quarta-feira, 30 de julho de 2014

Avião da Air Algérie levou apenas cerca de 3 minutos para cair, diz rádio

Avião teria caído de altitude de 10 mil metros após entrar em tempestade.

Aeronave levava 118 pessoas; todos morreram em queda no Mali.

O avião da Air Algérie que caiu no Mali na semana passada parece ter despencado de uma altitude de 10 mil metros em apenas poucos minutos após entrar em uma tempestade, disse uma autoridade de alto escalão envolvida nas investigações, de acordo com uma rádio francesa.

Autoridades francesas disseram acreditar que o mau tempo foi a principal causa do acidente, em que todas as 118 pessoas a bordo, entre passageiros e tripulantes, morreram. A aeronave McDonnell Douglas MD-83 se chocou contra o solo ao sul da cidade de Gossi, perto da fronteira entre o Mali e Burkina Faso.

As primeiras imagens do avião da Air Algérie que caiu no Mali nesta quinta-feira (24)
foram divulgadas nesta sexta-feira (25) pela emissora de TV francesa "France 2" e 
pelo Exército da França  - Foto: ECPAD/AP

Os pilotos do avião, que saiu de Ugadugu, capital de Burkina Faso, para Argel nas primeiras horas da última quinta-feira, pediram permissão para alterar sua rota devido ao mau tempo encontrado na direção norte.

O general Gilbert Diendre, diretor do departamento de crises de Burkina Faso, disse que os dados do radar mostraram que o avião pareceu tentar contornar o mau tempo antes de retornar ao seu curso inicial, o que o levou de volta ao centro da tempestade.

"Talvez o piloto tenha pensado que tinha evitado completamente a tempestade e quisesse retornar à rota original", disse Diendere, de acordo com o site da rádio francesa RFI. "O acidente ocorreu enquanto o avião fazia essa manobra."


Diendere disse que o último contato feito com o avião, a uma altitude de 10 mil metros, foi à 1h47 GMT (22h47 no horário de Brasília) e que o acidente ocorreu à 1h50 GMT, segundo relatos de testemunhas. 

"Isso significa que (o avião) caiu de uma altitude de 10 mil metros a zero em cerca de três minutos, o que é uma queda abrupta dado o tamanho do avião", acrescentou ele.

As autoridades francesas não descartaram qualquer explicação para o acidente, mas acreditam que as más condições do tempo tenham contribuído para o desastre. Entre os passageiros estavam 54 cidadãos franceses.

As duas caixas-pretas do avião foram encontradas e levadas para a França, onde estão sendo examinadas por especialistas. Os resultados devem ser divulgados nas próximas semanas.

A França anunciou três dias de luto, iniciados na segunda-feira.


Fonte: Reuters via G1

Ninguém sabe o que está causando estas explosões de radiação no espaço

The Parkes Observatory, na Austrália

Em 2007, astrônomos detectaram uma rajada de ondas de rádio incrivelmente forte e breve na Austrália (foto acima). E agora, no lado oposto do mundo, astrônomos identificaram uma segunda explosão de proporções semelhantes. Isto quer dizer que A) a primeira não foi um acaso, e B) nós não temos absolutamente nenhuma ideia do que está causando isto.



Este segundo flash ultra-rápido de ondas de rádio foi descoberto pelo radiotelescópio de Arecibo, em Porto Rico (fotos acima), cujas antenas estavam posicionadas na esperança de descobrir estrelas de nêutrons. Em vez disso, ele capturou uma segunda ocorrência das chamadas explosões rápidas de radiação (ou, em inglês, fast radio bursts, FRBs), o que finalmente permitiu aos astrônomos excluir o ruído cósmico e reportá-las formalmente. Ao contrário dos sinais de rádio que nós detectamos normalmente, estas ondas “dão todos os sinais de terem vindo de fora de nossa galáxia, de algum ponto muito distante.”

De acordo com Laura Spitler, pós-doutoranda no Instituto Max Planck de Radioastronomia, na Alemanha, a descoberta é um grande passo adiante:

"Nós realmente não sabemos do que se trata. Os cientistas são altamente céticos em relação a tais descobertas … [tanto que] todas as rajadas descobertas até agora pelo telescópio Parkes não eram motivo de preocupação. Agora, com a descoberta de uma explosão pelo telescópio de Arecibo, estamos mais confiantes de que FRBs são fenômenos astrofísicos, e que entendê-las e classificá-las deve ser uma prioridade dos observatórios radioastronômicos no futuro."

