade administrativa contra ex-presidentes da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) José Carlos Pereira e Carlos Wilson Rocha de Queiroz Campos após receber denúncias do superfaturamento de quatro milhões reais nas obras do Aeroporto Internacional Pinto Martins, em Fortaleza. Segundo auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), isso significa um total de 47,16% acima do valor com base em cinco serviços analisados.

O MPF solicita a paralisação das obras, a proibição de novos pagamentos dos serviços, a indisponibilidade dos bens e valores e a quebra dos sigilos bancário e fiscal dos acusados. Também há solicitação de suspensão do repasse dos recursos públicos para as obras de expansão da infra-estrutura do aeroporto até o julgamento da ação.

As obras do Aeroporto Internacional Pinto Martins foram iniciadas em dezembro de 2004 e ainda não foram concluídas. A finalidade das obras era a construção de vias de acesso e de um terminal de cargas, reforço do pátio de aeronaves e pista de taxiamento para o aeroporto. A data para finalização estava prevista para 26 de novembro de 2006.

Fonte: Panrotas - Foto: Ceará Agora

Aeroporto de Uberaba é reinaugurado com dobro da capacidade operacional

O Aeroporto de Uberaba em 1957

O Aeroporto Mário de Almeida Franco, em Uberaba (MG), a 550 quilômetros de Belo Horizonte, foi reinaugurado nesta segunda (14), depois de 19 meses do início das obras que ampliaram sua área de 975 metros quadrados para dois mil metros quadrados.

Segundo a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), administradora do aeroporto, as obras de ampliação do terminal de passageiros e do setor administrativo, de reforma das salas de embarque e desembarque, de modernização das áreas de check-in e de navegação aérea, e de construção de um segundo piso dotado de auditório e a implantação de um elevador de acesso à torre de controle, custaram cerca de R$ 6 milhões.

De acordo com a Infraero, além de propiciar mais conforto aos usuários, a revitalização vai praticamente dobrar a capacidade operacional do aeroporto, que estava preste a atingir seu limite máximo, que era de 130 mil passageiros anuais.

Em 2007, entre embarques e desembarques, 90 mil usuários circularam pelo local. Somente nos cinco primeiros meses deste ano, o fluxo de passageiros já chegou aos 38 mil.

Com a ampliação, o aeroporto será capaz de receber até 200 mil passageiros por ano. Atualmente, segundo a estatal, operam no aeroporto as empresas aéreas Trip, OceanAir e AirMinas.

A cerimônia de inauguração, realizada esta manhã, contou com a presença do ministro da Defesa, Nelson Jobim, do presidente da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), Sergio Gaudenzi, do comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, e de um representante da secretaria estadual de Transportes e Obras Públicas de Minas Gerais.

Fonte: Agência Brasil - Foto: Fundação Cultural de Uberaba

Northwest demite 2,5 mil funciónários

A crise do petróleo tem acertado em cheio nas companhias aéreas americanas, que estão cortando custos onde podem, incluindo rotas não rentáveis e funcionários.

A Northwest anunciou o corte de 2,5 mil empregos e a criação de uma taxa de US$ 15 pela primeira mala despachada, o que já está sendo praticado também por outras companhias. Antes, apenas a segunda mala tinha uma taxa, de US$ 25.

Fonte: Panrotas

Britânicos acusados de complô para derrubar aviões se declaram culpados

Três dos oito britânicos acusados de conspirar em 2006 para derrubar aviões comerciais se declararam hoje culpados diante do tribunal de Woolwich, sul de Londres.

Os três, junto com outros dois acusados, se declararam culpados de conspirar para causar explosões e para provocar alteração da ordem pública ao divulgar vídeos nos quais ameaçavam com a realização ataques suicidas.

A admissão de culpabilidade foi conhecida durante o julgamento que aconteceu no tribunal de Woolwich contra os oito acusados de complô descoberto em agosto de 2006.

Os três que admitiram a acusação de conspirar para causar explosões e alterar a ordem pública são Abdullah Ahmed Ali (de 27 anos), Assad Sarwar (de 28) e Tanvir Hussain (de 27), enquanto os outros dois que reconheceram a segunda acusação são Ibrahim Savant (de 27 anos) e Umar Islam (de 30).

O júri, integrado por 12 pessoas, terá de decidir se os outros cinco acusados do complô para tentar explodir aviões são culpados e também se os três que não admitiram causar moléstias públicas são culpados por esta acusação.

Além disso, o júri deverá decidir se os oito são culpados de conspirar para assassinar - acusação negada por todos.

