domingo, 19 de junho de 2011

Acidente na Bahia: Habilitação de piloto estava vencida há 6 anos

Desde 2005, empresário não renovou licença para conduzir helicóptero que caiu na Bahia

O empresário Marcelo Mattoso de Almeida, 48 anos, que pilotava o helicóptero modelo Esquilo PR-OMO — que caiu sexta-feira na Praia de Itapororoca, em Porto Seguro (BA), com sete pessoas, incluindo a namorada do filho do governador Sérgio Cabral —, estava há seis anos com habilitação vencida para esse tipo de aeronave, segundo o site da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Quatro pessoas morreram no acidente e três estão desaparecidas.

Buscas perto da Praia de Ponta de Itapororoca foram interrompidas no fim da tarde de sábado
Foto: João Souza / A Tarde

A página de consulta de licenças da Anac mostra que, como piloto privado de helicóptero desde 17 de julho de 2000, Marcelo era habilitado para conduzir quatro tipos diferentes de helicópteros, mas todas as autorizações estavam fora do prazo de validade. Além disso, seu certificado de capacidade física, expedido pelo Centro de Medicina Aeroespacial (Cemal), expirou em 30 de agosto de 2006.

Pelo documento, o tipo de habilitação H350 (que autorizaria Marcelo a conduzir o PR-OMO) venceu em junho de 2005. Na mesma situação se encontravam as permissões para os seguintes modelos, todos de pequeno porte: BH06 (que não era renovada desde outubro de 2004), EC30 (desde dezembro de 2006) e RHBS (desde julho de 2005).

Uma hipótese para a não renovação das habilitações seria problema relacionado à saúde do empresário. Três especialistas consultados por O DIA afirmam que Marcelo tinha pouca experiência, pois não poderia computar horas de voos com permissões vencidas.

Foto: Reprodução / Site Anac
Sem carteira regularizada, o empresário também não poderia fazer planos de voos para trajetos longos, o que é recomendado pela Anac. Já para rotas curtas — o trajeto da noite de sexta-feira duraria cerca de dez minutos —, a norma é que o piloto notifique a agência. O órgão regulador informou que não vai se pronunciar enquanto durarem as investigações.

Marinha avisou sobre mau tempo

O mau tempo pode ter sido uma das causas do acidente. Segundo a Marinha, na sexta-feira havia um aviso de condições meteorológicas desfavoráveis para a região e, na hora da queda, chovia fino e ventava. A Aeronáutica, no entanto, informou que durante o voo o piloto não fez contato com o controle de tráfego aéreo local para informar sobre anormalidades.

As buscas pelos desaparecidos com mergulhadores e helicópteros foram interrompidas no fim da tarde de ontem devido à pouca visibilidade. Mas dois navios da Marinha permaneceram no local, um deles com sonar. O equipamento pode ajudar a encontrar no fundo do mar o corpo da aeronave, perto de onde pode haver vítimas. As buscas serão retomadas hoje.

A investigação da queda do helicóptero está a cargo do 2º Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidente da Aeronáutica, em Recife (PE).

Menino morto no desastre é enterrado à noite no Rio

Entre os desaparecidos está Mariana Noleto, de 20 anos, namorada de Marco Antonio Cabral, filho de Sérgio Cabral. O governador continuará no Sul da Bahia acompanhando as buscas às vítimas. “Para nós, enquanto não acharem, ela estará desaparecida. Estamos rezando”, disse o tio da jovem, Victor Massena. Também não foram encontrados o piloto Marcelo de Almeida e Jordana Kfuri.

Ontem à noite, os corpos de Lucas, Fernanda e Gabriel Kfuri — filho, irmã e sobrinho de Jordana — chegaram ao Rio em um avião da FAB. Lucas, de 3 anos, foi enterrado ontem, por volta das 20h, no Cemitério São João Batista, em Botafogo.

