terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Helicóptero faz pouso forçado na região central de São Paulo

O helicóptero Robinson R22, prefixo PT-YYG, utilizado pela Rádio Eldorado, teve de fazer um pouso forçado na Avenida Tiradentes, em frente à Faculdade de Tecnologia (Fatec), na região central da capital paulista, às 18h20 desta terça-feira (14).

Segundo informações da Polícia Militar, o piloto André Soares e o repórter Flávio Perez, da rádio Eldorado, não ficaram feridos. Uma pane no motor seria a causa do pouso.

De acordo com a CET, a pista local sentido Luz está bloqueada, mas a pista expressa está aberta ao tráfego de veículos. Há lentidão no local.

Acidente fecha Campo de Marte

O Aeroporto do Campo de Marte, principal local de pouso e decolagens de helicópteros de São Paulo, está fechado para pousos e decolagens. Segundo informações da assessoria, o aeroporto estava fechado por volta de 19 horas por conta do pouso de emergência do helicóptero.

Os bombeiros que trabalham no aeroporto foram encaminhados ao local em que foi feito o pouso forçado e o Campo de Marte está fechado pois não pode funcionar sem equipe para emergências.

Ainda segundo funcionários do Campo de Marte, durante o dia o aeroporto ficou fechado em diversos momentos devido ao mau tempo. A previsão é que não aconteçam pousos e decolagens também durante a noite de hoje.

Fonte: iG (com AE) / G1 - Fotos: Foto: AE / Luiz Guarnieri (Futura Press) / Reprodução (TV Globo)

Embraer atinge resultado previsto para 2010, diz Curado

Segundo presidente, companhia encerra o ano com 80 novos pedidos de aviões comerciais

O presidente da Embraer, Frederico Curado, afirmou nesta terça-feira que a empresa encerra o ano de 2010 atingindo os resultados previstos para o exercício. A meta é alcançar uma receita líquida US$ 5,25 bilhões.

O executivo lembrou que a companhia iniciou o ano com uma visão indefinida sobre a recuperação do mercado internacional, do qual tem grande dependência. Atualmente, as vendas para o mercado externo respondem por uma fatia entre 85% e 90% da receita da companhia. Curado afirmou que a empresa encerra o ano com 80 novos pedidos de aviões comerciais.

Para 2011 a visão é positiva. Segundo Curado, será uma ano de recuperação lenta, "mas na direção correta". Ele lembrou que a empresa inaugura no primeiro trimestre do próximo ano sua fábrica na Flórida (EUA). A previsão é iniciar a produção na unidade em meados de 2011 e realizar a primeira entrega do jato executivo Phenom no final de 2011.

Novo avião

O atual vice-presidente executivo financeiro da Embraer, Luiz Carlos Aguiar, disse hoje que os estudos para o lançamento de um novo avião comercial, que seriam concluídos ainda neste ano, foram adiados para 2011. Ele preferiu não estimar uma nova data para a conclusão dos estudos.

Segundo o executivo, o projeto foi inicialmente uma resposta ao lançamento de aviões na categoria de até 150 lugares pelos concorrentes. No entanto, conforme observou, o mercado para esse segmento não teve a resposta esperada.

"A expectativa era de que ocorreriam vários anúncios de vendas nesse segmento, o que não aconteceu." Aguiar acrescentou que as conversas mantidas com seus clientes mostram que os jatos oferecidos pela fabricante de aeronaves atendem as necessidades do mercado. Ele ressaltou ainda que desde o meados do ano novos pedidos entraram em carteira, refletindo a retomada de encomendas. De lá para cá, segundo Aguiar, cerca de 50 novos aviões foram encomendados à Embraer.

Fonte: Agência Estado via iG

Sistema híbrido conecta avião à rede mais rápida disponível

Somente disponível para jatos executivos, BBML troca de conexão sem que o passageiro perceba

Para quem não abre mão de estar sempre conectado à internet, mesmo nas alturas, já existe um sistema que mantém o jato executivo conectado à melhor conexão de internet disponível na região em que o avião está. O Broadband Multi-Link (BBML) é compatível com todas as tecnologias de links disponíveis. Assim, a maior velocidade possível é a de 3,5 Mbps, oferecida pela conexão CDMA e pela banda KU.

“Ele funciona como um sistema de gestão de conexões”, explica Bob Geary, diretor de pesquisa e desenvolvimento para cabines da Gulfstream, empresa que desenvolveu a tecnologia. A empresa começou a vender a primeira versão do sistema como um recurso opcional em 2004. Hoje, o BBML está instalado em 135 aviões executivos do mundo todo.

