
Foto: Tim de Groot - AirTeamImages (Airliners.net)
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Essas pesquisas mudaram quase tudo o que se sabia de astronomia, um campo que claramente se divide entre antes e depois do Hubble. A idade do Universo, o crescimento das galáxias, buracos negros gigantes, energia escura, expansão acelerada do Universo - tudo isso passou pelos olhos do Hubble.
É por isso que o público aprendeu a amá-lo. E a amar a ciência que o Hubble representa. E não se trata de idolatrar um objeto. Ao contrário, trata-se de amar a própria inventividade e coragem humanas, de imaginar e realizar uma máquina tão grandiosa, que, lançada aos céus, para onde sempre olhamos com êxtase, traz o céu até nós.
História do Hubble, desde a concepção
1946
Lyman Spitzer lança o conceito de um telescópio espacial em seu artigo "Vantagens Astronômicas de um Observatório Extra-Terrestre".
1969
Coordenador por Spitzer, o Comitê Ad Hoc do Grande Telescópio Espacial pede formalmente à NASA o desenvolvimento de um telescópio orbital, em um artigo chamado "Usos Científicos do Grande Telescópio Espacial."
1971
O recém-formado grupo Gestão Científica do Grande Telescópio Espacial, da NASA, estuda a viabilidade de um telescópio orbital.
1977
O Congresso norte-americano aprova o financiamento para a construção do telescópio espacial. A NASA contrata a empresa Perkin-Elmer para fabricar os sistemas ópticos. A Lockheed vence a licitação para fabricar o corpo do telescópio.
1981
A empresa Perkin-Elmer termina a construção do espelho do telescópio espacial. Contudo, a empresa comete um erro, que só seria detectado depois que o telescópio tinha sido lançado, que faz com que o espelho distorça as imagens.
1983
O telescópio espacial recebe oficialmente o nome de Hubble, em homenagem ao físico norte-americano Edwin P. Hubble.
1984
A empresa Perkin-Elmer termina a construção do sistema óptico do Telescópio Espacial Hubble - incluindo o defeito, ainda não detectado.
1985
A empresa Lockheed completa a montagem do Hubble.
1986
O lançamento do Telescópio Espacial Hubble é adiado devido ao acidente com o ônibus espacial Challenger.
1990 - 24 de Abril
O ônibus espacial Discovery coloca o Telescópio Espacial Hubble em órbita. Para decepção geral, as primeiras imagens saem totalmente borradas. Só então os cientistas descobrem que o espelho foi fabricado pela Perkin-Elmer com uma aberração esférica.
1993
Os astronautas do ônibus espacial Endeavour instalam lentes que corrigem o problema da aberração esférica. São instaladas as câmeras Wide Field e Planetary Camera 2. Os computadores do Hubble são atualizados e os painéis solares são substituídos por novos.
1994
O Hubble fotografa a colisão dos destroços do cometa Shoemaker-Levy 9 contra a atmosfera de Júpiter, em um dos feitos considerados entre os mais importantes da história da astronomia.
1997
Astronautas do ônibus espacial Discovery fazem a segunda manutenção do Hubble.
1998
As observações precisas da luminosidade de estrelas muito distantes confirmam que a expansão do universo está se acelerando.
1999
Astronautas do Discovery substituem os seis giroscópios responsáveis por manter o alinhamento do Hubble.
2002
Astronautas do Columbia substituem os painéis solares do Hubble e instalam a Advanced Camera for Surveys.
2009
Astronautas do Atlantis realizam a última missão de manutenção do Hubble, trocando seus principais componentes e praticamente tornando-o um novo telescópio, ainda mais poderoso.
Fonte: Agostinho Rosa - Editor (Site Inovação Tecnológica) - Imagens: NASA/ESA/M.Livio
Para a população, a promessa é de um aeroporto com condições de receber regularmente aeronaves de fora do Brasil. Entretanto, documentos enviados pela Infraero ao Ministério Público Federal (MPF) mostram que a situação não é bem essa.
No dia 16 de maio de 2004, a estatal, respondendo a questionamentos feitos pelo MPF, informou que uma série de rotas internacionais poderiam ser feitas por Vitória, mas que a mais recomendada, com 100% de aproveitamento, seria a Miami/Manaus/Vitória/Manaus/Miami.
