Por Juliana Afonso e Nina Rocha (O Joio e O Trigo)
Companhias aéreas lavam as mãos para o problema e até copo de água vira “mimo” raro. Situação é ainda mais preocupante para os trabalhadores do setor Na virada do ano, quando é comum muitos passageiros utilizarem o transporte aéreo para visitar familiares ou aproveitar o feriado em destinos turísticos, o ex-BBB e economista Gil do Vigor usou suas redes sociais para questionar as companhias brasileiras sobre o serviço de bordo das aeronaves. Gil indagou: “Não pode dar um pãozinho velho?” O relato do influenciador, que tem mais de 14 milhões de seguidores no Instagram, ganhou repercussão pelo bom humor e pela visibilidade que tem nas redes sociais, mas traz um tópico que incomoda grande parte de quem voa pelo Brasil: “Como é que fica três horas voo doméstico e não tem comida, minha gente?”.
Décadas atrás, voar era um luxo para poucos. Os aviões eram escassos e as passagens caríssimas. As companhias aéreas faziam questão de ressaltar essa exclusividade nas propagandas e mimar os clientes com serviços de alto padrão. Um dos grandes sinônimos desse glamour era o serviço de bordo: os passageiros tinham direito a lanches fartos e refeições completas servidas frescas. Viajar de avião ainda é caro, mas tem se tornado mais acessível. Para se ter uma ideia, uma viagem do Rio de Janeiro para Recife na década de 1950 custava cerca de 6 seis salários mínimos. Hoje, esse mesmo trecho custa em média um salário mínimo, ou até menos, dependendo da época e das promoções. A diminuição do valor das passagens acompanha o aumento do número de passageiros.
Em 2024, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o Brasil registrou 24,9 milhões de passageiros aéreos em voos internacionais e 93,4 milhões de passageiros no mercado doméstico, com uma tarifa média de R$ 638,87. O lucro das companhias aéreas, apesar de não ser alto comparado a outros setores no mundo dos negócios, ainda é significativo: em 2023, o lucro líquido foi de R$ 3,14 bilhões para empresas brasileiras de aviação. Enquanto observamos o aumento no fluxo de pessoas utilizando a malha viária como meio de transporte, acompanhamos uma queda na qualidade dos alimentos servidos aos passageiros – mesmo com um lucro de bilhões. Fora das aeronaves, nas salas de embarque e nos saguões dos aeroportos, os preços são impeditivos. No aeroporto de Guarulhos (SP), um pão de sal com manteiga chega a custar R$ 15, praticamente o dobro do valor encontrado em outras lanchonetes na capital paulista. A bordo, as refeições frescas e fartas de antigamente deram lugar a ultraprocessados ensacados, com alto teor calórico e ricos em sódio, gorduras e açúcares – muitas vezes mascarados em embalagens verdes e com aparência de saudável.
Se as passagens aéreas estão cada vez mais acessíveis, por que os aeroportos e as companhias aéreas continuam tratando os passageiros como se todos fossem endinheirados, cobrando preços fora do valor de mercado por refeições de baixo valor nutricional? O que justifica a falta de qualidade nutricional dos alimentos servidos a bordo?
Aviões e aeroportos: pântanos alimentares
“Durante uma viagem com conexão tive dificuldades para almoçar. Peguei um voo às 10h10 que pousou às 11h45 e serviram apenas água. Durante a rápida conexão, comprei uma esfirra de baixa qualidade e de alto custo no aeroporto e embarquei novamente às 12h20, para pousar às 15h. Serviram café, refrigerante e um mini pacote de biscoito de polvilho. Nesse dia não consegui fazer uma alimentação digna até finalmente chegar em casa.” Esse é o relato de Milena Cândido, 25 anos, agente ambiental. Ele chegou até nós por meio de um formulário divulgado pela equipe do Joio para a produção desta reportagem. Recebemos um total de 177 respostas a três perguntas simples.
