sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Avião sai da pista no Aeroporto de Orly, na França

Grande confusão no final da tarde desta sexta-feira (26) no aeroporto de Orly, na França. Motivo: um avião da Vueling, companhia aérea low-cost espanhola, saiu da pista no final do pouso, o que causou atrasos nos voos, mudanças para o Aeroporto Roissy ou desvios. Um total de cinqüenta voos foram afetados por este incidente por causa da interrupção do tráfego por uma hora e meia.

O avião, o Airbus A320-214, prefixo EC-KRH, tranportando 96 passageiros, finalizava o voo VY-8077 - de Barcelona (Catalunha, Espanha) para Paris -, quando ao aterrissar às 17:26 (hora local) na pista 26 do Aeroporto de Orly, uma das rodas do trem de pouso tocou a grama saindo no final da pista.

Até ontem a noite ninguém sabia se a escapada da aeronave ocorreu devido a um erro do piloto ou porque a pista estava congelado. O incidente obrigou os bombeiros a intervir, mas apenas a fim de proceder a verificações no local.

Os passageiros foram levados de ônibus imediatamente para o terminal. A situação foi gradualmente retornando ao normal.

Fontes: Le Parisien / Aviation Herald

Termina sem acordo reunião sobre horário do aeroporto de Congonhas

Não houve consenso sobre fim de ruído e horário de aeroporto.

Tentativa de conciliação tenta pôr fim a ação civil pública federal.

Terminou sem acordo nesta sexta-feira (26) a última reunião intermediada pelo Ministério Público Federal em busca de conciliação sobre o modo e horário de funcionamento do aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo. Na próxima terça-feira (30), o juiz federal Paulo Cezar Neves Júnior, da 2ª Vara Federal Cível de São Paulo, realizará uma audiência com as partes envolvidas e poderá decidir, a partir do resultado, se prossegue ou não com a ação civil pública.

Esta última reunião foi realizada por mais de cinco horas entre representantes de moradores dos bairros próximos ao aeroporto, companhias aéreas, Prefeitura de São Paulo, Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero).

Moradores e representantes da Prefeitura de São Paulo concordam com a mudança de horário de funcionamento do aeroporto para o período entre as 7h e as 23h. No entanto, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) afirmaram que a decisão sobre o horário só deve ser tomada depois de uma avaliação mais detalhada sobre os testes acústicos e a possibilidade de redução do barulho das aeronaves. As companhias aéreas são contra qualquer modificação do horário.

Três associações de moradores entraram com ação civil para tentar limitar o horário de operação no aeroporto e também restringir o nível de ruído na região. Os proponentes da ação civil são a Associação de Moradores e Amigos de Moema (Amam), Movimento de Moradores pela Preservação Urbanística do Campo Belo (Movibelo) e Associação dos Verdadeiros e Moradores do Jardim Aeroporto (Avamoja).

Constam como réus a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a Infraero, a Prefeitura de São Paulo e as empresas TAM, Gol, Pantanal, BRA, Ocean Air e VGR. As companhias aéreas já haviam decidido, anteriormente, que serão representadas pelo Sindicato Nacional de Empresas Aéreas (Snea).

De acordo com a ação civil, os moradores querem que os pousos e decolagens sejam limitados ao período das 7h às 23h. Por enquanto, há acordo entre as partes apenas sobre o horário para checagem de motores pelas companhias aéreas, realizado desde janeiro entre 9h e 17h.

Além disso, pleiteiam que seja feita uma proteção acústica adequada destes locais, para que atendam norma ABNT de emissão de ruídos. E ainda pedem que sejam custeados os equipamentos anti-ruído nas residências próximas ao aeroporto.

Fonte: G1 - Foto: Arquivo/Carolina Iskandarian/G1

Rússia investirá US$ 2 bi em lixeiro espacial

Agência espacial russa revelou planos de criar sistema para eliminar satélites moribundos e deixar o espaço mais limpo

O ser humano tem o péssimo hábito de deixar seu lixo para trás onde quer que ele pise e com o espaço não é diferente. Orbitando a Terra existem toneladas de lixo espacial como estágios de foguetes e satélites desativados, e isso está começando a tornar perigosas as missões espaciais, sendo uma ameaça até mesmo para os satélites operantes – em 2009, por exemplo, o satélite Iridium (EUA) colidiu com um satélite russo desativado depois de ser atingido por lixo espacial.

Entra em cena a Rússia, que parece ter uma solução.