Segundo a Polícia, o complô consistia em fabricar bombas que alguns dos acusados levariam a bordo de aviões de passageiros do aeroporto londrino de Heathrow para o Canadá e, principalmente, para os Estados Unidos.

Fonte: EFE

Avião de controle remoto permite vigilância sem risco

Aparelho pode ser empregado na luta contra o tráfico de drogas.

'Carcará' pesa dois quilos e tem menos de um metro e meio de envergadura.



Ele parece um pássaro, talvez um urubu. Mas pode ser uma arma em defesa da segurança pública. Contra o tráfico de drogas, por exemplo.

Câmeras de vigilância estão em todas as partes. Agora, elas também voam. De longe, a câmera de vídeo de uma pequena aeronave é parecida com um pássaro, e por isto ganhou o apelido de 'Carcará'.

Com dois quilos de peso e menos de um metro e meio de envergadura, o 'Carcará' foi criado por dois jovens empreendedores brasileiros.

O aparelho segue os princípios dos aviões de brinquedo controlados por rádio, mas é muito mais sofisticado. Ele captura imagens, que são mostradas em tempo real por um programa de computador.

O avião até fala. Em inglês, ele diz “perigo: baixa altitude”. A Marinha brasileira já está usando o Carcará para operações táticas.

Sem arriscar vidas

Esta tecnologia, que vem sendo utilizada na ocupação do Iraque, permite vigiar e filmar quaisquer objetivos sem pôr vidas em risco, já que o avião não tem tripulação.

A Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro assistiu a demonstrações no exterior e agora vai conhecer o Carcará, em apresentação marcada para esta semana.

“Você pode usar um aparelho desse para acompanhar o tráfico de drogas. Por exemplo, para acompanhar a entrada e saída dos locais em que se acredita que haja concentração de drogas. Se eu acredito que existe um cativeiro em alguma região, eu posso usar um aparelho desse para cobrir uma grande área. Com isso, você consegue melhorar a sua capacidade de vigilância reduzindo seu custo. E isso é uma tendência”, explica Hélio Moura, professor de Gestão de Segurança.

Autonomia

Um dos modelos pode voar durante uma hora e meia, num raio de oito quilômetros. Chega a 3.000 metros de altura, e tem velocidade máxima de 75 quilômetros por hora.

Ele funciona assim: satélites enviam sinais a uma das três antenas que o aparelho carrega. O avião sabe então em que lugar está. A segunda antena se comunica com o programa de controle que, em terra, transmite ao avião a direção desejada.

Uma vez no ar, a aeronave segue as ordens pelo programa. E a terceira antena cuida do envio das imagens capturadas pela câmera. “Esse avião tem uma câmera que gira 360 graus, ela é retrátil. E com essa câmera você consegue clicar num alvo, e ele segue automaticamente esse alvo”, esclarece o empresário Gabriel Klabin.

O uso desta tecnologia não se limita à segurança pública e à defesa. Ela serve também para planejamento de trânsito, monitoramento ambiental e pesquisas agrícolas.

Fontes: G1 / Fantástico (TV Globo)

Conheça os 8 aeroportos mais perigosos do mundo

Pista pequena, cidade perto da área de aterrissagem, obstáculos próximos da zona de aproximação e regiões onde ventos cruzados são comuns podem transformar o pouso ou a decolagem em um desafio até para os pilotos mais experientes. Conheça alguns aeroportos que reúnem essas características.

Gibraltar
Gibraltar (Reino Unido) - Em Gibraltar, além de uma avenida que cruza a pista, há um morro que dificulta a decolagem

A cerca de 500 m do centro da cidade, parte da pista do aeroporto de Gibraltar foi construída sobre um aterro durante a Segunda Guerra Mundial para uso militar. Hoje, recebe vôos comerciais de Portugal e do Reino Unido. Em um dia bom, os ventos que passam pela face rochosa de 400 m que fica em um dos lados do terminal fazem o avião balançar um pouco. Sem falar da avenida que cruza a pista e tem o trânsito interrompido nos poucos e decolagens.

Funchal, Ilha da Madeira, Portugal

Portugal - Com parte da pista construída sobre colunas, o aeroporto da Ilha da Madeira e foi escolhido como uma das "100 Obras de Engenharia Civil do Século XX"

Portugal - Parte da pista, que tem 2.700, é construída sobre cerca de 180 colunas de 70 m cada

Portugal - Construído em uma encosta, o aeroporto da Ilha da Madeira tem um morro de um lado e o mar do outro

De um lado, o oceano; de outro, uma montanha. Assim é a curta pista do aeroporto Funchal, na Ilha da Madeira, em Portugal. São pouco mais de 2.700 m construídos sobre cerca de 180 colunas, cada uma com 70 m de altura. Em 2004, o aeroporto inaugurado em junho de 1964 ganhou o Prêmio Mundial de Engenharia de Estruturas e foi escolhido como uma das "100 Obras de Engenharia Civil do Século XX".

