domingo, 2 de outubro de 2011

Avião iemenita bombardeia base por engano e mata 30 soldados

Autoridades médicas e militares iemenitas dizem que um avião do governo bombardeou por engano uma base do exército no sul do país, matando pelo menos 30 soldados.

O atentado ocorreu na noite de sábado na província de Abyan. Os soldados da brigada 119 do exército do Iêmen estavam posicionados em uma escola abandonada nos arredores da capital quando foram atingidos.

Segundo a agência de notícias AP, as fontes falaram sob a condição de anonimato, porque não foram autorizadas a liberar a informação.

Fonte: Terra

Piloto que evitou atentado a Sarney: 'Nunca me dirigiu a palavra'

Há pouco mais de 23 anos, o comandante Fernando Murilo de Lima e Silva arriscava manobras pioneiras em um Boeing 737-300 e impedia o sequestrador do voo Vasp 375 de consumar o intuito de atirar a aeronave contra o Palácio do Planalto, onde José Sarney exercia a Presidência do País.

Impondo ao presidente da República a culpa por seu desemprego, o maranhense Raimundo Nonato Alves da Conceição, então com 28 anos, queria punir o peemedebista hoje presidente do Senado, homem que, segundo o comandante Murilo, nunca lhe demonstrou qualquer reconhecimento.

"O ex-presidente Sarney, sem comentários, nunca me dirigiu a palavra", afirma o piloto, atualmente com 60 anos e ainda na ativa, voando em um Boeing 767 na Rio Linhas Aéreas, companhia de transporte de cargas de Curitiba.

Naquele 29 de setembro de 1988, Murilo seguia de Porto Velho para o Rio de Janeiro e, após escala em Belo Horizonte, teve o avião sequestrado. "Ele entrou no avião com cem balas dentro do casaco jeans e um revólver. Deu, com certeza, mais de 20 tiros dentro do avião", lembra o comandante, cujo copiloto naquela manhã, Salvador Evangelista, foi morto a sangue frio por Nonato, que estava "muito nervoso e arisco". Um tripulante em treinamento já havia sido baleado na perna durante as tentativas do sequestrador de invadir a cabine.

Murilo conseguiu informar a torre de comando do sequestro e da mudança de rota para Brasília. Das 50 mil libras de combustível que enchem o tanque de um Being 737, ele se viu com 1,8 mil libras no céu de Goiânia. Foi quando um tonneau (giro completo sobre o eixo da aeronave) e um parafuso (trajetória vertical descendente e em espiral), os únicos registrados até hoje no modelo, derrubaram o sequestrador. "Fiz as manobras porque o combustível do avião já havia acabado e o motor esquerdo parou primeiro. Resolvi brigar antes de morrer. As únicas chances que tinha seriam com manobras com o avião, pois eu estava amarrado no assento da cabine."

Mesmo com as acrobacias, o aviador garante que os passageiros não entraram em pânico. "Os passageiros foram espetaculares, não me deram nenhum problema." Com Nonato desorientado, Murilo pôde aterrissar em segurança no aeroporto internacional Santa Genoveva, na capital goiana. A negociação no solo se estendeu até o início da noite, quando Nonato tentou descer do Boeing utilizando Murilo como escudo e foi baleado por policiais federais, morrendo três dias depois. A última bala disparada pelo tratorista desempregado atingiu a coxa de Murilo.

Embora não tenha percebido reconhecimento do principal alvo do atentado, Murilo diz que outras vidas salvas não lhe negaram homenagens. "Durante algum tempo, os passageiros alemães mantiveram contato e faziam festa todos os anos no dia 29 de setembro, mas, com o passar do tempo, alguns morreram e a animação foi acabando."

O comandante não se permite entusiasmo ao falar das medalhas do Mérito Santos-Dumont e da Ordem do Mérito Aeronáutico com que foi condecorado. "As mesmas medalhas foram dadas à esposa do ex-presidente (Luiz Inácio) Lula (da Silva), ao, na época, ministro da Fazenda, Maílson da Nóbrega, e a muitos outros em quem não vejo mérito algum para as mesmas."