A agência espacial russa revelou ter planos de construir uma “cápsula” especial que poderá dar uma limpada no espaço exterior recolhendo cerca de 600 satélites defuntos e tirá-los de órbita em segurança, fazendo com que queimem na reentrada na atmosfera ou caiam em algum ponto de algum oceano. O desenvolvimento e construção desse lixeiro-espacial custariam cerca de US$ 2 bi.

Os primeiros teste com a cápsula estão previstos para 2020 com o equipamento entrando em operação por volta de 2023. Estima-se que sua vida útil será de 15 anos.

A mesma agência também está trabalhando na criação de um interceptador de objetos perigosos vindos do espaço e que podem vir a colidir com a Terra. É bom saber que outras agências, além da Nasa, estão desenvolvendo esse tipo de estudo.

Fonte: Leonardo Carvalho (MSN Tecnologia)

Soyuz TMA-19, com 3 tripulantes a bordo, aterrissa no Casaquistão

Um russo e dois norte-americanos permaneceram por mais de cinco meses na Estação Espacial Internacional

A nave Soyuz TMA-19, com o russo Fiodor Yurchikhin e os norte-americanos Douglas Wheelock e Shannon Walker a bordo, aterrissou nesta sexta-feira sem contratempos nas estepes do Casaquistão, informou o Centro de Controle de Voos Espaciais (CCVE) da Rússia.

A nave aterrissou, como estava previsto, quilômetros ao norte da cidade de Arkalyk, indicou um porta-voz do CCVE à agência oficial russa Itar-Tass.

Os três tripulantes da Soyuz, que permaneceram mais de cinco meses na Estação Espacial Internacional (ISS, pela sigla em inglês) "se encontram bem", informou o canal de notícias russo Rossía-24.

Inicialmente, o retorno da nave estava previsto para 30 de novembro, mas foi antecipado em quatro dias porque o Casaquistão fechou seu espaço aéreo por ocasião da cúpula da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa, na cidade de Astana, na próxima semana.

No laboratório orbital permanecem o novo comandante da Expedição 26, o astronauta da Nasa Scott Kelly, e os engenheiros de voo russos Aleksandr Kaleri e Oleg Skrípochka.

Os três irão tripular a Soyuz TA-20, com lançamento previsto para 15 de dezembro, a partir da base de Baikonur (Casaquistão).

Fonte: EFE via Estadão - Foto: Shamil Zhumatov/Reuters

Cartilha alerta sobre os riscos das viagens aéreas à saúde

Confira as recomendações do Conselho Federal de Medicina (CFM)

O Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou hoje um manual para médicos, passageiros, agências de viagem e companhias aéreas sobre as contraindicações das viagens aéreas.

— A combinação entre voos e algumas doenças muitas vezes é perigosa. É preciso que todos estejam atentos para evitar problemas — afirmou o coordenador da Câmara Técnica Mecina Aeroespacial do CFM, Frederico de Melo.

Para se ter uma ideia, em 2008 foram registrados 80 casos de morte súbita durante voos no território brasileiro. Melo observa que uma série de fatores contribui para o aumento do risco para alguns pacientes: alteração da rotina do uso de remédios, imobilidade e o tempo de voo, entre outros.

— Além disso, há um aumento do número de casos de pessoas que viajam para receber tratamento médico. O retorno tem de ser acompanhado de muito cuidado — destaca.

Na lista de passageiros que não devem viajar estão pessoas com infecções pulmonares contagiosas, como tuberculose ou pneumonia.

— Além de o voo poder agravar os sintomas, há o risco de disseminação da doença para outros passageiros — explicou o coordenador.

Pessoas com quadros graves ou que acabaram de ser hospitalizadas por causa de asma brônquica também não devem embarcar nos aviões.

Confira abaixo alguns trechos do texto:

Clique aqui para ler na íntegra

DOENÇAS RESPIRATÓRIAS

Viagens aéreas são contraindicadas para passageiros e tripulantes com infecções ativas (pneumonia e sinusite) porque estas doenças podem alterar as respostas fisiológicas humanas habituais ao voo.

Passageiros e tripulantes com infecções pulmonares contagiosas (tuberculose e pneumonia) não devem embarcar, pois pode ocorrer agravamento dos sintomas, complicações durante e depois do voo, além do risco de disseminação da doença entre os outros passageiros.

