quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Avião cai na capital do Congo e mata ao menos 23

Ao menos 23 pessoas morreram quando um avião cargueiro de fabricação russa caiu e explodiu na quinta-feira em um bairro populoso de Kinshasa, capital da República Democrática do Congo, afirmaram autoridades.

No total, os 18 passageiros e tripulantes presentes no Antonov 26 de propriedade da companhia aérea congolesa Africa 1 foram mortos quando o aparelho caiu sobre várias casas do bairro de Kingasani, pouco depois de levantar vôo do aeroporto internacional Ndjili.

"Eram cinco tripulantes e 13 passageiros no avião. Ninguém escapou vivo: todos foram carbonizados", informou o ministro dos Transportes, Remy Henri Kuseyo, à Reuters. Pelo menos três pessoas da tripulação eram ucranianas, de acordo com a lista do avião.

O ministro disse que pelo duas mulheres e um homem morreram no solo quando o avião caiu em uma populosa área e pegou fogo.

Um pai encontrou os corpos de seu filho e de sua filha esmagados por um muro. Escombros em chamas do acidente encontravam-se espalhados pelas ruas e algumas casas estavam completamente destruídas. Um cheiro dos destroços queimados e de combustível de avião espalhava-se pelo ar.

Com corpos ainda sendo retirados e os sobreviventes seriamente feridos sendo levados para hospitais da cidade, é provável que o número de mortos aumente.

O ministro da Informação, Toussaint Tshilombo, afirmou que viu quatro moradores sendo tratados com queimaduras de terceiro grau no Hospital Geral da cidade. Outras duas crianças estavam na UTI, disse.

Trabalhadores de resgate retiraram pelo menos seis corpos carbonizados dos destroços do avião, enquanto familiares das vítimas se reuniam nos arredores da devastação.

Uma autoridade do setor de segurança aeroportuária que chegou rapidamente ao local do acidente disse que os bombeiros haviam demorado para atingir os destroços em meio ao bairro pobre e superpovoado.

"Há muita fumaça e chamas, todo as pessoas nas casas devem ter morrido", afirmou.

ACIDENTES

Viajar de avião sempre se mostrou uma empreitada arriscada no Congo. Em 1996, ao menos 350 pessoas morreram quando um avião cargueiro de fabricação russa Antonov-32 caiu em cima de um mercado lotado da região central de Kinshasa, fazendo desse o pior desastre aéreo da história da ex-colônia belga.

Os aviões envelhecidos usados no Congo não contam com manutenção regular e nem com a reposição de peças, mas, frequentemente, apresentam-se como único meio de transporte para pessoas e mercadorias atravessarem o vasto país da região central da África, que se recupera pouco a pouco de uma guerra civil recente (1998-2003).

O país, do tamanho da Europa Ocidental, mas que dispõe apenas de alguns quilômetros de estradas pavimentadas, apresenta um dos piores históricos de acidentes aéreos da África e foi descrito como um "estorvo" pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), no ano passado.

A Africa 1 consta da lista negra da União Européia (UE) com empresas aéreas de qualidade duvidosa. Todas as companhias aéreas autorizadas a operar pelas autoridades da República Democrática do Congo — com exceção da Hewa Bora Airways — foram banidas da UE.

(Reportagem adicional de Lubunga Bya''Ombe e Monulphe Bosso Kulgu em Kinshasa e Finbarr O''Reilly em Dacar)

Fonte: Reuters

Avião de carga que sobrevoava território somali é sequestrado

Um grupo armado seqüestrou hoje um avião de carga que sobrevoava território somali, e ordenou ao piloto que aterrissasse no povoado de Lasqorey, informaram fontes oficiais.

O avião transportava "khat", um estimulante muito usado no leste da África, e fazia a rota entre o Quênia e o nordeste da Somália, segundo disseram à Efe fontes dos serviços de migração da cidade somali de Bosaso.

As fontes disseram desconhecer a razão do seqüestro da aeronave, mas moradores de Bosaso acreditam que possa se dever ao conflito entre as regiões autônomas somalis da Somalilândia e Puntland por disputas de seus limites fronteiriços. Ambas as regiões reivindicam sua independência da Somália.