Comandante Murilo deixa hospital após ter sido baleado na perna no desfecho do sequestro
(Foto: José Paulo/AE)
Depois de lecionar na Faculdade de Ciências Aeronáuticas da Universidade do Tuiuti, no Paraná, o comandante Murilo voltou a ser piloto. Os 44 anos de profissão, que somam 25 mil horas de voo, diz ele, "não deixam espaço para medo, mesmo porque a aviação é muito segura".

De acordo com ele, a segurança aeroviária melhora "a cada dia, porém a passos curtos, que não acompanham o crescimento acelerado da aviação. A aviação precisa de um grande e rápido investimento, mais pistas, mais equipamentos eletrônicos de auxílio, mais treinamento para os controladores".

A preocupação aumenta com a iminência de eventos como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. Segundo Murilo, os eventos "trazem riscos muito grandes, com o aumento do fluxo e com a falta de equipamentos mais modernos para o controle de tráfego, assim como a falta de mais pistas para pouso e espaço físico para embarque e desembarque de passageiros e para o estacionamento de aeronaves".

Entrevistado por diversos veículos de comunicação logo após o atentado de 11 de setembro de 2001 nas Torres Gêmeas e no Pentágono, Murilo viu o ato terrorista de Curitiba, quando ainda ministrava aulas na faculdade, 13 anos depois de garantir a continuidade de cerca de 100 vidas sob a sua responsabilidade e de outras tantas que, inabaladas, não fizeram questão de executar a simples manobra do agradecimento.

Fonte: Demétrio Rocha Pereira (Terra)

Sequestrador tentou jogar avião no Planalto 13 anos antes do 11/9

Maranhense havia perdido o emprego e culpava o presidente da República.

Para piloto de avião sequestrado em 1988, risco no Brasil 'ainda existe'.


Mais de uma década antes de terroristas da al-Qaeda usarem aviões como mísseis contra as torres gêmeas do World Trade Center, nos Estados Unidos, um brasileiro armado tomou um voo da Vasp com o objetivo de atingir o Palácio do Planalto, em Brasília. Desempregado, o maranhense Raimundo Nonato Alves da Conceição, de 28 anos, culpava o governo por sua situação e queria atingir o centro do poder político do país.

"O que ocorreu com o voo 375 da Vasp foi como os atentados a Nova York e Washington. O meu sequestrador tinha a mesma intenção que os terroristas, só que não conseguiu alcançar o seu objetivo. E o risco ainda existe, tanto que o 11 de Setembro ocorreu”, afirma o comandante Fernando Murilo de Lima e Silva, de 60 anos, em entrevista ao G1.

O piloto nunca vai esquecer o dia 29 de setembro de 1988, quando o Boeing 737-300 da Vasp que comandava foi sequestrado.

Durante o voo, ele viveu momentos de terror quando o maranhense, armado de um revólver calibre 32, matou seu copiloto, Salvador Evangelista. "Ele levou um tiro na cabeça quando pegou o rádio para responder a um chamado da torre de controle de Brasília", lembra Murilo. Outro copiloto, que estava na aeronave como passageiro, foi ferido ao tentar impedir a ação do criminoso.

“O meu sequestro foi um dos primeiros com aviões no país. Desde então, muita coisa mudou. Mas foi um processo lento de conscientização pela melhoria da segurança na aviação. Naquele tempo, não havia nem detectores de metais nos aeroportos”, relembra o comandante que, passados 23 anos da tragédia, continua voando como piloto de cargueiro no Rio de Janeiro.

O voo 375 da Vasp fazia o trajeto Porto Velho-Rio de Janeiro, com escala, dentre outros lugares, em Belo Horizonte, onde o maranhense entrou armado. Estavam a bordo 135 passageiros e oito tripulantes.

“A ação começou quando já estávamos sobrevoando os céus do Rio de Janeiro. Ele gritava: ‘eu quero matar o Sarney. Quero jogar o avião no Planalto!", diz o piloto. "Na época, eu não tinha ideia de que aquilo poderia ocorrer".

