sábado, 19 de setembro de 2020

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Aconteceu em 19 de setembro de 1989 - Explosão a bordo do voo UTA 772

Na terça-feira, 19 de setembro de 1989, o voo UTA 772 era uma rota comercial realizada pelo McDonnell Douglas DC-10-30, prefixo N54629, da Union de Transports Aériens - UTA (foto acima), entre Brazzaville, na República do Congo e Paris, na França, com escala em N'Djamena, no Chade. Tragicamente, uma bomba explodiu a bordo do avião, matando todos os seus ocupantes.

O avião partiu de N'Djamena às 13h13 no horário local, levando a bordo 14 tripulantes e 156 passageiros. Havia pessoas de 18 nacionalidades a bordo do avião.

Às 13h59, depois de o DC-10 alcançar o nível de voo 350 (35 mil pés de altitude) em condições totalmente normais, todo o contato com o voo 772 foi perdido. 

Uma bomba havia explodido no porão de carga dianteiro do avião na localização 13R, fazendo com que a aeronave se desintegrasse em pleno voo. O artefato estaria escondido na bagagem e teria embarcado no avião em Brazzaville. 

Os destroços da aeronave caíram no Deserto do Saara, próximo a Ténéré, em Níger.

Todos os 170 ocupantes do DC-10 morreram no atentado.

Uma agência de notícias em Londres recebeu um telefonema de um anônimo, segundo o qual a Jihad Islâmica seria responsável pela explosão. O anônimo exigiu a libertação do xeique Abdel-Karim Obeid, que havia sido sequestrado no sul do Líbano em julho de 1989 por forças de Israel. A agência recebeu um novo telefonema de um anônimo, o qual dizia que um grupo de resistência do Chade havia sido responsável.

Rota do voo UTA 772

Entretanto, vários anos mais tarde, o governo da Líbia, se tornaria o principal suspeito, visto que em 1999, Muammar Gaddafi admitiria sua participação direta no planejamento do atentado de Lockerbie. 

Gaddafi aceitou pagar US$ 35 milhões como indenização às vítimas, porém, com a condição explícita de que o governo da Líbia não teve participação no ataque contra o voo 772.

O motivo para o pagamento dessas indenizações seria o embargo imposto à Líbia em 1993 que foi suspenso temporariamente em 1999.

O governo dos Estados Unidos chegou a exigir do país o pagamento de US$ 6 bilhões como indenização às famílias de 7 vítimas norte-americanas, mas essa exigência foi retirada. 


Investigadores obtiveram a confissão de um dos supostos terroristas, uma figura de oposição congolesa que teria ajudado a recrutar um dissidente para embarcar a bomba clandestinamente no avião. Essa confissão fez com que seis líbios acabassem sendo acusados de participação no ataque.

Eles foram identificados pelo juiz francês Jean-Louis Bruguière: Abdallah Senussi, cunhado de Gaddafi; Abdallah Elazragh, primeiro conselheiro da embaixada líbia em Brazzaville; Ibrahim Naeli e Arbas Musbah, membros do serviço secreto líbio; Abdelsalam Issa Shibani, oficial técnico do serviço de inteligência líbio e Abdelsalam Hammouda.

Gaddafi não permitiu que os acusados fossem extraditados para a França, portanto eles permaneceram na Líbia.

O Memorial mais remoto do planeta



Em 2007 um memorial foi criado por uma associação de famílias das vítimas nas coordenadas 16° 51′ 53″ N, 11° 57′ 13″ L. Sendo visível a partir do Google Earth.

Fontes: ASN / Wikipedia - Imagens: Reprodução

Crise na aviação reduz o uso de aviões de 4 motores, como A380 e Boeing 747

Airbus A380 terá sua produção encerrada em 2021 - Imagem: Divulgação

A crise da aviação mundial por causa da pandemia do novo coronavirus atingiu em cheio não somente as companhias aéreas, como também alguns modelos de aviões comerciais usados atualmente. 

Os mais afetados têm sido os aviões de quatro motores, como os Airbus A340 e A380 e o Boeing 747. Diversas companhias aéreas que usam esses modelos decidiram aposentá-los para reduzir custos. 