Ao contrário do que ocorre no sul da Somália, cenário de contínuos enfrentamentos entre soldados do Governo e grupos de milicianos, a situação em Somalilândia e Puntland é relativamente tranqüila.

Após aterrissar em Bosaso, a aeronave deveria dirigir-se a Erigavo, no extremo nordeste da Somália, mas foi seqüestrada em pleno vôo e o piloto foi forçado a aterrissar em Lasqorey, na mesma comarca.

As autoridades de Puntland se recusaram a comentar este seqüestro. A companhia que fretou a aeronave disse que o avião pertence a uma empresa russa, e foi alugado por comerciantes que importam "khat" do Quênia para a Somália.

As fontes não puderam dar detalhes sobre o modelo da aeronave e os ocupantes que levava a bordo.

As autoridades de Puntland e Somalilândia mantêm diferenças sobre o controle de zonas fronteiriças entre as duas regiões, e especialmente sobre a cidade de Lasanod, agora controlada por forças militares de Puntland.

As disputas causaram nos últimos dias seis mortos, em consequência dos combates entre militares das duas regiões autônomas da Somália, o que elevou a tensão na região.

Fonte: Terra

Galeão: governo quer atrair vôos com redução de tarifas

O governo vai reduzir as taxas aeroportuárias do Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro, para diminuir o tráfego aéreo em São Paulo. A idéia é tornar o aeroporto carioca mais atrativo para as empresas aéreas, incentivando-as a usar menos o Aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital paulista, para conexões e escalas.

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse nesta quarta-feira que prepara um pacote de medidas para transformar o Galeão no mais importante aeroporto internacional do País.

"Vamos entrar em um processo de desconcentração da malha aérea brasileira. Acertamos um aumento no número de passageiros na utilização do Galeão, para que volte a ser o grande aeroporto do País", afirmou o ministro após reunião para tratar do assunto.

De acordo com a Infraero, o Galeão é a porta de entrada de 40% dos turistas estrangeiros no Brasil. Com a maior pista de pouso do País (4,2 km de extensão), tem capacidade para atender até 15 milhões de usuários por ano.

O plano será divulgado no próximo dia 23, quando se comemora o Dia da Força Aérea Brasileira e o Dia do Aviador. A primeira medida será a mudança nas tarifas. O secretário de Transporte do Rio de Janeiro, Julio Lopes, veio a Brasília para pedir ao ministro que as tarifas sejam reduzidas. "O conjunto dessas taxas pode ser muito representativo na decisão de migrar de aeroporto", afirmou. O secretário pede redução de 40%. Todo serviço do aeroporto que as empresas aéreas utilizam, como pouso, decolagem, abastecimento e armazenagem, são pagos. O valor é o mesmo em todos os aeroportos. Assim, se o governo diminuir a cobrança no Galeão, ele se tornará o mais barato do país.

"Vamos trabalhar na manipulação, ou seja, na calibração das tarifas para induzir a demanda pelo aeroporto do Galeão. Fazer com que se torne atrativo pousar no Rio de Janeiro. Há disposição do governo do Rio de criar atrativos, inclusive de turismo, para a cidade", adianta o ministro.

Não está previsto que a redução de tarifa cause diminuição no preço da passagem. De acordo com o secretário Julio Lopes, outras ações podem ser feitas para atrair o turista, como uma diária gratuita em um hotel.

Fonte: Agência Brasil

ITA tem 77,2 candidatos por vaga em Aeronáutica

O Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos, no interior de São Paulo, divulgou nesta quarta-feira a concorrência parcial para o vestibular 2008. O curso que recebeu mais inscrições foi o de Engenharia Aeronáutica, com 2.472 candidatos para 32 vagas, gerando uma concorrência de 77,2.

Na segunda colocação, está o curso de Computação, que registrou 1.382 candidatos para 25 vagas (55,2). O curso de Mecânica foi o terceiro mais disputado, com 1.444 candidatos para 28 vagas (51,5).

O curso de Infra-Estrutura Aeronáutica é o menos concorrido, com 574 inscritos para 15 vagas (38,2).