Assim como os outros sistemas, o BBML encontra a conexão disponível e conecta o avião, criando uma rede sem fio dentro da cabine. Segundo Geary, muitos clientes que dependem da conexão para trabalhar ainda pedem uma conexão redundante, isto é, que mantenha o avião conectado à internet mesmo que a conexão principal falhe.

A Gulfstream não informou o valor do BBML, mas afirma que o preço do produto caiu 19% desde 2004. “Estamos trabalhando para manter o BBML compatível com todas as conexões possíveis”, diz Geary. Isso inclui, além da rede CDMA e satélites nas bandas L e KU, a banda KA que será usada nos próximos anos para oferecer banda larga com velocidades entre 5 e 25 Mbps tanto em terra como nos aviões.

Fonte: Claudia Tozetto (iG) - Foto: Getty Images

Conheça em detalhes os sistemas que oferecem banda larga em jatinhos

Sistema mais utilizado em todo o mundo é chamado Swift Broadband e oferece conexão com 432 Kbps de velocidade

Conheça abaixo as diferentes tecnologias utilizadas para oferecer conexão de internet em jatos executivos. Algumas delas só estão disponíveis em algumas regiões do mundo.

Conexão CDMA

O que é?

Algumas empresas americanas, como a AirCell, oferecem um sistema de banda larga para jatinhos e aviões comerciais em voos domésticos. Em vez de se conectar por meio de conexões via satélite, o sistema utiliza a rede celular do tipo CDMA. A velocidade da conexão chega a 3,5 Mbps.

Como funciona?

Depois de instalar a infraestrutura básica no avião (antena, servidor com sistema de controle e transceiver), o sistema irradia o sinal de celular dentro da cabine. A rede não requer o uso de aparelhos especiais para fazer ligações, então o passageiro pode usar seu próprio celular.

Onde está disponível?

Apenas nos Estados Unidos e na região do Caribe.

Para quem é indicado?

Como oferece altas velocidades, o passageiro pode baixar e-mails, fazer ligações, navegar na internet e inclusive ver filmes e ouvir músicas por streaming. Em algumas companhias, pode existir um limite de pessoas que podem usar a conexão ao mesmo tempo.

Qual o preço?

Quando disponível em jatos executivos, o passageiro contrata um plano mensal que custa por volta de R$ 3,5 mil.

Swift Broadband

O que é?

Sistemas de banda larga em aviões fabricados no mundo todo, como da True North e da Gulfstream, permitem que o passageiro acesse a internet por meio de uma conexão via satélite fornecida pela Inmarsat. Ela é chamada Swift Broadband e é a mais utilizada.

Como funciona?

O sistema se conecta ao satélite e distribui o sinal dentro da cabine do avião por meio de cabo ou rede sem fio (Wi-Fi). O usuário pode conectar qualquer dispositivo à rede, mas para fazer ligações precisa usar um telefone específico para satélites.

Onde está disponível?

Em quase todo o planeta, menos nas regiões dos pólos Norte e Sul.

Para quem é indicado?

Apesar de ter velocidade inferior à oferecida pela tecnologia que conecta o avião à rede celular, o Swift Broadband oferece conexão suficiente para trocar e-mails, acessar sistemas de gestão e fazer ligações. No entanto, o usuário pode notar um atraso no envio e recebimento dos dados.

Qual o preço?

De R$ 8 a R$ 12 por minuto de ligação de voz e cerca de R$ 20 por Mb utilizado para se conectar à internet. No Brasil, sobre este valor incidem até 45% de impostos sobre serviços de telecomunicações.

Banda KU

O que é?

Alguns sistemas para banda larga em aviões oferecem conexão de internet por meio de satélites que operam na banda KU. Ela oferece acesso com velocidade similar ao sistema que conecta o avião à rede celular nos Estados Unidos (3,5 Mbps).

Como funciona?

O sistema requer os mesmos equipamentos do Swift Broadband, ou seja, uma antena, um pequeno servidor com sistema de controle e um transceiver. Ele se conecta a um satélite que opere na banda KU e realiza a conexão com a internet.

Onde está disponível?

Em algumas regiões da Europa, Japão, Estados Unidos e Canadá. No Brasil, a banda KU é utilizada, em geral, para o serviço de TV por assinatura.

Para quem é indicado?

Para executivos que viajam com frequência para as regiões que oferecem serviços de banda larga por meio da banda KU. O serviço permite trocar e-mails, acessar sistemas corporativos e assistir conteúdo pela internet.

