domingo, 13 de novembro de 2022

OVNIs vistos no Sul são reflexo de satélite, cravam especialistas

Desde a última sexta-feira (4/11), relatos de pilotos que voaram o céu de Porto Alegre (RS) viralizaram nas redes sociais por afirmarem ter visto luzes de objetos não identificados pelas torres de transmissão.

Marcelo Zurita, Jung e Gabriel Zaparolli desvendaram o mistério das luzes e cravam que o que parecia ser um OVNI é, na verdade, um reflexo da luz do Sol em satélites de nova geração. - (Crédito: Youtube/Reprodução)
Não foi desta vez que a Terra foi visitada por vida inteligente extraterrestre, afirmam três especialistas astronômicos e membros da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Branom). Durante uma transmissão ao vivo, realizada na noite desta sexta-feira (11/11), o trio desvendou a origem das luzes vistas por pilotos de avião e cidadãos do Rio Grande do Sul na última semana.

No dia 4 de novembro, relatos de pilotos que voaram o céu de Porto Alegre (RS) viralizaram nas redes sociais por afirmarem ter visto luzes de objetos não identificados pelas torres de transmissão. Um dos chefes de cabine chegou a afirmar, ainda, que a luz o seguiu desde a decolagem, no Aeroporto de Confins.

A partir do primeiro avistamento, Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA) e membro da SAB; Carlos Jung, professor e chefe do Observatório Espacial Heller & Jung; e Gabriel Zaparolli, astrofotógrafo e membro da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Branom) analisam os vídeos e cruzam informações dos observatórios.

A constatação dos três é que nenhum dos vídeos compartilhados nas redes sociais ou cedidos a eles por meio dos que gravaram se trata de um objeto não identificado (OVNI) vindo de outro planeta, e sim de luzes refletidas por satélites que orbitam o local no momento em que o Sol atinge a parte brilhosa do objeto.

“A gente analisou muita imagem inclusive que não era satélite, era avião ou era erro da lente do aparelho que foi gravado. As imagens que conseguimos analisar nos levaram a concluir que são satélites. Sei que não agrada muita gente, porque a gente quer é o desconhecido. Mas o fato é que o trabalho sempre tem que ser pautado em fatos e na ciência”, explica Zurita.

Análise das luzes vistas no Sul utilizou cruzamento de dados


A análise dos especialistas foi composta de várias frentes. Os vídeos foram vistos e, por meio de informações sobre horário e direção em que o celular estava apontado, os especialistas consultaram os dados dos observatórios.

Além disso, o astrofotógrafo Zaparolli observou, diligentemente por dias a fio, o céu durante os horários do vídeo para captar novas imagens e percebeu que as luzes foram vistas nos mesmos locais e horários. “Achei estranho porque não sabia que OVNIs têm dia e horário definidos para aparecer”, brincou o especialista

“A quantidade de avistamentos por si só demonstra que não eram OVNIs de vida extraterreste, porque não pode haver esses supostos objetos voando em dias seguidos pelo céu. Não faz sentido”, acrescenta Jung.

Com o cruzamento das imagens com dados dos observatórios, foi possível encontrar grandes quantidades de satélites que orbitam pelo local no momento dos relatos, todos com capacidade e composição mecânica para refletir a luz do Sol naquele momento.

“São satélites chamados Starlinks da nova geração, lançados há pouco tempo. Estes novos modelos podem refletir muito mais a luz solar", explica Jung. De 13 satélites identificados no céu do Rio Grande do Sul na hora e data dos registros, doze são Starlinks.

“Os satélites são compostos no formato de L, a base e uma antena, com a parte de baixo, ou os fundos, refletem a luz do Sol na direção do estado”, detalha Zurita. O modelo de novos satélites também explicam o motivo pelo qual as luzes não foram avistadas em outros anos.

A previsão é que as luzes sejam vistas com frequência até 21 de dezembro, entre as 23h e 3h, quando a rotação da Terra coloca o hemisfério Sul mais próximo do Sol e também muda a “altitude” da órbita dos satélites mais próxima do horizonte da Terra e, assim, mais passíveis de refletir o Sol no céu do Rio Grande do Sul. Depois da data, o horizonte volta para o local regular e as luzes não serão mais vistas até o fim de fevereiro. “Esses reflexos serão vistos, depois, no hemisfério Norte, a partir que a rotação da Terra mude”, explica Zurita.

“É importante lembrar que não é apenas Porto Alegre que enxerga as luzes, isso pode ser observado praticamente em toda a Região Sul do Brasil, em todos os lugares que estão na mesma latitude, como outros países, por exemplo África e Austrália”, explica Zaparolli.

Pilotos podem não saber identificar satélites novos


Os especialistas também comentaram a afirmação de autoridades do Sul de que pilotos eram capazes de identificar satélites. Jung conta que por ser um objeto novo, com uma nova composição mecânica, o piloto pode não saber da existência e de que ele pode refletir a luz.

É possível, também, que os pilotos podem não ter sido treinados para identificar satélites. “Conhecemos um piloto que nos falou que não sabe como identificar tais objetos”, conta Zurita. Zaparolli também comentou que recebeu relatos do mesmo tipo. “Dois pilotos me mandaram mensagens no Instagram e falaram que no treinamento de piloto não receberam orientação para identificar satélites”, revela.