Na primeira, que perguntava se o passageiro já teve problema com a comida servida em voos nacionais, 90 pessoas responderam ‘sim’ e 87 responderam ‘não’ – mas metade delas enfatizou que as opções eram insuficientes ou de baixa qualidade nutricional. Na segunda, que perguntava se as opções oferecidas pelas companhias eram suficientes para uma refeição, apenas quatro pessoas responderam ‘sim’. É diante deste cenário que entendemos os aeroportos como um ambiente alimentar com baixa oferta de alimentos saudáveis ou minimamente processados.
Ambiente alimentar pode ser definido como “o contexto físico, econômico, político e sociocultural em que os consumidores interagem com o sistema alimentar para adquirir, preparar e consumir alimentos”, tal como descrito no livro Ambiente alimentar: saúde e nutrição. Isso significa que escolas, hospitais, penitenciárias, locais de trabalho e outros espaços podem ser vistos como ambientes alimentares, pois estabelecem uma lógica particular que influencia a disponibilidade e o acesso aos alimentos. Aeroportos e aeronaves não escapam a essa definição.
A nutricionista e professora da Universidade Federal de Minas Gerais, Larissa Loures Mendes, uma das organizadoras do livro sobre ambientes alimentares, mostra que os aeroportos guardam semelhanças ao que alguns especialistas têm chamado de deserto e pântano alimentar. As nomenclaturas foram criadas nos Estados Unidos: a primeira refere-se a regiões onde o acesso a alimentos in natura ou minimamente processados é limitado e a segunda designa regiões que, apesar de terem comida saudável, são alagadas por comida não saudável. “O pior fenômeno urbano que pode existir é a sobreposição de desertos alimentares por pântanos alimentares: eu passo a ter uma região com uma oferta muito grande de alimentos ultraprocessados e uma oferta insuficiente de alimentos in natura e minimamente processados em um contexto de vulnerabilidade. E essa é a realidade dos terminais aéreos. São locais onde a gente tem uma disponibilidade muito grande de alimentos não saudáveis.
No geral, encontramos inclusive cadeias de fast-food, e uma disponibilidade física e econômica muito baixa de alimentos saudáveis”, explica. Dentro do avião a situação ganha outros contornos, já que o passageiro não tem poder de escolha. “Essa é uma questão gravíssima, com relação ao nosso direito como consumidor dentro de um avião, porque ali a gente não tem opção. As pessoas acabam ficando reféns desse tipo de prática”, argumenta Larissa.
A reportagem procurou as companhias aéreas Azul, Gol e Latam. Elas iniciaram o diálogo, mas ao obterem mais detalhes sobre a pauta disseram que não poderiam atender o Joio. A Avianca também foi procurada e a coordenação regional de comunicação, com sede na cidade de Bogotá, na Colômbia, chegou a “responder” nossas perguntas. Ao abrir o documento enviado por email, porém, as páginas estavam em branco. Entramos em contato novamente, mas os responsáveis não retornaram às nossas solicitações.
Quando a qualidade nutricional esbarra na falta de regulação Ainda são poucos os estudos sobre a alimentação oferecida a bordo das aeronaves e nos aeroportos. O estudo Catering aéreo e a qualidade nutricional dos produtos comercializados analisou as informações nutricionais dos alimentos disponibilizados por uma companhia aérea durante um mês – os responsáveis pelo trabalho decidiram preservar o nome da empresa.
A conclusão afirma sem meias palavras: “Os alimentos servidos são em sua maioria calóricos, na maioria das vezes industrializados acompanhados de composição excessiva de gorduras, pobres em variedades tanto de frutas e ainda é baixa em nutrientes adequados para um bom funcionamento da manutenção da saúde e estabilidade do peso corporal.” Todos os snacks analisados eram produtos industrializados e contavam com a adição de substâncias para realçar o sabor e conservar o produto por mais tempo. Dentre os alimentos servidos para os passageiros e analisados no estudo, a batatinha chips foi a campeã, com maior valor energético e maior quantidade de carboidratos, proteínas, sódio e lipídios. “Pessoas que já têm alguma doença crônica podem sentir algum desconforto devido à alta quantidade de açúcar dos alimentos”, afirma a nutricionista Ana Maria Braga, uma das autoras do artigo.