Os outros dois enterros também ocorrerão no mesmo cemitério. Gabriel, de 2 anos, era filho de Bruno Gouveia, vocalista da banda Biquini Cavadão, primeiro marido de Fernanda.

“Não sei como consolar um filho que perdeu um filho. Se alguém souber, me ensina”, disse, chorando, a mãe de Bruno, Ana Gouveia. A babá das crianças, Norma Batista de Assunção, será enterrada na Bahia.

Investimento de milhões em resort de luxo

O Jacumã Ocean Resort, para onde ia o helicóptero, é um empreendimento milionário no Sul da Bahia. Construído por seis empresários, é destino frequente de integrantes da alta sociedade carioca.
Um dos sócios era o piloto Marcelo Almeida, da incorporadora The First Class Group.

Apenas em infraestrutura, os empresários já investiram R$ 7 milhões no resort. A manutenção e despesas com os 50 empregados do resort custam R$ 120 mil por mês. Para entrar no local, só com a aprovação de todos os sócios.

Fonte: Leslie Leitão (O Dia)

EADS apresenta avião supersônico capaz de ligar Paris e Tóquio em 2h30

O consórcio aeronáutico europeu EADS, proprietário da Airbus, apresentará no Salão Internacional de Aeronáutica e Espaço de Le Bourget (norte de Paris), que começa nesta segunda-feira, o projeto de um avião supersônico capaz de unir a capital francesa e Tóquio em duas horas e meia, frente às 11h atuais.


Por enquanto, o fabricante mostrará apenas a maquete do futuro avião, que pretende disponibilizar para voos em 2050 e que será capaz de alcançar os 5 mil km/h, quatro vezes mais do que a velocidade do som, com baixas emissões de gases poluentes, graças à utilização de biocombustíveis, segundo os detalhes do protótipo revelados neste domingo pelo jornal 'Le Parisien'.

O avião promete ser uma das estrelas do Salão de Le Bourget, o evento bienal que reúne no norte de Paris os principais nomes do mercado aeronáutico.

Segundo o EADS, o novo supersônico, cuja maquete será apresentada oito anos depois que o Concorde, o último projeto de aparelho comercial capaz de romper a barreira do som, deixou de voar, poderá transportar entre 60 e 100 passageiros, contra os 120 de seu antecessor.

Batizado como ZEHST (Zero Emission HyperSonic Transportation), o avião pode se transformar no 'padrão das companhias em 2050', afirmou o responsável de tecnologias e inovação do EADS, Jean Botti, ao 'Le Parisien'.

Além de sua extraordinária velocidade, o dobro da atingida pelo Concorde, os responsáveis do projeto destacam seu baixo nível poluidor, proporcionado pela utilização de biocombustíveis, de hidrogênio e de oxigênio.

Além disso, o ZEHST voará acima da atmosfera, a cerca de 32 quilômetros sobre do nível do mar, frente aos 11 quilômetros dos voos comerciais atuais e os 18 do supersônico anterior.

Essa particularidade o permitirá 'não poluir a camada atmosférica' e alcançar a velocidade de até 5 mil km/h, segundo Botti.

Quando alcançar os 5 quilômetros de altitude, três motores propulsados por uma mistura de hidrogênio e oxigênio serão acionados, auxiliados por um terceiro reator concebido a partir da tecnologia utilizada nos foguetes Ariane.

O avião atingirá então uma velocidade 2,5 vezes superior à do som, superior à do Concorde.

Mas quando o aparelho chegar aos 23 quilômetros de altura, cinco quilômetros a mais do que alcançava o mítico supersônico, entrarão em funcionamento os reatores que permitirão fazer a velocidade de 5 mil km/h.

O financiamento do projeto demandará o apoio europeu, dentro de um programa comunitário de redução da poluição.

O EADS considera que o avião será destinado a executivos e que os preços das passagens rondarão os 6 mil euros para um trajeto entre Paris e Nova York, que efetuará em uma hora e meia, frente às quase oito atuais ou as três que o Concorde necessitava.