Jung ainda comentou que a afirmação do piloto de que a luz o seguiu desde Confins até Porto Alegre pode ser apenas uma impressão causada por regras de física. “Você já teve a impressão, quando tá andando de dia na rua, que o Sol está te acompanhando? Não é que ele tá te acompanhando, mas que ele está tão distante de nós que sempre o visualizamos como se estivéssemos perto. Eu acho que ele visualizou a luz desde Confins até pousar”, palpita.

Sobre os relatos de verem as luzes em espiral, Zurita afirmou que os dados do satélite mostram que os objetos orbitam próximos um do outro, o que pode ter causado uma ilusão de imagem. “A hipótese é que os satélites Starlinks estão bem próximos um do outro e fazem uma reflexão em movimento, mas na verdade é a luz refletida de cada um que, de longe, parecem formar um espiral. Não temos vídeos desses relatos, por isso não podemos dizer com certeza, mas é uma hipótese de acordo com o céu do local”, conclui.

Assista a transmissão completa



Via Talita de Souza (Correio Braziliense)

Aconteceu em 13 de novembro de 1993: Falha do piloto derruba o voo 6901 da China Northern Airlines


Em 13 de novembro de 1993, o McDonnell Douglas DC-9-82 (MD-82), prefixo B-2141, da China Northern Airlines, partiu para realizar o voo 6901 (CJ6901) do Aeroporto Internacional de  Pequim em direção ao Aeroporto Internacional de Ürümqi Diwopu, na Região Autônoma Uigur do Sinquião, também na China.

A bordo do DC-9 estavam 92 passageiros e 10 tripulantes. O voo transcorreu sem problemas até a abordagem para o Aeroporto de Ürümqi-Diwopu, que foi concluída com visibilidade limitada devido às condições de neblina. 

Na curta final, a aeronave desceu abaixo do nível de planeio. Quando o Sistema de Alerta de Proximidade do Solo (GPWS) emitiu um alarme sonoro, o capitão perguntou a seu primeiro oficial o que significavam as palavras "Pull Up!" ("Puxe para cima"). O primeiro oficial respondeu que não sabia. Consequentemente, os pilotos ignoraram os avisos e falharam em corrigir sua taxa excessiva de descida,

e bateu em uma parede de concreto localizada a 3 km da pista 25. Ganhou altura novamente, e colidiu com cabos de força antes de cair em um campo, explodindo em chamas. 

Doze ocupantes foram mortos, entre eles quatro membros da tripulação. A aeronave foi destruída por um incêndio pós-colisão.

As causas prováveis do acidente: o sistema de piloto automático se desconectou na aproximação final por razões desconhecidas, fazendo com que a aeronave adotasse uma razão de descida de 800 pés por minuto até que a aeronave colidir com uma parede de concreto e colida. Outro fator foi a falta de proficiência em inglês da tripulação.

Por Jorge Tadeu com ASN / Wikipedia / baaa-acro.com

Aconteceu em 13 de novembro de 1966: Erro na aterrissagem provoca acidente fatal no Japão


No domingo, 13 de novembro de 1966, o NAMC YS-11-111, prefixo JA8658, da All Nippon Airways - ANA, partiu para o voo 533 de Osaka em direção a Matsuyama, na ilha de Shikoku, ambas localidades do Japão. A bordo estavam 45 passageiros e cinco tripulantes.

O voo decolou de Osaka às 19h13 e transcorreu sem intercorrências até a aproximação final, aproximadamente às 20h20, quando a tripulação foi autorizada a pousar na pista 31. 

A aproximação foi realizada um pouco mais alta do que o normal e o toque na pista aconteceu 460 metros após a cabeceira. Após uma corrida por 170 metros, o avião voltou a decolar e uma nova volta foi iniciada.

A altura de 230 a 330 pés foi alcançada e a aeronave fez uma curva à esquerda, perdeu altitude e caiu no Mar Interior de Seto, aproximadamente às 20h30. Todas as 45 pessoas a bordo morreram no acidente.


Por Jorge Tadeu com ASN / Wikipedia - Fotos: baaa-acro.com

Vídeo: aviões se chocam e explodem em show aéreo no Texas, EUA

Dois aviões militares históricos colidiram no ar e caíram neste sábado (12) durante um show aéreo em Dallas, segundo autoridades federais.


Não se sabe ainda quantas pessoas estavam a bordo das aeronaves ou se alguém ficou ferido. Equipes de emergência foram até o local do acidente no Aeroporto Executivo de Dallas.

Um Boeing B-17 Flying Fortress e um Bell P-63 Kingcobra colidiram e caíram por volta das 13h20 no horário local (16h20 em Brasília), informou a Administração Federal de Aviação em um comunicado. A colisão ocorreu durante o show comemorativo da Força Aérea sobre Dallas.


Hank Coates, diretor da Força Aérea Comemorativa, empresa responsável pelo evento, disse em uma coletiva de imprensa que o bombardeiro costuma ser tripulado por cinco pessoas e o avião de caça, por apenas um piloto, mas não confirmou o número de vítimas. O prefeito de Dallas, Eric Johnson, disse no Twitter que ninguém que estava no chão foi atingido durante a queda dos aviões.