Após a ação, o piloto solicitou às companhias aéreas a instalação de portas blindadas na cabine de pilotagem dos aviões.

Cerco policial em Goiânia

Raimundo Nonato havia perdido o emprego em uma construtora devido à crise econômica que o país enfrentava e acreditava que a culpa era do presidente, na época José Sarney (PMDB), que governou o país entre 1985 e 1990.

Na ação, o sequestrador exigiu que o avião se dirigisse do Rio a Brasília. Como o combustível da aeronave estava acabando devido à mudança de rota, o comandante conseguiu convencer o sequestrador a pousar o Boeing em Goiânia.

“Podíamos despencar a qualquer momento. Mas ele não estava nem aí. Era doente, estava para o que desse”, acrescenta. Ao pousar em Goiânia, o avião foi cercado pela Polícia Federal, onde o sequestrador decidiu seguir para Brasília em uma aeronave de menor porte, levando o comandante como refém.

“Ele tentou subir em um Bandeirante que estava estacionado próximo ao Boeing para fugir. Foi nessa hora que eu corri. Um agente da PF conseguiu lhe acertar no quadril, mas o sequestrador ainda teve tempo de atirar, e me acertou na perna”, relembra. O sequestrador foi baleado no quadril pelos agentes da PF e morreu no hospital de infecção, dias depois.

“Hoje, é mais difícil ocorrer um sequestro como aquele no país, acho que pode se repetir apenas em aeronaves menores, ou em aeroclubes pequenos. Os aeroportos possuem detectores de metais, mas muita coisa ainda precisa melhorar até a Copa do Mundo de 2014 para não termos nenhum risco”, acrescenta.

Sequestros durante o regime militar

Pelo levantamento do historiador Ivan Sant'Anna, houve no Brasil pelo menos dez sequestros de aeronaves, a maioria durante o regime militar.

“Na época, criminosos costumavam sequestrar aviões para fugir para Cuba. Lá, recebiam asilo e depois o avião era devolvido ao país. Para os passageiros, era como um passeio a mais, porque nunca houve nenhum ato com agressão antes do sequestro do voo 735 da Vasp”, diz Sant'Anna, que é pesquisador na área de acidentes aéreos. (No vídeo acima, passageiro relembra a calma do comandante do voo)

Hoje, diz ele, são raros casos de sequestros de aeronaves no Brasil. “Sei de casos isolados de roubos de aviões pequenos, às vezes fazendo o piloto como refém, em aeroclubes de pequeno porte, em que não há tanta segurança ou detectores de metais. Normalmente, estes aviões são usados para tráfico ou comércio ilegal”, afirma.

O último caso de repercussão ocorreu em março de 2009, quando um homem roubou um monomotor no Aeroclube de Luziânia e acabou caindo sobre um shopping em Goiânia. O piloto, de 30 anos, e sua filha, de 5 anos, morreram.

Questionada sobre o que mudou em relação à segurança do transporte aéreo para impedir crimes e sequestros a bordo de aeronaves desde 1988, a Polícia Federal não se manifestou.

Fonte: Tahiane Stochero (G1)

Avião derrapa e aeroporto de Goiânia fecha por 2 horas

Avião monomotor não conseguiu pousar e derrapou na pista.

De acordo com informações da Infraero, ninguém ficou ferido

O Aeroporto Santa Genoveva (foto), em Goiânia, ficou fechado para pousos e decolagens por quase duas horas neste sábado (1), após um avião de pequeno porte apresentar problema no trem de pouso. Devido à falha, a aeronave derrapou na pista.

Segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), ninguém ficou ferido. O aeroporto foi reaberto por volta das 13h30. De acordo com o boletim da estatal divulgado às 16 horas, dos 33 voos previstos no aeroporto, 10 (30.3%) atrasaram. Nenhum foi cancelado até o momento.

Fontes: Agência Estado / G1

Avião cai em Marabá Paulista (SP) e mata quatro pessoas

Aeronave seguia de Ponta Porã com destino a Campinas neste sábado.