Analisados isoladamente, os produtos oferecidos dentro das aeronaves não causam danos aos passageiros pois são servidos em pequenas quantidades. O mesmo vale para as bebidas achocolatadas, os refrigerantes e os sucos de caixinha com altos níveis de açúcar. Ana Maria defende que as companhias aéreas poderiam mudar o cardápio, composto majoritariamente de produtos industrializados, e servir alimentos naturais como saladas de fruta, cookies de fibras e mais opções de frutas desidratadas. Seria uma forma de seguir o Guia Alimentar para a População Brasileira, que oferece diretrizes para a promoção de uma alimentação adequada e saudável – tendo em vista justamente o aumento do sobrepeso e de doenças associadas ao consumo de alimentos ultraprocessados, como diabetes e hipertensão. Contudo, produtos industrializados apresentam um prazo de validade maior devido à adição de conservantes, além de ter baixo custo para as companhias aéreas.
Ao somar as regulações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que responsabiliza as companhias aéreas pela segurança alimentar dos produtos servidos a bordo, com a possibilidade de oferecer alimentos com validade prolongada, as empresas conseguem reduzir o desperdício e, consequentemente, diminuir os custos. Outro desafio é a falta de regulação.
Em email enviado à Anac sobre as obrigações das companhias aéreas, recebemos o seguinte retorno: “não há regulação atual que obrigue as empresas aéreas a fornecerem alimentação para os passageiros durante o voo, sendo esta uma facilidade discricionária que poderá ser oferecida gratuitamente ou como serviço pago, de acordo com os termos do contrato de aquisição de passagem”. Sim, as empresas não são obrigadas a servir alimentos para os passageiros, independente do tempo que eles fiquem a bordo. Algumas delas já colocaram isso na prática, como a GOL, que suspendeu o serviço de bordo em voos nacionais com menos de uma hora de duração desde janeiro deste ano. Copos de água são servidos somente aos passageiros que solicitam o ‘mimo’. A informação causou um choque.
Após alguns meses de pesquisa, entramos em contato novamente com a Anac para perguntar se essa informação era verídica e se de fato não havia regulamentação com relação ao fornecimento de alimentação em nenhum tipo de voo, desde os curtos até os longos. A resposta foi que “as empresas aéreas que operam voos domésticos e internacionais a partir do Brasil não são obrigadas a fornecer alimentação gratuita a bordo”. De fato, na Resolução nº 400/2016 há apenas uma menção a respeito do tema, na seção III, artigo 27, que diz que a empresa é responsável em fornecer alimentação a passageiros que aguardam voo por mais de duas horas. Estamos falando de um ambiente fechado, com acesso restrito a alimentos, onde o passageiro não tem alternativa viável além de aceitar o que é oferecido — muitas vezes a preços abusivos e com baixa qualidade nutricional.
Não seria importante termos normas com relação a esse tipo de serviço? Vai chegar o momento em que voos longos, ou até mesmo internacionais, deixarão de oferecer qualquer alimentação a bordo? Ou será que a próxima etapa é transformar comida básica em item de luxo?
Cardápio a bordo: ultraprocessados sabor decepção
Já entendemos que as empresas aéreas não são obrigadas a fornecer comida. A questão aqui é menos ética e mais moral. Afinal, se uma pessoa está a mais de 10 mil metros de altura, pagar caro por um lanche de baixa qualidade ou ficar com fome não é exatamente poder de escolha. “No meu ponto de vista, passa por uma imposição. A companhia aérea define como eles vão oferecer essa comida, e a gente paga o preço desse ambiente alimentar”, afirma a nutricionista Larissa Mendes.
