domingo, 20 de janeiro de 2013

Brasileiro conta como é viajar pela 'pior companhia aérea do mundo'

Empresa norte-coreana é única com uma estrela em ranking de qualidade.

Aviões soviéticos são decorados à moda antiga e têm divisão de classes.

Uma viagem no tempo. Assim o gaúcho Gabriel Britto, de 36 anos, descreve sua experiência de voar pela companhia Air Koryo. A empresa norte-coreana é a única que tem apenas uma estrela no Skytrax, um conhecido ranking que avalia a qualidade de companhias aéreas no mundo todo, baseado em mais de 800 itens que são analisados por uma equipe.

O avião soviético que transportou Gabriel até a Coreia do Norte

Segundo o Skytrax, a classificação de uma estrela é dada àquelas companhias que têm “padrões muito baixos”, com “qualidade inconsistente de serviço prestado a bordo e no entorno do aeroporto”. Sozinha na categoria de estrela única, a Air Koryo é considerada, por esse critério, a "pior companhia aérea do mundo".

Gabriel, que viajou para a Coreia do Norte em setembro de 2012, não se intimidou com essa informação, nem quando soube que voaria em uma aeronave russa Ilyushin Il-62M – que, nas palavras de seu guia, teria sido fabricada “com sorte, na década de 70”. “A Air Koryo tem alguns aviões russos mais modernos também, mas eu queria viver a experiência de voar em um avião muito antigo e soviético”, diz. 

Gabriel Britto em Pyongyang

Ele diz que se tranquilizou quando fez uma pesquisa no histórico de acidentes da companhia (foram registrados apenas dois casos em 50 anos), apesar de saber que os dados passados pela ditadura comunista não são confiáveis. “Fiquei um pouco tenso, claro, mas nada de mais”, afirma. Ele só preferiu não contar à mulher e aos pais que voaria pela Air Koryo, para poupá-los da preocupação.

'Casa de bisavó'

Produtor de conteúdo e redator publicitário, Gabriel gosta de viajar para destinos exóticos, e conta suas aventuras no blog Gabriel quer viajar. Ele afirma que tinha muita vontade de conhecer a Coreia do Norte, o país mais fechado do mundo. “É o lugar mais diferente que existe no mundo atual. Queria conhecer essa outra realidade”, afirma.

Aeromoças servem cerveja de garrafa produzida na Coreia do Norte

Para driblar a grande burocracia que envolve pedir uma permissão de viagem diretamente para o governo do país, ele optou por comprar um pacote de uma agência de viagens chinesa.

O voo de Pequim para Pyongyang (capital da Coreia do Norte) saiu com duas horas de atraso e estava lotado. Muitos dos passageiros eram turistas ou estrangeiros que desenvolviam ações humanitárias no país. 

Os norte-coreanos podiam ser facilmente identificados pelo broche com a figura dos falecidos ditadores Kim Il-sung (chamado de “Grande Líder”) e Kim Jong-il (“Querido Líder”).

Apesar de pertencer a um país comunista, o voo tinha divisão de classes: econômica e executiva.

A decoração interna seguia padrões estéticos antigos. “O interior parecia coberto por um papel de parede estampado, bege, que dava um ar de casa de bisavó para o ambiente. As poltronas tinham um tecido grosso, que parecia lã”, descreve Gabriel.

O espaço era tão apertado como o de outras aeronaves atuais, mas as poltronas se inclinavam tanto para trás quanto para a frente, o que permite esticar as pernas caso a cadeira da frente esteja vazia – “uma ideia maravilhosa dos soviéticos”, observa Gabriel.

As comissárias de bordo pareciam um pouco tensas e recriminavam os passageiros que pegassem na câmera fotográfica com um aviso de “No photo”.

A comida servida no voo

A comida, segundo Gabriel, era “terrível”. “Era muito insossa, não comi tudo. Lembro que tinha um pãozinho, uma espécie de mortadela, uma coisa meio gelada e doce. Comi porque estava com fome, só para encher a barriga”, descreve.

Entre as opções de bebida, água, cerveja norte-coreana (em garrafa de vidro) e refrigerantes locais – nada de Coca-Cola.


