A turbulência em pleno ar que deixou 26 feridos num voo que ia do Rio de Janeiro para Houston, nos Estados Unidos, fez com que um dos passageiros "furasse" o teto do avião com o impacto, segundo uma das passageiras do voo 128 da Continental Airlines.
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"Teve uma pessoa que, com o impacto, furou o teto", contou Maria Cristina ao "Jornal Nacional".
Por telefone, a passageira voltou a falar e contou o que viu dentro do avião.
"Tinha sangue à beça. Esse pessoal se machucou. Eles estavam sem cinto, aí eles voaram. Foram eles é que bateram com a cabeça no teto do avião e fez buracos no teto. Aquelas máscaras caíram, os fios caindo de lá de cima. Foi uma coisa. Foi um estrondo. Foi a pior coisa que passei na minha vida. É um filme de terror, mas daqueles muito fortes, mesmo."
Maria Cristina estava no Boeing 767- 200 que decolou do Rio de Janeiro às 9h45 da noite de domingo. Estava com 168 passageiros e 11 tripulantes a bordo.
Seis horas depois da decolagem, quando o avião sobrevoava o trecho entre Porto Rico e as Ilhas de Turks And Caicos, houve uma turbulência e o Boeing perdeu altitude por cerca de 10 segundos. Lá dentro, os passageiros e tripulantes que estavam sem cinto foram jogados contra o teto.
O voo iria para Houston, no Texas, mas os pilotos tiveram que fazer um pouso, em Miami, na Flórida.
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Socorro
Cinco horas da manhã. Ainda estava escuro quando 20 ambulâncias se aproximaram do Boeing. Em macas, os passageiros começaram a ser retirados do avião. E o socorro continuou até o dia clarear. Uns deitados, outros em cadeiras de rodas.
Da pista do aeroporto, os feridos foram levados para dois hospitais. A segurança do aeroporto contabilizou 22 passageiros com ferimentos leves e quatro com gravidade.
A Continental Airlines disse apenas que quando houve a turbulência o avião estava numa altitude correta e os avisos de "apertar cintos" acesos. Agora, se a tripulação foi surpreendida pela intensidade da força dos ventos, ou se houve falha do radar que não identificou o problema ou dos pilotos que não avisaram os passageiros de uma forma mais incisiva, só a investigação é que vai dizer.
Quem passou por um susto enorme, teve que ficar internada por cinco horas, ao lado da filha, que aprendeu uma lição.
"Que não deixem de usar o cinto de segurança, que obedeça os letreiros e cumpram aquilo porque realmente, de repente, uma vida pode ser salva ou mesmo um drama que a gente está vivendo - como vocês estão vendo a gente está acalentando essa viagem há dois anos e quase que foi estragada, né? Mas graças a Deus. Usem o cinto de segurança”, disse Glauria Machado.
Dos passageiros que foram parar no hospital, só um permanece internado, e a nacionalidade dele não foi revelada.
Fonte: G1 - Fotos: Camila Machado (AP Photo)