Trabalho de resgate dos corpos começou neste domingo.


O avião Beechcraft V35 Bonanza, prefixo PT-CLT, que partiu de Ponta Porã (MS) com destino a Campinas, no interior paulista, caiu em uma fazenda do município de Marabá Paulista por volta das 21h30 deste sábado (1º).

A bordo estavam quatro pessoas que morreram – o empresário Ângelo Rafaeli D’elia, de 51 anos, que pilotava a aeronave, os filhos Bruna D’Elia e Rafael Ângelo, de 18 e 12 anos, e Syhlvia Katheiny Torreta.

Os policiais e o corpo de bombeiros chegaram ao local depois que moradores ligaram dizendo terem visto uma grande explosão na região. Ainda segundo testemunhas, chovia forte na hora do acidente.

O trabalho de buscas e remoção de corpos foi realizado durante a madrugada deste domingo (2). Pela manhã, técnicos do Departamento de Aviação Civil devem dar início ao trabalho de perícia. Ainda não se sabe o que causou o acidente.


Clique AQUI e veja mais fotos no Blog do Toninho Moré

Fontes: G1 SP, com informações da TV Fronteira / Globo News - Foto via Toninho Moré

Piloto morre após queda de avião em festival, dizem bombeiros

Acidente aconteceu por volta das 14h30 deste sábado (1º); veja os vídeos.

Ainda não se sabe os motivos da queda.


O piloto Fábio Luis de Almeida, conhecido como Fábio Ratão, morreu durante uma apresentação de acrobacias com aviões históricos no Aeroclube do Paraná, no bairro Bacacheri, em Curitiba, segundo o Corpo de Bombeiros. O acidente ocorreu por volta das 14h30 deste sábado (1º).

A aeronave modelo Christen Eagle II, prefixo PR-ZRT, era de propriedade particular e participava do 6º Festival Aéreo do Aeroclube do Paraná.

Ainda não se sabe os motivos do acidente. De acordo com as primeiras informações, o piloto estava realizando a mesma manobra pela terceira vez, quando o avião bateu contra o solo . Às 15h, seis carros dos bombeiros estavam no aeroporto. Às 15h30, a situação estava controlada e a equipe de resgate aguardava a chegada da perícia.

Imagem de aeronave momentos antes de cair
"Nós estávamos uns trezentos metros do local do acidente. Eu não sou piloto acrobático mas pelo que eu sei ele entrou baixo na manobra e não conseguiu sair dela. Mais uns 50 pés ele já saía dela. Ele bateu quase saindo do chão", conta o piloto Deniver Oliveira Costa, que é de Rondônia e estava assistindo a manobra.

De acordo com um funcionário que não quis se identificar, a aeronave subiu e começou a acrobacia, quando o piloto se perdeu na manobra e despencou. Com o choque lateral, o pequeno avião quebrou. A Infraero e o Cindacta II rapidamente isolaram a área e toda a programação do evento, que seguiria neste domingo, foi cancelada. O 20º Batalhão da Polícia Militar foi chamado para coordenar a retirada do público que estava no local.

Foto tirada 25 segundos após a queda
A policial Eliane de Fátima Schievel, que veio acompanhada da família para contemplar o festival, disse que a mudança de vento pode ter contribuído para a queda. "Ele estava em meio a uma manobra, quando o avião começou cair", recorda. Outra testemunha, que não quis se identificar por ser profissional da área, disse que o avião estava muito lento para a manobra. "A velocidade não passava dos 140 km/h, o que é pouco para aquele tipo de looping".

Segundo o coordenador do festival, Luís Fernandes, as investigações sobre o acidente ficarão por conta do Centro de Investigações e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão sob comando das Forças Aéreas.

Confira o vídeo do acidente feito por Eleandro Brito da Costa:


Toda a programação do festival foi cancelada.

Fontes: Adriana Justi (G1) / Magaléa Mazziotti (Paraná Online) - Fotos: João Carlos Frigério/AE / ASN