Barra, Escócia

Escócia - Foto de 1957 mostra passageiros embarcando no aeroporto de Barra, onde a pista é uma praia

O aeroporto de Barra, na Escócia, é um dos dois aeroportos do mundo que recebem vôos comerciais usando uma praia como pista (o outro fica em Fraser Island, na Austrália). Não há asfalto e nem luzes na pista para auxiliar a aterrissagem (exceto quando moradores deixam os faróis do carro acesos no estacionamento). Na torre de controle há uma luz que avisa quando um vôo está chegando e um sinal que avisa para os pedestres ficarem atentos à biruta.

Lukla, Nepal

Localizado a mais de 2.700 m acima do nível do mar, o aeroporto de Lukla, no Nepal, tem uma pista de apenas 527 m de comprimento, 20 m de largura e uma inclinação de 11 graus, além de uma enorme montanha que se eleva a 900 m em uma de suas cabeceiras. Por isso apenas helicópteros e aviões de pequeno porte podem aterrissar lá. Apesar das pequenas dimensões, Lukla é bastante movimentado por se o início da jornada ao monte Everest.

Courchevel, França

Assim como em Lukla, o aeroporto de Courchevel tem a pista inclinada, mas, neste caso, são 18,5 graus. Construído em uma área de esqui nos Alpes Franceses, ele foi usado na abertura do filme 007 - O Amanhã Nunca Morre. Segundo o The Times, "aterrissar no Courchevel dá medo, mas o pior é decolar, já que a visão de dentro do avião é prejudicada por causa da inclinação da pista." Não há vôos comerciais até ele.

St. Martin, Antilhas Holandesas

Antilhas Holandesas (Holanda) - No aeroporto de St. Martin, grandes aviões passam a poucos metros dos banhistas

O aeroporto de St. Martin é famoso pelas aterrissagens de grandes aviões em sua pista curta (cerca de 2.180 m). Com uma das cabeceiras localizadas a poucos metros da praia, é comum que banhistas se agrupem para acompanhar a chegada das aeronaves, que passam a pouco mais de 20 m de suas cabeças. Aberto em 1942 para fins militares, o Aeroporto Internacional Princesa Juliana começou a receber vôos civis no ano seguinte, em 1943.

Kai Tak, Hong Kong, China

Hong Kong (China) - No acidente, ocorrido em 1997, um Boeing da China Airlines atravessou a pista e acabou no mar

Hong Kong (China) - Equipes de resgate retiram da água o avião que se acidentou no antigo aeroporto de Hong Kong

Hong Kong (China) - Depois do acidente, o aeroporto Kai Tak foi aposentado

Fechado em 1998, o antigo Aeroporto Internacional de Hong Kong (conhecido como Kai Tak) reunia duas características que tornam um aeroporto perigoso: zona urbana próxima a uma das cabeceiras da pista e obstáculos dificultando a decolagem e/ou aproximação. O obstáculo, no caso, é um morro. Em 1997, avião da China Airlines aterrissou com muita velocidade, atravessou a pista e acabou no mar. Deu lugar ao Chek Lap Kok Airport.

Saba, Antilhas Holandesas

O fator de perigo deste aeroporto é o local onde a pista foi construída: uma ponta rochosa da ilha que avança para o mar. Por isso, ambas as cabeceiras terminam com desfiladeiros de rochas que terminam no oceano. Ou seja, não há área de escape. Na pista, há um X que indica que o aeroporto está fechado para a aviação comercial. Saba fica perto de St. Martin. Inclusive é possível ver o Aeroporto Juancho E. Yrausquin de alguns pontos da ilha.

Redação Terra - Fotos: Divulgação / AFP / Getty Images / Flickr

Jornal inglês publica lista de aeroportos perigosos

No aeroporto de St. Martin, grandes aviões passam a poucos metros dos banhistas

Nesta semana, o jornal britânico The Times publicou uma lista com alguns dos mais perigosos aeroportos do mundo. São pistas geralmente construídas em locais com uma geografia particular, como montanhas e ilhas, ou em grandes cidades, onde a zona urbana fica muito próxima da área de pouso e decolagem de grandes aviões. Chegar nesses aeroportos é, para a maioria dos passageiros, um momento de apreensão. Pilotos afirmam o contrário, afinal, eles estão preparados para enfrentar esse tipo de situação, mas dizem que obstáculos perto da pista podem ser, sim, um fator de risco.