Vídeos publicados nas redes sociais mostram o caça voando contra o bombardeiro, fazendo com que as duas aeronaves caíssem rapidamente no chão, causando uma grande explosão. 


A Administração da Aviação Federal e o Conselho Nacional de Segurança nos Transportes vão investigar o acidente.



O B-17 é um imenso bombardeiro de quatro motores e foi uma peça importante do poder aéreo dos EUA durante a Segunda Guerra Mundial. O Kingcobra, um avião de caça americano, foi usado principalmente pelas forças soviéticas durante a guerra.

A maioria dos B-17 foram desmantelados no final da Segunda Guerra Mundial e existem apenas alguns nos dias de hoje, em grande parte estão expostos em museus ou participam de shows aéreos, de acordo com a Boeing.

Os aviões envolvidos na colisão



Boeing B-17G Flying Fortress
Prefixo: N7227C
Operador: American Airpower Heritage Flying Museum
Tripulação: 5 / Mortos 5


Bell P-63F-1-BE Kingcobra
Prefixo: N6763
Operador: American Airpower Heritage Flying Museum
Tripulação: 1 / Mortos: 1

Via g1, Metrópoles e ASN

Avião da Latam faz pouso de emergência em Guarulhos (SP)


Neste sábado (12), por volta das 14h30, um Airbus A320 da Latam que realizava o voo LA8033 entre Buenos Aires, na Argentina, e Guarulhos, em São Paulo, realizou um pouso de emergência após a aeronave apresentar problemas hidráulicos. 

Equipes de emergência aguardavam a aeronave que estava com sua APU inoperante. Sem condições de se locomover da pista após a aterrissagem, a aeronave foi rebocada para o terminal.

Colisão entre aviões no aeroporto OR Tambo, na África do Sul


O Airbus A320, prefixo ZS-SZJ, da SAA, foi rebocado da rampa do Aeroporto Internacional OR Tambo para a instalação de manutenção depois que a barra de reboque de um caminhão de reboque quebrou, fazendo com que o avião desviasse e batesse no Boeing 737-800, prefixo ZS-SJH, da FlySafair estacionada, na sexta-feira (11) à noite.


A ponta da asa do avião da SAA e a seção de empenagem (cauda) da aeronave Safair foram danificadas. Nenhum passageiro estava a bordo de nenhuma das aeronaves no momento.

Em comunicado divulgado no sábado, a SAA disse que o ZS-SZJ estava fora de operação, enquanto os danos eram avaliados. Tanto a Autoridade de Aviação Civil da África do Sul (SACAA) como a Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA) foram notificadas.


A companhia aérea disse que, como resultado do incidente, o voo SA357/372 de Joanesburgo para a Cidade do Cabo foi cancelado e os passageiros foram acomodados no SA359/374. Acrescentou que o SA323/334 havia sido atualizado para operar o A333 e que o novo horário estimado de partida do SA334 era às 13h05, devido à rotação.


A extensão total dos danos à aeronave FlySafair ainda está sob investigação por equipes técnicas e seguradoras. A aeronave deve permanecer fora de operação até que seja totalmente reparada e desconectada.

Via Breaking Aviation News & Videos


Avião turboélice da Voepass é atingido por raio em voo de cruzeiro e sofre danos na asa


Um ATR 42-500 da Voepass Linhas Aéreas, operado pela MAP Linhas Aéreas, teve danos em uma das asas, após ser atingido por um raio durante um voo de passageiros. O incidente foi registrado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA).

A ocorrência se desenvolveu no último dia 1º de novembro, quando a aeronave ATR 42-500, registrada sob a matrícula PR-PDP, da Voepass Linhas Aéreas, realizava o voo regular entre as cidades de Manaus e Coari, ambas no Amazonas, com 40 passageiros e 4 tripulantes.

Conforme reportado ao CENIPA, a aeronave decolou do Aeroporto Internacional de Manaus – Eduardo Gomes sem intercorrências. Durante o voo de cruzeiro, no entanto recebeu uma descarga elétrica que causou danos leves na asa esquerda.

Diante da ocorrência, que não comprometeu a segurança operacional do voo, os pilotos continuaram o trajeto até o destino e realizaram um pouso no Aeroporto de Porto Urucu, terminal que atende ao distrito de Porto Urucu, em Coari. A título de curiosidade, o terminal foi construído como uma instalação de apoio à Província Petrolífera de Urucu, explorada pela Petrobras, que também administra o aeroporto.

O CENIPA classificou a ocorrência como incidente do tipo ‘CORTANTE DE VENTO / TEMPESTADE | WSTRW’.

Via Juliano Gianotto (Aeroin) - Foto ilustrativa

Voo pousa em emergência depois que um passageiro sacou um estilete a bordo do avião


Pilotos a bordo de um Airbus A320 da Frontier Airlines foram forçados a fazer um desvio de emergência após um passageiro, em posse de um estilete, supostamente ameaçar outros viajantes e comissários de bordo. O caso ocorreu a bordo da aeronave registrada com a matrícula N393FR, que realizava o voo F9-1761, de Cincinnati a Tampa, nos Estados Unidos, na última sexta-feira (11), conforme cita a CNN.

