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sexta-feira, 23 de junho de 2023

Táxis voadores iniciam uma decolar no Paris Air Show

O táxi aéreo 'Volocity', da marca alemã Volocopter, exibido durante o International Paris Air Show, no Aeroporto Paris-Le Bourget, na França (Foto: Julien de Rosa - 18.jun.2023/AFP)
Muito aguardados, os primeiros táxis voadores elétricos começam a sair dos laboratórios rumo às pistas, como o Volocopter, que deve funcionar oficialmente durante os Jogos Olímpicos de Paris 2024.

O modelo "Volocity", da marca alemã Volocopter, pousou suavemente após 15 minutos de voo de demonstração no International Paris Air Show, que ocorre no aeroporto de Le Bourget —nos arredores de Paris .

Com um lugar para o piloto e outro para o passageiro, o aparelho é alimentado por baterias elétricas e quase não faz barulho, comparado aos caças que cruzam o céu.

O britânico Paul Stone, 56, comanda o transporte. Este ex-soldado da Royal Navy, com experiência em caças e helicópteros, indica que a direção do veículo é relativamente "simples".

Com este eVTOL (aeronave eletricamente com capacidade de decolar e pousar na vertical), "os pilotos de helicóptero precisam desaprender várias habilidades muito especializadas", acrescenta.

"Um sistema digital de controle de voo" torna o controle deste avião branco —parecido com um helicóptero— muito mais fácil, explica Stone, animado para experimentar "este novo mundo".

A Volocopter testa há um ano e meio seus dispositivos em conjunto com as empresas que gerenciam os transportes e aeroportos da região parisiense.

É a reta final de um investimento de US$ 600 milhões (R$ 2,8 bilhões), que representa "um desafio", mas que está "próximo da fase comercial", garante o diretor comercial e financeiro, Christian Bauer.

Além de vender os aviões, a empresa espera prover viagens por meio de um aplicativo que permitirá a reserva online, no formato utilizado pelos táxis.

A empresa já recebeu 300 pré-encomendas de empresas privadas para explorar em conjunto com seus táxis voadores.

Sem piloto?


Os eVTOL desfrutaram, pela primeira vez, de um espaço consagrado no Salão da Aeronáutica francesa — local onde os aparelhos ultrassofisticados são exibidos, em um contexto de investimentos inesperados.

eVTOL, aeronave elétrica chamada de carro voador
Segundo uma pesquisa recente da consultora Deloitte, este modelo de aeronave atraiu, mundialmente, seis bilhões de euros (US$ 6,5 bilhões, R$ 36 bilhões) de investimentos em 2021.

"Há quatro anos ainda era um setor muito exploratório. O mercado se consolidou um pouco e hoje temos protótipos verdadeiros. Está virando realidade", diz Jean-Louis Rassineux, da Deloitte.

O número de pedidos acompanha a quantidade de entusiasmo. Na segunda-feira, o eVTOL Atea da startup francesa Ascendance Flight Technologies anunciou 110 novos pedidos, elevando o total para 505.

A United Airlines, por sua vez, encomendou cem aeronaves da norte-americana Archer por mais de US$ 1 bilhão (R$ 4,8 bilhões) —seu modelo 'Midnight' comporta quatro passageiros, além do piloto.

"Podemos substituir uma viagem de 90 minutos de carro por cinco minutos", disse o fundador e chefe da Archer, Adam Goldstein, à AFP.

Por usar energia elétrica, o custo de manutenção é menor do que o dos helicópteros, segundo Goldstein.

Ele rejeita a crítica de que esses aviões serão para os mais ricos. "Você pode dividir o custo entre uma base de usuários muito mais ampla, fazendo com que os aviões voem muito mais", diz ele.

A americana Boeing investiu massivamente na empresa Wisk Aero, que desenvolveu um eVTOL sem piloto, também apresentou no Le Bourget.

"Estamos absolutamente certos a ter a primeira aeronave autônoma certificada", enfatiza o líder da Wisk, Brian Yutko, que não forneceu dados mas tem em mente os Jogos Olímpicos de Los Angeles 2028.

Via Folha de S.Paulo

sábado, 22 de abril de 2023

Aeronave movida a hidrogênio não precisa de pista para pousar e percorre até 1.300 km

O VTOL ARC Linx P9 estará pronto para decolar em 2028.

(Imagem: ARC Aero Systems/Divulgação)
A aposta da vez para atender a demanda do futuro por táxi aéreo sustentável é projetar aeronaves mais espaçosas e não necessariamente totalmente elétricas como os eVTOLs. Considerando os protótipos vistos até aqui, de fato a maioria pode levar poucos passageiros, sem contar com alcance ainda limitado das baterias.

A startup britânica ARC Aero Systems quer mudar o jogo trazendo modelos com mais capacidade, emissão zero e custos de manutenção mais baixos. Um deles é o VTOL ARC Linx P9, um híbrido de avião e helicóptero capaz de decolar e pousar na vertical.