Quadros graves, instáveis ou de hospitalização recente de asma brônquica (doença respiratória mais comum entre os viajantes) também são incapacitantes para o voo.

Pessoas com bronquite crônica e enfisema pulmonar apresentam reduzida capacidade de oxigenar o sangue, o que pode descompensar os sintomas da doença durante o voo. Por isso, esses viajantes devem buscar orientação médica especializada antes de embarcarem para que seja determinado se há necessidade de suporte de oxigênio por ocasião do deslocamento.

DOENÇAS CARDIOVASCULARES

Os pacientes e tripulantes acometidos de complicações cardiovasculares devem ser orientados a adiar os voos durante o período de estabilização e recuperação. De acordo com as orientações da Sociedade de Medicina Aeroespacial, os prazos a serem observados são os seguintes (recomenda-se que o paciente seja avaliado por seu médico assistente antes de embarcar, pois os mesmos podem ser ampliados ou reduzidos, de acordo com o caso):

Infarto não complicado: aguardar duas a três semanas.

Infarto complicado: aguardar seis semanas.

Angina instável: não deve voar.

Insuficiência cardíaca grave e descompensada: não deve voar.

Insuficiência cardíaca moderada, verificar com o medico se há necessidade de utilização de oxigênio durante o voo.

Revascularização cardíaca: aguardar duas semanas.

Taquicardia ventricular ou supra ventricular não controlada: não voar.

Marcapassos e desfibriladores implantáveis: não há contra-indicações.

Nos casos de Acidente Vascular Cerebral, deve-se levar em consideração o estado geral do passageiro e a extensão da doença. Recomenda-se observar os prazos de recuperação abaixo antes do embarque:

AVC isquêmico pequeno: aguardar 4 a 5 dias.

AVC em progressão: aguardar 7 dias.

AVC hemorrágico não operado: aguardar 7 dias.

AVC hemorrágico operado: aguardar 14 dias.

GESTANTES

Recomenda-se que os voos sejam precedidos de uma consulta ao médico. De forma geral as seguintes medidas devem ser observadas:

As mulheres que apresentarem dores ou sangramento antes do embarque, não devem fazê-lo.

Evitar viagens longas, principalmente em casos de incompetência ístmo-cervical, atividade uterina aumentada, ou partos anteriores prematuros.

A partir da 36ª semana, a gestante necessita de uma declaração do seu médico permitindo o voo. Em gestações múltiplas a declaração deve ser feita após a 32ª semana.

A partir da 38ª semana, a gestante só pode embarcar acompanhada dos respectivos médicos responsáveis.

Gestação ectópica é contra-indicação para o voo.

Não há restrições de voo para a mãe no pós-parto normal, mesmo no pós-parto imediato.

CRIANÇAS

No caso de um recém-nascido, é prudente que se espere pelo menos uma ou duas semanas de vida até a viagem. Isso ajuda a determinar, com maior certeza, a ausência de doenças, congênitas ou não, que possam prejudicar a criança no voo.

OBSERVAÇÕES GERAIS

Medicação

Recomenda-se levar medicação prescrita pelo médico em quantidade suficiente para ser utilizada durante toda a viagem. Os remédios devem estar sempre à mão, preferencialmente acompanhados pela receita do médico, com as dosagens e os horários que devem ser administrados. Em caso de deslocamentos que impliquem em mudança de fuso horário, o médico assistente deve ser consultado para avaliar se há necessidade de ajustar os horários de ingestão dos medicamentos.

Enjoos

As pessoas mais susceptíveis a terem enjoo durante o voo são aquelas que já o apresentam quando andam de ônibus, carro ou navio. Estas devem evitar a ingestão excessiva de líquidos, comida gordurosa, condimentos e refrigerantes que podem facilitar seu aparecimento. Recomenda-se também, como medida de precaução, que utilizem os assentos próximos às asas do avião por ser o local de voo menos turbulento e, por conseguinte, menos propenso a induzir náuseas e vômitos.

Procurar assistência e/ou orientação médica antes do voo, caso o passageiro ou tripulante apresente:

Febre alta, tremores, com piora progressiva dos episódios;

Sangue ou muco nas fezes;

Vômitos que impeçam a ingesta de líquidos;

Sintomas persistentes após uso de medicamentos sintomáticos;

Sintomas, especialmente, se usa diuréticos, imunossupressores ou remédios para diabetes e/ou hipertensão.

Fontes: Agência Estado/Bem-Estar via Zero Hora - Foto via Portal CFM