segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Foto do Dia

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O Tupolev Tu-154M, prefixo RA-85709, da Atlant-Soyuz Airlines, decola em setembro de 2010, do Aeroporto Gelendzhik (GDZ/URKG), na Rússia. Ao fundo, um Beriev Be-200.


Foto: Pavel Adzhigildaev - RuSpotters Team
(Airliners.net)

Pesquisadora explica sabores de refeições oferecidas em voos

Pesquisa revela fatores que influenciam percepção de sabor das refeições oferecidas em voos. Entenda por que o suco de tomate, por exemplo, tão pouco popular em restaurantes, faz grande sucesso acima das nuvens.

A refeição oferecida em aviões não costuma sempre agradar a todos. Isso se deve, em primeiro lugar, ao sabor e à forma de preparo dos pratos. Receitas saborosas com seus temperos conhecidos têm um sabor diferente a 10 mil metros de altura – no geral, a comida é mais sem graça.

Os chefs das companhias aéreas sabem, por experiência própria, que precisam adicionar mais sal e temperos às refeições. Pratos asiáticos, que são preparados com bastante óleo de soja e especiarias, têm boa recepção junto aos passageiros, por exemplo.

O que, em solo, tem um sabor muito apimentado pode não ter o mesmo gosto no ar. Os motivos que levam a esse fenômeno e os mecanismos pelos quais isso acontece são objeto de pesquisa de Andrea Burdack, engenheira química do Instituto Fraunhofer em Holzkirchen, perto de Munique.

O Aroma

A pesquisadora especializada em aroma suspeita que as condições de pressão a bordo de um avião atue como uma espécie de “ladrão” de sabor.

“Ocorre a diminuição de oxigênio no sangue, a chamada hipóxia. Por isso os receptores são menos eficientes. No caso dos receptores olfativos, soma-se o fato de que o aroma, para chegar até esses receptores, primeiramente passa pela mucosa nasal, ou seja, o aroma precisa ser resgatado e em baixa pressão isso acontece de uma maneira deficitária”, explica Andrea Budack.

Teste em simulador

No Instituto Fraunhofer, em Holzkirchen, os testes acontecem numa cabine de Airbus A380 adaptada especialmente para esse fim: ela foi instalada em uma câmara de baixa pressão. Ali é possível simular as condições de um voo de até 12 mil metros de altitude. E para deixar a situação ainda mais autêntica, até o ruído do voo é reproduzido.

Naquele ambiente, a pesquisadora dilui diversos aromas em balas de goma, que serão provadas pelos “passageiros” sob condições normais de pressão, e também sob baixa pressão.

A suposição é que cada pessoa tem um limiar de sensibilidade no gosto pessoal, o que corresponde à literatura especializada. Nas condições de pressão dentro de um avião, esse limiar aumenta. A pesquisa na câmara especial mostrou que, de fato, sob condições de baixa pressão, a concentração de aroma precisa ser dez vezes maior para que seja detectado.

Na segunda rodada de refeição, Andrea Burdack serve o famoso frango. O diferencial desse prato é que ele é servido com dois molhos: o típico, que acompanha a refeição “em solo”, e um modificado para o teste. Os passageiros, então, avaliam o sabor de ambos os molhos, e quais as diferenças marcantes notadas.

Menos apetite

Segundo a pesquisadora, principalmente os sabores azedo e amargo são percebidos pelos participantes dos testes. Por outro lado, a percepção do salgado e do doce é 30% menor.

Na seleção de vinhos, a perda da percepção de sabores também é de importância: vinhos mais pesados receberam boas notas e vinhos mais leves logo foram classificados de muito azedos.

E também o mistério do suco de tomate parece ter sido resolvido: o seu sucesso nos voos se deve ao seu aroma amargo. Se em solo o suco parece cheirar a mofo, acima das nuvens ele é percebido como afrutado e refrescante. Além disso, ingredientes com tais sabores freiam o inevitável apetite que se tem dentro de um avião.

Fonte: Alex Reitinber - Revisão: Carlos Albuquerque (Deutsche Welle)

Sata esclarece morte a bordo de avião

O passageiro, de 68 anos de idade, sofreu um mal-estar súbito com perda de consciência.

Tendo em conta o sucedido no voo S4 220, entre Boston e Ponta Delgada, no passado sábado, a transportadora aérea açoriana Sata, fez informar que perto do início da descida para Ponta Delgada, um passageiro, de 68 anos, foi acometido de mal-estar súbito com perda de consciência.