É o caso de Felipe Monte Cardoso, 43 anos, médico de família e comunidade, que precisou fazer uma concessão devido à limitação do cardápio a bordo. “Meu filho comeu bolacha recheada pela primeira vez, pois não havia outra opção.” Recentemente, por conta de toda a discussão sobre alimentos ultraprocessados, algumas companhias tentam oferecer opções “saudáveis”.
A maioria não consegue ser muito criativa e ficam nas mesmas opções: biscoito de polvilho (com corante e aroma de queijo) e chips de batata (rico em sódio e gordura saturada). Apesar da ‘boa intenção’, entregue ao consumidor em embalagens coloridas e biodegradáveis, as porções não costumam passar de 20 gramas e não trazem nem nutrição nem saciedade para os passageiros..
Uma alternativa seria os passageiros levarem sua própria comida nas aeronaves. No entanto, mais uma vez, a Anac não estabelece regras claras sobre o tema. No site da agência há uma lista do que pode ser transportado com orientações específicas apenas para bebidas alcoólicas, alimentação para bebês e dietas especiais. Com isso, grande parte dos critérios acaba sendo definida pelas companhias aéreas, o que gera confusão e insegurança para quem opta por levar seus próprios alimentos.
A Azul afirma que alimentos são permitidos na bagagem de mão. A Latam também autoriza o transporte de comida, desde que estejam guardados em recipientes herméticos. Já o site da Gol classifica alimentos e gelo como “itens permitidos somente com aprovação prévia da Gol” e afirma que os produtos precisam ser acomodados em embalagens à prova de vazamentos, abertura acidental ou mau cheiro.
Além da falta de padronização nas orientações, ainda existe o risco de os itens serem barrados na inspeção de segurança e descartados. Diante das restrições de bagagem, do tempo de espera nos aeroportos e da falta de estrutura para armazenar alimentos durante a viagem, são poucas as pessoas que se arriscam a levar sua própria comida a bordo. Uma delas é Rita Gadelha, advogada de 38 anos: “Os voos saindo do Acre têm tempo mínimo de 3 horas e muitos são em horários de refeição. Já me acostumei e levo nossas marmitas, mas sei que tem muita gente que não tem condições financeiras para fazer o mesmo, inclusive crianças de famílias mais vulneráveis.”
Ruim para o passageiro, pior para a tripulação Enquanto a comida servida aos passageiros é alvo constante de críticas, o cardápio dos profissionais da aviação raramente entra em pauta. Você já se perguntou o que os pilotos e os comissários comem durante o voo? Se para quem viaja a comida é insuficiente e de baixa qualidade, como será para quem trabalha dentro dos aviões? O primeiro passo para entender esse cenário é conhecer a rotina desses profissionais.
De acordo com a regulamentação estabelecida pela Anac, os funcionários do setor precisam cumprir jornadas de 12 horas de trabalho seguidas de 12 horas de descanso, o que pode se repetir por até seis dias consecutivos. E mais: o tempo de descanso acaba reduzido por fatores operacionais, já que ele começa a ser contado 30 minutos após o avião desligar os motores, desconsiderando o tempo gasto com desembarque dos passageiros, recolhimento de bagagens e deslocamento até o hotel – muitas vezes distante do aeroporto –, comprometendo a recuperação física e mental dos tripulantes.
Nesse cenário, comer em horários fixos é um luxo que não faz parte da rotina de quem voa. “Tem dias que a gente faz cinco voos e tem que trocar cinco vezes de aeronave. Então o horário que a gente tem pra comer é o que tem disponível. Às vezes a gente tem cinco minutos na hora de preparar o pouso ou quando tem turbulência”, explica o comissário de bordo Pedro*, que trabalha há 15 anos na Latam.