Outras características que tornariam um aeroporto "assustador" são contornadas pelos profissionais e pelo uso adequado dos equipamentos. Para o piloto amador e escritor Ivan Sant'Anna, autor dos livros Caixa Preta - que conta a história de três acidentes históricos da aviação brasileira - e Plano de Ataque - sobre os atentados de 11 de setembro nos Estados Unidos -, não há problemas maiores em uma das características às vezes relacionada ao risco em pousos e decolagens: o tamanho da pista. Ele ressalta, no entanto, que, pistas de tamanho reduzido devem ser utilizadas por aviões de tamanho apropriado.

Sant'Anna chama atenção para aeroportos que têm obstáculos próximos. "Obstáculos nas cabeceiras e morros próximos da pista são elementos que tornam a decolagem e a aterrissagem perigosas. É o caso do Santos Dumont, no Rio de Janeiro, onde a ponte Rio-Niterói exerce um certo perigo para o aeroporto", explica. Além da ponte, Sant'Anna chama a atenção para as barcas que fazem a travessia na Baía da Guanabara. "Elas ficam muito próximas da cabeceira da pista, e um dia podem ser atingidas".

A opinião de Sant'Anna é compartilhada pelo piloto aposentado Flavio Costa. O comandante, que voou por empresas como Varig, TAM, Cruzeiro e Vasp, diz que, em locais em que a geografia é marcada por morros ou montanhas, há muitos ventos cruzados, e isso é um fator de risco na hora de qualquer pouso e decolagem. Ele explica também que essas elevações influenciam o ângulo e a velocidade de chegada ou de saída do avião.

Costa citou uma situação vivida por ele em 1995, quando trouxe de volta ao Brasil a equipe do Grêmio, que acabara de conquistar a Taça Libertadores em Medelin, na Colômbia. "Em Medelin, o aeroporto (Olaya Herrera) só funciona durante o dia, mas naquela oportunidade recebemos uma autorização especial para decolar durante a madrugada, por volta das 2h30. A aeronave foi preparada por uma equipe local, que acabou abusando da carga", conta.

O ex-piloto explicou que, com excesso de peso, o avião teve dificuldade para atingir a velocidade mínima para levantar vôo. E não só isso: depois de estar no ar, teve dificuldade para fazer uma curva à direita necessária para evitar o choque nas montanhas. "Na cabeceira da pista, eu não enxergava nada. Só sabia que teria de virar algumas milhas após a decolagem, mas o avião sequer saía do chão. Foi a pior decolagem da minha vida".

Localizado a mais de 1,5 mil metros acima do nível do mar, o Olaya Herrera é apenas um dos aeroportos construídos em meio a montanhas. Alguns, como o nepalês de Lukla, o francês de Courchevel e o argentino de Bariloche, estão encravados nas próprias encostas montanhosas e ainda têm a pista inclinada. Mas o pior mesmo são os obstáculos que obrigam o piloto a fazer curvas fechadas para pousar, como no terminal Kai Tak, em Hong Kong, fechado em 1998.

Neste aeroporto, um ano antes, um Boeing 747 da China Airlines tocou o solo com velocidade superior à recomendada e, depois de cruzar os mais de 3,3 mil metros de pista, acabou no mar. "Eu tinha acabado de pousar e, quando vi, o avião está com a barriga dentro d'água". Costa, que também vôou por empresas da China e da Indonésia, explica que no antigo aeroporto de Hong Kong, a aproximação era feita próxima a um morro, e antes da aterrissagem a aeronave passava muito próxima de um movimentado bairro residencial.

Para Costa, apesar de assustador, o fato de um avião voar baixo sobre casas, ruas ou até mesmo sobre as cabeças das pessoas - como é o caso do Aeroporto Internacional Princesa Juliana, em St. Martin, nas Antilhas Holandesas, onde a cabeceira da pista fica a poucos metros de uma praia - não representa perigo. "Todo o pouso é calculado. O piloto sabe exatamente onde a aeronave vai tocar a pista. Mas quando o avião chega muito baixo, como no caso de St. Martin, provavelmente é erro do piloto", explica.

Para ele, o perigo maior do aeroporto famoso por reunir turistas na cabeceira da pista está na decolagem, que geralmente é realizada para o outro lado. "Em St. Martin, as decolagens são orientadas para um morro. Nessa hora, com o avião pesado, se o motor não corresponder, o risco é grande".

Fonte: Terra - Foto: Divulgação

Família recebe pertences de vítima de acidente da TAM

Parentes de Michelle Leite, de 26 anos, pedem justiça.