Segundo o esclarecimento enviado pela empresa, “a tripulação e duas enfermeiras, que viajavam neste voo como passageiras, desenvolveram, de acordo com os procedimentos previstos para estas situações, todos os esforços para reanimar este passageiro, utilizando a caixa de socorro médico que faz parte do equipamento de bordo”.

No comunicado, pode ler-se ainda que “de acordo com os procedimentos previstos para estas situações, o comandante solicitou a comparência de uma ambulância e equipa médica no aeroporto”. No entanto, “lamentavelmente, foi constatado o óbito deste passageiro à chegada a Ponta Delgada, tendo o falecimento sido atestado pela médica e delegada de Saúde que se deslocou ao avião”.

O falecido foi então transportado para o Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, acompanhado pela esposa, que com ele viajava, e por um representante da Sata.

Ainda no mesmo documento, o conselho de administração da Sata endereça as suas mais sentidas condolências à família enlutada.

Fonte: JornalDiario

66% dos novos viajantes são da classe C; 7 milhões devem viajar pela 1ª vez

Seis a cada dez brasileiros que planejam viajar de avião pela primeira vez nos próximos 12 meses são da classe C (com renda de três a dez salários mínimos).

É o que mostra levantamento feito pelo instituto Data Popular com 5.000 consumidores de todo o país durante o primeiro semestre.

O crescimento da participação da nova classe média no setor aéreo deve pressionar ainda mais a infraestrutura aeroportuária, que já enfrenta os desafios impostos pela Copa do Mundo de 2014.

"O impacto é muito maior que o de uma Copa", afirma Renato Meirelles, sócio do Data Popular, especializado em baixa renda.

O Ministério do Turismo estima que 600 mil estrangeiros e 3 milhões de brasileiros circularão pelo país durante a competição.

Nos próximos 12 meses, 10,7 milhões de pessoas devem fazer sua primeira viagem de avião. Do total, 7 milhões são da classe C e 1,7 milhão da classe D.

A projeção indica uma expansão mais rápida do que a dos últimos sete anos, em que o percentual de passageiros da classe C cresceu 29%. Apesar disso, o Brasil ainda tem uma proporção de passageiros entre os habitantes equivalente a 20% da média dos mercados maduros, como EUA e Espanha.

Para Juliano Norman, superintendente de Regulação Econômica da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), o mercado tem potencial para triplicar em 15 anos, desde que o país supere os gargalos de infraestrutura.

Estudo feito pela consultoria McKinsey mostra que os 20 principais aeroportos já apresentavam no ano passado algum tipo de gargalo em pista, pátio ou terminal.

"Há gargalos no chão e no céu, ineficiências em aeroportos e no controle de tráfego aéreo", resume Gianfranco Beting, diretor de comunicação e marketing da Azul.

Novos serviços

Apesar da restrição de infraestrutura, as empresas se dedicam a conquistar o novo cliente com mais canais de venda, parcelamento e material didático, após a guerra de tarifas do ano passado.

Para Paulo Castello Branco, vice-presidente da TAM, preço e modo de pagamento são decisivos. A TAM passou a vender bilhetes nas Casas Bahia de São Paulo, parcelados a partir de R$ 20.

"Venda presencial é importante. Há um esforço para que as pessoas se sintam à vontade para viajar." Os destinos preferidos são o Nordeste e a América do Sul.

A Azul negocia com o Magazine Luiza a venda de passagens. A Gol planeja abrir mais lojas do programa de parcelamento Voe Fácil.

"Ainda há um descompasso entre o ritmo de crescimento da classe C e as iniciativas das empresas", diz o consultor do Data Popular.

Uma das ideias que as companhias poderiam explorar, segundo ele, é criar vendas de bilhetes aéreos integradas com passagens de empresas rodoviárias.

O passageiro que mora em Feira de Santana (BA), por exemplo, compraria o voo a Salvador já integrado com o ônibus para sua cidade. "O consumidor de baixa renda quer uma solução completa. Como tem menos dinheiro no bolso, é mais exigente."

Fonte: Janaina Lage e Claudia Rolli (Folha.com)

Base da Polícia Federal no Paraná com avião não tripulado em São Miguel do Iguaçu (PR)

Fica no Aeroporto de São Miguel do Iguaçu, no Paraná, as futuras instalações da Base da Polícia Federal, onde o Veículo Aéreo Não Tripulado (Vant) terá sua central de operações.

O governador Orlando Pessuti visitou no sábado (18) as futuras instalações da Base operacional e foi recebido pelo agente da Polícia Federal Reinaldo Fernandes, que apresentou as instalações do aeroporto que servirá de base para a mais nova arma de vigilância brasileira, o Veículo Aéreo Não Tripulado (Vant).