Ou seja, o voo internacional que partiria e chegaria a Vitória passaria por Manaus, já que não teria como chegar, sem escala, nos Estados Unidos. Voo direto, só com metade da carga. "Uma aeronave cargueira tipo B747 pode decolar de Vitória com o total da carga paga com direção a Miami, fazendo escala em Manaus, ou com índice de aproveitamento entre 50% e 60% para voo direto", diz o documento.
O maior problema de Vitória seria o tamanho da nova pista de pouso e decolagem, 2.535 metros, pequena para os padrões internacionais. Nesses casos, o padrão é que as pistas tenham, pelo menos, 3.200 metros.
Escalas
No documento, a Infraero aborda o problema e reconhece o status de "aeroporto nacional". "As limitações definidas pelo comprimento da pista não significam, necessariamente, uma impossibilidade de bom aproveitamento do voo, que pode ser incrementado com escalas intermediárias no próprio Brasil".
Para Jaime Cabral, ex-diretor de Guarulhos, Congonhas, Galeão e do Aeroporto de Guarapari, a nova pista do Eurico Salles é perigosa e, por isso, não deve receber autorização para voos internacionais.
"O Comando da Aeronáutica deu uma autorização de modo genérico para o início das obras de ampliação do terminal, não especificando as obras para a nova pista. Eles sabem que é uma implantação perigosa. Dificilmente, essa obra obterá o certificado exigido pela Organização Internacional de Aviação Civil para operações internacionais".
O presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Lucas Izoton, é outro que questiona a viabilidade do Aeroporto Internacional Eurico Salles.
"O terminal já nasce limitado. Além de não ter espaço para crescer, uma pista de 2.535 metros não atende às necessidades de um aeroporto internacional. Defendemos melhorias, mas queremos que o governo busque outra área. Temos de ter um aeroporto de olho nas necessidades do Estado para 2050".
Na rota dos aviões
A portaria do Decea, de novembro de 2008, mostra as construções que mais invadem a zona de aproximação do Aeroporto de Vitória:
Torre de rádio
Torre da Rádio Espírito Santo, próxima ao Parque de Exposições. Tem uma altura de 78,42 metros, 34,78 metros acima do gabarito permitido.
Gasômetro
Gasômetro na ArcelorMittal Tubarão. Com 117,72 metros, ele está 14,72 metros acima do gabarito.
Condutor de minério
Condutor de minério na ArcelorMittal Tubarão. Com 133,41 metros, o condutor está 42,41 metros acima da altura permitida.
Chaminé
Chaminé 2 da ArcelorMittal Tubarão. Com 176,82 metros, o equipamento está 64,15 metros acima do gabarito permitido.
Chaminé
Chaminé 3 da ArcelorMittal Tubarão. Com 176,83 metros, ela está 59,5 metros acima do que é permitido.
Projeto da Infraero é inseguro, segundo parecer do Decea
No dia 18 de março o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), vinculado ao Ministério da Defesa, soltou um parecer técnico dizendo que, por questões de segurança, as pistas do Aeroporto de Vitória podem ter, no máximo, 1.900 metros. Isso significa 635 metros a menos do que os 2.535 metros previstos pelo projeto da Infraero.
O principal motivo desse parecer do Decea é que uma pista com o comprimento maior fará com que algumas das construções que já foram autorizadas no entorno passem a ser consideradas obstáculos, pondo em risco as operações no aeroporto.
Na ocasião, um documento da própria Infraero mostrou que o Shopping Mestre Álvaro e um prédio da MRV, encontram-se na área de aproximação Nordeste, e o Hotel Ibis e a ampliação do Vitória Apart Hospital, estão na área de transição Nordeste. Mas o problema vai além.
O próprio Decea, em uma portaria liberada em novembro de 2008, elencou 55 obstáculos na zona de aproximação do Aeroporto de Vitória. Alguns, caso da chaminé 2 da ArcelorMittal Tubarão, com 64,15 metros acima do gabarito permitido pelo Plano Específico da Zona de Proteção do Aeródromo de Vitória.
Segundo a portaria, alguns obstáculos não causam problemas à circulação operacional, mas, em outros casos, as construções só serão toleradas em caso de reforma. Se o obstáculo estiver na faixa de pista ou nas áreas de aproximação e transição pode até ser retirado do local.
Fonte: Abdo Filho (Gazeta Online) - Foto: Divulgação