A aeronave decolou às 19h39 locais, mas fez um pouso de emergência no Aeroporto Internacional de Atlanta, pouco mais de uma hora depois que o alerta foi dado aos pilotos. Nenhum passageiro ficou ferido.

Uma usuária do Twitter compartilhou uma captura de tela do que supostamente são imagens de câmeras de vigilância, que mostram um passageiro sendo levado sob custódia pela polícia local. Na publicação, a usuária escreveu: “Estou no trabalho e um voo foi desviado devido a um passageiro ameaçando todos no avião com um estilete”.

Segundo informações, o cortador de caixa foi encontrado pela polícia logo após o suspeito ser preso. Um porta-voz da Frontier disse: “A aeronave pousou com segurança em Atlanta e o passageiro em questão foi levado sob custódia pela polícia”.

Todos os passageiros desembarcaram e receberam acomodações de hotel durante a noite em Atlanta. Um novo voo para Tampa foi programado e ocorreu na manhã deste sábado (12).

Cortadores de caixa, juntamente com facas e lâminas de barbear, são proibidos em aviões comerciais dos EUA. A simples tentativa de entrar com tais objetos num avião já configura crime passível de prisão e de um processo criminal. Ainda não há detalhes sobre como o passageiro conseguiu driblar a inspeção de segurança e entrar com o item na aeronave,

Avião Airbus A320 da Azul decola, voa uma hora e pousa no mesmo aeroporto de onde decolou

(Imagem: FlightRadar24)
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) recebeu um registro de incidente, reportado pela companhia aérea Azul, no qual consta que os pilotos precisaram retornar ao aeroporto de origem, após uma falha técnica numa aeronave.

O incidente envolveu o Airbus A320-251N (neo), registrado sob a matrícula PR-YYJ, da Azul, que realizava o voo AD-2913, de Fortaleza, no Ceará, para Recife, em Pernambuco, no último dia 29 de outubro.

De acordo com informações do CENIPA e também dados das plataformas online de rastreamento de voos, a aeronave decolou do Aeroporto Pinto Martins às 05h45, transportando 140 passageiros e 6 tripulantes. Durante a fase de subida, o Airbus apresentou a mensagem de baixo nível de fluido hidráulico

Ante o problema, os pilotos iniciaram os procedimentos previstos nos manuais e checklists. Na imagem vista acima, é possível a trajetória da aeronave envolvida no incidente, até o pouso seguro.

A chegada ao aeroporto, o mesmo de origem, ocorreu cerca de uma hora desde a decolagem. A aeronave permaneceu no solo até o último dia 30 de outubro, tendo realizado um novo voo para Campinas, interior de São Paulo.

Jato executivo pega fogo no aeroporto de Edimburgo, no Reino Unido


Parte de um jato executivo pegou fogo na rampa Bizjet do Aeroporto de Edimburgo. A APU do Learjet 60, prefixo D-CFAF, pegou fogo. O jato voou para Edimburgo de Alicante na manhã de sábado (12).

Uma unidade de energia auxiliar (APU) é um dispositivo em um veículo que fornece energia para outras funções além da propulsão. Eles são comumente encontrados em grandes aeronaves.

As APUs de aeronaves geralmente produzem tensão CA a 400 Hz para operar os sistemas elétricos da aeronave.

No avião, qual a diferença entre portas em automático e portas em manual?

Ao viajar de avião, você já deve ter ouvido o comandante orientar a tripulação do voo com as expressões "portas em automático" e "portas em manual". Mas o que isso quer dizer? 

Ao dizer "tripulação, portas em automático" (geralmente poucos minutos antes da decolagem), o comandante avisa aos comissários que todas as portas de saída do avião já podem ser "armadas". 

Traduzindo: a partir desse momento, caso aconteça alguma emergência, o sistema da aeronave acionará automaticamente um gigantesco escorregador (semelhante a um tobogã) que inflará e será usado para a saída dos passageiros assim que as portas forem abertas. 

Um avião lotado de passageiros deve ser capaz de proporcionar a a retirada segura de todos em apenas 90 segundos. 

As escorregadeiras sendo colocados à prova em um A380 num teste antes da certificação
Esse imenso tobogã é conhecido como "escorregadeira" no Brasil. É feito com material não inflamável e, assim que acionado, infla em menos de 12 segundos. A primeira escorregadeira para aviões foi criado em 1954, pelo engenheiro americano James F. Boyle. 

De acordo com as exigências internacionais, apenas aviões com uma altura superior a 2m entre o chão e as portas são obrigados a ter o sistema. 

A escorregadeira pode inflar durante o voo?

Não pode, uma vez que é praticamente impossível abrir portas e janelas durante o voo em um avião pressurizado por causa das diferenças de pressão interna e externa da aeronave. Assim, as escorregadeiras só serão armadas quando o avião estiver no chão (ou próximo a ele). 