O governador avaliou como positiva a instalação da base, principalmente por se tratar de uma região de fronteira. “É um instrumento que vem em beneficio da segurança, uma estrutura moderníssima e estamos felizes de mais uma vez sermos parceiros da Polícia Federal, nesse esforço de defesa das famílias paranaenses”, disse o governador.

O equipamento fortalece o trabalho da Força Alfa, da Polícia Militar, responsável pelo combate ao Narcotráfico e contrabando de armas. O Vant tem autonomia de 37 horas de vôo o suficiente para cobrir mais de 1.000 km, através de fotografias e imagens a uma altura de 30 mil pés.

O agente federal afirmou que o sistema já movimenta a cidade e garante mais segurança a população. “É uma ferramenta de inteligência que, no auge de seu funcionamento, vai trazer muito êxito nas operações policiais”, disse Fernandes.

Fernandes afirmou ainda que o efetivo a ser destacado para o local será fixado na cidade. Sobre investimentos, ele explicou que várias obras serão realizadas com o objetivo de melhorar a ação da PF e garantir mais segurança, sigilo e traquilidade nas operações.

Fonte: ABNNEWS Agência

Aeroportos portugueses perderam um milhão de passageiros em 2009

Os aeroportos portugueses perderam, em 2009, um milhão de portugueses, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), o equivalente a uma diminuição de 3,8 por cento em comparação com o ano anterior.

Segundo o relatório do INE, em 2009, menos 930 mil pessoas saíram de Portugal de avião, o que significou uma diminuição de 3,8 por cento face ao ano anterior.

Mesmo assim, a descida não foi tão acentuada como na Europa que perdeu um total de 46 milhões de passageiros entre 2008 e 2009, registando uma variação negativa de 5,7 por cento.

No total, os aeroportos europeus movimentaram 758 milhões de pessoas no ano passado, menos 46 milhões do que em 2008. Em Portugal transportaram-se 23,8 milhões, um milhão a menos que no ano anterior.

Portugal ocupa, actualmente, a décima posição no ranking europeu de passageiros transportados, liderado pelo Reino, país a partir do qual embarcaram 21,7 milhões de pessoas no primeiro trimestre de 2010.

Fonte: PNN Portuguese News Network via Jornal Digital

Boeing produzirá 38 aeronaves 737 Next-Generation por mês

A Boeing anunciou nesta segunda que a taxa de produção da aeronave 737 Next-Generation irá aumentar para 38 aviões por mês no segundo trimestre de 2013. Esta decisão surge poucos meses depois de a empresa anunciar um aumento na produção do seu avião comercial mais bem vendido de 31,5 para 35 aeronaves por mês no início de 2012.

- O aumento da produção é uma resposta à demanda dos clientes por este avião", disse Jim Albaugh, presidente e CEO da Boeing Commercial Airplanes, acrescentando que "as companhias aéreas querem este avião inovador o quanto antes para renovar suas frotas e atender aos seus clientes. Tomamos esta decisão após uma avaliação cuidadosa da Boeing e de nossos fornecedores parceiros.

Dentre os principais fatores para a decisão do aumento na taxa de produção, destaca-se o backlog da empresa - que conta com mais de 2.000 unidades encomendas do 737 Next-Generation - opções atuais que os clientes estão prestes a exercer e as campanhas de vendas em andamento. O aumento da taxa de produção não deve gerar impacto material nos resultados financeiros de 2010.

Os clientes do 737 Next-Generation têm se beneficiado da inovação contínua deste avião desde a sua introdução no mercado, em 1997. As cinco primeiras companhias aéreas que compraram o novo Boeing 737 Sky Interior receberão suas unidades até o final deste ano. Até o início de 2012, os clientes também ganharão a redução de 2% no consumo de combustível, com a combinação de melhorias na estrutura e no motor.

O Boeing Current Market Outlook de 2010 (www.boeing.com/cmo) - o estudo que apresenta a previsão de longo prazo da Boeing sobre o volume do tráfego aéreo e da procura por aviões comerciais - estima um mercado de mais de 21.000 aviões de corredor único para os próximos 20 anos, antecipando um aumento de 69% no número de aviões entregues e um mercado estimado 47% maior, representando um montante de US$ 3,6 trilhões.

Fonte: Monitor Mercantil - Foto: Boeing

Corpo de Bombeiros vai comprar aviões para combater incêndios no DF

Para o período de seca do ano que vem, o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal vai contar com dois novos reforços no combate aos incêndios que se multiplicam com a estiagem. Dois aviões-tanque serão adquiridos pela corporação, que, para conter o fogo que consome parte do Parque Nacional de Brasília, conhecido como Água Mineral, precisou alugar aeronaves de Tocantins (foto abaixo).