A instituição confirmou até esta quarta-feira a inscrição de 7.010 candidatos. Outros 105 formulários, enviados pelos Correios, possuem documentação insuficiente. As inscrições serão canceladas para estes candidatos, caso as informações não sejam esclarecidas.

O ITA também oferece cursos de Engenharia da Computação, Engenharia Eletrônica e Engenharia Mecânica-Aeronáutica.

As provas serão realizadas em 25 cidades do País nos dias 10, 11, 12 e 13 de dezembro. Os resultados devem ser divulgados no dia 28 de dezembro. Outras informações podem ser obtidas no site do Vestibular do ITA (www.ita.br/vestibular) ou pelo telefone (12) 3947-5813.

Fonte: Terra/ITA

Avião cai em bairro residencial do Congo

Segundo a rede 'CNN', o acidente matou 30 pessoas.
Oito das vítimas estavam em terra, e 22 dentro do avião.



Um avião de carga caiu em um bairro populoso de Kinshasa, a capital da República Democrática do Congo (ex-Zaire), nesta quinta-feira (4).

O porta-voz da ONU para a República Democratica do Congo, Gabriel De Brosses, disse que há "muitos mortos". Ele acrescentou que a ONU mandará uma equipe de resgate e bombeiros para o local.

Segundo a rede de TV norte-americana "CNN", o acidente matou 30 pessoas -oito delas estavam em terra, além dos 22 tripulantes do avião.


O avião, um Antonov 26, pertencente à companhia congolesa Africa 1, caiu em meio a casas no bairro residencial de Kingasani, perto do aeroporto internacional de Ndili, disseram fontes. Segundo a agência de notícias "Efe", a queda ocorreu na área de um mercado, entre 10h e 11h (6h e 7h pelo horário de Brasília).

O oficial do aeroporto Jean-Claude Bakongo disse que viu o avião cair entre as casas. Outro oficial disse à agência de notícias "Reuters" que pelo menos quatro casas pegaram fogo e que "há muita fumaça" na região. Em setembro deste ano oito pessoas morreram quando um avião de carga ultrapassou a pista e pegou fogo ao aterrissar na cidade congolesa de Goma.

Veja abaixo uma foto do modelo do avião que caiu da República Democrática do Congo:

Fonte: G1

'Novo acidente aéreo no Brasil é questão de tempo', diz entidade internacional

O presidente da Federação Internacional de Controladores de Tráfego Aéreo (Ifatca), Marc Baumgartner, afirma que ''é uma questão de tempo para que um novo acidente aéreo volte a acontecer no Brasil''. Sua opinião é compartilhada por outros dirigentes da entidade.

"A FAB (Força Aérea Brasileira) investiu muita energia para prender e perseguir os seus próprios funcionários. Mas nenhuma energia para corrigir as falhas que possui em seu sistema (aéreo)", diz Baumgartner.

Os membros da diretoria da organização estão participando de uma semana de reuniões em Washington, onde conversaram com a reportagem da BBC Brasil. A situação dos controladores e os problemas do setor aéreo brasileiro deverão estar entre os temas debatidos pelos executivos.

De acordo com o suíço Baumgartner, a Força Aérea Brasileira (FAB) está atribuindo aos controladores toda a responsabilidade pelo acidente com o Boeing da Gol, que caiu em Mato Grosso em setembro do ano passado, matando 154 pessoas, depois de se chocar com um jato Legacy.

Ele afirma que, além de agir dessa forma de modo a se eximir de sua própria responsabilidade, as autoridades brasileiras priorizaram a punição dos controladores em detrimento das ações que poderiam prevenir novos acidentes.

Inquérito

Um Inquérito Policial Militar (IPM), instaurado pela FAB na semana passada, indiciou cinco controladores, todos eles militares, por supostos erros que teriam levado ao desastre. O relatório aponta 11 erros dos controladores e falhas nos equipamentos que levaram, juntos, ao desastre.

Além da autorização incompleta para a decolagem do Legacy, os operadores teriam cometido uma série de falhas de comunicação. Entre elas, teriam trocado informações incorretas a respeito da altitude em que o Legacy voava e deixado de trocar comunicação com os pilotos do Legacy por um longo período, no qual nem os controladores nem os pilotos observaram os procedimentos necessários.