O ZEHST não será a única estrela de Le Bourget, já que o americano Boeing, principal rival do Airbus, apresentará pela primeira vez fora de seu país o avião de transporte 747-8, abastecido exclusivamente com biocombustíveis.

Já o convidado de honra será o Solar Impulsione, um avião movido a energia solar que, se o tempo o permitir, decolará em viagem de demonstração todos os dias da feira, que termina no próximo domingo.

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Fontes: EFE via MSN Notícias / Le Parisien

Famoso disco voador era apenas avião soviético, segundo jornalista americana

Jornalista desvenda caso Roswell e diz que não passou de tentativa de apavorar os EUA


Se as teorias conspiratórias sobre ETs fossem religião, provavelmente a cidade sagrada de seus adeptos seria a base militar conhecida como Área 51, no estado americano do Nevada. Para lá teriam sido levados extraterrestres que estavam a bordo de um disco voador que supostamente caiu em Roswell, no Novo México, em 1947. Segredos da base foram revelados pela jornalista americana Annie Jacobsen, que apresenta, em livro recém-lançado, nova teoria para o caso Roswell: em vez de alienígena, a ‘nave’ era... comunista.

Para escrever ‘Área 51, uma história sem censura’, Jacobsen entrevistou militares e ex-funcionários que serviram na misteriosa base da Força Aérea dos EUA. Um engenheiro aposentado relatou a mais bizarra explicação para o incidente de Roswell, ocorrido em plena Guerra Fria entre EUA e União Soviética: o que caiu em território americano era, na verdade, um avião pilotado remotamente por soviéticos.

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A parte mais estranha ainda ainda está por vir: a aeronave, modelo Horton 229, era tripulada por “cobaias humanas”, deformadas de propósito com o auxílio do médico nazista Josef Mengele, para parecerem alienígenas. “Eram cobaias humanas. Pequenos para pilotos, pareciam ser crianças”, escreveu a americana.

A trama teria sido arquitetada pelo líder comunista Josef Stalin, com o objetivo de instaurar o pânico nos EUA. Ainda não está claro como Mengele teria ‘criado’ pilotos deformados, mas ele ficou conhecido por ter feito experiências com judeus em campos de concentração. Ele fugiu para a Argentina na década de 40 e viveu no Brasil antes de morrer.

Apesar de sustentar que não havia ‘aliens’ em Roswell, Jacobsen não frustra quem torce pela existência deles. E garante ter conversado com funcionários da Área 51 que dizem que há muitos mistérios da base a serem desvendados.

Projetos secretos e espionagem

A Área 51 pode não ter sido palco da necropsia de ‘homenzinhos verdes’ de outros planetas, mas abrigou, comprovadamente, muita coisa estranha, segundo o livro. A base, desde 1955, passou a ser o cenário de testes, em plena Guerra Fria, de alguns dos projetos de aeronaves americanas mais avançados da época. Também lá eram analisados aviões soviéticos capturados.

Entre os caças que foram testados na base estão os U-2, A-12, SR-71 Blackbird e os bombardeiros da família F-117 Nighthawk. Todos eram projetos de aviões que deveriam penetrar nas defesas inimigas sem ser detectados por radares. Parte da tecnologia desenvolvida lá teria sido aproveitada até no programa espacial americano.

Além disso, pelo menos dois modelos de aviões soviéticos da Guerra Fria capturados — Mig 17 e Mig 21 — foram destrinchados, e sua tecnologia, analisada na base aérea.

Para escrever o livro, Jacobsen afirma ter entrevistado 74 pessoas com alguma ligação com a Área 51, entre elas 32 que serviram e até moraram na base durante anos.

Fonte: João Ricardo Gonçalves (O Dia) - Arte: O Dia - Outras imagens: Reprodução

Militares sul-coreanos se enganam e disparam contra avião civil


Militares da Coreia do Sul dispararam contra um avião de passageiros perto da tensa fronteira do Mar Amarelo (Mar Ocidental) após confundi-lo com um avião norte-coreano, sem causar danos, informou neste sábado a agência Yohap.