O capitão Helon Florindo, do 2° Esquadrão de Aviação Operacional, explica que a compra ainda está sendo finalizada, pois depende de parecer da Procuradoria do DF. "Fizemos uma seleção entre todas as empresas do mundo que fabricam esse tipo de avião e fomos atrás do que tivesse o melhor desempenho para o DF", explica. Segundo ele, uma empresa canadense vai produzir as aeronaves para a capital federal, do mesmo tipo das alugadas para combater o incêndio do parque. "Só que são mais modernas", avalia.

A corporação vai desembolsar pouco mais de R$ 7 milhões para a compra dos aviões, modelo Air Tractor. Cada um tem capacidade para transportar 3.100 litros d'água. "Acredito que, em 10 dias, vamos conseguir finalizar a compra", diz Florindo. Uma das aeronaves deve chegar no fim deste ano e a outra em 2011. "Comprar avião não é como carro, que é pronta entrega".

Um caminhão do Corpo de Bombeiros tem capacidade para 3 mil litros, quase a mesma do avião. O assessor de aviação da Secretaria de Segurança Pública, coronel Paulo Fernandes, acredita que as aquisições vão agilizar o combate ao fogo no DF. "Esse tipo de avião permite o lançamento de água de forma gradativa, ou seja, o piloto pode dosar o quanto ele quer que caia", explica.

Fonte: Correio Braziliense - Foto: Kleber Lima (CB/DAPress)

Aplicativo do Google Earth mostra voos comerciais sobre os EUA


O Google Earth passa a oferecer ao usuários uma nova função. Em parceria com Flightwise.com, site especializado em aviação, a ferramenta adiciona uma camada de visualização ao aplicativo, permitindo enxergar voos comerciais no espaço aéreo dos Estados Unidos praticamente em tempo real.

A camada que exibe os aviões é atualizada de cinco em cinco minutos. Assim, mostra a localização dos voos sobre o mapa americano. Com o cursor sobre o ícone do avião, é possível obter o número do vôo. Com um clique, a ferramenta exibe mais informações, como a companhia aérea, hora e local da partida e do pouso e até o possível tempo de atraso. O aplicativo oferece ainda o download da trajetória da aeronave.

Por medidas de segurança da Federal Aviation Administration, ou FAA, órgão responsável pela aviação comercial nos EUA, a camada de visualização está sendo classificada como ‘praticamente em tempo real’ já que não é possível enxergar a posição da aeronave no mapa em tempo efetivamente real. Em relação ao tempo correto, a variação no horário do voo é de 15 a 20 minutos.

Fonte: Filipe Albuquerque (PC Magazine) - Imagem: Reprodução

Sem estrutura, Confins corre risco de colapso

Ampliação já aprovada pela Infraero fica aquém das projeções de analistas do setor, que apontam gargalo nacional

O crescimento exponencial da demanda por transporte aéreo e o descompasso da União na expansão da infraestrutura aeroportuária trazem o risco de o Aeroporto Internacional Tancredo Neves (AITN), em Confins, se parecer com uma “rodoviária indiana” em 2014, ano da Copa do Mundo do Brasil. O alerta é de consultores contratados pelo Governo mineiro para assessorar a elaboração do Plano Diretor do aeroporto. Eles consideram que a construção do Terminal 2 de passageiros, com capacidade para 5 milhões de pessoas, já deveria ter sido iniciada, com vistas a atender o movimento previsto daqui a quatro anos. A analogia com “rodoviária indiana” se refere à superpopulação daquele país - que passa de 1 bilhão - e à sua precária estrutura de transportes.

Contudo, a implantação do segundo terminal não consta dos planos da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). A estatal trabalha apenas com a perspectiva de ampliação do espaço já existente. O gargalo não se resume a Confins, mas aos principais aeroportos brasileiros. Além disso, não tem solução de curto prazo à vista.

Desde a crise aérea deflagrada após o choque de um avião da Gol com uma aeronave executiva, em 2006, os investimentos do Governo federal no setor têm decrescido. O coordenador da área de Infraestrutura do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), Carlos Álvares Campos Neto, calcula que os aportes da União foram de R$ 4,1 bilhões em 2006, recuando para R$ 3,6 bilhões no ano seguinte, R$ 1,7 bilhão em 2008 e R$ 1,9 bilhão em 2009.