Como a rotina de voos nem sempre permite uma alimentação regular, é obrigatório o embarque de refeições para a tripulação, além do pagamento da diária de alimentação, estabelecido pela Convenção Coletiva de Trabalho dos tripulantes de aeronaves. Nos voos domésticos, porém, essa obrigação tem sido cumprida com um cardápio pobre em qualidade e valor nutricional.
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Comer em horários fixos é um luxo que não faz parte da rotina de quem voa. E, quando há tempo, a qualidade deixa a desejar (Foto: Arquivo pessoal) |
A maioria das refeições inclui opções de comidas processadas ou ultraprocessadas e os alimentos frescos aparecem em poucas ocasiões. “As bebidas são todas processadas. Comida natural geralmente tem no café da manhã, alguma fruta, normalmente banana ou maçã. O resto é comida processada”, enfatiza o diretor de Regulamentações e Convenções Coletivas do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), Ronie da Silva, comissário de bordo da Latam há 16 anos.
A consequência pode ser resumida a partir da fala da nutricionista Stephanie Miramontes, que mantém uma parceria com a SNA para oferecer atendimento online aos trabalhadores: “Muitos tripulantes ficam longos períodos em jejum para não comer a comida do avião e não passar mal. Quando desce do avião ele está com uma fome extrema e vai procurar qualquer coisa pra comer. Então tem um aumento muito grande do colesterol e sobrepeso por conta dos maus hábitos.” Essa atitude se intensificou nos últimos anos entre os tripulantes da Latam devido à introdução das refeições da Vapza, empresa que fornece alimentos prontos embalados a vácuo.
Os relatos de mal estar após a ingestão dessas refeições se acumulam e já viraram até figurinha de whatsapp com a legenda “é o que tem pra hoje”, uma referência ao fato de ela estar cada vez mais frequente nos voos. “A questão é que ninguém come. Se a comida fresca já é ruim, a Vapza é pior ainda. Para uma carne durar seis meses em uma embalagem a vácuo, sem refrigeração, é porque tem bastante conservante”, questiona Ronie.
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A introdução de refeições prontas embaladas a vácuo piorou a rotina dos trabalhadores da Latam, que se queixam da qualidade e de efeitos negativos (Foto: Arquivo pessoal) |
Justiça seja feita: do ponto de vista nutricional, a Vapza atende aos parâmetros mínimos exigidos. O próprio Sindicato chegou a enviar algumas das refeições para análise. Ainda assim, Stephanie afirma que os relatos de dores estomacais, má digestão, azia e dor de cabeça após a ingestão dessas refeições são numerosos. Pedro é um dos tripulantes que enfrentou problemas estomacais com este tipo de alimentação: “Tive muitas dores, a princípio parecia ser uma apendicite. Fui medicado, fiz ultrassom, não parou a dor. Me investigaram de cima a baixo, fiquei com bastante medo, e viram que era incômodo estomacal por conta de alimentação. Falaram para eu evitar esse tipo de comida. Meu gastro falou que não era para comer.”
Corre a hipótese de que o motivo para a adoção da Vapza é simplesmente economizar dinheiro. “Como os tripulantes não comem, então ela pode ser embarcada de novo. E como ela tem uma validade grande, de meses ou até anos, não perde”, afirma Pedro. Dessa forma, a empresa cumpre com a obrigação de sempre ter comida para os funcionários do setor, mesmo eles não se alimentando. Desperdício zero e economia mil. Vale lembrar que a Latam foi procurada pela reportagem, mas optou por não responder.
Frente a esse cenário, alguns trabalhadores buscam se organizar para levar a própria comida. As estratégias vão desde almoçar em restaurantes de aeroporto que oferecem desconto para tripulantes até pedir um delivery de comida fresca ou congelada para ser entregue no hotel e embarcada no voo. Ainda assim, a falta de uma alimentação equilibrada em um trabalho que exige atenção constante, bom estado físico e longos períodos de atividade pode ter consequências graves para a saúde dos profissionais.
* O entrevistado preferiu não se identificar.