Até conseguirmos descobrir mais um desses FRBs e estudá-los de maneira adequada, entretanto, os cientistas estão perdidos em relação ao que pode estar causando estes fenômenos. Algumas explicações propostas incluem evaporação de buracos negros, fusões das estrelas de nêutrons, e erupções de estrelas de nêutrons extremamente poderosos chamadas magnetares. E, como Duncan Lorimer, um dos astrônomos que descobriram a primeira série de FRBs, disse a NPR:

"Existem até mesmo discussões na literatura sobre assinaturas de civilizações extraterrestres."

Pode levar um bom tempo antes de se obter quaisquer respostas definitivas, no entanto. Os dois radiotelescópios que detectaram as ondas sofrem de visão de túnel, o que significa que nossa visão é tão limitada que qualquer FRB que encontrarmos no futuro será graças à nossa sorte. Mas, como James Cordes, astrônomo de Cornell, também disse a NPR, “O bom sobre esta fase inicial é que realmente não sabemos o que causa essas explosões, de modo que o céu é o limite”. Em outras palavras:


Fonte: Ashley Feinberg (gizmodo.uol.com.br) com Cornell, McGill via NPR - Imagens via Shutterstock/Israel Pabon

Nos ares: GoPro filma bombardeio feito por um avião B-52H

 

Não há dúvidas de que a GoPro tem se tornado um belo equipamento para aqueles que querem mostrar algo que julgam surpreendente. Já tivemos alguns vídeos capazes de provocar um infarto em quem assiste, outro mostrando a ação de tanques de combate e até mesmo a formação, o deslocamento e a união de dois tornados. Ampliando essa lista, agora temos a gravação de um bombardeio feito por um avião B-52H. 

Antes de tudo, pode ficar um pouco mais tranquilo: o vídeo não mostra ataques a uma cidade ou coisa do gênero. Aparentemente, trata-se de um treinamento militar, já que as bombas caem em uma ilha. Porém, é impossível não notar o rastro de destruição que tais equipamentos são capazes de deixar assim que entram em contato com o solo.

Corpo é achado no trem de pouso de avião americano procedente da África

Avião militar aterrissou na base de Ramstein, na Alemanha.

Corpo era de adolescente, possivelmente de origem africana.


A Força Aérea americana encontrou o corpo de um adolescente no trem de pouso de um de seus aviões de transporte proveniente da África e que aterrissou na base militar de Ramstein, na Alemanha, informou nesta terça-feira (29) o Pentágono.

O incidente aconteceu no domingo passado, quando operários militares descobriram o corpo de um menor negro, possivelmente de origem africana, durante uma inspeção rotineira no avião, um Hércules C130 de transporte e apoio logístico.

O Pentágono abriu uma investigação para determinar como o jovem pôde chegar até o avião militar, que estava operando dentro da área de influência do Comando da África.

Segundo disse o porta-voz do Pentágono, o contra-almirante John Kirby, o organismo investiga o caso e revisará 'as medidas de segurança se for necessário', mas lembrou que nem todos os lugares do Comando da África onde atracam aeronaves têm as mesmas garantias de segurança.

O C130 tinha feito várias paradas antes de chegar a Ramstein - no Senegal, Mali, Chad, Tunisia -, mas Kirby não quis esclarecer a origem do voo.

Segundo o canal "NBC News", a aeronave tinha decolado do Mali e se cogita a possibilidade que o adolescente fosse desse país ou do Chade.

Fonte: EFE via G1 - Foto: Vincent Kessler/Reuters

Companhias discutem segurança do espaço aéreo após queda de avião da Malásia

Voo MH-17 caiu quando a Ucrânia manteve abertos corredores aéreos em áreas de conflito.

Companhias aéreas evitam sobrevoar a região leste da Ucrânia,
 onde ocorre o conflito separatista - Imagem: flightradar24.com

Companhias aéreas globais vão tentar obter "informação neutra" sobre a possibilidade de usar ou evitar o espaço aéreo sobre zonas de conflito na reunião da agência de aviação da Organização das Nações Unidas e de outras entidades do setor, disse uma fonte da indústria aérea baseada na Europa.

A Organização da Aviação Civil Internacional (OACI) convidou os presidentes da indústria da aviação, aeroportos e redes de controle de tráfego aéreo do mundo para a reunião, em Montreal, para discutir o que precisa ser mudado para garantir que aviões usem um espaço aéreo seguro, após a derrubada de um avião de passageiros da Malásia sobre a Ucrânia em 17 de julho em que 298 pessoas morreram.