Qual o preço?

A assinatura mensal do serviço pode custar até R$ 10 mil.

Fonte: Claudia Tozetto (iG)

Sistemas para conectar aviões à internet custam até R$ 500 mil

Alto custo da instalação acaba tornando tarifas do serviço mais caras para o passageiro que utiliza jatinhos

Apesar de estar disponível há quase uma década, instalar sistemas de banda larga em jatinhos (e ainda mais em aviões comerciais) é muito caro. O fabricante do avião (ou companhia que o opera) chega a pagar até R$ 500 mil pelo sistema, fora os gastos mensais com a manutenção e com a conexão de internet. Por conta disso, o passageiro paga caro para fazer ligações e manter a caixa de e-mails em dia durante viagens de negócios.

Assim como a velocidade de conexão, o preço varia de acordo com o sistema de banda larga utilizado na aeronave. No caso da tecnologia usada nos Estados Unidos, que conecta o avião à rede celular, o executivo paga uma assinatura mensal do serviço que custa por volta de R$ 3.500.

No caso do Swift Broadband, as empresas cobram pelo uso do sistema: os preços variam entre R$ 8 e R$ 12 por minuto de ligação de voz e R$ 20 por Mb usado – além dos impostos sobre serviços de telecomunicações que, no Brasil, chegam a 43%. “No caso das ligações, o minuto pode sair mais barato que uma ligação internacional por meio da rede de telefonia fixa”, diz Francisco Vietti, gerente comercial da Arycom. O cliente recebe uma conta similar às enviadas pelas operadoras brasileiras de telefonia fixa e móvel.

Mercado

“O preço do serviço vem caindo cerca de 10% ao ano”, diz Svant Hjorth, CEO da Arycom, sobre o sistema Swift Broadband. Além da queda habitual, é possível que ele fique ainda mais barato conforme as companhias aéreas adotarem o serviço em aviões comerciais. “Os sistemas atuais também estão mais eficientes, o que significa que usam menos Mb para transmitir a mesma quantidade de dados”, explica Hjorth.

Nos Estados Unidos, diversas companhias aéreas, como a AirTran, Delta e Virgin America, oferecem conexão de internet em voos domésticos. O Google, inclusive, fez uma parceria com essas empresas para oferecer Wi-Fi gratuito para todos os usuários do navegador Chrome que estiverem nos voos entre 20 de novembro de 2010 e 2 de janeiro de 2011.

Por enquanto, a única companhia a anunciar que oferecerá banda larga em voos intercontinentais é a Lufthansa. Até agora, o serviço está disponível apenas para passageiros em viagens sobre o Atlântico Norte, mas a empresa quer estender o serviço para toda a frota até o final de 2011. O passageiro paga R$ 25 por hora de conexão.

Fonte: Claudia Tozetto (iG) - Imagem: Getty Images

Passageiros (e dados) seguros ao acessar internet em aviões

Com certificações em órgãos internacionais, sistemas de banda larga não atrapalham funcionamento do avião nem arriscam sigilo dos dados

Ao fechar a porta do avião os passageiros são sempre orientados a desligar os aparelhos eletrônicos. Com a maioria dos sistemas de banda larga para jatinhos é igual, apesar de eles não causarem nenhuma interferência no avião. “É necessário desligar o equipamento na hora de decolar e um pouco antes de aterrissar”, diz Svante Hjorth, CEO da Arycom.

Segundo os fabricantes, todos os sistemas utilizados atualmente para prover banda larga em jatos executivos são certificados pelas entidades reguladoras dos Estados Unidos e da Europa. “Existe um padrão mínimo de requisitos para que os equipamentos utilizados não causem interferência nos comandos de voo”, explica José Farah, diretor do Comitê Aeroespacial do Congresso SAE Brasil.

Quando utilizados em aeronaves no Brasil, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) certifica os equipamentos e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) avalia se o sistema de banda larga interfere no funcionamento do avião. Procurada pelo iG, a Anac não quis falar sobre o regulamento para uso de banda larga em jatos executivos no Brasil.

A segurança dos dados neste tipo de conexão também é primordial, porque os executivos lidam com uma grande quantidade de dados sigilosos. Por isso, os sistemas de banda larga em jatinhos criptografam as mensagens enviadas. O executivo pode, inclusive, requisitar uma rede privada de internet (VPN) para transmitir os dados sem riscos. “É uma rede em que somente alguns números de IP estão autorizados a se conectar”, explica Francisco Vietti, gerente comercial da Arycom.