O problema das aeronaves quadrimotoras está no alto consumo de combustível, justamente o principal custo para uma companhia aérea. 

Como são aviões de grande porte, precisam de muitos passageiros para serem lucrativos. Em uma época de baixa procura, voar com esses modelos de aviões torna as operações deficitárias.

Em busca de aviões mais econômicos, as companhias aéreas têm preferido usar aviões com apenas dois motores. Por consumir menos combustível, esses modelos precisam de menos passageiros para tornar o voo lucrativo. 

Situação começou antes da pandemia

Essa não é uma realidade criada pela pandemia. É uma tendência que já vinha sendo desenhada pelo mercado e que se acelerou com a crise na aviação mundial.

Em fevereiro do ano passado, a Airbus já havia anunciado o fim da produção do gigante A380, o maior avião de passageiros do mundo, para 2021. As companhias aéreas continuavam operando com o modelo normalmente. Até que veio a crise do novo coronavírus, e todos os aviões do modelo ficaram parados em solo. 

Menos A380 nos ares

Com a lenta retomada do mercado, o A380 não será mais visto em algumas companhias aéreas que voavam com o modelo, caso da Air France. Outras empresas ainda não decidiram o que fazer com sua frota de A380. 

A australiana Qantas, por exemplo, planeja retomar os voos com o gigante somente a partir de 2023, quando imagina que a procura voltará ao normal. Há uma especulação de que a alemã Lufthansa pode anunciar a aposentadoria do modelo.

A340 e A380, dois modelos de quatro motores da francesa Airbus - Imagem: Divulgação

Outro modelo da Airbus que viu seu processo de aposentadoria sendo acelerado foi o quadrimotor A340. O modelo deixou de ser produzido no início da década, mas continuava em operação em diversas companhias aéreas. 

A espanhola Iberia, por exemplo, planejava usar o modelo por mais cinco anos. A crise do novo coronavírus gerou uma mudança de planos e a companhia decidiu aposentar os 14 aviões do modelo A340-600 imediatamente. 

Produzido há mais de 50 anos, o Boeing 747 é outro modelo que já vinha sofrendo com a falta de interesse das companhias aéreas, situação que se agravou com a pandemia. 

Com o baixo número de pedidos e perspectivas ainda piores para o futuro, a Boeing anunciou, no final de julho, o fim da produção do jumbo, que já foi o maior avião de passageiros do mundo, até ser desbancado pelo A380.

Boeing 747da alemã Lufthansa voa para o Brasil Imagem: Divulgação

Duas das mais tradicionais companhias aéreas a voar com o 747, a Qantas e a holandesa KLM, aproveitaram a crise para aposentar o jumbo de suas frotas. A alemã Lufthansa, única empresa que ainda opera o modelo em voos de passageiros no Brasil, também pode anunciar em breve a aposentadoria do jumbo. 

Boeing 777, 787 e Airbus A350

Os aviões de quatro motores têm sido substituídos por aeronaves mais modernas, que têm como principal foco a alta performance, com a redução do consumo de combustível.  O Boeing 777 é o maior bimotor do mundo. Sua capacidade de passageiros fica bem próxima do 747. 

Na Lufthansa, o jumbo pode levar até 364 passageiros divididos em três classes. É a mesma capacidade utilizada pela Emirates em seus Boeing 777. Com menos consumo de combustível, o custo por assento do bimotor é bem inferior em relação ao jumbo. 

Avião mais moderno da Boeing, o 787 tem conquistado espaço justamente por sua eficiência. Segundo a empresa, o modelo consome cerca de 20% menos combustível que modelos similares. Na Latam, a capacidade do 787-9 é para 313 passageiros.

Boeing 787 é o modelo mais moderno da fabricante norte-americana - Imagem: Divulgação

Entre os modelos da Airbus, o A350 é o que tem se destacado como substituto dos quadrimotores. O modelo é utilizado inclusive na atual rota mais longa do mundo, entre Singapura e Nova York (EUA). Na versão de ultra longo alcance da Singapore Airlines, são apenas 161 lugares. Na capacidade padrão da Latam, são 339 passageiros.

Fonte: Vinícius Casagrande (Colaboração para o UOL)