E não há sinal de reversão da rota. O plano de investimento da Infraero até 2014 prevê aporte de R$ 6,14 bilhões em todo o país – média de R$ 1,5 bilhão ao ano. Cerca de R$ 5,3 bilhões irão para as cidades-sedes da Copa. Nesse ritmo, o apagão aéreo pode acontecer antes mesmo da chegada da demanda adicional de 2,7 milhões de passageiros domésticos e internacionais, provocada pelo Mundial de Futebol. “O problema que estamos enfrentando no setor aéreo brasileiro está acontecendo hoje”, adverte Campos Neto.

Conforme o Ipea, já estão operando acima da capacidade os aeroportos de Guarulhos, Congonhas, Brasília, Salvador, Confins, Porto Alegre, Vitória, Florianópolis, Goiânia e Curitiba. No AITN, o excesso de capacidade já chegaria a 12%.

Novos consumidores aceleram risco de colapso

O risco de colapso do sistema aeroportuário é acelerado pela chegada de novos consumidores ao mercado. As passagens aéreas têm caído de preço, e as condições de pagamento são facilitadas pelo crédito abundante, o que torna as viagens aéreas acessíveis também às classes C e D. Conforme Campos Neto, o setor precisa de planejamento que antecipe o cenário em 30 a 40 anos. O item anda em falta na agenda governamental. O especialista assinala que as políticas públicas têm sido inconsistentes e que o marco regulatório atual não é compatível com o cenário competitivo do mercado.

A advertência do apagão aéreo foi feita durante debates do Ciclo Amcham de Desenvolvimento Setorial, promovido pela Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte (Amcham). Os presidentes da Azul Linhas Aéreas, Pedro Janot, e da Trip, José Mário Caprioli, participaram do encontro e não escondem a apreensão. “A infraestrutura está pressionada para amanhã”, aponta Janot, que considera que falta ao Brasil um órgão com poder de decisão que centralize as políticas da aviação civil.

De acordo com ele, há falta de harmonia entre as decisões da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), da Infraero, do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) e do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes (Cenipa). “O novo governo vai ter que enfrentar de frente e resolver”, afirma o executivo, cuja companhia já investiu US$ 1 bilhão no país. Conforme Janot, os tempos de “voo de galinha” da economia – curtos períodos de crescimento – ficaram para trás, o que exige um novo modelo de planejamento.

Caprioli, que se diz um otimista, destaca que, para cada 1% de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), a aviação civil brasileira tem incremento de 3%. Em 2010, com alta de 7%, a aviação pode crescer 21%. Só em agosto, a Anac registrou acréscimo de 34% no setor. Em 2011, a projeção é elevação do PIB em 5%, o que resultará em 15% na aviação. “A Copa do Mundo é uma marola”, afirma.

Expansão do terminal ignora 1 milhão de passageiros

O plano de investimento da Infraero para o Aeroporto de Confins (AITN) totaliza cerca de R$ 400 milhões até 2014, o que inclui a ampliação de pátios e pista e a reforma e modernização do terminal de passageiros, que terá a capacidade ampliada de 5 milhões de pessoas para 8 milhões, aponta o superintendente regional da estatal, Mário Jorge Fernandes de Oliveira. O início das obras para aumentar o Terminal 1 está previsto para janeiro do ano que vem, com conclusão em outubro de 2013. O cronograma sinaliza um descasamento com a demanda, pois o fluxo de passageiros em Confins chegará a 7 milhões neste ano, indo a 9 milhões em 2014, acima da capacidade projetada pela expansão.

No momento, não há decisão da Infraero para construção do Terminal 2, para mais 5 milhões de passageiros. O projeto executivo desse novo espaço é tocado pelo Governo de Minas Gerais, que firmou convênio com a Infraero para acelerar os planos. “O Terminal 2 tem que começar agora”, diz o subsecretário de Assuntos Internacionais do Estado, Luiz Antônio Athayde, que evita previsões quanto à conclusão dos trabalhos.

De acordo com Oliveira, o número de passageiros nos aeroportos da Infraero – a empresa administra 67 unidades – cresce a uma taxa de 10% ao ano desde 2004. O ritmo supera a média mundial. Entre 2003 e 2008, anos de bonança da economia global, o acréscimo foi de 59% contra 35% na média internacional. No auge da crise, entre janeiro e novembro de 2009, o setor recuou 3,2% ante igual intervalo de 2008, na média global, enquanto saltou 11,6% no Brasil. “O crescimento da Copa do Mundo não é o que nos assusta”, reconhece Oliveira. “Temos que enfrentar é o crescimento de 10% ao ano”, completa.