Corpo de comissária nunca foi encontrado.



O acidente com o Airbus A320 da TAM, em 17 de julho do ano passado, matou 187 pessoas que estavam na aeronave e mais 12, em terra. O corpo da comissária Michelle Leite nunca foi encontrado. Morta aos 26 anos, ela teve um sepultamento simbólico dois meses depois do acidente.

No sábado passado (12), a mãe, a tia e as irmãs foram à delegacia para saber do andamento das investigações e buscar as últimas lembranças de Michelle: objetos pessoais que estavam entre os destroços do avião.

Elas levaram um urso de pelúcia que pertenceria à vítima. “A gente só espera justiça mesmo, porque ela a gente não vai ter mais”, diz Mara Aparecida do Amaral, tia de Michelle.

Informada pelo Fantástico sobre as primeiras conclusões da polícia, a TAM preferiu não gravar entrevista. No relatório da empresa sobre assistência às famílias das vítimas, consta que 155 parentes receberam adiantamento de indenizações e 78 acordos finais já foram pagos.

A polícia de São Paulo aguarda o resultado de mais laudos para concluir o inquérito, o que deve acontecer daqui a dois meses.

Fontes: G1 / Fantástico (TV Globo)

Governo estudou criar um Proar para salvar Varig

A Varig era um problema em busca de uma solução desde o início do governo Lula. De 2003 até a venda ao fundo Matlin Patterson, por meio da VarigLog, em leilão judicial em julho de 2006, foram muitas as propostas de solução para a companhia discutidas no governo: fusão com a TAM, intervenção, liquidação extrajudicial, estatização e recuperação judicial. Antes da entrada de Roberto Teixeira, compadre do presidente Lula, no caso Varig - como advogado do fundo americano interessado em comprar a empresa -, a proposta que mais ganhou força no governo foi a do chamado "Proar".

Uma adaptação do Proer, programa de socorro ao sistema financeiro, para o setor aéreo, o Proar chegou muito perto de ser implementado no fim de 2004. Mas as razões que levaram o governo a abandonar a proposta nunca foram bem explicadas. O Proar nasceu no Ministério da Fazenda, como uma idéia do então procurador-geral da Fazenda, Manoel Felipe Rego Brandão - o mesmo procurador afastado por se opor à idéia da não sucessão de dívidas da Varig. A idéia era criar um regime especial temporário que permitisse que a Varig pudesse ser liquidada e a parte boa vendida ao setor privado, garantindo a continuidade das operações e da marca. Foram cerca de três meses de reuniões entre Casa Civil, Fazenda e Defesa, até que se chegou a uma proposta que previa a venda da Varig à TAM e à Gol, por US$ 1 bilhão.

As duas companhias deveriam montar uma terceira empresa para adquirir a parte boa da Varig, em sociedade. A TAM ficaria com as linhas internacionais de longo curso e a Gol, com o mercado doméstico. O dinheiro pago pelas duas empresas estava carimbado: US$ 350 milhões iria para o pagamento das dívidas trabalhistas. O fundo de pensão Aerus receberia outros US$ 350 milhões. E os US$ 300 milhões restantes cobririam o passivo de milhas Smiles e de passagens já pagas e ainda não usadas.

"As duas companhias iam pagar um preço justo pela Varig", lembra um alto executivo do setor envolvido nas negociações. O preço, explica, embutia o valor da marca Varig e também a proteção do regime especial contra a sucessão de dívidas. "A MP tinha tudo para funcionar, como funcionou com os bancos no Brasil, e lá fora com a Swissair e com o Bear Sterns. O que fizeram com o Bear Sterns também foi um Proer." A MP não resolvia uma questão que tampouco foi resolvida com a "solução de mercado" e a venda para o fundo Matlin Patterson. As dívidas com a União, de mais de R$ 5 bilhões, seriam pagas com a ação de defasagem tarifária que a Varig move contra o governo.

A proposta do Proar era defendida pelos então ministros da Fazenda, Antonio Palocci, da Casa Civil, José Dirceu, e da Defesa, José Viegas. Uma medida provisória determinando a liquidação da companhia chegou a ser escrita e ficou muito próxima de ser assinada. Mas, com a saída de Viegas, em novembro de 2004, a proposta perdeu força. Seu substituto, o vice-presidente e novo ministro da Defesa, José Alencar, preferia falar em "solução de mercado". O governo passou então a defender a inclusão do setor aéreo na Lei de Recuperação Judicial, o que ocorreu em junho de 2005. Logo surgiram as propostas da TAP, defendida por Alencar, e do Matlin Patterson.

Fonte: jornal O Estado de S. Paulo