O entretenimento a bordo consistia apenas em uma revista em coreano, em que aparecia com frequência o atual líder do país em poses sorridentes e lugares bonitos. “Era totalmente um material de propaganda do governo”, diz Gabriel.

Revista de bordo com propaganda do governo

O voo durou menos de duas horas. Logo na decolagem, uma peça do acabamento se soltou do teto. “Não foi nada que comprometesse, mas foi engraçado. Você já está naquela situação, num avião russo, antigo. Na hora de decolar o negócio solta. Lembro que uma turista deu uma gargalhada muito alta”, conta ele. O restante do voo não teve intercorrências. Gabriel Britto com norte-coreanos que conheceu em um boliche 

Na chegada, já era possível ver no Aeroporto Internacional Sunan, a 24 km da capital, alguns dos problemas enfrentados pelo país. Cheio de militares, o local estava "largado", diz Gabriel. "Tinha muito capim alto do lado da pista. Os ambientes eram escuros, com luz fraca. A torre de controle ficava em um prédio completamente caindo aos pedaços, com remendos com madeira”, descreve.

"Free shop" do aeroporto de Sunan

Mas, no geral, a experiência superou as expectativas de Gabriel: “Achei um voo tranquilo, muito bom. Teve alguns problemas, mas, sinceramente, já vi companhias aéreas piores”.

Fonte: Flávia Mantovani (G1, em São Paulo) - Fotos: Arquivo pessoal/Gabriel Britto

Avião com excesso de peso só partiu após 'vaquinha', relata passageiro

Viajantes teriam coletado dinheiro para convencer 4 pessoas a descer.

Companhia easyJet nega suposta coleta no Aeroporto de Liverpool.


Um voo da companhia easyJet que partiu na quinta-feira (17) do Aeroporto John Lennon, em Liverpool, na Inglaterra, com destino a Genebra, na Suíça, foi palco de um acordo incomum entre os passageiros, segundo relatou um deles ao site "Liverpool Echo".

Após a companhia aérea comunicar que o avião estava muito carregado para decolar, os passageiros tiveram de "passar o chapéu" para juntar dinheiro e, com ele, convencer quatro pessoas a desembarcar. 

“Havia uma proporção excepcionalmente grande de passageiros do sexo masculino e mais bagagem de mão do que o habitual", justificou o porta-voz da companhia. Segundo ele, a empresa explicou a situação aos passageiros e solicitou que quatro voluntários deixassem a aeronave. Em troca, a easyJet ofereceu 100 libras (o equivalente a R$ 324) como compensação e um voo alternativo.

No entanto, um dos viajantes, a oferta não foi suficiente para encorajar as pessoas a desembarcarem e a “vaquinha” foi organizada pelos passageiros. Com o dinheiro recolhido, foi possível duplicar a “indenização” dos quatro voluntários.

“Coloquei duas libras e vi outras pessoas jogando notas de cinco", contou o engenheiro Simon Lay, que estava na aeronave. De acordo com ele, a ideia funcionou e quatro pessoas deixaram o voo, que decolou com cerca de uma hora de atraso.


A companhia negou a existência de uma “vaquinha” entre os passageiros. "Até onde sabemos, nenhum acordo entre os passageiros foi feito. Não há necessidade de os clientes tomarem esse tipo de atitude", disse o porta-voz da empresa. Os quatro voluntários foram realocados em outras aeronaves.

Excesso de peso

Havia 135 homens e apenas 19 mulheres a bordo do avião da easyJet em Liverpool. Como resultado, o peso estimado ultrapassou em uma tonelada o esperado caso houvesse a mesma proporção de passageiros dos dois sexos.

De acordo com reportagem publicada no site do jornal “The Independent”, para calcular os limites de peso, as companhias aéreas têm a opção de pesar cada passageiro e a respectiva bagagem. No entanto, as empresa britânicas preferem usar uma estimativa de quanto cada passageiro pesa.

As normas expedidas pelas autoridades de aviação da Europa instruem as companhias a estimarem que cada passageiro do sexo masculino pesa 88 kg, e cada mulher pesa 70 kg (crianças de ambos os sexos são contabilizadas tendo 35 kg).