O Ipea aponta cinco possíveis soluções para os gargalos do setor aeroportuário. As hipóteses são a abertura do capital da Infraero, que ganharia musculatura para investir via mercado de ações; concessão de aeroportos à iniciativa privada por lotes mistos de operações rentáveis e não rentáveis; concessão apenas de aeroportos rentáveis; construção de novos terminais nos aeroportos saturados por meio de concessões ou parcerias público-privadas; e construção de novos aeroportos pela iniciativa privada.

As possibilidades apresentadas estão em análise pelo Governo, mas não há decisão política sobre o assunto. O diretor do Departamento de Política de Aviação Civil da Secretaria de Aviação Civil do Ministério da Defesa, Fernando Antônio Ribeiro Soares, detalha que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) contratou a consultoria McKinsey para analisar o modelo de abertura de capital da estatal, mas o estudo não está concluído.

Por ora, a única decisão do Governo federal é a privatização do Aeroporto Internacional de Natal, conhecido como São Gonçalo do Amarante. O local já foi incluído no Programa Nacional de Desestatização (PND), e a modelagem da concessão está sob consulta pública. A expectativa é que a licitação aconteça no ano que vem. Quanto à falta de harmonia entre os órgãos gestores do setor aeronáutico, a solução será demorada. Conforme Soares, a transição do controle da aviação das mãos dos militares para funcionários civis é um processo recente e ainda em curso. Tende a se consolidar em 10 anos. Ele lembra que o Ministério da Defesa foi criado em 1999; a Anac surgiu em 2005; e a Secretaria de Aviação Civil, em 2007.

Fonte: Rafael Sânzio (hojeemdia.com.br)

Pássaro colide com aeronave da Avianca na Colômbia

Hoje de manhã, um Fokker 100 da Avianca, realizando o voo AV-9472, entre Bogotá e Bucarmanga (Colômbia), foi atingido por um pássaro na asa direita.

O incidente foi identificado logo após o pouso da aeronave no Aeroporto Internacional Palonegro, em Bucaramanga, durante exames de rotina realizados por técnicos.

De acordo com informações fornecidas pela Divisão de Comunicação e Relações Públicas da Avianca, a aeronave pousou sem problemas em Bucaramanga às 10:49 (hora local) e foi objeto de uma inspeção regulamentar.

O voo de retorno (AV-9473) estava programado para a tarde de hoje e seria realizado por outra aeronave da companhia.

"A aeronave sofreu um 'bird strike' e o Comitê de Perigo Aviário já estabeleceu diretrizes e temos um grupo de gestão ambiental que identificou 31 focos de abutres na região", disse Dalba Rivera, administrador do Aeroporto Palonegro.

"No último trimestre houve três incidentes deste tipo, especificamente, uma para cada mês", disse ele.

Fonte: Vanguardia Online via Blog Notícias sobre Aviação - Foto: Vanguardia Liberal

Turbulência deixa três feridos em voo do Panamá para São Paulo

Três pessoas se feriram após uma turbulência no voo CM-701 que pousou na noite do último domingo (19) no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo.

Com 145 passageiros a bordo, a aeronave, o Boeing 737-8V3, prefixo HP-1711CMP, da Copa Airlines, saiu de Cidade do Panamá, capital do Panamá, e, cerca de 30 minutos antes de aterrissar na capital paulista, enfrentou uma forte turbulência.

De acordo com empresa, o piloto solicitou à Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) a infraestrutura necessária para atender os três passageiros feridos logo após o pouso, que aconteceu no horário previsto (20h04) e sem maiores problemas.

Dois passageiros foram encaminhados ao Pronto-Socorro Maria Dirce, e outro ao Hospital Geral de Guarulhos. De acordo com a companhia aérea, os três feridos foram atendidos e já haviam voltado para casa na manhã desta segunda-feira (20).

A empresa não sabe explicar os motivos do acidente, mas suspeita que os feridos não estavam utilizando o cinto de segurança no momento da turbulência.

Fontes: R7 / Aviation Herald - Foto: Drewski

Avião militar cai no extremo oriente da Rússia

Um caça Sukhoi Su-27UB Flanker-C (similar ao da foto acima) caiu hoje (20) na região de Primorie, no extremo oriente da Rússia, sem deixar vítimas, informou hoje o porta-voz da Aeronáutica russa, Vladimir Dirk.

"Os dois pilotos se ejetaram e saíram ilesos", assinalou Dirk à agência oficial "Itar-Tass".

O avião caiu minutos após decolar do aeroporto de Vozdvizhenka em Ussuriysk, centro administrativo de Primorie.