"Ter a polícia militar investigando um acidente tão complexo como esse é como ir ao cabeleireiro para comprar carne. Não é sério. É absolutamente ultrajante. Se você conta com um sistema militar legal paralelo, a situação só se agrava, porque as regras são diferentes", afirma o presidente da Ifatca.

O dirigente da entidade de controladores aéreos acrescenta que a gravidade das acusações lançadas no IPM, de que os operadores teriam cometido homicídio culposo, é ''vergonhosa'' e que só está ocorrendo "porque este não é um setor que seja da competência de um promotor militar".

O IPM foi acolhido como denúncia pelo Ministério Público Militar, rejeitada pela juíza Zilah Maria Petersen, da 11ª Circunscrição Judiciária Militar, em Brasília, que a considerou "inepta", por não especificar as regras de conduta militar violadas pelos controladores.

Sistema falho

De acordo com Baumgartner, o sistema aéreo em vigor no Brasil possui falhas técnicas. "E isso ficará claro nas conclusões do relatório sobre o acidente. A tecnologia usada em vôos no Brasil conta com uma função técnica que 'decide' em que altura uma aeronave se encontra, mas o sistema não sabe se de fato a aeronave se encontra naquela altura."

"A área em que o radar vê o avião não é constante. Isso é algo que tem a ver com o tamanho do Brasil, que é um país muito grande, mas também com o tipo de tecnologia utilizada. Tudo isso leva a crer que os controladores aéreos não tinham chance. Eles perderam contato com a aeronave (o jato Legacy) devido a esses problemas sistêmicos. O avião desapareceu do radar. E isso levou à tragédia."

O presidente da Ifatca diz que estes são elementos que precisam ser alterados e que a investigação "precisa aprender com os acidentes".

No entender dos representantes da entidade, outro problema que o Brasil enfrenta é o fato de que os controladores estão sujeitos à Força Aérea. A entidade afirma que a militarização do setor de tráfego aéreo é um anacronismo que vem perdendo adeptos em diferentes partes do mundo. "Na América do Sul, a Argentina vem debatendo o fim desse sistema, e está em transição para um controle aéreo feito por civis", diz o presidente.

"O comandante da Força Aérea é, ao mesmo tempo, o controlador do sistema de tráfego aéreo e o responsável por sua auditoria. Se algo dá errado, é ele que irá receber o relatório sobre as falhas que causaram o acidente."

Conduta

O dirigente acusa ainda a FAB de adotar uma conduta perigosa. "Eles não fizeram nada para modificar o atual sistema. Pelo contrário, os militares brasileiros agora estão treinando pessoas que não deveriam estar trabalhando como controladores. Eles dizem que pretendem treinar 600 novos operadores e que já contratam 70. É o que nos preocupa. Eles estão pegando controladores militares que não têm as qualificações necessárias."

Doug Churchill, o vice-presidente da Ifatca e o responsável por temas jurídicos da entidade, diz que a organização fez uma série de recomendações à FAB, mas que os militares brasileiros vêm ignorando quaisquer contatos.

"No Brasil, eles estão buscando um conserto rápido. Querem usar um 'band-aid' para conter um ferimento grave. Avisos de que outros acidentes iriam acontecer foram dados às autoridades brasileiras e, de fato, um aconteceu", afirma Churchill, em referência ao desastre com o vôo 3054 da TAM, ocorrido no dia 17 de julho e que provocou 199 mortes.

Segundo Baumgartner, o fato de que as autoridades tomaram uma série de medidas de segurança após o acidente e reduziram as funções destinadas aos controladores só prova que as normas de segurança apropriadas não estavam em vigor quando ocorreu o desastre que vitimou 199 pessoas.

O presidente da Ifatca afirma que os membros de sua organização estão dispostos a discutir esses temas com as autoridades brasileiras, mas dificilmente isso aconteceria no Brasil.

"Se as falhas sistêmicas forem corrigidas, nós poderemos voar para o Brasil. Caso contrário, não iremos. Não é seguro ir de avião para lá. É o que recomendo a todos os meus amigos e familiares, que não viajem de avião para o Brasil."

Fonte: BBC Brasil