Fontes: G1 / Daily Mail - Imagens: Reprodução

Distração pode estar na origem da queda de helicóptero em Londres

Investigadores trabalham no local em que o helicóptero caiu na zona central de Londres
Foto: Stefan Wermuth/Reuters

Piloto poderá ter-se distraído ao mudar frequência de rádio, o peão morto tinha ido mais cedo para o trabalho, o operador da grua sobreviveu por ter dormido até mais tarde e vários condutores foram salvos por um sinal vermelho. Coincidências que, segundo a imprensa britânica, rodeiam a queda, na quarta-feira, de um helicóptero em Londres.


Devido à neblina na hora do acidente, o piloto do helicóptero que bateu numa grua (foto acima) na zona central de Londres, na quarta-feira de manhã, poderia estar a tentar mudar a frequência do seu rádio para pedir autorização para uma aterragem não programada num heliporto próximo, disse ao Daily Mail um especialista em aviação.

James Healy-Pratt, advogado e experiente piloto, explicou ao jornal britânico: "Poderia ter levado 10 a 15 segundos para fazer a mudança de frequência de rádio, neste tempo o helicóptero poderia ter voado até meia milha (800 metros)".

Segundo a publicação, os investigadores deverão concentrar suas atenções no que ocorreu durante o tempo em que o piloto estava fora de contacto com os controladores de voo.


Com mais de 25 anos de experiência na aviação, Pete Barnes (foto acima), 50 anos, morreu ao colidir o helicóptero que pilotava numa grua. A aeronave caiu de uma altura de mais de 200 metros, e atingiu fatalmente Matthew Wood (foto abaixo), 39, que estava a caminho do trabalho.


Segundo a família de Wood, ele era um funcionário dedicado e sempre chegava antes do horário previsto ao trabalho, a poucos metros do local do desastre. Ele era de Sutton, no sul de Londres, solteiro e sem filhos. O seu irmão, Darren Wood, 35 anos, disse ao Daily Mail: "Ele adorava a família e saía muito com amigos".

Um dos operadores da grua não estava em seu posto no momento do acidente porque adormeceu e chegou atrasado ao trabalho. E revelou ao The Sun que alguns motoristas foram salvos graças ao sinal de trânsito: 

Assim que chegou ao local, Nicki Biagioni, viu os destroços da aeronave em chamas caindo. "Vi pelo menos oito ou nove carros parados no semáforo, a apenas 20 metros dos destroços. Se tivesse aberto o verde segundos antes, eles teriam ido parar no outro semáforo, sob o guindaste, e teriam sido esmagados, com certeza", revelou ao tabloide.

Os trabalhos para remoção dos destroços do guindaste prosseguem, segundo um porta-voz da Brookfield Multiplex, empreiteira responsável pela obra. Amanhã as partes danificadas da grua começarão a ser removidas e substituídas. A empresa espera concluir o processo até o meio da próxima semana.


O guindaste foi inspecionado (foto acima) pelo Conselho Executivo de Saúde e Segurança de Lambeth e não apresenta risco de cair, disse a companhia. Várias vias estarão fechadas por "vários dias" enquanto o trabalho é realizado, disse a companhia de transportes de Londres, 'Transports for London'.

Fontes: Leandro França, editado por Ricardo Simões Ferreira (DN Globo - Portugal) / Daily Mail

Boeing e Sikorsky vão desenvolver helicóptero militar para EUA


A Boeing e a Sikorsky Aircraft, uma unidade da United Technologies, disseram que vão trabalhar juntas para desenvolver uma próxima geração de helicópteros de múltiplas funções para as Forças Armadas dos Estados Unidos.

O acordo de parceria estratégica, firmado em 13 de janeiro e anunciado nesta sexta-feira, reúne dois dos maiores fabricantes norte-americanos de helicópteros, que muitas vezes competem por pedidos mas uniram forças para produzir o Comanche, um programa de helicóptero do exército dos EUA cancelado em 2004. 

A Sikorsky, fabricante do helicóptero de serviços Black Hawk, e a Boeing, que produz o helicóptero de ataque Apache, planejam submeter uma proposta em resposta a um projeto de demonstração de tecnologia do exército apresentado mais cedo neste mês.

O programa militar vai estabelecer as bases para o programa Future Vertical Lift do Pentágono -- um imenso projeto que vai substituir mais de 4 mil helicópteros de média potência utilizados por vários serviços militares dos EUA.