(Imagem: ARC Aero Systems/ Divulgação)
A novidade foi revelada oficialmente no Airfinance Journal 2023 em Dublin, na Irlanda, e apresenta vantagens interessantes.

Logo de cara, o modelo é bem maior. Sua cabine foi projetada para levar até nove pessoas e suporta em média o dobro de carga útil dos eVTOLs modernos. A fabricante compara a capacidade com a de um helicóptero, só que bem mais acessível de operar, diz a ARC.

Segundo a empresa, os custos gerais são até 40% mais baixos se comparado a um helicóptero tradicional. Um dos segredos para isso é o sistema de propulsão mais simples, composto por um único rotor e motores turboélice adaptados para funcionar com hidrogênio ou combustível de aviação sustentável (geralmente feito de óleo orgânico, como óleo de cozinha usado ou resíduos agrícolas).

A fuselagem também é construída com materiais leves, o que contribui para mais eficiência
no consumo de combustível (Imagem: ARC Aero Systems/ Divulgação)
Para ter uma ideia, o modelo pode percorrer 860 km ou até 1.300 km com um tanque extra de combustível. Sua velocidade de cruzeiro é de cerca de 300 km/h e a capacidade de decolar e pousar na vertical também dispensa pistas dedicadas, posicionando a aeronave como uma nova concorrente no ramo de transporte aéreo urbano.

No fim, por enquanto o Linx P9 ainda é apenas um conceito. Segundo o cronograma da ARC, o rival dos eVTOLs estará pronto para voar comercialmente em 2028.

segunda-feira, 3 de abril de 2023

Vertical Aerospace conversa com a ANAC para a certificação da aeronave VX4 no Brasil

Aeronave eVTOl VX4 nas cores da Gol Linhas Aéreas (Imagem: Avolon)
Ao informar nesta última semana que obteve sua Aprovação de Organização de Design (DOA), a primeira emitida pela Autoridade de Aviação Civil do Reino Unido (CAA-UK) para um fabricante de aeronaves elétricas de pouso e decolagem na vertical (eVTOL), a Vertical Aerospace afirmou que também está em negociações com a Agência Nacional de Aviação Civil do Brasil, a ANAC, sobre o futuro programa de validação do VX4 no país.

A fabricante britânica busca a certificação de sua aeronave eVTOL no Brasil porque a Gol Linhas Aéreas tem um acordo com a empresa Avolon, de leasing aeronáutico, para receber até 250 unidades da aeronave eVTOL VX4.

Além da Gol e Avolon, os clientes incluem companhias aéreas, locadoras de aeronaves, operadoras de helicópteros e grupos de turismo, incluindo American Airlines, Virgin Atlantic, Bristow, Marubeni, Iberojet e FLYINGGROUP, bem como Japan Airlines (JAL), Air Greenland, Gozen Holding e AirAsia por meio de posicionamentos da Avolon.

A Vertical também iniciou formalmente seus esforços de certificação no Japão, após a aceitação do programa de validação do VX4 pelo Agência de Aviação Civil do Japão (JCAB). A fabricante considera este um mercado-chave para seu projeto, estando bem posicionada no país, tendo feito parceria com a Japan Airlines (JAL), por meio da colocação de até 100 pré-encomendas do VX4 pela Avolon, bem como com a Marubeni Corporation para até 200 pré-encomendas do VX4.

Além da CAA-UK, ANAC e JCAB, os processos de certificação também incluem a Agência de Segurança da Aviação da União Europeia (EASA) e a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA). Segundo a Vertical, o estabelecimento dessa ampla coalizão de reguladores permitirá à fabricante colocar o VX4 em serviço internacionalmente.

O VX4 eVTOL da Vertical foi projetado para transportar um piloto e até quatro passageiros, percorrendo distâncias de até 100 milhas (161 km) e atingindo uma velocidade de cruzeiro de 150 milhas por hora (241 km/h), produzindo ruído mínimo e zero emissões operacionais.

Tendo recebido sua permissão para voar da Autoridade de Aviação Civil do Reino Unido em setembro de 2022, o protótipo do VX4 realizou com sucesso testes de voo pilotado. A Vertical está agora nas próximas etapas do programa de testes de voo, que deverá atingir maiores altitudes e velocidades, além de demonstrar a transição do voo vertical para o horizontal.

Via Murilo Basseto (Aeroin)

domingo, 12 de março de 2023

Vídeo: AutoFlight realiza o voo mais longo de um eVTOL na história


A AutoFlight anunciou que realizou o voo mais longo de um eVTOL na história, cobrindo uma distância de 250 quilômetros com apenas uma carga de bateria – a Joby havia voado com um eVTOL por 248 quilômetros em 2021. Esse novo marco foi alcançado no dia 23 de fevereiro de 2023.

O voo de 1h38m de duração ocorreu a partir do local de testes da empresa na região de Shandong, na China, e consistiu de 20 voltas em um circuito pré-definido. A aeronave foi remotamente pilotada, ou seja, não havia ninguém a bordo do AutoFlight Gen4.