Portas em manual

Quando é dito "portas em manual", geralmente o avião já está parado e com motores desligados. O sinal é dado pelo comandante para comunicar à tripulação que as portas podem ser desarmadas. A partir desse momento, as portas podem ser abertas com segurança e sem acionar o sistema de emergência.

Incidente bizarro

Em agosto de 2010, um comissário de bordo da empresa americana JetBlue acionou a escorregadeira do avião em que estava trabalhando e saiu da aeronave depois de se irritar com um passageiro. De acordo com o jornal "Daily Mail", Steven Slater ficou aborrecido depois de ser insultado por um passageiro ao pedir que ele permanecesse sentado. 

O comissário pegou suas malas, duas latas de cerveja, abriu a porta e escorregou pelo tobogã. Slater foi preso uma hora depois, mas pagou fiança. Vale lembrar que o disparo inadvertido de uma escorregadeira pode cancelar o voo.

Curiosidade: Ave quebra recorde mundial no mês passado, voando 13.560 km (8.425 milhas) em 11 dias sobre o Oceano Pacífico

Este pássaro é um voador campeão e mais uma vez um indivíduo quebrou o
 recorde mundial para o voo contínuo mais longo
Esta semana, um limoso juvenil de apenas 5 meses de idade desembarcou em Ansons Bay, no nordeste da Tasmânia. Ele foi marcado no Alasca e partiu para lá em 13 de outubro de 2022 antes de voar sem escalas para a Tasmânia.

Os limões são visitantes regulares da Tasmânia, por isso é provável que muitos realizem um voo semelhante, mas é a primeira vez que um pássaro marcado voa entre o Alasca e a Tasmânia.


Esta ave voou um mínimo de 13.560 km (8.425 milhas) em 11 dias e 1 hora, ou seja, uma média de mais de 51 km/h continuamente para aqueles 11 dias sem comer, beber ou dormir durante essa jornada!

Táxi-aéreo sofre 16 vezes mais acidentes que aviões comerciais grandes

Avião que caiu com Marília Mendonça e equipe é retirado de cachoeira em MG
Os aviões pequenos são mais perigosos do que os grandes? Os números mostram que o índice de acidentes entre aparelhos de taxi-aéreo, como o da cantora e compositora, é 16 vezes maior que o de um avião comercial de passageiros. 

Há muito mais aviões pequenos do que grandes: no Brasil, existem 21.767 aeronaves pequenas e apenas 642 aviões grandes. Mas essa conta já considera isso e avalia o número de acidentes por milhão de decolagens em cada uma das categorias. Aviões comerciais grandes têm 1,27 acidente por milhão de decolagens. Táxis-aéreos registram 19,95 acidentes por milhão de decolagens, segundo dados da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).

E o táxi-aéreo ainda é o segundo mais seguro. O pior índice de todos é o dos aviões agrícolas, com 131,46 acidentes por milhão de decolagens. 

Taxa de acidentes no Brasil em 2020, por milhão de decolagens, segundo a Anac:
  • Avião comercial de passageiros: 1,27 acidente por milhão de decolagens
  • Táxi-aéreo: 19,95 acidentes
  • Avião particular: 84,88 acidentes
  • Instrução: 94,21 acidentes
  • Agrícola: 131,46 acidentes

Então aviões pequenos são menos seguros?


Especialistas dizem que esses números não querem dizer que os aviões pequenos sejam mais perigosos. Segundo eles, trata-se dos padrões de operação e exigência em cada categoria de aviação. Também há erros humanos. 

O piloto Raul Marinho, gerente técnico da Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), diz que "a segurança de voo tem muito mais relação com a maneira como o avião é operado do que com o modelo de aeronave em si". 

"Se o modelo foi certificado pela autoridade aeronáutica, ele cumpre os requisitos mínimos de segurança. Um avião que tem as manutenções em dia, com pilotos corretamente qualificados e que opere em locais com boa infraeestrutura, possui um nível de risco nfimo e dificilmente sofrerá um acidente."

Segundo ele, os procedimentos e as regras fazem toda a diferença. "Alguns segmentos da aviação que contam com mais camadas de segurança, com programas de treinamento e manutenção certificados e fiscalizados pela Anac, com análise de pistas de pouso e decolagem e sistemas de gerenciamento de segurança, registram muito menos acidentes."

Aviões grandes operam em melhores aeroportos 


De acordo com Marinho, há mais rigor nos procedimentos e certificações da aviação comercial. 

"Aviões maiores só operam em aeroportos de grande porte, com pistas maiores, torre de controle, auxílios à navegação. Por sua vez, aviões menores voam nesses locais, mas, também, em aeroportos com pistas menores e mais estreitas, com outro tipo de operação", diz Marinho.

Miguel Angelo Rodeguero, diretor de segurança operacional da Aopa Brasil (Associação de Pilotos e Proprietários de Aeronaves), afirma que não é questão de um tipo de avião ser mais ou menos seguro que outro. 

"O ambiente do avião que voa a aviação comercial é diferente do ambiente que voa um avião da aviação geral", diz o piloto. 

Ele ainda afirma que todos os tipos de operações são seguros, mas que, no caso da aviação comercial, existe um nível maior de informações à disposição das equipes, os pilotos são treinados em simuladores mais avançados, entre outras questões.