Segundo os especialistas, o acidente aconteceu por causa de uma falha técnica na aeronave que, justo antes da decolagem, tinha sido submetida a uma revisão.

Especialistas do Ministério da Defesa russo se deslocaram até o local do acidente para investigar os fatos.

Segundo a agência de notícias Interfax, as caixas-pretas já foram localizadas.

Este é o segundo avião Su-27 a cair neste ano, depois de em 14 de janeiro outra aeronave militar desaparecer na região de Khabarovsk, na fronteira com a China.

Em 2008, o piloto de um desses aviões militares morreu em outro acidente similar.

A região de Khabarovsk é centro de produção de aviões Su-27 desde 1982.

Fontes: EFE via G1 / Interfax - Foto: prideaircraft.com

Mísseis de avião sem piloto americano matam quatro no Paquistão

Mísseis disparados por um avião sem piloto americano mataram nesta segunda-feira quatro guerrilheiros islamitas no noroeste do Paquistão, anunciaram fontes militares paquistanesas.

O 16º ataque em 18 dias com 'drones' operados pela CIA aconteceu em Darazinda, no distrito tribal do Waziristão Norte, reduto dos talibãs aliados da Al-Qaeda, na fronteira com o Afeganistão.

"O avião sem piloto americano disparou um míssil contra dois insurgentes em uma moto e, quando outros dois vieram ao resgate, lançou mais dois mísseis. Os quatro morreram", afirmou uma fonte militar.

Fonte: AFP via G1

Jato Lineage 1000 voa de Mumbai a Londres, maior distância voada por uma aeronave Embraer

O jato executivo da categoria ultra-large Lineage 1000 utilizado como demonstrador percorreu recentemente a maior distância já voada por um avião Embraer. Em seu primeiro voo sem escalas de Mumbai, na Índia, para o Aeroporto Luton (LTN), em Londres, na Inglaterra, o Lineage 1000 voou 7.435 km (4.015 milhas náuticas) em 9 horas e 15 minutos. Esta distância é equivalente a 8.149 km (4.400 milhas náuticas), se desconsiderado o vento de proa.

“Ao longo deste ano, nosso jato executivo ultra-large Lineage 1000 utilizado como demonstrador foi exibido em vários locais no mundo e estamos satisfeitos por ele ter percorrido com sucesso a maior distância já voada por um avião Embraer, indo de Mumbai a Londres”, disse Luís Carlos Affonso, Vice-Presidente Executivo da Embraer para o Mercado de Aviação Executiva. “Nossos clientes apreciam a combinação de alcance e conforto oferecida pelo Lineage 1000 e esta rota em particular, que conecta os mercados asiático e europeu, voada sob condições operacionais reais, é mais uma demonstração da capacidade da nossa aeronave.”

O voo foi realizado conforme os requisitos para reserva de combustível estabelecidos pela autoridade de aviação civil indiana, a Directorate General of Civil Aviation (DGCA), com sete ocupantes – três tripulantes e quatro passageiros – em um Lineage 1000 com configuração típica. A rota voada demonstra a proprietários, passageiros e potenciais usuários deste moderno e exclusivo jato ultra-large a possibilidade de ir ainda mais longe por outros continentes, com estilo e requinte inigualáveis.

Fonte: Aviação Brasil - Foto: Divulgação/Embraer

PM de Santa Catarina recebe avião e helicóptero para atuar em operações especiais

Uma das aeronaves foi doada pela Polícia Federal e outra foi adquirida pelo Estado

A Polícia Militar de Santa Catarina recebeu, nesta segunda-feira, duas aeronaves. O avião bimotor Sêneca e um helicóptero Esquilo passam a compor a frota do Estado, que já conta com dois aviões. As aeronaves serão usadas em patrulhamentos, resgates e até transporte de órgãos para doação.

O avião, de 1976, foi uma doação da Polícia Federal. Diferente dos dois monomotores que o Estado possui, ele pode voar por instrumentos, o que permite voos noturnos. Tem, ainda, espaço para piloto e co-piloto, além de quatro passageiros. O bimotor será usado em patrulhamentos ambientais, transporte de tropa e de órgãos e pacientes para transplantes.

O helicóptero custou R$ 3,7 milhões e foi adquirido com verba do governo estadual. Fabricado em 2002, será utilizado em resgates, controle de tráfego e policiamento ostensivo. Também tem espaço para seis pessoas.

As aeronaves foram entregues em cerimônia no Batalhão de Aviação da Polícia Militar em Florianópolis por volta das 16h. O capelão da PM benzeu ambas.