Para a empresa alemã, esse voo é muito importante para buscar a certificação de aeronavegabilidade da Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA, na sigla em inglês). A expectativa é de que a autorização ocorra até 2025.

“Este voo é uma prova do incrível esforço e progresso da equipe nos testes e no aumento gradual do envelope de desempenho da aeronave. É uma conquista notável que mostra a capacidade de nossa aeronave e estamos entusiasmados em continuar trabalhando em direção às nossas próximas metas até a certificação da EASA em 2025”, disse Omer Bay-Yhohay, presidente da AutoFlight.

O eVTOL da AutoFlight, que quando finalizado será chamado de Prosperity, conta com 10 rotores para voo vertical e três para voo horizontal, tem altura de 3,3 metros e envergadura de 12,8 metros. Ele pode voar a uma velocidade de cruzeiro de 200 km/h e transportar até quatro passageiros.

Via MundoGEO e FL360aero

quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

‘Carros voadores’ já são uma realidade e movem mercado bilionário

Aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical são consideradas o futuro da mobilidade urbana e podem salvar as montadoras da obsolescência.

Presente: Protótipo do modelo eVTOL Midnight: potencial para centenas de
bilhões de dólares (Imagem: Archer Aviation)
Os carros voadores não são mais uma quimera de livros e filmes de ficção científica futurista. Na verdade, a versão real desses veículos, chamados tecnicamente de “eVTOL”, sigla do inglês para “electric vertical take-off and landing” (em tradução livre, aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical), fica no meio do caminho entre o drone e o helicóptero. No momento, estão entre os projetos mais ambiciosos e cultivados por empresas automobilísticas e fabricantes de aviões pelo mundo — inclusive no Brasil. Na semana passada, em Las Vegas, a montadora de automóveis franco-ítalo-americana Stellantis anunciou na feira Consumer Electronics Show 2023 (CES 2023) a adição da parceria com a startup Archer Aviation para construir sua própria versão, chamada de Midnight.

O acordo entre as empresas segue uma tendência que se intensificou no setor de transporte. Vários desenvolvedores de aeronaves elétricas precisam de capital e experiência em manufatura para levar seus produtos ao mercado e começar a transportar passageiros pelas cidades ou para os aeroportos. As montadoras são úteis, ao garantir a manutenção de sua religião em um mundo dominado por soluções sustentáveis. Uma medida de grandeza da aposta está no dinheiro investido pelo fabricante automotivo na startup de aviação nessa segunda rodada: 150 milhões de dólares, o dobro do valor injetado há dois anos.

Futuro: Eve, da Embraer (acima), e o carro voador desenvolvido pela SkyDrive: aeroportos
terão espaços exclusivos para essas aeronaves (Imagens: Eve Air Mobility; Karim Sahib/AFP)
Além da parte financeira, a Stellantis contribuirá com tecnologia de fabricação avançada e pessoal capacitado. Com isso, o arqueiro poderá se dedicar à satisfação, evitando gastos de centenas de milhões de dólares durante a fase de aumento da produção. Por isso, a primeira etapa do acordo prevê a construção de uma fábrica em Covington, no estado americano da Geórgia, que deve começar a operar em 2024. Com espaço para quatro passageiros e um piloto, o Midnight tem autonomia de 160 milhas, mas foi projetado para percorrer extensões de cerca de 30 milhas, com aproximadamente dez minutos de recarga das baterias entre os voos.

Na apresentação da CES 2023, o CEO da Stellantis, o português Carlos Tavares, mencionou que a “liberdade de mobilidade” estaria em risco no mundo ocidental, o que justificaria o investimento na Archer e no Midnight. O raciocínio de Tavares remete ao fato de que muitas metrópoles proíbem a circulação de carros em razão do combustível por combustíveis fósseis e o consequente aquecimento global.


O interesse por novos caminhos de mobilidade urbana — e por que não os tirará do chão ou do subterrâneo, dos metrôs? — é movimento que não para de crescer, em um mercado avaliado em centenas de bilhões de dólares. Toyota e Joby Aviation, Mercedes-Benz e Volocopter, Hyundai e Honda estão entre as empresas empenhadas em projetar seus próprios modelos, em voos-solos ou parcerias (veja o quadro acima). No Brasil, a Embraer puxou a fila da inovação, com a subsidiária Eve Air Urban Mobility, que pretende fabricar o seu próprio eVTOL e vendê-lo até 2026.

O veículo, que já tem 2 000 unidades encomendadas, será movido a bateria, com capacidade para transportar quatro passageiros, além do piloto, por uma distância de até 100 milhas. No fim do ano passado, o BNDES anunciou investimento de 490 milhões de reais no projeto da Eve. “É uma realidade que vai chegar”, disse a VEJA Fernando Martini Catalano, professor de aeronáutica da Escola de Engenharia de São Carlos da USP. “Logo veremos pontos específicos de decolagem e aterrissagem desses veículos nos aeroportos.” Com preços acessíveis, segurança, regulamentação e certeza de respeito ao meio ambiente, não há razão para frear o futuro.