"Os aviões da aviação geral, por exemplo, vão a lugares sem os mesmos requisitos que o avião de grande porte precisaria ter para operar", afirma Rodeguero. 

Aviação agrícola tem mais acidentes


Proporcionalmente, a aviação agrícola tem um índice de acidentes maior que os demais tipos. Em 2021, a categoria registrou 24 acidentes até novembro, com o registro de duas mortes no ano. 

A principal causa de acidentes no período nesse segmento foi falha no motor ou perda de controle em voo, ocasionando as quedas. 

Diferentemente da aviação comercial, esses aviões costumam operar em pistas com menor preparo. Junto a isso, voam próximos a obstáculos, como torres de energia, e em baixas altitudes, onde é mais difícil reagir em caso de emergências.

Ao todo, em 2020, foram registrados 122 acidentes na aviação civil no Brasil ao todo, segundo a Anac. 

Veja como foi a participação de cada tipo de operação no total nacional:
  • Privada (aviões particulares): 40,91% 
  • Agrícola: 33,64% 
  • Instrução: 13,64% 
  • Pública: 4,55% 
  • Serviços aéreos especializados: 3,64% 
  • Táxi-aéreo: 2,73% 
  • Avião comercial de passageiros: 0,91%
Por Alexandre Saconi (UOL)

Ter avião próprio ou voar de táxi-aéreo: o que é mais seguro e econômico?

Aviões executivos remetem a uma vida de luxo e conforto, mas também são
mais práticos para quem viaja muito (Foto: Marcelo Pereira/UOL)
No mundo dos famosos, é comum ver várias celebridades ostentando voos em seus jatinhos próprios. Nomes como Whindersson Nunes e seu Cessna Citation II, o empresário Luciano Hang com seu Learjet 45, ou, ainda, o jogador Neymar Jr. com seu Citation Sovereign optaram por comprar aviões particulares para se deslocarem.

Outros preferem ter a propriedade compartilhada de um avião com outras pessoas. Esse é o caso de Roberto Justus, que é cotista de um Pilatus PC-24 gerenciado pela Amaro Aviation. Ainda há quem prefira apenas fretar voos para cada demanda particular. No caso da cantora Marília Mendonça, morta na sexta-feira em acidente aéreo, tratava-se de um serviço de táxi-aéreo.

Para cada um desses modelos, é sempre preciso pensar no fator econômico e na segurança envolvida na operação. Veja a seguir algumas vantagens e desvantagens entre ter um avião, ser cotista ou fretar uma aeronave.

Avião particular


Whindersson Nunes posa em cima de jatinho particular, avaliado em R$ 1,4 milhão
(Foto: @whinderssonnunes)
Quem preferir, pode comprar um avião próprio para voar pelo mundo. Geralmente, costuma ser a modalidade mais cara para se voar, já que o dono terá de arcar sozinho com os custos de aquisição, manutenção, equipes, hangaragem (onde a aeronave ficará parada) entre os pagamentos de outras taxas.

Entretanto, essa é uma das modalidades preferidas para quem prefere exclusividade, ou também é piloto e gosta de conduzir seu próprio avião. Há, ainda, a possibilidade de pagar uma empresa para administrar a aeronave, restando ao dono apenas manifestar seu desejo de quando e para onde quer voar. A empresa contratada gerencia todo o restante.

Nesse caso, ainda é possível que, quando o dono não for usar o avião, ele seja utilizado para realizar voos fretados para outras pessoas, diminuindo os custos do proprietário e dividindo o lucro da operação com a empresa que administra a aeronave.

Vantagens: avião disponível sempre que precisar; privacidade; possibilidade de escolher o interior do avião e administrar equipes próprias

Desvantagens: custos mais elevados; necessidade de gerenciar a burocracia do avião

Propriedade compartilhada


Também chamada de fractional ownership, a propriedade compartilhada é a aquisição de cotas das aeronaves nas quais se tem interesse. A pessoa se torna proprietária de uma parcela do avião ou helicóptero, mas os detalhes operacionais, como agendamentos, tripulação, abastecimento com comida, seguro etc., são gerenciados por uma empresa que administra as cotas.

É diferente de se juntar com outras pessoas e comprar o avião, pois nessa situação os donos teriam de manter todo o gerenciamento burocrático.

Um dos problemas é não conseguir agendar um voo porque o avião já está reservado para outro cotista. Em algumas empresas com frota maior, é possível que o proprietário voe em outro modelo igual disponível na companhia.

Vantagens: custo menor que ser o único proprietário de uma aeronave; não ter de lidar com a burocracia; tripulação inclusa no contrato

Desvantagens: presença ainda concentrada no eixo Rio-São Paulo; conflito de agenda com outro cotista para poder voar

Fretamento


Interior do avião particular Phenom 100 da Líder Aviação, que opera com táxi-aéreo (Foto: Divulgação)
O fretamento é mais comum, sendo essa modalidade chamada de táxi-aéreo, geralmente. Costuma ser o mais prático, pois não há nenhum vínculo entre o interessado e a empresa, bastando informar origem, destino, quantidade de pessoas transportadas e data. A empresa se responsabiliza por todo o restante.