O incidente ocorreu na sexta-feira, quando dois fuzileiros navais sul-coreanos destacados na ilha de Gyondong (80 quilômetros ao oeste de Seul) dispararam com rifles K-2 contra o avião Airbus A321-200, prefixo HL7763, da companhia Asiana Airlines durante dez minutos, segundo a Yonhap, que cita fontes militares.

O avião, que tinha iniciado o processo de pouso no Aeroporto Internacional de Incheon (Seul), transportava 119 pessoas procedentes da China (voo OZ-324) e se encontrava fora do alcance do fogo dos militares por 500 ou 600 metros, acrescentou a Yonhap.

Os soldados detalharam que o avião voava ao norte da rota habitual, embora a companhia Asiana Airlines tenha assegurado que em nenhum momento mudou seu trajeto. "Comprovamos isso ontem através do centro de controle das Forças Aéreas e do aeroporto, para nos assegurarmos de que não aconteceu nenhuma anomalia em um desvio da rota", disse um porta-voz da companhia aérea.

A Marinha sul-coreana afirmou que intensificará a instrução de seus fuzileiros navais na identificação dos voos civis para que não ocorram incidentes semelhantes, ao tempo que solicitou às companhias que não se desviem de suas rotas.

O caso acontece em meio à tensão entre as duas Coreias, após dois ataques contra alvos sul-coreanos no ano passado que Seul atribuiu ao regime de Pyongyang e que mataram 48 militares e dois civis sul-coreanos.

Fontes: EFE via Terra / Aviation Herald - Imagem: EFE

Buscas por desaparecidos em queda de helicóptero são retomadas na BA

Acidente ocorreu em Porto Seguro na noite de sexta-feira (17).


Quatro pessoas morreram; três seguem desaparecidas.


As buscas por três pessoas que permanecem desaparecidas desde a noite de sexta-feira (17), após a queda de um helicóptero na Bahia, foram retomadas por volta das 6h deste domingo (19). Segundo o que informou a Capitania dos Portos ao G1, as buscam ocorrem inicialmente com o apoio de um navio e três lanchas. Cerca de 20 militares trabalham no local.

Neste domingo, deve chegar também à área de buscas um segundo navio que possui um equipamento sonar de varredura lateral e poderá ajudar na localização da aeronave no fundo do mar. Estão empenhadas na operação equipes da Marinha, Aeronáutica, Corpo de Bombeiros, Polícias Civil e Militar, além de pescadores da região. Quatro pessoas morreram no acidente.

A queda do helicóptero ocorreu durante uma viagem curta, entre Porto Seguro e Trancoso. O helicóptero caiu no mar na Praia de Itapororoca. Sete pessoas estavam a bordo. Mariana Noleto, namorada do filho do governador Sérgio Cabral, o empresário Marcelo Mattoso de Almeida, que pilotava o helicóptero, e Jordana Kfuri ainda não foram encontrados.

Quatro mortos

Os corpos de duas das três vítimas da queda do helicóptero que chegaram ao Rio, na noite de sábado (18), estão sendo velados na Capela 1 do Cemitério São João Batista, em Botafogo. De acordo com a administração do cemitério, o enterro dos corpos de Fernanda Kfuri, de 35 anos, e de seu filho, Gabriel Kfuri Gouveia, 2 anos, está marcado para as 15h deste domingo.

Ainda segundo a administração do cemitério, o corpo de Luca Kfuri de Magalhães Lins, 3 anos, também foi levado para o São João Batista, mas não há informações sobre velório ou sepultamento.

Foram resgatados quatro corpos: do filho de Jordana, Luca, da irmã dela, Fernanda Kfuri, 35 anos, do sobrinho, Gabriel Kfuri Gouveia, 2 anos, e da babá das crianças. As sete vítimas tinham deixado o Rio para passar o fim de semana no resort do empresário.

Fonte e arte: G1