A reunião provavelmente terá apelos para que os poderes internacionais de intervenção sejam ampliados para quando um país não conseguir monitorar as ameaças ao seu espaço aéreo. O avião da Malaysia Airlines caiu quando a Ucrânia manteve abertos corredores aéreos que estavam dentro do alcance do míssil suspeito de destruir a aeronave.

Companhias aéreas, representadas pela Associação Internacional de Transporte Aéreo, manifestarão na reunião que precisam urgentemente melhorar o acesso à "informação neutra com base em critérios objetivos", disse a fonte da indústria.

"As empresas aéreas não têm agentes da CIA trabalhando para elas", disse a fonte, que falou sob condição de anonimato. "No fim do dia, as companhias aéreas têm de decidir se devem voar ou não com base em informações precisas."

"No entanto, alguns países nunca dirão se há algum problema com o seu espaço aéreo, mesmo se realmente existir algum problema com o seu espaço aéreo. Isso não é fácil para as companhias aéreas." 

Nesta segunda-feira, a Emirates Airline anunciou que irá suspender seus voos sobre o Iraque para se proteger contra a ameaça de militantes em solo.

A OACI tem atualmente um papel limitado e não pode abrir ou fechar espaços aéreos. A agência emitiu um aviso neste ano, alertando para o risco jurisdicional representado por dois conjuntos de controladores de tráfego aéreo que dirigem o tráfego sobre a região da Crimeia.

Reforçar o papel da OACI para dar à agência a autoridade para dizer onde as companhias aéreas devem voar, ou dizer aos seus membros o que fazer com o seu espaço aéreo, será um teste para as regras criadas nos acordos de paz da época da Primeira Guerra Mundial e que estão consagradas na carta de fundação da entidade. Isso também exigirá que a agência obtenha informações confidenciais dos seus Estados membros sobre os assuntos militares e políticas internas.

Diplomatas dizem que qualquer tentativa de mexer com a soberania do espaço aéreo pode estabelecer precedentes mais amplos que dificultariam resultados rápidos. Os Estados Unidos já disseram que não estão buscando mudanças nas diretrizes da OACI.

A Organização dos Serviços de Navegação Aérea Civil, envolvida na reunião de terça-feira, também disse que não está pressionando para que um órgão central faça supervisões ou emita alertas.

Enquanto é improvável que a OACI ganhe poderes regulatórios gerais, alguns analistas e especialistas do setor disseram que a agência pode ajudar a manter os reguladores dos países mais bem informados.

Fonte: Reuters via R7

Morre último dos tripulantes de avião que bombardeou Hiroshima

Ataque sobre a cidade japonesa de Hiroshima deixou mais de 100 mil mortos.

O Capitão Van Kirk, à esquerda, com o Coronel Paul W. Tibbets Jr., ao centro, e o  Major Thomas W. Ferebee, em 1945. Após essa foto, embarcaram no Enola Gay e voaram para lançar uma bomba atômica sobre Hiroshima - Foto: U.S. Air Force, via Agence France-Press/Getty Images

O último tripulante vivo do avião que lançou a bomba atômica sobre Hiroshima, o oficial de navegação Theodore "Dutch" Van Kirk, morreu na segunda-feira (28), aos 93 anos, de morte natural em Stone Mountain, no estado americano da Geórgia, informou nesta terça-feira (29) a imprensa local.

Foto: AP

Van Kirk (na foto acima, em 2009) era o último homem com vida dos 12 tripulantes do bombardeiro B-29 "Enola Gay", o primeiro avião a lançar uma bomba atômica: o ataque sobre a cidade japonesa de Hiroshima que deixou mais de 100 mil mortos.

No dia 6 de agosto de 1945, Van Kirk, aos 24 anos, participou daquela missão que, segundo os historiadores, foi decisiva para forçar a rendição do Japão e pôr fim à Segunda Guerra Mundial. No 50º aniversário dos bombardeios, Van Kirk comentou em entrevista que, durante a missão, se sentiu "aliviado" no instante após o lançamento.

Foto: Reprodução

"Apesar de estarmos lá em cima, no ar, e que ninguém no mundo sabia o que tinha acabado de acontecer, sentimos que a guerra tinha acabado ali, que era apenas questão de tempo", disse. Além disso, defendeu em vários comparecimentos públicos que "é muito difícil falar de moralidade e guerra na mesma frase".

"Acho que quando você está em uma guerra, um país deve ter a coragem de fazer o que for necessário para ganhar a guerra com o menor número de vítimas possível", acrescentou.

Fonte: Efe via R7