Dependendo da quantidade de horas voadas, sai mais barato que outras modalidades. Não costuma ser indicado para quem tem de voar diariamente. Entretanto, é possível negociar um pacote de horas de voo e tornar a operação mais atraente.

Em geral, não há conflito de agendas, e também existem mais opções de aeronaves para serem escolhidas, de acordo com a necessidade do cliente, desde helicópteros até aviões com maior capacidade.

No táxi-aéreo, também é comum ocorrer o agendamento de pedidos de serviços especiais, como a operação de helicópteros em hotéis, transporte aeromédico etc.

Vantagens: menos burocracia; maior disponibilidade de aeronaves para o cliente escolher

Desvantagens: pode sair mais caro se a pessoa voa com frequência e tem de contratar o táxi-aéreo com frequência

Segurança


Todas as três modalidades são seguras para voar, segundo Humberto Branco, piloto e presidente da Aopa Brasil (Associação de Pilotos e Proprietários de Aeronaves). Ele destaca que a segurança é algo que quem vai voar quer de qualquer maneira, seja fretando um voo ou sendo proprietário.

"Você pode ter um pequeno monomotor e operá-lo de maneira extremamente segura, ou ter um jato moderno, dos mais avançados, de milhões de dólares, e ter uma operação insegura. Isso não tem a ver com o equipamento, mas com a cultura de segurança que o operador define que vai seguir, seja ele fretado ou particular", diz Branco.

O piloto ainda lembra que a segurança é de interesse de todos. O proprietário do avião particular não quer que a aeronave onde ele irá colocar sua família corra risco de cair. Ao mesmo tempo, a empresa de táxi-aéreo também preza pela segurança, uma vez que essa é a garantia de seu sustento.

Uma vez que a discussão sobre a segurança do avião é superada, quem quer voar tem de analisar para que irá querer usar o avião ou helicóptero. "Em um determinado momento da análise, é preciso verificar, de acordo com o uso, qual é melhor financeiramente.

Em um caso ou outro [compra ou fretamento], os requisitos mínimos de operação são diferentes, mas todos têm de ser observados pelos operadores e órgãos reguladores", diz Branco.

Por Alexandre Saconi (UOL)

Nasa lança disco voador inflável no espaço; saiba mais

(Imagem: NASA)
Na manhã de quinta-feira (10), a NASA enviou um dispositivo inflável gigante para o espaço e depois o trouxe de volta da órbita, largando-o oceano perto do Havaí.

“Diria que isso seria impreciso”, disse Neil Cheatwood, investigador principal do Teste de Voo em Órbita Baixa da Terra de um Desacelerador Inflável, ou LOFTID, sobre a comparação durante entrevista.

O LOFTID é um projeto de US$ 93 milhões que demonstra tecnologia intrigante e pode ajudar a NASA em seu objetivo de levar as pessoas com segurança à superfície de Marte algum dia.

A agência pousou série de espaçonaves robóticas em Marte, mas as abordagens atuais só funcionam para cargas pesando até cerca de 1,5 tonelada – aproximadamente o volume de um carro pequeno.

Isso é inadequado para os aterrissadores maiores, carregando 20 toneladas ou mais, que são necessários para as pessoas e os suprimentos de que precisarão para sobreviver no planeta vermelho.

Uma descrição mais precisa do dispositivo pode ser um pires, com 60,9 m de largura quando inflado. É feito de camadas de tecido que podem sobreviver caindo na atmosfera a 28,9 mil quilômetros por hora e temperaturas próximas a 1,6 mil ºC.

Ainda assim, um escudo térmico inflável compartilha uma característica chave com um castelo inflável: não inflado, pode ser dobrado e embalado firmemente. O LOFTID cabe em cilindro com pouco mais de 1,5 m de largura e 1,5 m de altura. Para um escudo de calor rígido tradicional, não há como enfiar algo de 6 metros de diâmetro em um foguete que não seja tão largo.

Uma superfície maior como a do LOFTID gera muito mais atrito do ar – essencialmente, é um freio melhor à medida que corta a atmosfera superior e o maior arrasto permite que cargas mais pesadas sejam desaceleradas.

Para futuras missões à Marte, o escudo térmico inflável seria combinado com outros sistemas como para-quedas e retrofoguetes para guiar o módulo de pouso a caminho de um pouso suave.

Isso exigiria um escudo térmico de cerca de 9 metros de diâmetro, disse Cheatwood, “porque é massa tão alta que estamos tentando levar a Marte para os humanos”.

Na quinta-feira (10), a equipe do LOFTID não teve muito o que fazer durante a contagem regressiva para a decolagem às 6h49, (horário de Brasília), a bordo de um foguete Atlas V.


Para evitar a possibilidade de causar problemas com a missão principal – a implantação de satélite meteorológico – os sistemas LOFTID não foram ligados até uma hora depois após o lançamento do satélite.

O satélite, Joint Polar Satellite System-2 e agora renomeado NOAA-21 após atingir a órbita, medirá a energia que emana do planeta através da atmosfera para melhorar as previsões meteorológicas.

Depois que o satélite meteorológico foi implantado em órbita, o segundo estágio do foguete, com o LOFTID ainda conectado, disparou brevemente seu motor duas vezes para orientar o LOFTID corretamente para reentrar na atmosfera.