Executivos da Sikorsky e da Boeing afirmaram que unir forças com a competição ajudará as empresas a entregar um helicóptero inovador e acessível.

"Nosso acordo de parceria é a continuação de um relacionamento de longa data entre a Boeing e a Sikorsky e reflete uma visão comum para o futuro da aviação militar", disse em comunicado o presidente da Boeing Military Aircraft, Chris Chadwick.

O exército lançou o projeto de demonstração de tecnologia mais cedo neste mês, afirmando que as Forças Armadas vão apoiar o programa do Pentágono para desenvolver a próxima geração de aeronaves com melhores performance, confiabilidade e acessibilidade.

Fonte: Andrea Shalal-Esa (Thomson Reuters) via R7 - Imagem: Reprodução

Avião que fez pouso forçado em área de Piracicaba, SP, teve pane no motor

Instrutor e estudante da Escola de Aeronáutica de Jundiaí ficaram feridos.

O local do acidente segue interditado, pois avião corre risco de pegar fogo.


O avião modelo Cessna 152 que fez um pouso forçado na tarde desta sexta-feira (18) em Piracicaba (SP) sofreu uma pane mecânica, de acordo com o relato de um dos ocupantes do monomotor às pessoas que prestaram socorro às vítimas do acidente. Instrutor e aluno da Escola de Aeronáutica Civil de Jundiaí (SP) ficaram feridos no acidente, registrado às 14h, mas não correm risco de morte.

A aeronave decolou de Jundiaí junto com outro avião, que não teve problemas no voo e pousou normalmente no Aeroporto de Piracicaba. O Cessna desceu em um campo localizado atrás do motel Tititi, na região do bairro Dois Córregos, e ficou de barriga para cima após o pouso forçado. Pessoas que trabalham perto do local do acidente foram os primeiros a chegar e ajudaram a socorrer as vítimas. A área continua isolada porque, segundo o Corpo de Bombeiros, o avião corre o risco de pegar fogo.

Um dos ocupantes sofreu cortes na boca e quebrou um dente, de acordo com informações do Hospital dos Fornecedores de Cana de Piracicaba, para onde foi encaminhado. O outro ocupante está internado na Santa Casa de Piracicaba, que ainda não forneceu detalhes sobre o estado de saúde.

Leia também: Acidente com avião de Jundiaí, SP, será investigado pela Força Aérea.

Fonte: G1 - Foto: Thomaz Fernandes/G1

Avião monomotor deixa 2 feridos em queda em área urbana de Piracicaba

Modelo do tipo Cessna 152 fez uma aterrissagem forçada em área urbana.

Equipe faz parte da Escola de Aeronáutica Civil da cidade de Jundiaí (SP).

Avião fica de ponta-cabeça depois de pouso forçado em Piracicaba
 Foto: Thomaz Fernandes/G1

O avião monomotor Cessna 152, prefixo PR-EJX, fez um pouso forçado em Piracicaba (SP) na tarde desta sexta-feira (18), em uma área verde que fica atrás do motel Tititi. Um instrutor e um aluno da Escola de Aeronáutica Civil de Jundiaí (SP) ficaram feridos na queda. O acidente ocorreu por volta das 14h. As vítimas foram encaminhadas para hospitais da cidade e não correm risco de morte.

O acesso ao local ainda não foi liberado porque o Corpo de Bombeiros está na área para reduzir riscos de explosão. Depois da aterrissagem, o avião ficou de ponta-cabeça. Os dois ocupantes da aeronave foram resgatados inicialmente por pessoas que trabalham próximas à área e estão sendo atendidos no Hospital dos Fornecedores de Cana (HFC) e na Santa Casa da cidade.

Foto: Homero de Carvalho/vc repórter/Terra

A escola de Jundiaí confirmou o acidente ao G1 nesta tarde e que já acionou os Serviços Regionais de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa). O diretor da escola Edmir Gonçalves disse que ainda não sabe o que causou a queda. "Estamos apurando."

Um dos ocupantes quebrou o dente e cortou a boca, segundo informações da assessoria de imprensa do HFC.


Fontes: G1 / Terra