Fonte: Claudia Tozetto (iG) - Foto: Getty Images

Internet veloz ainda é rara nas alturas

Sistema mais comum de banda larga para aviões oferece velocidade de só 432 Kbps

Diversas empresas fabricam sistemas para levar internet aos aviões. Atualmente, a tecnologia que permite navegar com maior velocidade é a que conecta a aeronave com a rede celular. Disponível apenas nos Estados Unidos, onde a rede de telefonia usada é do tipo CDMA, o sistema provê conexão de internet de 3,5 Mbps.

Os sistemas que usam satélites na banda KU também oferecem velocidade próxima às redes celulares dos EUA, mas em poucas regiões do planeta. “O problema é que para prestar o serviço para executivos você precisa mantê-los conectados o tempo inteiro”, explica Bob Geary, diretor de pesquisa e desenvolvimento para cabines da Gulfstream.

Gráfico compara velocidade entre vários tipos de conexões disponíveis

Por isso, a tecnologia mais comum nos jatos executivos é também aquela que cobre mais regiões. Chamada Swift Broadband, ela conecta o sistema aos satélites da Inmarsat na banda L, que cobrem quase todo o planeta (menos os pólos Norte e Sul). “Nos oceanos, somente a rede da Inmarsat está disponível”, diz Geary. Apesar disso, os passageiros precisam se contentar com a conexão mais lenta: por volta de 432 Kbps. “É o suficiente para acessar sistemas de gestão, mandar faxes e checar os e-mails”, defende Johnston, da True North.

O internauta ainda terá que enfrentar um pequeno atraso ao abrir páginas. “Em situações comuns pode existir um atraso de três segundos”, explica Geary, da Gulfstream. Isso acontece porque a solicitação do usuário chega a viajar 30 mil quilômetros até a internet por meio da conexão de satélite. E-mails com anexos muito grandes também podem demorar um pouco para serem enviados, segundo os fabricantes.

Embraer 190, o modelo dos dois novos jatinhos da presidência da República, oferece Swift Broadband

A Arycom, empresa que instalou o sistema que provê internet e ligações de celular em voos da TAM no Brasil, estima que pouco mais de 10 jatos executivos usem Swift Broadband no Brasil. Entre eles estão dois jatos executivos da Embraer comprados pela Força Aérea Brasileira (FAB) no final de 2009 para serem usados exclusivamente pelo presidente da República. O sistema também foi instalado no Boeing 737-200, um dos aviões mais antigos da frota presidencial, mas ainda em operação.

Fonte: Claudia Tozetto (iG) - Imagens: Reprodução

A banda larga chega às nuvens

Conheça os sistemas de banda larga que já permitem se conectar à internet com velocidade até 3.5 Mbps a 11 mil metros de altura

Em frente a um notebook, um executivo responde os e-mails que não param de chegar. Numa outra janela do computador, ele acessa o sistema de gestão da empresa e decide ligar para um dos gerentes da empresa. O som da ligação é claro, como se eles estivessem em salas vizinhas, mas não estão. Separados por quilômetros de distância, um executivo está em terra e o outro no ar. Entre eles, está a internet.

Apesar de poucos aviões comerciais oferecerem acesso à internet durante o voo em todo mundo, muitos executivos que utilizam jatos particulares já estão acostumados a trabalhar sem interrupção durante viagens de negócios. Para eles, a banda larga já chegou e oferece conexões de até 3,5 Mbps, mais do que suficiente para enviar e receber e-mails, acessar sistemas corporativos e assistir a vídeos por streaming. Tudo como se estivessem em casa ou no escritório.

Antena e servidor

Para oferecer conexão de internet durante o voo, a aeronave precisa estar equipada com uma antena, um pequeno servidor que processa um sistema de controle, além do transceiver que conecta os equipamentos com a internet. “A experiência de navegação é a mesma e o usuário faz tudo o que faria em terra”, diz Bill Johnston, diretor de marketing da True North, uma das empresas que fabricam este tipo de sistema.

Este conjunto de equipamentos conecta o avião a links de satélite ou de rede celular. Depois de conectado, o sistema pode distribuir a conexão aos tripulantes em uma rede cabeada ou Wi-Fi. Basta que o usuário conecte um notebook ou smartphone para navegar na internet. No caso de chamadas de voz, o tripulante deve, na maioria dos casos, usar telefones especiais para chamadas via satélite.

Fonte: Claudia Tozetto (iG) - Foto: Getty Images