Até o fim deste ano, Santa Catarina deve ganhar um novo helicóptero de R$ 7,7 milhões, que substituirá um alugado em Joinville. De acordo com o comandante do Batalhão de Aviação da PM, Milton Kern Pinto, o custo de hora de voo de um helicóptero próprio é três vezes menor que o de um alugado.

Nesta quinta-feira a concorrência pública internacional para a aquisição do equipamento termina e a previsão é entregá-lo até dezembro. O helicóptero será comprado com verba da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp).

Fonte: Diário Catarinense - Foto:Flávio Neves

Contratos com a MTA serão mantidos, diz presidente dos Correios

'Não há irregularidades nos contratos', disse David José de Matos.

Empresa tem quatro contratos com os Correios no valor de R$ 59 milhões.

O presidente dos Correios, David José de Matos (foto), afirmou nesta segunda-feira (20) que a estatal vai manter todos os contratos com a empresa Master Top Linhas Aéreas (MTA), apesar das denúncias de tráfico de influência e pagamento de propina envolvendo a empresa e funcionários da Casa Civil. Segundo ele, os contratos orçados em mais de R$ 59 milhões não têm irregularidades.

“Não há irregularidade no contrato. Os contratos são absolutamente regulares e transparentes”, afirmou Matos, que conversou com os jornalistas logo após entregar ao ministro das Comunicações, José Artur Filardi, a carta de demissão do diretor de Operações da estatal, coronel Eduardo Arthur Rodrigues da Silva, acusado de envolvimento no suposto esquema de tráfico de influência para favorecer a MTA.

O chefe de departamento de Relacionamento Institucional dos Correios, Mário Renato Borges da Silva, responsável por explicar “tecnicamente” os contratos da MTA com o órgão, disse que o contrato é decorrente de licitação.

"Não tem a menor possibilidade de os Correios rescindirem um contrato que foi feito lisamente, transparentemente e regularmente. São contratos que nós dos Correios seremos penalizados se tivermos que rescindir o contrato porque há uma suspeita, uma denúncia, uma acusação que está sendo feita e vai e se cancela um contrato em função disso?”, indagou Mário Renato.

Questionado se a demissão de um diretor dos Correios não seria motivo para colocar sob suspeita os contratos com a MTA, Mario Renato afirmou que a saída do diretor de Operações da estatal “foi uma decisão de foro íntimo”: “Foi por razão de foro íntimo e ele fez o pedido de demissão.”

Nesta segunda, o diretor de Operações da estatal, coronel Eduardo Arthur Rodrigues da Silva, pediu demissão do cargo. Ele é suspeito de ligação com a empresa, segundo reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo".

De acordo com a reportagem, o ex-diretor dos Correios seria representante de um empresário argentino, apontado como verdadeiro dono da empresa aérea. O jornal afirmou ainda que Silva estaria atuando para transformar a MTA na empresa de carga aérea oficial dos Correios. Ele nega as acusações.

Investigação

O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse nesta segunda-feira (20), após reunião de coordenação política, que as denúncias que levaram à demissão do diretor Eduardo Arthur Rodrigues da Silva serão investigadas com “agilidade”.

Segundo ele, todos os órgãos do governo acusados de cometer tráfico de influência serão alvo de diligências da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU).

“A grande orientação do presidente e atenção do presidente é que seja apurada qualquer denúncia que apareça, independente de qual seja o órgão. Venha de quem vier, a denúncia será apurada”, disse, ao ser questionado sobre o pedido de demissão apresentado nesta tarde pelo coronel Rodrigues da Silva.

Apoio do presidente Lula

Indicado pela ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra para ocupar o comando dos Correios, o presidente da empresa diz não ter medo de ser exonerado do cargo com a queda da ministra, atingida por denúncias de tráfico de influência no governo. Matos diz ter o apoio do presidente Lula.

“O fato de ter sido indicado pela ministra Erenice Guerra, ela levou ao presidente o meu nome e o presidente aprovou a minha indicação. Enquanto o presidente da República demonstrar confiança, enquanto eu sentir que a minha permanência à frente dessa instituição é aconselhável, não há nenhum assunto nem se falou em momento nenhum de eu me afastar”, afirmou o presidente dos Correios.

Questionado se sentia “protegido pelo apoio do presidente Lula”, o presidente dos Correios foi além: “Me sinto protegido até a hora que o presidente disser: ‘O senhor não está protegido por mim’. Não recebi até agora indicação disso. Os Correios está precisando, na verdade, é desse apoio do presidente. Se a gente sentir que perdeu o apoio do presidente, não é bom.”

Fonte: Robson Bonin (G1) - Foto: Valter Campanato/Abr