Nos minutos seguintes, o gás nitrogênio comprimido inflou o escudo térmico do LOFTID, um conjunto de tubos em forma de rosquinha aninhados que pareciam um cogumelo ou um guarda-sol saindo do topo do palco do foguete.

Para adicionar estabilidade ao LOFTID, o estágio do foguete começou a girar como pião a lânguidas três rotações por minuto antes de liberar a nave de teste para sua jornada pela atmosfera.

Algumas horas após a decolagem, o dispositivo LOFTID estava flutuando no Oceano Pacífico a cerca de 800 quilômetros do Havaí. Um vídeo infravermelho granulado feito de um navio de recuperação mostrou LOFTID descendo sob para-quedas e depois espirrando na água.

“Todo mundo está aliviado e animado”, disse Greg Swanson, líder de instrumentação da LOFTID, durante a transmissão da NASA TV. Ele estava no navio de recuperação a caminho do veículo para retirá-lo da água.

A ideia de escudos térmicos infláveis remonta a meio século, mas não havia materiais que possuíssem a força e resistência ao calor necessárias.

Dr. Cheatwood disse que há duas décadas, Steve Hughes, um dos principais engenheiros da LOFTID, leu alguns artigos descrevendo os esforços russos em escudos térmicos infláveis. “Achei que era uma boa ideia”, disse ele. “Entre nós dois, nós meio que fomos nós que nos unimos.”

Isso levou a três testes há uma década. Esses escudos infláveis de 30,4 m de largura foram lançados em foguetes suborbitais, essencialmente subindo e depois caindo. O teste LOFTID dobra o diâmetro e, como o veículo chegou à órbita, a reentrada foi muito mais rápida, gerando mais calor.

O sucesso significa que a tecnologia já está pronta para uso em missões, disse Cheatwood. Além de Marte, escudos de calor infláveis podem ajudar a aterrissar em outros mundos com atmosferas como Vênus e Titã, a maior lua de Saturno.

Luas de Marte e o Sol ao fundo (Imagem: Vadim Sadovski/Shutterstock)
Mais perto de casa, cerca de uma dúzia de empresas manifestaram interesse na tecnologia, disse Cheatwood. “E não sou eu que vou vender para eles”, disse ele. “São eles entrando em contato comigo.”

Uma delas é a United Launch Alliance, fabricante do foguete Atlas V que lançou o LOFTID. Impulsionada pelo sucesso da SpaceX, que aterrissa regularmente os estágios de reforço de seus foguetes Falcon 9, a United Launch Alliance, uma joint venture da Boeing e da Lockheed Martin, quer eventualmente reutilizar partes do Vulcan, seu foguete de próxima geração, que deverá voar pela primeira vez no próximo ano.

Ao contrário da SpaceX, a empresa não pretende pousar todo o primeiro estágio. Em vez disso, o compartimento na parte de trás do propulsor Vulcan contendo as peças mais caras – os motores – seria descartado e depois cairia de volta à Terra, desacelerado primeiro por escudo térmico inflável e depois via para-quedas.

Um helicóptero então pegaria o compartimento do motor descendente e o levaria para um navio. Outra empresa de foguetes, a Rocket Lab, está tentando abordagem semelhante de pegar partes de foguetes no ar.

Uma pequena start-up chamada Outpost Space está procurando criar novo negócio espacial que possa usar a tecnologia de escudo térmico inflável. Nos últimos anos, uma série de novas empresas de foguetes reduziu o custo de lançamento de satélites em órbita.

Mas trazer qualquer coisa de volta à Terra – como amostras de drogas ou novos materiais produzidos no ambiente quase sem peso da órbita baixa da Terra – permanece limitado e complicado. Por enquanto, isso pode ser feito apenas com cargas úteis levadas para a Estação Espacial Internacional ou possivelmente para a nova estação espacial da China.

A Outpost, no entanto, acha que muitos pesquisadores e empresas ficariam felizes em evitar viagens de e para uma estação espacial, optando por viagens muito mais curtas à órbita.

Jason Dunn, executivo-chefe da empresa, disse que a Outpost pretende lançar a primeira demonstração orbital de seu sistema no ano que vem.

“É basicamente uma pequena plataforma que permite que a carga útil opere e seja exposta ao ambiente espacial. E então ele retorna. Então é quase como uma estação espacial muito pequena que por acaso volta depois de sua missão.”

A equipe do Outpost encontrou os escudos de calor infláveis ​​da NASA e assinou contrato para a NASA desenvolver versões que podem ser usadas. Uma vez que o escudo térmico inflável tenha guiado a espaçonave do Outpost através do calor da reentrada, um segundo sistema inflável – um parapente – é implantado, e a carga útil pode ser guiada com precisão em direção a um local de pouso.

Os clientes em potencial do Outpost “não podem pagar a rodada da estação espacial ou precisam subir e descer mais rápido”, disse Dunn. “O que conseguimos desenvolver é um sistema que pode voar em missões realmente curtas que podemos entrar no espaço e voltar em um mês.”

Via Olhar Digital (com The New York Times)